Pimentinha - La Madrastra & Triunfo del Amor escrita por Mrs Belly


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

AVISO: Contém cenas fortes.



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Heriberto pegou Marina nos braços e ouvindo os gritos de desespero de Maria andando atrás dele, entrou com elas no carro e a toda velocidade foi para o hospital mais próximo. A garota foi no banco de trás com a mãe e passava a mão no rosto dela tentando obter algum sinal mas a mulher não respondia e estava ficando cada vez mais pálida.

— Maria, olha o pulso dela, vê se está respirando! - ele olhou rápido para trás e xingou o mundo quando o sinal fechou - Droga!

— Ela tá gelada, Heriberto! não sei com se faz pra ver pulso mas tá respirando! - chorava - Anda logo com esse carro! - gritou.

— Calma menina, se eu for mais rápido que isso vamos os três para o cemitério! - ele estava tão aflito quanto ela, mas não havia mesmo o que fazer a não ser dirigir até chegar ao hospital - Desculpa.

Em dez minutos eles deram entrada e Marina foi atendida pelo doutor Dionísio que logo chamou os enfermeiros para levar a paciente para a emergência. Ele era o médico mais competente daquele lugar e ninguém poderia ter duvidas de que Marina estava em boas mãos. Heriberto agarrou Maria pela cintura segurando com força e cuidado ao mesmo tempo, pois ela gritava e tentou entrar com a mãe, precisava cuidar dela como ela sempre fez consigo até aquele momento, mas foi impedida não tendo outra alternativa a não ser esperar por noticias ali naquela sala de espera sendo acolhida nos braços de Heriberto, do homem que amava e que estava ao seu lado em todos os momentos em que ele precisava estar presente.

— Calma Maria... minha pequena Maria. A sua mãe vai ficar bem, você vai ver, ela é forte e guerreira! Logo estará aqui com a gente e tudo não passará de um mal súbito. Ela tem trabalhado demais e se preocupado também. - ele disse sentido, mas era verdade.

— A culpa é mesmo toda minha! se eu não tivesse saído de casa, se ela não tivesse me pegado no seu quarto aquele dia, nada disso estava acontecendo.

— Esteve no meu quarto e ela te pegou lá? - respirou fundo - Calma, não é sua culpa Maria, vamos esperar o doutor vir aqui falar com a gente, não adianta se martirizar, vem cá meu amor. - Heriberto a abraçou novamente e ficou acariciando os cabelos negros dela até ver que ela adormeceu em seus ombros. A chamou de meu amor sem perceber mas ela sim, que sorriu fraco sem forças mas feliz por dentro em saber que de alguma maneira ele a amava.

Algumas horas se passaram e nada dos médicos virem dar alguma noticia sobre o estado de saúde de Marina. Aquela demora já estava angustiante demais para a menina que cochilou nos braços de Heriberto e depois acordou assustada por ter tido um pesadelo. Ele deu todo o apoio que ela precisava naquele momento difícil e assim sempre o faria como prometeu a mãe dela mais cedo.

— Calma. Vem vamos tomar uma água e comer alguma coisa. Está com fome? - beijou a testa dela.

— Sim. - secou as lágrimas e foi com ele até uma lanchonete que tinha ali mesmo dentro do prédio.

Quando voltaram, Heriberto apoiava o corpo de Maria estando abraçado a ela e eles passaram o corredor quando foram parados pelo médico Dionísio que chegou ali com um ar cansado e uma cara nada boa.

— Vocês estão acompanhando a senhora Marina Fernandez?

— Sim doutor. - Heriberto confirmou.

— O que a minha mãe tem que você demorou tanto pra voltar? - Maria agarrou o colarinho do jaleco do homem que olhou pra ela sem protestar. Ele entendia o lado dela e sabia que o que ia ouvir não seria mesmo fácil, então resolveu ponderar.

— Maria calma! - Heriberto a segurou firme tirando a menina de cima do homem - Desculpe doutor, ela está nervosa.

