Pimentinha - La Madrastra & Triunfo del Amor escrita por Mrs Belly


Capítulo 5
Capitulo 5




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Aquela pergunta repentina de Maria fez despertar em Heriberto um mar de dúvidas. Ele tinha a resposta e suas atitudes atualmente tem deixado transparecer o que ele sentia e estava claro mas queria negar. A sociedade jamais compreenderia o relacionamento de um homem de quarenta anos com uma menina de dezessete, era imoral e totalmente fora de padrão. Ele pensou um pouco e no silencio, ainda com Maria o abraçando carinhosamente pelas costas mais uma vez Heriberto ignorou seu coração e deu voz a razão e a incapacidade de lutar contra tudo e todos para viver aquela paixão.

— Você quer que eu diga se te amo? - ele a trouxe para frente e olhou bem no fundo dos olhos dela, queria ser sincero mas também não queria machucar nem ela e nem ele mesmo - Sim, eu amo você pimentinha - disse sem sorrir.

— Me ama? de verdade? - ela se alegrou, seu coração deu pulos e parecia que iria sair do lugar de tanta felicidade, Maria sempre quis ouvir estas palavras e agora achava que estava em um sonho bom demais para ser verdade - Não me acha mais uma menininha, não vai mais me tratar como a sua filha ou como a sua irmãzinha mais nova? - ela sorriu segurando os braços dele e o trazendo mais para perto. As testas dos dois encostaram uma na outra e eles ficaram se olhando, todas as palavras haviam sumido e apenas a respiração quente era ouvida, sentida, desejada... Maria queria ter certeza, contornou os lábios dele com a pontinha do dedo indicador antes de eternizar aquele momento em um beijo que Heriberto não lutou contra e não pensou em resistir, apenas correspondeu desesperadamente e com uma vontade que nem ele mesmo imaginava que poderia ter. Maria era a razão daquilo, era a sua perdição, a dose de pimenta perfeita para faze-lo queimar por dentro.

— Eu.. te... amo... - ele disse entre o beijo - Mas esse amor é proibido. - tocou o rosto dela com a ponta dos dedos, secando a lágrima que Maria deixou escapar.

— Tudo o que é proibido tem melhor sabor... eu gosto disso, ursão! - ela riu, arrancando de Heriberto finalmente um lindo sorriso.

— Você gosta mas não é tão simples assim, Maria. Recebi uma intimação e em alguns dias será a audiência judicial com seus tios o Hernesto e a Ana, e eles vão lutar por você. - aquela afirmação atormentava os pensamentos de Heriberto mas era verdade, os tios eram naquele momento a única família próxima que restava de Maria na cidade e que mesmo nunca estando presente na vida dela tinham o direito de possuir a guarda ainda que por pouco tempo, pois logo Maria completaria dezoito anos e poderia viver sua vida mas isso o feria. Heriberto não se via mais longe dela, se acostumou com a companhia da menina, com as roupas pela casa, com o cheiro doce de perfume no ambiente... Maria era parte dele mas a luta estava apenas começando.

— Isso é necessário? Eles nunca gostaram de mim e da minha mãe de verdade. - Maria o abraçou forte - Heriberto, a tia Ana é uma bruxa e eu não quero viver com ela!

— Calma... eu não vou deixar!

— Promete? Lute por mim, meu amor... - ela o olhou e viu Heriberto chorar, tocou o rosto dele e o beijou outra vez desejando ficar ali para sempre.

Enquanto isso alguém muito disposta a mudar a vida de Heriberto ainda mais de cabeça para baixo, desembarcava na cidade do México depois de uma longa viagem. Era ela, Lavínia, que vinha buscar o que era seu por direito depois que Heriberto a largou aquela noite no hotel da França sem mais nem menos e dessa vez não deixaria ele escapar. O motorista do taxi se aproximou e pegou suas malas levando até o carro, Lavínia sorriu e agradeceu o homem dizendo a ele o seu destino, ela já sabia o que fazer e Heriberto iria pagar caro por te-la abandonado depois de transar com ela, na verdade essa era a sua grande chance de melhorar de vida, não foi fácil encontrá-lo apenas pelo nome mas agora que já sabia praticamente tudo da vida do empresário, ela tinha a brecha perfeita para começar a agir.

