Victoria estava em casa se arrumando para sair quando Omar entra no quarto e se aproxima da cama a olhando em frente ao espelho.

— Você está linda meu amor. A onde vai?

— Lembra que hoje mais cedo eu comentei sobre a conferência de imprensa da peça que vou reestrear? - colocava o colar de pedras sem olhar pra ele.

— Ah sim, é verdade. Vai ser um sucesso Victoria! Mas você já sabe o que eu penso sobre o novo integrante, sabe de quem eu estou falando. - olhava enciumado pra ela, não era fácil tê-la longe e ao mesmo tempo ao lado de...

— César Évora? Omar, Eu não acredito que a essa altura do nosso casamento você vai dar crise de ciúmes! Nós já conversamos claramente sobre isso e você há muito tempo sabe da amizade de nós dois. Ele é meu amigo e companheiro de trabalho, então nada do que você disser irá mudar isso... eu não dou palpite no seu trabalho, o respeito e o amo, então gostaria que você respeitasse o meu também. - falou firme, não ia permitir essa reação dele.

— Está bem Victoria, como queira. Me perdoe hum? — se aproximou mais dela a beijando os lábios com amor.

— Agora me deixe terminar de me vestir, não posso me atrasar para esta noite. Tenho que estar linda e... — suspirou - tudo precisa estar perfeito, essa é mais uma etapa muito importante na minha vida.

Omar depois de se despedir, saiu indo ao escritório e a deixando sozinha. Victoria estava radiante e muito feliz em poder estar no teatro novamente, ama a sua profissão e torce para que a nova temporada seja um sucesso, quer todos os teatros por onde passar, com todas as sessões lotadas.
Sorria porque também estaria ao lado de César nesse novo projeto.

Enquanto isso...

César já estava pronto em um terno preto muito elegante e falava ao celular quando foi interrompido encerrando a ligação. Era Vivían sua esposa, estava linda em um vestido turbinho vermelho que marcava suas curvas e usava uma maquiagem marcante, queria ser sempre o centro das atenções.

— Hum... Como você está lindo e cheiroso meu amor! — o beijou na boca.

— Tenho que estar apresentável esta noite, praticamente toda a imprensa do México vai estar lá.

— Você não precisa de muito para ser sucesso meu amor! Essa peça será apenas o começo da sua volta aos palcos.

— Assim espero, Vivían. Você vai sair? - olhou ela com cara de desentendido.

— Sim, com você! - ela o olhou.

— Você não vai Vivían, não hoje.

— E por que não, posso saber César?

— Porque... porque... - ele não soube o que dizer pois sabia que ela e Victoria no mesmo lugar não daria certo.

— Ah claro! Como eu sou ingênua - riu entre dentes o encarando em sua frente - Você não me quer ao seu lado porque ela estará lá e isso com certeza arruinaria todos os seus planos com ela, acertei meu amor!?

César respirou o mais fundo que pode e sem delongas a respondeu. Vivían detestava Victoria, principalmente quando iria trabalhar com ele. Ela acreditava, ainda que ele sempre dissesse que não, que os dois atores tinham algum envolvimento amoroso às escondidas fora do casamento.

— E que planos você acha que eu tenho com Victoria, hum? Vivían, por Deus! Você sabe muito bem o porquê eu não quero que me acompanhe esta noite, você e ela no mesmo lugar nunca dá certo! Não sei que raiva é essa que você tem dela, juro que durante todos esses anos eu nunca entendi.

— Ela sempre dá um jeito de estar perto de você César! Será que você não percebe?

— Ela é minha colega de trabalho e amiga, nós trabalhamos juntos há dezenove anos. O que você quer que eu faça se o público gosta do nosso trabalho e se Mejía sempre nos presenteia com uma nova parceria?

— Você sabe muito bem o que eu quero César! Não se faça de desentendido.

— E o que é que você quer? - ele já estava irritado, sempre que trabalhava ao lado de Victoria, Vivían fazia de sua vida um verdadeiro inferno.

— Eu quero que ela suma da sua vida! Eu não suporto ver vocês dois juntos! Não suporto essa proximidade de vocês dois! - gritou

— Ela é minha amiga e nada do que você faça vai destruir a amizade que construí com ela. E para a sua informação, Victoria Ruffo é casada com Omar Fayad e não comigo! — César a olhou suspirando e disse baixinho - infelizmente...

— O que disse, César?

— Tchau Vivían, não posso chegar atrasado e não sei a que horas volto, não me espere acordada.

E sem mais, ele pegou a chave do carro, o celular e a carteira e saiu rumo ao teatro.

Chegando lá...