— Tudo bem. O que a mocinha é sua?

— Ela é... - olhou Maria e pensou no que disse a mãe dela - É minha filha!

Maria encarou Heriberto sem entender, mas estava preocupada demais para brigar com ele sobre aquela mentira e deixou para depois. Dionísio encaminhou os dois para o quarto em que a mulher estava e assim que viu a mãe, ela começou a chorar. Não tinha consciência, estava mais pálida  e nem parecia respirar mas estava viva. O médico chamou Heriberto e Maria para fora do quarto. Pediu calma e deu a noticia, era difícil mas ele já estava tão acostumado a aquele tipo de coisa em sua profissão que, foi logo dizendo pois se esperasse mais um minuto para responder, a garota o mataria enforcado.

— Bom, a senhora Marina Fernandez apresenta um quadro avançado de câncer. Na verdade já em fase terminal e nós já fizemos de tudo, mas infelizmente...

— Nãoo!!! Por favor não!!! A minha mãe não!!!! - Maria gritou e correu para a cama dela mas Heriberto foi mais rápido e a segurou impedindo que aquela dor fosse ainda pior.

— Maria!!!

— Senhorita por favor! - Dionísio pediu - Leva-a daqui rapaz, eu sinto muito e sei que não é fácil mas a paciente precisa descansar.

Heriberto assentiu e saiu com Maria em seus braços chorando e se debatendo para estar com a mãe. Aquilo não podia ser verdade, por vezes ela viu a mãe se sentir mal e alegar não ser nada, apenas um mal estar e agora ela se culpava por isso. Por que não insistiu e não fez a mãe ir ao médico? Talvez agora nada disso estava acontecendo.

— Me larga, eu quero ver a minha mãe! Quero ficar com ela! - chorava e ele a colocou sentada em uma cadeira e ficou ao lado dela.

— Nós não podemos vê-la agora Maria, ela precisa descansar e eu sinto muito. - Heriberto estava tentando se manter forte para apoiar sua menina mas não estava mais conseguindo ocultar que aquela terrível noticia destruiu tanto o seu coração assim como o dela, então abraçados, ele deixou as lágrimas caírem enquanto em sua cabeça rodava o filme da conversa que teve com Marina na sala de casa horas antes e também de todos os anos em que ela cuidou dele com tanto carinho e atenção enquanto trabalhou em sua casa. Daria tudo para não ver aquela mulher sofrer e para que ela estivesse bem ali com eles, mas infelizmente a vida coloca provações no caminho e essa estava sendo para ele sem duvida a pior que já viveu em toda a sua existência.

Maria não quis ir para casa mesmo com toda a insistência do médico que garantiu que sua mãe estava e que só acordaria no dia seguinte, então Heriberto ligou para sua secretária e desmarcou todos os eventos e reuniões que ele teria na empresa pelas próximas duas semanas. Ele sabia que tanto Marina quanto Maria precisariam dele, então quis deixar tudo de lado por um tempo porque estar com elas agora era o mais importante e assim, depois de terminar a ligação, dormiu sentado na sala de espera do hospital com Maria em seu colo.

No dia seguinte logo cedo o doutor veio até eles para avisar que Marina tinha acordado e que chamava pela filha. Os dois acompanharam o homem e chegando na porta do quarto, Heriberto abraçou Maria e entrou com ela segurando firme em suas mãos pequenas e geladas. Ela tinha medo, não se imaginava sem a mãe e assim que a viu correu até ela e a abraçou forte, com carinho, com amor.

— Mamãe! - Maria soluçava tocando o rosto dela.

— Maria, minha filha! Eu te amo tanto! Tanto! - chorou agarrada a ela e viu Heriberto em pé ali atrás - Seu Heriberto, vem cá! - chamou e ele foi ficando ao lado de Maria perto da cama - Eu quero te pedir uma coisa. - A voz estava fraca e quase nem saia mas era preciso dizer aquilo.

— Marina por favor, shiiuu... não precisa dizer nada, descansa, você vai ficar bem! - ele disse emocionado.