— Você não me escapa, delícia! Ninguém nesse mundo usufrui do meu corpinho e vai embora assim, do nada. Ainda mais por uma piranha qualquer! - gargalhou acomodada no banco do carro sob o olhar curioso do motorista que achou estranho mas virava ruas e mais ruas até parar em frente a um hotel famoso na cidade.

— Pronto, chegamos. - ele parou para olhá-la e Lavínia parecia ter os pensamentos cada vez mais distantes, nem ouviu uma palavra do que ele estava dizendo - Dona!

— O que? dona é a sua avó! - esbravejou batendo a bolsa nele e saindo do taxi - Senhorita Lavínia Montenegro! - jogou o dinheiro nele - Mas como explicar boas maneiras a pessoas medíocres como vocês? - riu e entrou no prédio.

Amanheceu e o dia foi passando, Heriberto voltou a trabalhar mesmo com seus pensamentos dispersos pois Ana ligou avisando que a audiência estava próxima como se ele já não soubesse e esse fato não lhe tirasse o sono. Mas ele sabia que não seria fácil, Maria tinha razão e o que os tios dela queriam mesmo era faze-lo desistir.

Maria voltou para o colégio. Ela não queria ir por medo do que diriam na escola depois do que aconteceu na boate, não queria estar ali e principalmente não queria encontrar Carlos mas era impossível, pois os dois frequentavam a mesma turma. Luana e Jennifer estiveram o tempo todo ao lado de Maria, a defenderam e a apoiaram querendo ter certeza se ela estava mesmo bem, mas entendiam que esquecer o que aconteceu não seria tão simples assim. Elas estavam no intervalo sentadas em um banco comendo um sanduíche quando Carlos se aproximou de repente.

— Mari... - ele disse sentando ao lado delas e Maria se levantou imediatamente num instinto de defesa.

— Sai daqui seu infeliz! veio me humilhar ainda mais? - ela gritou.

— Calma Maria, eu só quero bater um papo! - tentou se aproximar e ela se afastou.

— Deixa ela em paz cara! quando você vai aprender a respeitar uma garota? - Luana esbravejou. Os alunos ali presentes já se aglomeravam curiosos, todos sabiam do episódio na boate então qualquer coisa que envolvessem os três era motivo de reboliço, então Jennifer subiu no banco e começou a falar:

— As meninas merecem respeito! Machismo não!!

— É isso aí! uma garota gritou e em segundos a multidão formou um grande protesto, deixando Carlos humilhado e Maria aliviada com um sorriso no rosto. Depois da aula ela aguardava Heriberto chegar para buscá- la mas como ele estava demorando, Maria resolveu mandar uma mensagem.


De: Pimentinha

Para: H.R.B

"Ursão, já to aqui na porta do colégio te esperando há um tempão! Você não vem?"


Minutos depois, saindo do banho ele respondeu:


De: H.R.B

Para: Pimentinha

"Tive uma reunião de ultima hora e me atrasei. Passei em casa pra tomar um banho e já chego ai! Não sai daí hein?!"


Ao ler a mensagem Maria revirou os olhos, as amigas que estavam com ela tiveram que ir embora pois já estava ficando tarde e um professor até ofereceu em levá-la em casa mas Maria recusou, dizendo que logo o tio chegaria para pegá-la. O tempo passava e Maria começava a sentir medo, pois uns caras passavam em frente ao colégio e a olhavam de cima a baixo, a rua não estava movimentada, o que piorava ainda mais aquela sensação, então ela resolveu pegar um ônibus e ir embora sozinha já que não morava tão longe dali.

Enquanto isso Heriberto se apressava colocando uma roupa mais confortável que o terno formal, pegou o celular e as chaves do carro para sair mas de repente a campainha do apartamento tocou, ele abriu a porta já que a empregada Lúcia estava de folga e seus olhos não podiam acreditar no que via, em quem via na sua frente depois de um tempo e que não havia significado nada para ele. Como ela tinha chagado ali se o que tiveram foi apenas uma noite estúpida de sexo quando ele viajou a trabalho e caiu em tentação porque foi um fraco?