Victoria chegou linda e radiante no teatro, foi recebida por inúmeros jornalistas de todo o mundo e deu algumas declarações a respeito da sua volta com a peça, estava ao lado de Maribel, Jaque e de Patricia que sorriam para as fotos. Depois de um tempo todas seguiram rumo ao camarim para aguardar o evento começar. Logo o galã das telenovelas chegou rindo no meio da mulherada, ele olhou em volta em busca de alguém em especial, mas não a viu.

Jaque percebendo, disse:

— Victoria foi ao banheiro! já vem, não se desespere cubano! - ela era uma comédia, todas as meninas riram.

— Ouvi meu nome? - Vicky entra no camarim ajeitando uma mecha de cabelo atrás da orelha, quando seus olhos verdes pararam hipnotizados. Ela ficou imóvel por alguns segundos sem nada dizer.

— Ei Vicky! - Patricia Rojo a chamava - planeta terra chamando Victoria Ruffo! — riam até que ela despertou de seu transe e sorrindo em seguida.

César foi até ela...

— Victoria, chula preciosa! — ele praticamente correu a aconchegando em um abraço gostoso. Estavam com saudades um do outro.

— César! - riu sentindo o perfume dele, como sentia falta! - Como você está, mi amor?

— Bem! - sorria com a emoção do momento - e morto de saudades de você! - Victoria corou com vergonha.

— Vicky, César! nós vamos lá fora ver como está os preparativos para esta noite, tudo bem? — disse Maribel quase arrastando as outras atrizes para fora e os dois ficaram ali sozinhos.

Lá fora...

— Jaque, você viu isso?

— O que Paty? - perguntou ela.

— O jeito que o César olhou pra Victoria... - Patricia dizia boquiaberta.

— Iiih minha querida, esses dois se gostam bem mais do que todas nós imaginamos, e eu posso te garantir que não é de hoje.

— Eles precisam conversar, amiga. - completou Maribel.

Enquanto isso no camarim, sentados um em cada poltrona, estavam Victoria e César. Eles se olhavam entre risos e estando um de frente para o outro, ele acariciava a mão dela deslizando os seus dedos pela aliança de casamento que ela usava.

— Victoria, precisamos conversar - ele suspirou a olhando nos olhos, era fascinado pela beleza daquela mulher.

— Eu acho que nós dois já estamos conversando... — riu sorrindo da cara dele.

— Eu adoro esse seu jeito! — ele riu mais achando graça. - Mas você sabe do que eu estou falando.

— César...

— Vicky, por favor, não podemos mais tentar fugir disso fingindo para nós mesmos e para todo o mundo que não sentimos nada, não podemos passar a vida ocultando os fatos! - ela baixou a cabeça sem o olhar e ele se aproximou mais de seu rosto, segurando em seu queixo com carinho para que ela o encarasse.

— César por favor, nós simplesmente não podemos! Você não me entende? O que vamos fazer com a nossa vida, há tanta coisa envolvida, nossa família, filhos... Omar e Vivian! — Victoria se afastou levantando-se e caminhando pela saleta.

— Mi vida... - ele foi até ela tocando em sua mão outra vez.

— Não me chame assim, você sabe que não existe e que nunca vai existir nós dois! Quando eu quis estar com você, você preferiu estar ao lado dela, tinha um bebê para criar, eu até te entendo, mas...

— Você logo se casou com aquele... com Omar! não me condene como o único culpado, Victoria. Olha pra mim, eu te amo! Eu sempre te amei Victoria Eugenia!

— Eu te amo! eu te amo... mas isso nunca daria certo. - Victoria colou o rosto no dele mas não beijou.

— Isso não daria certo somente por causa das nossas famílias ou porque você não quer? Por mim seria você a minha mulher e não a Vivian! é você que eu desejo ter na minha cama e nos meus braços todos os dias e todas as noites da minha vida!

— Para por favor! não é tão fácil e nem tão simples assim pra mim quanto é pra você. Não vamos estragar essa noite, temos mais um projeto pela frente, há muito trabalho nos esperando e não podemos começar assim como sempre, misturando as coisas e discutindo uma relação que tampouco é real. - ela falava chateada — César, a pareja tekila é apenas ficção!

— E tem coisas que devem continuar assim como estão... é Victoria eu sei, você sempre diz isso. - ele andava passando a mão pelos cabelos. - mas eu não vou desistir! fique você avisada! Aquele governadorzinho pau pequeno não perde por esperar!

— César! Volta aqui! - ele saiu porta a fora a deixando sozinha no camarim com milhões de pensamentos. O que ele seria capaz de fazer por esse amor?

Oito horas da noite e finalmente a conferencia começava. Victoria e César se sentaram lado a lado como se nada tivesse acontecido, prestavam atenção ao que o produtor dizia para a imprensa sobre como será a peça, queriam transmitir profissionalismo e nada mais. Tudo estava ocorrendo conforme o planejado, Victoria as vezes olhava para ele mas não dizia nada, até que Maribel Guardia começou a falar sobre a cena de um beijo que daria em Victoria.

