Pimentinha - La Madrastra & Triunfo del Amor escrita por Mrs Belly


Capítulo 18
Capitulo 18




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Quem não gosta de ver um bom filme e de comer pipoca enquanto joga conversa fora com as amigas colocando a fofoca em dia, não é mesmo? Pois então foi exatamente assim que mais um dia da vida de Maria começou, se estendeu por toda a tarde e caminhava para o fim. Heriberto tinha ido trabalhar cedo e dar conta dos serviços infinitos na empresa além de todas as reuniões que sempre pareciam por qualquer motivo não ter mais fim, felizmente os negócios dele voltaram a prosperar e trazer frutos como, por exemplo, uma nova sede das empresas Rios Bernal fora do país.

Enquanto isso longe daquele monte de homens engravatados e ambiciosos, Luana, Jennifer e Maria choravam rios e mares de lágrimas pela morte do personagem favorito das e mocinho da história no filme de romance. Lúcia observava as três garotas de longe sorrindo enquanto preparava o café. As meninas eram lindas, inteligentes e cheias de sonhos para contar, falavam aleatoriamente quando o episódio acabou tomando aquele sofrimento fictício quase como uma parte de suas vidas.

Luana levantou do sofá indo até a cozinha para pegar mais pipoca, Jennifer esticava as costas no colchão colocado na sala e observava a amiga se mover igualmente com todo aquele tamanho de barriga.

— Credo Mari, olhando você assim parece até que vai explodir! – riu — Quando é que nossos sobrinhos vão nascer hein? Eu acho que já tá demorando demais!

— Ai Jenni, deixa de ser boba! Pelo que a Laura e o Doutor Daniel me falaram, isso é assim mesmo e essa barrigona aqui vai crescer até a hora que eles quiserem sair de dentro. – Maria riu, acariciando o ventre com amor e um brilho lindo nos olhos.

— Hum... – ela deu de ombros. Há muito tempo todas estavam muito ansiosas para ver os rostinhos das crianças, mas as semanas pareciam não colaborar nada para aquilo.

Maria se ajeitou melhor entre as cobertas, a barriga pesava bastante e ela vivia sempre reclamando de dor nas costas. Quando a amiga voltou com a pipoca o papo continuou seu rumo tudo estava tranquilo e não existia nada melhor para todas do que estar assim, juntas novamente mesmo depois que os estudos no ensino médio já tivessem acabado.

— Mas me diz Maria, e o Heriberto? Como que ele tá com a chegada desses bebês? Tá feliz ou tá te rejeitando por causa do barrigão? – Luana gargalhou, ela era mesmo uma safada e queria saber sempre dos mínimos detalhes.

— Ele tá muito feliz! – Maria a olhou, só agora entendendo o sentido daquela pergunta — Ai, larga de ser safada, não vou falar disso com vocês! – jogou uma almofada nelas.

— Boba! – as meninas riram e assim o tempo passou.

— Eu vou ao banheiro... – Maria disse depois de alguns minutos — Me ajuda aqui amiga! – estendeu a mão para Luana e Jennifer a ajudou a se apoiar.

— Quer que eu vá com você?

— Não precisa! – ficou em pé, mas de repente ela sentiu algo quente passar pelo meio de suas pernas.

— Não mesmo! – Jenni pontuou rindo e Heriberto chegou colocando o paletó na mesinha ao lado da porta.

— Boa noite meninas! – ele sorriu se aproximando para beijar Maria — Tudo bem amor? Aconteceu alguma coisa meninas? – as olhou preocupado pegando na mão de Maria quando viu a poça que se formou ali no chão.

— É que... Eu acho que não deu tempo de chegar ao banheiro... – Maria o olhou com vergonha e as amigas sorriam.

— Fazendo xixi no chão agora garota! – ele gargalhou, era impossível não se encantar cada vez mais pelo jeitinho dela.

Mais tarde...

Heriberto decidiu ajudar Lúcia com o jantar daquela noite então ele mesmo cuidou de decidir o cardápio principal e de sair para comprar alguns ingredientes que faltavam. Maria sentada em uma cadeira confortável na cozinha, conversava com a empregada animadamente sobre diversos assuntos como por exemplo a sua preocupação e ansiedade pelo nascimento dos filhos, a mulher simpática e atenciosa como era com ela desde que chegou para trabalhar ali tirava todas as dúvidas da jovem futura mamãe, sempre tendo o cuidado de acalmar e deixa-la tranquila para o parto que era um momento especial e abençoado na vida de toda mulher.