— Você! - Heriberto arregalou os olhos tentando entender o que significava aquilo.

— Que bom que ainda lembra de mim, delicia! por que eu não me esqueci de você... - Lavínia sorriu e foi entrando - Nem eu e nem o nosso filho!

— Filho? Mas eu não... - a porta ainda estava aberta e ele foi interrompido por Maria que chegava cansada.

— Você demorou, então eu vim sozinha! - Maria beijou Heriberto na boca - Quem é essa daí? - ela quis saber assim que viu Lavínia sentada no sofá tirando o par de saltos para se sentir mais a vontade.

Maria ficou ali parada por alguns minutos sem entender quem era aquela desconhecida e principalmente de onde vinha. Ela conhecia a família de Heriberto e sabia que todos viviam distante do país, também sabia quem era cada uma das pessoas que trabalhavam para ele na empresa mas não entendia o que aquela loira com cheiro de perfume barato estava fazendo ali na casa de seu amor, isso a deixou confusa e inquieta por dentro pois a mulher era bonita. Heriberto não dizia nada, estava pasmo com o que Lavínia acabara de dizer, ela estava gravida e veio da França cobrar essa responsabilidade dele por conta de uma única noite que passaram juntos, um momento sem nenhuma relevância, nenhum sentimento, um momento de fraqueza.

Ali naquela sala de estar os minutos pareciam horas diante do silencio que rondava enquanto os três se encaravam analisando um ao ao outro até que Lavínia tomou a palavra querendo colocar a menina em seu devido lugar.

— Essa daí não, queridinha! Meu nome é Lavínia Montenegro! - Ela ia falar mais alguma coisa e estava com o sangue fervendo depois do beijo que viu Maria dar em Heriberto mas ele entrou no meio das duas antes que fosse tarde demais, pois ele conhecia bem o temperamento de Maria quando ficava zangada.

— Maria, entre e vá tomar o seu banho, está bem? Essa é uma amiga que veio nos visitar de surpresa. Não é mesmo Lavínia? - Os olhos dele encontraram os dela como duas faíscas e depois observaram Maria que pegou a mochila e suas coisas e foi andando direto para o quarto, porque sempre que Heriberto falava assim certamente não era coisa boa, mas depois ela descobriria.

A mulher concordou sem muita vontade, ela queria mesmo era acabar com aquele homem agora que viu com seus próprios olhos azuis que ele a "traia"  com uma ninfetinha. Ela deitou no sofá e esticou o corpo sorrindo para Heriberto de forma maliciosa. Ele já tinha visto aquela mirada antes e por isso mesmo arrancaria Lavínia de uma vez por todas de sua vida ou aquela situação sairia do controle. E ele só queria paz, não estava disposto a engolir mentiras, a viver de erros por um simples deslize que cometeu em um segundo de insanidade sem ao menos se lembrar se o ato realmente foi consumado ou não, foi tudo efeito da bebida.

— Levanta! - ele disse firme mas sem gritar, queria ao máximo ser discreto e ágil já que Maria estava ali e poderia aparecer a qualquer momento. Pegou o braço de Lavínia com força a fazendo ficar de pé e com o rosto bem em frente ao dela a encarou - Que merda é essa que você está fazendo mulher? Como chegou até aqui? O que quer?

— Eu só quero o que agora é meu, delicia! - ela sorriu mordendo o lábio para faze-lo cair no seu jogo de sedução - Você não achou que eu ia esquecer do que tivemos, hein? Foi tão gostoso ouvir você gemendo pra mim!

— Cala a boca! - Heriberto gritou mas logo baixou o tom assustado - Foi só sexo, nada mais! Foi um erro, eu estava perturbado, sozinho e tinha bebido. Isso, eu estava bêbado e o que aconteceu não significa nada pra mim assim como pra você também não!

