Pimentinha - La Madrastra & Triunfo del Amor escrita por Mrs Belly


Capítulo 16
Capitulo 16




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Maria quis matar Heriberto naquele momento. A vida se tornou tão conturbada desde a perda da mãe que ela até pensou se aquilo que acabava de ouvir da boca de seu maior amor poderia quem sabe ser mais uma das pegadinhas que ele fizera apenas para lhe deixar com os nervos a flor da pele e depois a tomar para o amor com loucura. Heriberto Rios Bernal tinha mesmo essas fantasias sem pé e nem cabeça; as vezes ele a irritava somente pelo prazer de ver as bochechas ficarem rosadas como um fetiche talvez. A verdade era que ela não aprovou mesmo nada daquilo, não se importava em morrer, não se importava com nada desde que ele e seu filho estivessem fora disso.

Heriberto se levantou envolvido pelo calor da raiva que Maria deixava transbordar no momento. Ela o bateu, arranhou e até mordeu o braço dele como se fosse arrancar, com tanta força que as marcas ficariam ali por longos dias e, somente quando ela se acalmou depois de passar mal foi que ele conseguiu chegar mais perto para finalmente poder explicar a sua real intenção com aquela frase.

— Eu não quero mais saber de nada. - Maria suspirava soluçando sem parar e não o olhava nos olhos — Pode casar com ela e eu não quero mais saber de você, não quero mais te ver na minha frente, Heriberto! - gritou, ela o amava demais para deixar que ele fosse embora da sua vida, porém, tudo indicava que era preciso.

Heriberto se sentou com cuidado ao lado dela depois de trazer um remédio e a fazer tomar quase que a força. Ele não queria nada daquilo mas ela o entendia mal. Suspirou tocando-lhe na perna mas Maria se afastava cada vez mais, então, para que o sofrimento se encurtasse ele falou de uma vez.

— Eu disse que aceitei me casar com Lavínia mas a verdade que você ainda não me permitiu explicar, é que essa será a nossa única oportunidade de desmascarar aquela mulher. Eu não quero nada com ela e nunca quis, não vou te abandonar porque é só você que eu amo Pimentinha. - tocou o rosto dela, a expressão parecia um pouco menos pesada.

— Não me chama assim! - recuou — Não estou pra gracinhas! Como tem coragem de me dizer isso? Já se esqueceu de tudo o que eu passei e de tudo o que nós passamos para estar aqui juntos agora? - se levantou nua e andou até a varanda do quarto para sentir a brisa tocar o seu corpo. Heriberto se ergueu e ficou atrás dela, não a tocou e precisavam conversar.

Toda aquela raiva teria consequências depois, o bebê já podia sentir toda a alteração no corpo da mãe, aquela imagem doía mas era uma verdade que ambos precisavam passar para derrotar a inimiga.

— Maria, eu não me esqueci de nada, eu nunca vou me esquecer. Mas me entenda, não vou me casar com ela de verdade meu amor, só quero que ela pense isso, tenho planos e não posso permitir que ela te faça algum mal. O "casamento" com Lavínia será apenas uma forma de te proteger, de proteger nosso filho e de acabar com ela. Essa desgraçada não presta, ela quer nos separar e nos ferir e pelo visto já está conseguindo. - falou sentido, Maria se virou de frente e o tocou no rosto com carinho tentando entender os argumentos que ele tinha e se aquela decisão realmente valia a pena.

Só em pensar que Heriberto pudesse ficar próximo de Lavínia, o corpo de Maria tremia inteiro e ela tinha uma vontade imensa de inaugurar o seu réu primário. Ele a olhou sentindo a carícia e depois a abraçou forte, desfazendo o mal entendido.

— Eu tenho que te contar mais uma coisa meu amor. - a olhava calmo sem tirá-la de seus braços — É sobre o filho que ela espera e que diz que é meu. - Maria o ouvia atenta e sentia o coração se apertar como se diminuísse de tamanho a cada nova palavra que o seu amor pronunciava.