— Sabe Lu, eu tava pensando aqui como seria se a minha mãe estivesse aqui comigo, segurando a minha mão nessa hora. – ela tocou a barriga sentindo o bebê chutar – Eu sinto tanta falta dela, falta de tudo, dos momentos bons e até das broncas e dos tapas que ela me dava as vezes pra me fazer colocar a cabeça no lugar. – riu se lembrando emocionada.

— Eu tenho certeza que ela vai estar no seu lado minha linda. Ela vai estar, pode ter certeza! – Lúcia sorriu para ela enquanto picava as cebolas.

Maria sorriu aliviada, ter Marina ali era mesmo tudo o que ela mais queria mesmo que em seus pensamentos, sua querida mãe era eterna e para todo o sempre a pessoa mais importante de toda a sua vida.

Heriberto também não demorou a chegar e com seu sorriso alegre anunciou para as duas que trazia consigo além do que fora comprar para o jantar, uma grata e linda surpresa, vozes conhecidas e alegres foram ouvidas e logo deram forma a duas pessoas que Maria amava muito e que já há algumas semanas não via por conta da correria do dia a dia.

A mulher trazia nas mãos um ramo de flores lindo para enfeitar a mesa e dar mais vida a aquele lar, uma jóia que de pedrinhas que ficou linda no pescoço de Maria e também uma pequena sacolinha com presentes e roupinhas para as crianças que estavam prestes a nascer. Já o homem que veio logo atrás fazendo graça do jeito de Heriberto, trouxe consigo além de uma lembrança, um coração cheio de admiração e carinho, bom humor e um jeito simples que só ele mesmo podia ter. Maria os abraçou bem apertado, ela não se levantou da cadeira porque se sentia cansada mas os recebeu com um amor e uma gentileza sem tamanho.

— Titia, que alegria te ver aqui na minha casa! – a beijou cumprimentando também Hernesto — Pensei que nunca aceitariam vir aqui.

— Imagina Mariazinha, eu não podia deixar de vir ver vocês. Heriberto disse que podíamos fazer uma surpresa e jantar com vocês, por isso eu trouxe esse pavê de chocolate com morango que você tanto adora! – Ana sorriu mostrando a ela e entregando a Lúcia para que guardasse na geladeira.

— Ahh... Eu sou maluca por esse doce! Como você advinhou que eu estava morrendo de vontade? Mas Heri não me deixou comer. – implicou piscando e mandando beijo para ele que estava ali ajudando a preparar tudo como podia.

— Mas hoje você pode, pode tudo meu amor!

— Obrigada titia! – sorriu — O que tem aí nessas sacolas?

— Ah, isso são uns mimos que eu trouxe pros nossos pimpolhos. Olha esse macacãozinho vermelho, não é uma gracinha?

— Ah que lindo, tia! Marina vai ficar uma princesa nesse aqui.

***

— Nossa, mas esse jantar tá maravilhoso! – Ana se deliciava com a carbonara que tinha sido preparada.

— Humm, eu tenho que concordar viu, tem muito tempo que eu não tiro a barriga da miséria! – Hernesto se serviu de mais comida, Ana o fuzilou com o olhar e ele soube que dali não sairiam boas palavras.

— Quem te vê falando assim até pensa que tá passando fome em casa, traste! – o beliscou e Maria e Heriberto caíram na gargalhada.

— Deixa ele tia! Até porque é verdade mesmo, isso está uma delicia e você não é lá uma chefe de cozinha.

— Ora! Até você? Que calúnia! E você não fala nada Heriberto? Essa menina é impossível! – riu e voltou a comer.

— E eu não sei disso, Ana? Essa aí de anjo só tem a cara eu posso te garantir.

Heriberto a olhou e Maria mordeu os lábios provocando.