— Então, haverá sim uma cena de beijo entre mim e a Victoria, mas será só um beijinho, na versão original isso acontece e agora o diretor vai cuidar de nos guiar nessa cena... - ela dizia aos jornalistas, quando César se aproximou mais de Victoria, falando bem próximo a ela:

— Que história é essa de beijo com Maribel, Victoria? - ele perguntou.

— É uma cena que o diretor quis colocar na peça e nós vamos fazer. Mas por que você está falando baixinho, César? - o olhou.

— Quer que eu grite? Não seria nada bom. - a cara dele não estava nada boa.

— Está com ciúmes de nós duas? - Victoria ria discreta da cara dele - eu não acredito!

— Não estou com ciúmes, mas não gostei de saber que você será beijada por ela e não por mim! Temos que mudar esse roteiro.

— O que? O que pensa em fazer, César?

— Vou falar com os diretores, isso não pode seguir assim Victoria. Essa sua boca é minha, só eu posso beijar.

— Você só pode estar maluco! Já está tudo certo, não vai ser nada demais!

Eles param de conversar quando Victoria é chamada para falar um pouco sobre a sua personagem.

— Haverão muitas surpresas, eu não posso dar muitos detalhes sobre o que eu, César ou Maribel vamos fazer, mas realmente serão boas surpresas que garanto que vocês vão gostar! - ela falava notando que estava sendo observada pelo cubano.

Em seguida outras atrizes falavam, Victoria fará o papel de prima de Marcelo, o personagem de César Évora.

— Prima... isso é um crime, Victoria! — ele voltou a dizer próximo a ela.

— Bom, essa parte eu tenho que concordar com você! Achei que seriamos casal novamente.

— Podemos resolver isso naquele hotelzinho depois daqui, o que acha? - César sugeriu rindo, sabia que ela ficaria irritada.

— Você ficou maluco? Eu estou falando da peça! - ela suspirou com vergonha.

— Vai me dizer que não está com saudades? eu duvido que aquele seu "marido" te dê mais prazer que eu! duvido que você grite o nome dele quando estão naquela cama. - ele estava irritado.

— Cala a boca Évora! - Victoria disfarçava aquela conversa "secreta" dos dois ali sorrindo para as câmeras, mas sabia que o que ele dizia era uma verdade, uma verdade que ela nunca quis admitir, pois teria que manter-se "bem e feliz" naquele casamento com Omar.

César apenas riu e se manteve calado. Falou por uns minutos sobre o que aconteceria com ele naquele projeto, seu personagem foi escrito de última hora e ele estava feliz por esse trabalho.

A conferência chegou ao fim com as últimas palavras do diretor a imprensa. Todos se levantaram e tiraram fotos sendo aplaudidos e recebendo boa sorte de todos os que estavam ali presentes, foi um êxito! Como esperam que seja a nova temporada.

Do lado de fora do teatro...

As arpías tiravam selfies e faziam transmissões ao vivo para os fãs nas redes sociais, Victoria conversava com algumas atrizes quando viu César se aproximar e disfarçou fingindo não o vir, mas mesmo assim ele foi até ela e a cumprimentou.

— Senhora Ruffo! — fingiu não tê-la visto antes, para muitos e até mesmo para as fãs, aquela era a primeira vez que estavam se falando efetivamente naquela noite.

— Senhor Évora! - ela entrou no jogo dele.

— Como estão os meninos? - ele perguntou depois de um longo abraço.

— Estão bem...

— E Omar, como está?

Victoria não estava crendo no que ele estava perguntando. O que era aquilo? Deboche? Só poderia ser!

— Ele está bem... - Vicky fechou a cara na hora.

— Ah sim claro, está bem com tudo que tem passado? Imagino!

— Eu vou te matar! - Ela chegou perto dele e falou só pra ele ouvir, pois estavam sendo filmados.

— Então vem comigo!

César a pegou pela mão longe do olhar de todos e a puxou saindo dali. Entraram em seu carro e antes que ele desse partida, Victoria disse incrédula.

— O que você está fazendo? Para onde vai me levar? Está maluco? — olhava para ele com a cara mais confusa possível.

— Eu não vou fazer nada que você não queira, pode ter certeza!

E sem dizer mais nada, César levou Victoria a um hotelzinho discreto que ficava há uns quilômetros dali, frequentavam aquele lugar em segredo nas épocas de gravações das novelas. Victoria se abaixou no banco pois não podia ser vista pelo atendente do hotel e por nenhuma outra pessoa, seria um escândalo!

