Já era noite quando me deitei esparramando meu corpo cansado na cama king size. Eu estava sozinha e agoniada por não tê-lo por perto, Estevão viajou há um mês para a Europa a trabalho e me deixou subindo pelas paredes.

Todas as noites nos falamos ao telefone mas apenas ouvir a voz dele é uma tortura além de não ser o bastante para amenizar a nossa saudade. Viro de um lado a outro entre os lençóis macios e ao meu lado está o travesseiro marcado com o aroma de homem que me deixa de pernas bambas, estico o braço e o levo até meu corpo, fecho os olhos e dos meus lábios escapa um longo suspiro seguido de um gemido abafado quando ali anestesiada por aquele perfume me lembro do último beijo que ele me deu.

O nosso quarto está praticamente escuro e as cortinas dançam ao rotina da brisa suave que vinha de fora. Viro meu corpo novamente e o sinto pesar, olho para o relógio em cima do criado-mudo e já são duas da manhã.

"O que será que Estevão está fazendo agora? Será que também pensa em mim?" Essas questões atormentam a mente apesar de já termos nos falado aquela noite por algumas horas. É a primeira vez depois que nos casamos que ficamos tão longe um do outro por tanto tempo. É a primeira vez que sinto tanta falta do corpo quentinho e grande dele junto ao meu para me esquentar e me amar a noite toda como só ele mesmo com aquelas mãos enormes e fortes e aquela boca carnuda e apetitosa sabe fazer.

Inebriada por essas lembranças sinto a temperatura do meu corpo aumentar e o interior das minhas coxas ficar úmido, cada músculo amolece e eu sinto a visão ficar turva escurecendo lentamente, quando de repente um clarão ilumina o quarto e vejo a porta se abrir devagar.

Por impulso me levanto em passos lentos e trêmulos mirando o travesseiro para a silhueta da pessoa que anda em minha direção, sinto minhas pernas perderem a força e quando me dou conta já voltando a raciocinar, estou jogada e entregue nos braços de um homem.

A luz da lua ilumina a face e o meu coração se acalma, era ele, meu marido, Estevão San Roman que tanto amo e que tanto me faz perder o juízo. Os lábios quentes e urgentes dele passeiam pela pele arrepiada do meu pescoço enquanto sou levada de volta para a cama espaçosa e minhas costas grudam no colchão enquanto o peso do corpo forte e bem definido encosta cheio de intenções e carícias sobre mim.

"Eu não sabia que chegaria hoje, meu amor!" — Um fio de voz quase inaudível saiu da minha boca entreaberta e sedenta por um beijo - "Eu estava louco de saudade de você, louco para sentir o seu gosto!" - não fui capaz de segurar o gemido ao ouvir aquelas palavras que entravam pelos meus ouvidos e despertando em mim - já sem a pequena camisola sexy - insanos desejos.

"Estou subindo pelas paredes, Maria!"

Abri as pernas e o vi arrancar a calça e atirar a camisa pelo chão. Estávamos perdidos de desejo implorando um pelo outro de uma forma animalesca, quando finalmente fui beijada e devorada pela língua dele rodando cada centímetro da minha boca. Está no céu! Beijar Estevão é o que eu mais gosto de fazer enquanto a segunda melhor sensação é a de fazer amor com ele assim como fazíamos agora.

Gemi e grudei minhas unhas nos cabelos masculinos quando Estevão desceu a língua entre beijos molhados até minhas pernas depois de sugar com vontade os seios que ele tanto ama. Me abri mais para recebê-lo todo ardente e duro dentro de mim, mas o que senti tocar minha intimidade foi a língua e os dentes ao invés daquele membro grosso e comprido que cabe tão perfeitamente em minha pequena entrada.

"Aaahhh!!"

Um grito foi ouvido e a boca secou, abri os olhos e percebi que ele me olhava sorrindo com um semblante mais que safado depois que deu a primeira chupada e mordeu o clitóris. Agarrei os cabelos dele e o fiz continuar o que fazia, Estevão me sugava, lambia e mordia de uma forma tão intensa e gostosa que achei que fosse morrer.

O teto girou e perdi a sanidade que ainda me restava depois de passar tanto tempo sem aquele prazer, sem aquela boca gulosa me engolindo em beijos, sem meu amor... gozei e enquanto gozava pensei em como tinha sorte de ter aquele homem maravilhoso na minha vida.

"Eu te amo Estevão! Ah que gostoso!" — Murmurei e fui invadida deliciosamente pelo penis que entrou de uma vez no seu cantinho molhado sem pedir licença, exigindo o prazer que é todo seu.

"Maria!"

Estevão murmurou buscando ar completamente perdido em meu ser, a boca dele buscou meus lábios para um beijo molhado e cheio da nossa paixão, enquanto o corpo dele se movia frenético sobre o meu e nós não pensamos em mais nada além de nos amar a noite toda, compartilhando orgasmos múltiplos com a pele pedindo insaciavelmente por mais e mais.

O sol fez presença e a luz forte bateu em meu rosto, rolei na cama e relutei para abrir os olhos, me sentia relaxada e toquei o meio das pernas sorrindo ao lembrar de todo aquele prazer e então me dei conta, pulei da cama e busquei por ele, meu coração batia forte e procurei por meu amor em toda parte, mas as roupas dele não estavam no chão nem eu estava nua.

"Ahhh!"

Deitei na cama com meu sexo pulsante, virei para o lado e o telefone tocou, estiquei o braço até o criado-mudo e ouvi aquela voz grossa e gostosa nos meus ouvidos causando arrepios pelo corpo todo.

"Maria, chego hoje à noite. Estou louco de saudades de você, meu amor!" - Aquela noite foi um sonho e tudo o que desejo agora é que Estevão chegue logo para tornarmos juntos o nosso prazer realidade, um nos braços do outro.

FIM!!!!!!