Pimentinha - La Madrastra & Triunfo del Amor escrita por Mrs Belly


Capítulo 19
Capitulo Final


Notas iniciais do capítulo

Contém temática espiritual.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/799307/chapter/19

— Ai meu Deus! – ela saiu de cima dele — Eu não tô fazendo xixi em você não Heri, eu acho que isso aqui é o que a Laura me disse que ia sair quando eles fossem nascer! – arregalou os olhos e o viu se levantar a apoiando apavorado com a mão no coração.

— Socorro! E agora Maria? Você está sentindo dor? Foi a bolsa.. calma, espera eu vou pegar a chave do carro, a mala dos nossos filhos, os documentos e... – Heriberto não parava de falar, mas continuava parado ali no mesmo lugar.

Maria voltou a se sentar na cama e só então sentiu uma pontada não tão forte mas que logo ganharia intensidade.

— Então anda logo homem!! – o empurrou de perto dela — Ou seus filhos nascem aqui nesse quarto!

Ela suspirou, tocou a barriga e ao lado da cama na cabeceira alcançou um pequeno porta retrato de uma fase muito feliz que viveu ao lado de sua mãe Marina.

— Ai mamãe, me ajuda. – suspirou sentindo a dor aumentar aos poucos — Segura a minha mão e não deixa nada de ruim acontecer com meus filhos... – as lágrimas desciam por seus belos olhos verdes como estrelas — Seus netos, Louis e Marina!

***

Com toda a certeza ninguém nunca imaginou o tamanho da felicidade que a vida de Heriberto ganhou agora que ele finalmente podia ser chamado de papai pelos quatro cantos de todos os lugares que ele fosse. Em seu semblante se via apesar do cansaço dos primeiros dias com dois bebês em casa, uma expressão de gratidão e de admiração por tudo o que estava vivendo ao lado de Maria e também pela força que ele viu crescer mais ainda sobre ela afinal, ser mãe é mesmo se tornar a pessoa mais leoa do mundo. O parto foi lindo! E Maria pode ter mesmo aquela sensação tão boa e reconfortante que era ter mais uma vez a sua saudosa e querida mãe por perto, quem segurava a mão dela era Heriberto mas quem a dava coragem era Marina já que o pai por sua vez chorava muito mais do que todas as crianças recém-nascidas daquele hospital. Acredita que ele até teve um troço e desmaiou na hora em que o Doutor Daniel o chamou para ajuda-lo a cortar o cordão umbilical do filho que nasceu primeiro? Pois é, mas graças a Deus tudo saiu bem e agora a mãe e as crianças estão sendo tratadas em casa com todo o amor e cuidado que pode existir.

Ela foi forte, muito forte porque as suas inseguranças a invadiram e por um segundo achou que não ia conseguir apesar do parto ter sido cesária. Foi forte porque apesar de ainda ter apenas dezoito anos, a sua garra e determinação ultrapassavam o universo... Maria Fernández foi forte e persistente por ela mesma e ainda mais por seus dois lindos filhos que são saudáveis e herdaram dela toda essa força e vontade de viver, estão lindos e depois de um mês eram a maior alegria da casa e definitivamente Maria tinha razão quando disse que a filha era sapeca. Louis era tão calmo e sereno que as vezes fazia os pais se levantarem da cama de cinco em cinco minutos só para ver se ele estava de fato vivo e respirando enquanto a irmã, tão linda como um dia a sua mãe foi nos braços da avó, só fazia chorar e chamar a atenção por sua intensa fome, trejeitos e traços que emocionavam e faziam os dois premiados de primeira viagem morrerem de amor por eles.