— Mamãe, por favor... - Maria a abraçou sofrendo.

— Quero que cuide dela... cuide da minha filha Maria como se fosse a sua filha, olha ela pra mim...

— Marina... - ele ia dizer mas ela interrompeu.

— Por favor... - os aparelhos começaram a apitar e Maria agarrou a mãe desesperada enquanto Heriberto correu para chamar os enfermeiros e o doutor.

— Mãe!! Não, não me deixa!! - soluçava e Marina a olhou nos olhos antes de ir.

— A mamãe te ama muito, minha menina! E sempre vai estar com você! - os olhos fecharam.

— Um médico, por favor!!!

— NÃÃOOO!!!!! MÃE!!!!

Algumas semanas se passaram desde que a dona Marina se foi, deixando um mar de dor e solidão no coração de sua filha. Maria não comia direito e não saia mais de casa, abandonou os amigos com quem gostava de se divertir e isso estava deixando Heriberto cada vez mais preocupado com ela. Desde aquele dia ele assumiu um compromisso e não deixaria que nada faltasse para aquela menina, uma jovem que ele aprendia a amar cada vez mais ainda que a sua razão dissesse que não deveria mas estava cada vez mais próximo dela.

Heriberto contratou uma nova empregada para cuidar dos afazeres da casa e se certificar de que Maria estava se cuidando e se alimentando enquanto ele saia para trabalhar. Lúcia era jovem e estava precisando muito de emprego quando Heriberto colocou o anuncio no jornal. Ela vem de família simples e acolhedora, vive sozinha e não tem filhos, passou a morar no apartamento e tentava de todas as formas se aproximar e ser amiga de Maria mas a mesma não dava a mínima importância para ela. Estava doída demais, tendo que conviver com uma nova realidade sem sua mãe que sempre a cuidou e aconselhou para que ela se tornasse uma mulher honesta e de caráter, então era compreensível.

— Lúcia, como a Maria está? - ele ajeitava a gravata justa ao pescoço quando viu a empregada passar em frente ao quarto e chamou por ela.

— A senhorita Maria ainda não acordou, seu Heriberto. A porta do quarto está trancada... - suspirou - Não deve ser fácil perder a mãe da forma que ela perdeu - olhou triste.

— Não é mesmo. Marina foi a melhor e mais generosa das mulheres que eu já conheci na minha vida, devo muito do que sou hoje a ela que sempre me deu os melhores conselhos. - olhou no espelho - Acha que essa gravata combina com a camisa que eu escolhi? - olhou a mulher e ela sorriu.

— Deixa eu ver... só mais alguns ajustes e está perfeita. - arrumou a gravata nele - Bom, o que vai querer para o almoço?

— Eu não vou almoçar em casa hoje, Lúcia. Obrigado. Vou levar Maria para sair um pouco, ela está precisando espairecer...

Lúcia assentiu e foi até os seus afazeres. Heriberto suspirou terminando de se arrumar e estava preocupado com Maria, ele recebeu uma ligação mais cedo de alguns parentes distantes dela e eles disseram que queriam conversar, assim Heriberto marcou de encontrá-los em um café antes de seguir para o trabalho na empresa. Ele andou até o quarto e a porta já estava aberta, tocou a maçaneta e entrou, sentindo seu coração partir ao ver Maria encolhida entre os lençóis chorando, foi até ela e sentou-se na beira da cama.

— Maria... - tocou o rosto della fazendo carinho e a menina se moveu na cama sem abrir os olhos.

— Heriberto, me deixa. Eu não quero comer, não quero ver ninguém, não quero nada!

— Olha pra mim Maria! - pediu e ela olhou - Eu sei que não é facil, eu tambem sinto muito a falta dela mas a vida precisa seguir. Levante, tome um banho e esteja pronta, meio-dia eu passo aqui para te buscar, vamos sair um pouco.