O restante do jantar se seguiu muito bem e juntos todos puderam conversar, contar as novidades e matar as saudades dos tempos em que não se viam. Maria se empanturrou de comer doce e só não comeu metade da travessa de pavê porque Heriberto não deixou. Na sala conversavam tomando um bom vinho francês enquanto Maria os observava distraída com qualquer coisa até que depois de muitos risos e votos de prosperidade e saúde para a mãe e os bebês, chegava a hora de se despedir porque logo nasceria mais um dia e mais uma oportunidade para ser feliz.

Assim que eles foram embora e tudo se aquietou, Heriberto conversava com Maria em sua cama enquanto fazia uma massagem nos pés dela depois de tomarem um longo e delicioso banho juntos.

— Então finalmente nós vamos ter a chance de expandir a empresa para fora, amor. Eu esperei tanto por isso você não tem ideia. – ele contava com os olhos brilhando.

— Que bom amor! Você é um ótimo empresário e merece muito isso! – ela sorriu sentindo o corpo relaxar perto dele.

— É... Mas eu também devo boa parte disso ao Rodrigo, ao Fernando e ao Júlio César que sempre estiveram do meu lado principalmente quando eu fui preso e...

— Ei, não vamos falar disso... – Maria o fez olhar para ela — O que importa é tudo o que tá acontecendo agora, isso sim é muito bom e eu fico feliz por vocês. Aliás mudando muito de assunto, o Rodrigo já parou de safadeza com a Grazi
pelos corredores daquele lugar? – riu.

— Maria, se eu te contar o que eu peguei ele fazendo esses dias você não vai acreditar!

— Vai, agora me conta. É fofoca das boas?

Ele soltou os pés dela e se ajeitou na cama ficando ao lado enquanto contava o acontecido, Maria riu tanto que mal pode se conter e quase fez xixi outra vez onde não devia. Juntos e falando sobre assuntos aleatórios muitas vezes os dois pareciam duas menininhas fuxiqueiras, mas era tão bom estar assim conversando distraidamente que nem viam o tempo passar, tanto que segundos depois já estavam aos beijos deitados na cama. Maria o olhava apaixonada e sussurrava coisas bonitas acerca de seus sentimentos por seu grande amor, enquanto ele não era nada indiferente e não ficava nem um pouco atrás em matéria de romantismo. A vida e todas as tempestades também contribuíram de certa forma para que agora estivessem assim mais unidos e confiantes um no outro como acontece em histórias lindas de amor verdadeiro.

Heriberto hora a beijava tocando o corpo dela com carinho, hora a fazia sorrir arrepiada com aqueles gestos que a davam prazer e pequenos "choques" em cada cantinho que as mãos dele tocavam. Ela ficava sempre por cima e sentada sobre as pernas dele esticado na cama, curtia esse momento como se nada mais além deles dois e da família que construíram importasse.

Até que...

— Ah Maria... – Heriberto a fez parar o beijo de uma hora para outra — Xixi em mim não dá, poxa! – a olhava e ela se ergueu para olhar também, foi tão rápido que sequer percebia que alguma coisa saia dela e molhada os dois.

— Ai meu Deus! – ela saiu de cima dele — Eu não tô fazendo xixi em você não Heri, eu acho que isso aqui é o que a Laura me disse que ia sair quando eles fossem nascer! – arregalou os olhos e o viu se levantar a apoiando apavorado com a mão no coração.

— Socorro! E agora Maria? Você está sentindo dor? Foi a bolsa.. calma, espera eu vou pegar a chave do carro, a mala dos nossos filhos, os documentos e... – Heriberto não parava de falar, mas continuava parado ali no mesmo lugar.

Maria voltou a se sentar na cama e só então sentiu uma pontada não tão forte mas que logo ganharia intensidade.

— Então anda logo homem!! – o empurrou de perto dela — Ou seus filhos nascem aqui nesse quarto!

Ela suspirou, tocou a barriga e ao lado da cama na cabeceira alcançou um pequeno porta retrato de uma fase muito feliz que viveu ao lado de sua mãe Marina.

— Ai mamãe, me ajuda. – suspirou sentindo a dor aumentar aos poucos — Segura a minha mão e não deixa nada de ruim acontecer com meus filhos... – as lágrimas desciam por seus belos olhos verdes como estrelas — Seus netos, Louis e Marina!


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Notas finais do capítulo

Continua...



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