Hoje tudo segue bem e a noite chega feliz apesar da correria louca que era dar conta de duas crianças ao mesmo tempo. Ou devemos dizer três? Por que a essa altura quase já não é possível saber se Heriberto teria voltado a infância ou não. Tinha medo de tudo, receio de machucar o frágil corpinho dos filhos toda vez que Maria ou Lúcia o ajudavam a dar banho, receio de errar ou de quem sabe não ser um bom pai, o que era pura bobagem, pois de todas as formas ele seria perfeito ou pelo menos quase isso, vamos concordar. O que importa é que tudo faz parte e que principalmente cada estágio dessa nova vida sempre será lembrada. As brincadeiras e barulhos esquisitos para fazer os filhos sorrirem fazem parte, os acertos, os erros, as noites mal dormidas e até os dias de mau humor, tudo vale, tudo passa e bem depressa, a gente que não para pra ver.

Lúcia, o que dizer de Lúcia? A empregada que chegou na hora mais difícil da vida de Maria mas que com amor, dedicação e muita paciência ganhou créditos de boa confiança e conquistou um espaço vazio que faltou naquela família... Enfim, zero defeitos e nada mais! Isso porque durante todo o tempo ela tem sido para Maria e Heriberto o alicerce que os erguia e animava para continuarem indo em frente. Passou a trabalhar em período integral auxiliando Maria em tudo o que ela e as crianças precisavam, ensinava a dar banho, a trocar faldas, a cuidar com calma e atenção nos casos de febre e de cólicas e mesmo também cansada ela se via feliz como sempre era.

O bico do seio rachou, a cicatriz doeu, Marina estava doentinha, mas nada abalava Maria a não ser o fato da filha estar doentinha mesmo (risos). Ela estava durante todo aquele tempo em repouso e ainda ficaria por mais algumas semanas até estar bem para seguir de pé todas as suas obrigações, era teimosa, mas não sairia daquela cama por nada pois estava sendo muito bem assistida por Ana, Hernesto, Laura e Daniel, Luana, Jennifer e Heriberto, o "marido" e papai mais babão do universo. E isso é tão bom!

Afinal o que seria da nossa jovem garota terrível sapeca e safada pimentinha se não tivesse o dedinho de cada uma dessas pessoas ao longo dessa história? Eu não sei.

— Foi eu que sofri, ralei e senti dor e mesmo assim Louis nasceu com a sua cara! – Maria olhava para Heriberto com uma expressão indignada no rosto enquanto segurava o filho durante a segunda mamada.

— E isso não é maravilhoso? Eu sou lindo, olha só pro meu corpinho malhado, os meus olhos de anjo e o meu ar de príncipe. – ele brincou, parecia emocionado.

— Besta! Mas não deixo de concordar. – sorriu — Olha só como ele tá com fome, daqui a pouco não vai sobrar leite para a irmã.

— É verdade. – sorriu — Eu te admiro tanto Maria — a olhava amamentar — você é tão forte, tão linda, tão determinada que eu acho que não poderia querer alguém melhor que você na minha vida! – chegou um pouco mais perto se sentando ao lado dela na cama.

— Não mesmo! Não existe ninguém melhor que eu pra te amar tanto e pra aguentar as suas crises de meia idade! – mandou beijo para ele e olhou o filho dormir – Eu te amo e você é o melhor pai do mundo pros nossos filhos. – o beijou nos lábios com carinho — Me ajuda aqui com ele, faz arrotar e pega a Marina pra mim.

— Uhum... – ele pegou o bebê dos braços dela e Lúcia entrou no quarto depois de preparar o almoço.

— Licença Maria! – ela entrava afobada com o pano de pratos nos ombros – A sua tia está aí!

— Manda ela entrar Lu, eu já tô acabando aqui, é só dar mamá pra minha princesa.

***

DOIS ANOS DEPOIS...

— Marina, coloca o brinquedo no lugar minha filha! E Louis, vem tomar banho porque já o papai chega pra levar vocês à escolinha.

— Não mami, não quelo! – Marina a olhou com a boneca nas mãos. Ela era uma menina linda e muito esperta, saiu à mãe enquanto o irmão além de ter igualmente todas essas qualidades era de fato como o pai, o inverso, a calma em pessoa.