A loira ouvia a tudo calada e a raiva de Heriberto só a deixava ainda mais louca por ele. A principio ela veio com a intenção de se dar bem porque sabia que ele era rico e tinha posses mas agora o seu interesse era bem mais que apenas dinheiro. Ela realmente gostou do que teve por alguns instantes na cama mas agora ela tinha uma adversária, o que tornou as coisas ainda mais interessantes. Ela o olhou e abriu devagar o botão da pequena blusinha que vestia, tinha seios fartos, bem desenhados e apetitosos que nesse instante não passavam despercebidos pelo olhar de Heriberto que deslizou rapidamente pela pele morena mas desviou-se para outro lado, negando aquela atitude como se ele estivesse cometendo um crime. Ela tentou um beijo mas foi rejeitada e levada pelos braços até o lado de fora do apartamento.

Maria tomava seu banho tranquila mas atenta e curiosa por saber mais sobre aquela "amiga" de Heriberto, se vestiu depressa com um vestidinho curto e confortável para estar em casa, prendeu os cabelos longos e negros sobre os ombros realçando o seu charme de menina e correu até a sala dando de cara com aquela cena.

— Tio Heriberto! - ela disse chamando a atenção dos dois para ela.

— Maria... - ele a olhou sem reação - Eu... - foi interrompido.

— Ah, então você é sobrinha do Heri? - Lavínia provocou se empurrando para dentro e ficando no meio da sala outra vez. Heriberto se calou, não sabia o que dizer, como ele ia contar para Maria que aquela mulher era resultado de uma noite de sexo sem importância? Ele já teve mulheres antes quando queria dando as suas escapadas depois do trabalho mas nunca contou a Maria porque tinha medo de magoá-la talvez. Ele nunca foi inteiro de uma mulher depois do efeito que Maria causava sobre ele, estava com outras e pensava nela o atiçando, tirando o juizo e a sua concentração quando ia encontrá-lo na empresa sem que a mãe soubesse. Ele não podia, ele a amava.

— Sim, prazer. - Maria a cumprimentou sorrindo mas seu encanto sumiu quando ela pode notar o quanto aquela mulher era realmente linda. Heriberto mentiria para ela? E que intimidade era aquela? Heri... Quem ela era para chama-lo assim?

— O prazer é meu, lindinha! seu tio estava fazendo a gentileza de me convidar pra jantar com vocês. - sorriu e ele arregalou os olhos fechando a porta.

Maria estranhou pois era sexta-feira e Lúcia já havia ido embora, geralmente no fim de semana eles não costumam jantar mas como Heriberto a convidou ela pensou e decidiu ir para a cozinha preparar a comida. Ela sabia cozinhar todo o tipo de refeição pois sua mãe Marina desde cedo a ensinou para que soubesse o necessário para cuidar de uma família e de um lar a vida delas nunca foi fácil e mesmo quase nunca cozinhando a menina se sentiu agradecida por saber pelo menos o básico, não sabia o que a visita relâmpago gostava de comer, então faria uma lasanha porque sabia que Heriberto gostava apesar de não comer com frequência.

Ele não disse nada mais uma vez. Perdeu a fala porque não sabia como sair mais daquela situação. Apenas viu Maria ir até a cozinha já sabendo o que ela faria pois era educada e aprendeu com a mãe a tratar bem as visitas de sua casa, independentemente de quem elas fossem. Lavínia sorriu largo para ele com um sentimento de vitória, mas a noite estava apenas começando e ele não ia escapar da vida dela assim sem mais nem menos.

O tempo foi passando e cada um sentou para um lado da sala de estar. Heriberto bebia doses de wisky sem parar deixando atona o seu desconforto diante dela que o olhava com cobiça como se ele fosse um objeto ou um pedaço de carne dando sopa a quem quisesse provar naquele instante. Vendo que ele não lhe dava atenção, Lavínia relaxou mais no sofá e ligou a tv para ver os canais como se estivesse em casa, ela não se importava com mais nada assim que notou que o homem a rejeitava por causa daquela garota, uma pirralha que nem peitos tinha direito para se exibir.