— Ah não! eu não quero ir. - ela reclama e ele se levanta para sair. - Onde vai? - Maria tocou a mão dele e ambos sentiram um pequeno arrepio, nos ultimos dias estavam mais próximos e gostavam cada vez mais de estar na companhia um do outro, Heriberto cuidava dela com carinho mesmo com suas rejeições, ele estava sendo paciente e estava disposto a tomar uma decisão importante.

— Seus tios Hernesto e Ana me ligaram e querem conversar comigo.

— O que? Eu não vejo esses dois há séculos! eles nem gostavam da mamãe porque somos pobres. - baixou o olhar e ele tocou seu rosto a fazendo olhar em seus olhos.

— Eu não sei o que querem, mas se sabem que você está comigo é porque sua mãe manteve contato com eles.

— Eu tenho medo! - o abraçou e Heriberto beijou-lhe a testa - Promete que não vai me deixar nunca?

— Prometo minha menina. - sorriu - Minha doce pimentinha!

Os olhos de Maria brilharam e ela se sentia extremamente segura com ele. Os dois se olharam perdidos um no olhar do outro até que ela se aproximou para aprofundar aquele momento de carinho em um beijo. Há muito tempo queria isso, ela o amava mas o que sentia não era apenas uma paixão adolescente ou platônica, do contrário Heriberto não a corresponderia. Ele tocou suavemente os lábios dela e beijou sem pressa, foram vários beijinhos até que Maria o abraçou pedindo mais e o beijo tomou forma e textura, firmando o amor que existia entre ambos mas que até o mmento não tinha florido e as mãos dele passeavam pelo corpo pequeno dela até que o ar faltou e se separaram.

— Maria, não podemos... - ela tocou os lábios dele com o indicador.

— Não está errado, eu sei que você também me ama. Heriberto, em breve será o meu aniversário de dezoito anos! Eu já sou uma mulher! - sentou no colo dele e o beijou no pescoço - Você é tudo o que eu tenho agora, não me despreza por favor.

Heriberto sentiu que não poderia resistir se não saisse daquele quarto, tanta proximidade mexia muito com ele assim como os beijos que chagaram a trocar e ver Maria crescer e se tornar mulher diante de seus olhos era o mais dificil para ele. Tirou ela de seu colo e saiu rumo a cafeteria antes que fizesse uma besteira. Maria suspirou e mais uma vez as lágrimas caiam, ela não queria ser rejeitada, precisava daquele homem ao seu lado mas não queria ser apenas como uma criança para ele, odiava isso mais que tudo!

— Se você não me quer ursão, então tem quem queira! - Estava decidida e se Heriberto não a queria como mulher então ele ia sofrer as consequências.

Uma hora depois Heriberto já esperava os tais tios de Maria na cafeteria e já ia embora cansado de tanto esperar quando finalmente chegaram. O homem mais parecido a um hippie fora de época com uma calça rasgada e o cabelo desarrumado e a mulher vestida como uma perua exibindo as suas bijuterias. Sentaram-se cada um em uma cadeira e cumprimentaram Heriberto que sorria educado.

— Desculpa o atraso seu Herivelto! - disse o homem estendendo a mão calejada a ele.

— Heriberto! - sorri - Tudo bem. Então o que desejam tratar comigo? Podemos ser breves? porque daqui a pouco tenho que estar na minha empresa - chamou o garçom e pediu um café para cada um.

— Você é dono de empresa, dessas grandes e cheia de luxo com caras engravatados andando pelo corredor? - se interessou Ana, ajeitando-se na cadeira e cutucando o marido para dizer que estavam com sorte.

— Sim, mas imagino que não me chamaram até aqui para falar sobre mim e sim sobre o futuro de Maria.

— Sim a menina. - Ana começou a falar - Não somos muito próximos dela mas Marina era minha irmã, que Deus a tenha! E Hernesto e eu somos os únicos familiares que podem ficar com ela.

Quando ela disse isso o coração de Heriberto apertou e ele se sentiu incomodado. Como assim ficar com ela? Marina havia confiado nele para cuidar de sua filha e assim ele faria mesmo não tendo o sangue dela em suas veias, então ele iria lutar por isso.