Ele corria pela casa enquanto Maria tentava a todo custo o alcançar, com a fralda na mão ele era só risos levado pelas ideias da irmã que a essa altura riscava as paredes do novo e espaçoso apartamento que agora eles moravam.

— Eu vou ficar maluca, Lu! – Maria levou as duas mãos a cabeça e se rendeu deixando o corpo cair no sofá.

Durante esses anos ela havia aprendido a ser mãe e principalmente e por fim entender como era para a mãe dela ter passado por toda aquela fase.  É claro que a árdua e linda jornada de mulher e mãe responsável estava apenas começando para Maria e aquela bagunça na sala de estar devido aos inúmeros brinquedos e travessuras das crianças não era nada se comparado a tudo que a avó dos dois passou para dar conta da criação e da boa educação da mãe deles, mas já era uma boa amostra de tudo o que ainda estava por vir por aí.

O dia seguiu e depois de buscar os filhos na creche particular em que eles estavam matriculados, Maria os arrumou com suas melhores roupinhas e os levou para visitar o filho de sua amiga Luana que acabava de dar a luz ao lado de Carlos Henrique que depois de tanto insistir acabou se casando com ela. Desde então muita coisa mudou, as coisas não eram as mesmas e nem as pessoas, Jennifer ao contrário da amiga Luana resolveu estudar fora e assim aprimorar os seus conhecimentos e sua paixão recém descoberta por moda, passarela e afins. Hernesto e Ana os tios de Maria, finalmente se casaram e com o esforço do próprio trabalho, juntos conseguiram se mudar para uma casa melhor, casa essa que finalmente era própria e que nunca mais os deixaria passar por qualquer dificuldade. Parece que os tempos de escuridão passaram, enfim.

Talvez ainda houvesse muitas coisas a se resolverem, mas a verdade era que o tempo é o único senhor de todas as coisas e somente com a passagem dele por nossas vidas podemos evoluir e ser felizes. E Maria era muito feliz agora graças a Deus.

Ela arrumava a casa e a música alta no rádio a fazia dançar com o rodo e o pano na mão, o arroz saboroso e quentinho ficava pronto enquanto o assado ainda cozinhava e a pequena Marina junto de seu irmãozinho Louis, se distraia com alguma coisa ali mesmo na sala até suas mãozinhas alcançarem um retrato e o levarem com seus olhos clarinhos ao coração.

— Vovó! Vovó Mali... – a menina dizia enquanto mostrava a foto ao irmão — Louis a olhou e depois sorriu, ao seu lado parecia enxergar alguma coisa até que chamou a atenção da irmã para olhar também.

A mulher sorria e seus olhos se enchiam de lágrimas ao olhar as duas crianças brincarem felizes, se sentou no chão com eles e suspirou admirando-se do quanto àquela menina loirinha se parecia com a sua filha, depois viu um brinquedo no chão, o retrato nas mãos dela e lhe mandou um beijo. Os pequenos sorriram e foram até ela enquanto de longe e alheia ao que estava acontecendo, Maria abria as cortinas da varanda e sentia a brisa entrar.

— Você gosta da vovó, Marina? – a mulher dizia enquanto olhava a garotinha brincar e dessa vez era Louis quem segurava o retrato.

— Sim! – ela disse.

— E você Louis?

— Eu gosto... – ele balbuciou encantado com a imagem dela.

— A vovó também ama muito vocês meus amores! Ama vocês e a mamãe de vocês mais que tudo! – sorria — Onde está a mamãe?

Louis apontou na direção em que Maria estava limpando as vidraças. A mulher a olhou e emocionada sorriu fazendo-a sentir a sua presença também naquele lugar...

— Eu te amo Maria! Minha filha, minha vida... E sempre vou estar aqui com vocês!

E assim ela se foi mas deixou ali uma paz sem tamanho, abençoando com amor a felicidade de sua amada filha Pimentinha.

 

  FIM!   


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Pimentinha - La Madrastra & Triunfo del Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.