Na cozinha Maria terminava de montar a lasanha e a colocava no forno para assar quando sem querer se queimou com a alta temperatura e deixou escapar um gritinho. Heriberto quando ouviu correu apavorado até ela sendo seguido pela "amiga" que veio atrás mas que diferente dele não estava preocupada e sim curiosa pensando que aquela menina pudesse ser a arma perfeita para faze-lo ficar com ela e dar tudo o que desejava. Por sorte foi apenas um susto e Maria logo continuou a preparar o jantar, os olhos de Lavínia queimaram de ódio quando ela via o cuidado e a preocupação que ele tinha com aquela garota e se eles tinham algo mais ela iria descobrir.

O jantar transcorreu bem mas Maria não estava nada contente, ela percebeu que aquela mulher loira e bonita estava interessada no seu homem, pois não tirou os olhos dele a noite toda. Ela se oferecia e sorria para ele fazendo charme, Maria viu o que o decote da moça estava mais aberto que antes e que algumas vezes Heriberto a olhava tentando disfarçar, Isso a encheu de raiva e de um sentimento novo que a fazia querer avançar em Lavínia e arrancar a pele dela com as suas próprias mãos, percebeu que a ocasião era diferente de uma amiga da família visitando um parente, tinha ago mais ali por parte daquela impostora e depois de comer um pouco, Maria saiu da mesa e foi para o quarto alegando que estava sem fome. Heriberto quis ir atrás mas a outra não deixou segurando forte em sua mão, ele perdeu a paciência e colocou a mulher para fora de casa como um animal, estava triste e aborrecido por ter sua noite arruinada por uma vadia  sem importância e agora ele tentaria consertar depois de bater a porta sob os gritos de protesto de Lavínia.

— Você me paga, seu filho da mãe! você é meu e não de uma criança!! - E então ela se foi dali com toda a raiva e com a certeza de que em breve ia voltar.

No quarto, Maria se vestia com o vestido e a maquiagem mais ousada que conseguiu fazer. Durante o jantar todo ela notou como aquela desconhecida era bonita e atraente, notou que as vezes Heriberto a olhava mesmo que fosse com o olhar sério mas ele a olhava, então agora ela estava ali em frente ao espelho se arrumando. Quem saber assim, diferente e mais sexy como as amigas de Heriberto, ele a olharia? podia deixar de vê-la como uma menina, podia deixar de protege-la tanto e passaria a amá-la como uma mulher, como a mulher que ela estava se tornando a cada dia. Maria era bonita, linda e tinha por natureza um jeito único de ser que ela mesma já sabia que deixava aquele homem louco e suspirando por ela, mas ainda assim não era o bastante, não era o necessário para ter o seu amor para sempre do jeito que queria sem medo, sem dúvidas e reservas.

Ele entrou no quarto quando viu que a porta estava entreaberta. Chamou e o silencio permanecia até que a encontrou daquele jeito no closet se olhando no espelho e tentando arrumar a qualquer custo os pequenos e belos seios em uma lingerie que não era o perfil dela. Maria tomou um susto assim que o viu parar atrás de si com uma cara nada boa.

— O que está fazendo, pimentinha? - ele a olhava mas estava diferente, aquela imagem exuberante não era a dela, a sua doce pimentinha e Heriberto se preocupou.

Ela respirou fundo e quando virou de frente deixou a mostra a lágrima que insistiu cair de seus olhos verdes. O batom vermelho vivo contrastava com a face corada e marcada pela maquiagem, nos olhos um preto noite que tiravam de si a sua essência juvenil.

— O que acha? estou bonita? - ela murmurou e Heriberto se aproximou segurando em seu rosto - A sua amiga é bonita...

— Maria, o que está fazendo? por que isso agora? Você é linda mas não precisa dessa roupa, dessa maquiagem...- ele suspirou mirando aquele ar de desapontamento por arte dela.

— Ela é bonita, usa maquiagem e tem seios grandes... ela é sexy Heriberto e você olhou pra ela que eu vi. Você não me ama? Não gosta dos meus seios? - Maria pegou de leve as mãos dele e as colocou sobre seus seios - O que ela tem que eu não tenho?