O vidro do carro era escuro e César abriu apenas uma pequena brecha para que vissem quem era, pegou a chave do quarto e entrou para a garagem logo em seguida.

— Eu não acredito que estou aqui com você! - ela se sentou novamente olhando pra ele.

— Como nos velhos tempos mi vida! Não viemos aqui desde que acabaram as gravações de Las amazonas, então imagina, eu estou morto de saudades de ter você só pra mim! — roubou um selinho dela.

Victoria rendida, riu daquela situação perigosa e prazerosa ao mesmo tempo.

—Três anos é muito tempo mesmo. Tá bom já que estamos aqui, vamos entrar logo antes que nos vejam! Eu estou mesmo necessitada de um sexo gostoso e descente! — ela corou e ele riu alto.

— Então a primeira dama admite que o maridinho tem a rola minúscula?

— Preciso mesmo responder? - gargalhou e César a levou para o quarto.

Entraram e ele trancou a porta agarrando Victoria com todo amor e saudade do mundo, tanto tempo longe dela o estava matando, ele não amava Vivian e só estava com ela pelos filhos, tal qual Victoria.

— Você é linda, eu te amo! - ele disse enquanto a levava para a grande cama aos beijos.

— Eu te amo ainda mais meu cubano!

— Pra que tanto pano nesse vestido, Victoria? - ele riu arrancando a roupa dela com pressa.

— Queria te dar trabalho para tirar... - ela riu.

— Está falando sério?

— Não César! Foi o Omar que me pediu para usar esse... - suspirou se lembrando do marido.

— Ele é mesmo um babaca!

César não deixou mais que ela respondesse, queria apenas amá-la como se nunca tivesse feito durante esses anos todos...

Já tendo Victoria toda nua em sua frente, César deitado sobre ela na cama via o quanto apesar dos anos passados, ela continua sendo cada dia mais linda e gostosa, pensou como Omar tinha coragem de esconder em roupas longas uma mulher tão bela como ela, como não era capaz de dar a ela um sexo gostoso e descente como ela gostava e merecia todos os dias... o marido era mesmo um babaca e agora como sempre tinha sido desde que se conheceram no ano 2000, César a estava tendo somente para ele e não desperdiçava nunca a oportunidade de dar a Victoria todo seu amor e muito prazer a ela até que implore para que ele pare por ela já estar toda assada entre as pernas.

— Essa noite você vai ver todas as constelações do universo de tanto que vou fazer você gozar, minha gostosa! - ele a beijou na boca e passou a mão entre as pernas dela notando que já estava molhada para ele.

— Huuummm que delicia meu amor, me toque aí, como senti saudades de seus dedos aí em baixo! - Victoria estava com o rosto vermelho ao sentir que César começou a estimular hábil a intimidade quente e rosada que ela tinha. Ele apertou o clitóris movendo freneticamente apaixonado pelas expressões de prazer que ela tinha no rosto.

Moveu mais e meteu dois dedos dentro quando viu que ela estava a ponto de atingir o primeiro orgasmo da noite.

— Está gostoso Vicky? Quer mais??

— Quero! Aaaaah mais, mais, mais... - ela gemia louca se contorcendo toda na cama enquanto ele não parava de penetrar com os dedos, forte e intenso a fez tremer toda e gritar seu nome gozando como nunca desfrutando da melhor sensação do mundo que é estar nos braços dele de pernas abertas entregue para o amor.

— Meeeu Deus! Você é maravilhoso!

— Eu sei meu amor, por isso você não me troca por aquele cara mesmo estando casada com ele, o que vale um papel mesmo? - César riu debochando da capacidade do marido dela na cama.

— Cala a boca e entra logo! - Victoria pediu e ele fez quase gozando porque ela é apertada pra inferno!

— Porra, Vicky! Que gostosa! - ele começou a entrar e sair de dentro dela com força fazendo os dois gritarem palavras de amor e coisas obscenas ao mesmo tempo, estavam como um só movendo-se na cama em um ritmo perfeito e intenso, ele deu mais algumas arremetidas e saiu virando-a de costas e beijando seu corpo enquanto abria as pernas dela e entrava de novo, Victoria gemia mordendo o travesseiro para evitar gritos, não adiantava muita coisa porque seu corpo ardia entregue aquele momento e ela mal conseguia se controlar, muito menos era capaz de pensar em qualquer outra coisa.

— Ohhhh minha vida, eu te amo! - ele se movia mais louco por ela - você é minha!

— Sou, sempre fui! Isso, mais!!! - César deitou-se sobre ela quando os dois novamente atingiram o prazer, beijou e cheirou o corpo dela ofertando carícias que deixavam Victoria mais acesa e sedenta por ele, estavam juntos e matando a saudade que há bastante tempo estava em seus corações e ninguém iria destruir esse amor escondido.

FIM!!!!