— Vocês querem ficar com ela? - a respiração se alterou.

— Sim, a menina é menor e temos o direito de ficar com ela. - Hernesto pontuou bebendo com vontade o café que foi servido, fazia barulhos com a boca e não era nada elegante.

— Claro, mas quero que saibam que Marina antes de partir, deixou Maria sobre os meus cuidados. Elas moravam na minha casa nos últimos meses e eu vi a menina crescer, sempre ajudei as duas e isso não será diferente, Maria vai terminar os estudos e eu garanto que nada vai faltar a ela. - Heriberto tinha esperanças de que os dois desistissem, era verdade que os tios podiam e deveriam assumir a guarda da jovem até ela atingir a maior idade, ter a sua própria vida e responsabilidades, mas o coração dele dizia que não devia desistir dela e que mesmo que quisesse já não poderia estar longe, acordar de manhã e vê-la andando por seu apartamento, então ele percebeu que realmente a amava.

— Estamos dispostos a ficar com ela e você pode dar uma quantia se quiser ajudar. - sorriram e o olhar de Heriberto perdeu a cor - Nosso advogado vai falar com o senhor e a gente se vê na audiência.

— Até mais bonitão! - Ana sorriu e ia se despedir quando foi puxada pelo marido e se foram sem olhar para trás.

O objetivo daquela conversa era abrir mão de Maria definitivamente mas ao longo da conversa mudaram de ideia e essa era a oportunidade que eles estavam tendo de se dar bem, Heriberto era rico e queria ajudar Maria, assim seria mais fácil e com a causa ganha poderiam lucrar as custas da garota.

Heriberto seguiu para a empresa e se trancou em sua sala pedindo para não ser interrompido. Ele não conseguia se concentrar em seus afazeres mas ficou ali em sua cadeira pensando no que iria fazer para vencer aquele obstáculo, ele não imaginava que correria esse risco, sabia que Marina tinha parentes distantes mas eles nunca a procuraram antes e agora estavam ali exigindo ter o que ele mais gostava, o que mais amava e que não conseguiria viver sem.

— Eu não posso perder Maria! não posso! - O celular tocou e ele foi desperto de seus pensamentos, nas mensagens uma foto de Maria vestida com um vestido curto e colado no corpo, uma maquiagem marcante e saltos nos pés. O sangue dele ferveu e Heriberto se perguntou "que merda era aquela?" , até que o aparelho apitou novamente com os seguintes dizeres:


De: Pimentinha

"Estou saindo com uns amigos do colégio, sei que está ocupado. Não sei a que horas vou chegar! Beijo, te amo!"


De: H.R.B

Para: Pimentinha

"O que? Eu ia te buscar pra sair, lembra? Vai com quem? Não quero saber de você com aqueles moleques!"


De: Pimentinha

Para: H.R.B

" com ciúmes, tio? kkkkk Não é vc que diz que eu tenho que sair de casa?"


De: H.R.B

Para: Pimentinha

"Sim mas hoje eu desmarquei as reuniões para ficar com você! Além disso, precisamos conversar sobre os seus tios!"


De: Pimentinha

Para: H.R.B

" chegaram! preciso ir, nos vemos a noite. Te amo meu ursão!"


O que era aquilo? Heriberto ligou e tentou falar com ela mas Maria desligou o celular. Ele sabia que ela não estava bem e ele mesmo dava conselhos dizendo que ela podia sair com as amigas para se divertir quando quisesse mas a palava "amigos" nas mensagens dela, diziam a ele que haveriam rapazes e que isso poderia dar errado. Heriberto ligou mais algumas vezes mas não obteve sucesso, saiu para almoçar sozinho e imaginava Maria sozinha em diversas situações, o que era estranho, e ele sentia que deveria estar com ela.