— Pimenta! - O coração de Heriberto acelerou e ali com as duas mãos nos seios dela cobertos por aquele vestido, ele sentiu o ar faltar. Aquela não era a sua menina e ele a amava natural sem precisar de nada daquilo para se mostrar bonita porque isso ela já era, sempre foi desde que nasceu - Não precisa dessas roupas, de nada disso. Você é linda exatamente do jeito que você é! - tentou convence-la, mas Maria se afastou triste sentindo que nunca o teria por inteiro pois não era suficiente para ele - A onde vai?

— Sair... Já fiz o jantar pra você e sua amiguinha Lavínia! - Maria disse tirando o salto e colocando uma sapatilha, pegou a bolsa com o celular e saiu rápido fechando a porta antes que ele a impedisse.

— Maria!!! Está tarde!! Eu não quero você por ai sozinha! - correu para a sala mas ela não parou e saiu sem dizer para onde ia.

Heriberto sentiu ainda mais raiva, odiava que Maria fizesse aquelas coisas para pirraçar e deixa-lo doido procurando por ela. Uma hora passou e o relógio marcava 22 horas mas somente depois de muitas ligações recusadas por ela que ele se deu conta que por sorte havia colocado um rastreador no celular dela para que ele sempre soubesse onde ela estava quando saia assim. Ele pegou o celular e no programa rastreador, viu que Maria estava não muito longe de casa, a localização marcava um barzinho popular e conhecido por ser frequentado em sua maioria por jovens como ela. Então assim que teve certeza, Heriberto pegou as chaves do carro e saiu correndo como louco.

Quando chegou, ele avistou uma rodinha de rapazes e mocinhas rindo e gritando alegres sem parar, eles estavam de pé e alguém estava sentado rente a mesa bebendo goles e mais goles de cerveja e outras bebidas sem parar enquanto se podia ouvir os gritos de "vira, vira!"

Era ela, Maria. Bebendo como louca em busca de um alivio na alma e de uma felicidade que não era sua. Heriberto chegou perto e afastando os jovens, pegou Maria nos braços completamente bêbada, rindo para ele e batendo em suas costas para escapar. Ela não tinha mais consciência de si mesma e ele tremeu suando frio só de pensar o que seria daquela garota se ele não estivesse ali naquela hora.

Maria acabou dormindo, bebeu tanto que apagou assim que Heriberto a colocou deitada no banco traseiro do carro. Quando chegaram em casa ela ainda dormia balbuciando palavras sem sentido, completamente mole mas foi despertando assim que ele a levou ao banheiro para um banho de aguá fria.

— Maria, Maria!! - ele a carregava tentando mante-la em pé.

— O que foi, gostosão? - ela gargalhou se agarrando na camisa dele e quase o molhando todo assim que ele abriu o chuveiro gelado - Você é um gostosão desgraçado! - ela chorava ao mesmo tempo.

Com muito custo Heriberto conseguia tirar o vestido curto que ela usava colado ao corpo, ele a despia anestesiado pois pela primeira vez tinha uma definição ainda que não fosse completa de como ela seria nua. Linda, o corpo perfeito revelava a ele a mulher que ela era o fazendo lutar contra os pensamentos insanos de sua mente e com a ereção querendo aparecer. A deixou de lingerie, e depois de mutos risos e choros de Maria naquela água, ele sentia que ela precisava mais que tudo dele e nunca a deixaria sozinha por nada no mundo. Ele sempre estaria ali para ela e por ela, Maria era tudo.

Entrou com ela embaixo da água fria de roupa e tudo, a camisa branca e a calça social grudaram como um imã em seu corpo forte e fez Maria parar para olhar alguns segundos até que ela se agarrou forte a ele e foi erguida nos braços como um bebê, uma perna de cada lado do corpo másculo colado ao seu, ela respirou pesado e pousou a cabeça naquele peitoral sentindo todo o apoio e todo amor que aquele homem podia lhe dar. Heriberto era simplesmente perfeito, tudo o que ela precisava para ser feliz.


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Notas finais do capítulo

Continua...



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