A noite caiu e ele foi para casa, Lúcia fez o jantar e esperava apenas que ele e Maria chegassem para ela enfim poder se recolher. Heriberto chegou já largando os sapatos e a camisa pelo sofá da sala, chamou por Maria e Lúcia dissse que ela havia saido mais cedo com um rapaz e duas moças  e ainda não tinha retornado. Aquelas palavras só serviram para deixá-lo ainda mais nervoso e preocupado, Maria ainda não sabia de nada da vida e muito menos dos perigos que ela oferece na juventude, ele deveria ter conversado com ela antes sobre essas coisas, riscos e prevenções mas no meio de tanta tristeza e de tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, não pode fazer.

Enquanto isso, Maria dançava animada em uma boate ao lado de Carlos, Luana e Jennifer quando as duas amigas se afastaram para ficar com outros caras e ela ficou ali sozinha no meio da multidão com Carlos. Ele a oferecia bebida desde que chegaram ali e ela engolia tudo fazendo cara feia mas estava feliz, não sabia se pelo álcool ou por se sentir livre e independente, dançou mais um pouco até que o rapaz se encostou mais nela e começou a passar as mãos por seu corpo em tom de malícia.

— O que está fazendo, Carlinhos? - ele tentou beijá-la - Eu não quero!

— Qual é gatinha? Relaxa e vamos nos divertir! - ele sorriu e a puxou pela mão até um canto mais afastado ficando sozinho com ela sem ser interrompido.

Maria virava o rosto para o lado tentando impedir que Carlos a beijasse, fazia força para se manter longe e ele a agarrava beijando sua boca e pescoço enquanto prendia o corpo dela contra a parede da boate. A música estava alta então ninguém a ouvia gritar até que o celular tocou e ela conseguiu se afastar para atender.

— O que pensa que tá fazendo, Maria? Não vai atender ninguém agora! - ele tentou pegar o telefone das mãos dela.

— Me solta, é o Heriberto! preciso atender ele!

— Aquele coroa? - gargalhou - Está dando pra ele? Por isso não me quer?

— Cala a boca! - Ela deu um tapa forte na cara dele e na briga a ligação foi aceita, Heriberto a chamava e podia ouvir o som de música alta e muitas pessoas falando até que ouviu um grito e a ligação caiu deixando-o apavorado e com medo de que algo de ruim acontecesse a Maria, então ele pegou o carro e saiu dirigindo pelas ruas da cidade até encontrar ela.

Carlos jogou o celular de Maria no chão e a agarrou com força, ele sempre gostou dela e até se declarou mas ela nunca deu a minima dizendo que eram só amigos e isso o enchia de raiva. Agora ela seria dele de uma vez por todas! Puxou a calcinha dela para o lado assim que a encostou mais na parede e ergueu o vestido até a cintura para ter acesso ao que queria. Maria gritava e uns caras até apareceram ali onde eles estavam mas não para ajudar e sim para assistir a cena de uma virgenzinha se tornando mulher. Carlos prendeu os pulsos dela e um cara veio por trás segurá-la enquanto ele baixava a roupa para fazer o serviço, deu uma e depois outra estocada para dentro dela mas Maria apertava as pernas impedindo que ele fosse mais fundo e realizasse o ato diante dos olhos maléficos daqueles caras que viam aquela tortura e aquele abuso como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Tempos depois após ter rodado alguns quilometros em desepero, Heriberto achou uma boate e entrou nela correndo, vasculhando cada canto até que achou Maria jogada no chão com o vestido acima da cintura e com manchas roxas pelo corpo. Ele se aproximou e a pegou nos braços, Carlos o viu sair com ela e deboochou rindo e se divertindo com aquilo, satisfeito por ter conseguido o que queria.

No carro Heriberto colocou Maria deitada no banco de trás e via ali que o pior tinha acontecido. Ela despertou e deu um grito se acalmando depois por ver que era ele e que não estava mais naquele lugar, Heriberto tentou a acalmar e dirigiu o mais rápido que pode para o hospital, precisava cuidar dela e não se conformava por vê-la daquela forma.

 

 


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Notas finais do capítulo

Continua...



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