— Ela tem tanta certeza de que essa criança e sua, Heriberto. - o olhou triste — Mas o bebê não tem culpa de nada e se for seu, eu quero que você cuide dele como vai cuidar do nosso filho. Não quero que você abandone ele como o meu pai fez quando ficou sabendo que a minha mãe engravidou.

— Eu sei amor e por isso vou pedir um teste de DNA. Isso é parte do plano e eu sei que vai ser negativo. - se sentiu aliviar de certa forma.

— Como assim, parte do plano? Por que nega tanto? Como tem certeza se você mesmo me disse outro dia que esteve com ela naquele hotel...

— Naquela época que eu viajei para a França e você estava aqui com a sua mãe e sumiu... eu não podia ter filhos. Fiz vasectomia alguns anos antes porque nunca pensei em ser pai, em ter uma família de verdade como tenho agora com você! - lembrou e Maria olhava assustada — Só depois que nós dois nos envolvemos e que eu aceitei de uma vez que já estava apaixonado por você, que eu procurei um médico e desfiz o procedimento. Só com você que eu percebi que desejava ser pai, então Maria, o filho de Lavínia não pode ser meu!!

— Meu Deus!! - Maria ficou alguns segundos ainda digerindo aquela informação e somente então ela entendeu que o que ele dizia era a mais pura verdade. Podia confiar porque Heriberto estava com a cena inteira desenhada em seus pensamentos e não havia mais o que temer. Ela sorriu, estava linda e quis depois de tudo apagar as marcas dos tapas que deu nele e colocar no lugar delas beijos de aquecer o corpo e acelerar o coração.

No dia seguinte...

Heriberto avisou Maria de que ela deveria estar pronta quando ele chegasse da empresa depois da hora do almoço para irem juntos a audiência que o juiz marcou para aquele dia. Assim ela fez e quando ele chegou em casa, apenas tomou um banho rápido e seguiram para o fórum. Aquele momento era importante e muito aguardado por ela que mesmo já estando ciente da decisão da justiça, estava ansiosa para se reencontrar com os tios que estariam lá a sua espera. Da última vez que se viram naquele mesmo lugar a conversa não tinha sido agradável mas os dois ainda eram parte de sua família e por isso Maria queria voltar a vê-los mirando firme nos olhos. Ela queria e precisava entender a tia que sempre a tinha tratado com tanto amor quando ela era criança mas acabou mudando de ideia quando ela cresceu. Por que? Desejava muito saber e explicar que apesar de tudo a mágoa não fazia parte de seu ser.

Todos se sentaram a mesa e a atenção foi toda para o homem que estava bem ao centro. Hernesto e Ana olharam a sobrinha assim que puseram os pés na sala e ela teve vontade de chorar, as palavras estavam todas ali guardadas em sua garganta por longos dias e prontas para serem proferidas se a jovem aceitasse por alguns instantes a companha dela. Em Maria, Ana via um pouco de sua irmã, era tão linda e tão parecida com ela que por segundos ela pode jurar que era Marina quem a encarava sem dizer qualquer sílaba sequer.

O juiz começou logo a falar e deu a permissão para que os dois continuassem a responder por seus atos em liberdade, Maria sorriu, não queria que os tios sofressem mais do que já tinham passado, acreditava que eles aprenderam a lição e assim a vida poderia seguir para todos de uma maneira mais tranquila. A segunda e última decisão do juiz foi a de deixar Maria livre para viver a própria vida como ela já estava fazendo ao lado de Heriberto, agora ela podia se considerar oficialmente dona do próprio nariz, mais um alívio para a sua alma e consciência.

— Meu amor, estou livre! livre! - Ela pulou abraçando e beijando Heriberto com amor. a sessão já estava encerrada e os tios se aproximaram dela, receosos, mas com o coração cheio de amor e arrependimento.

Ana a tocou nos cabelos e ela a abraçou apertado, deixando as lágrimas de ambas falarem o que sentiam por estarem assim uma perto da outra.

— Tudo certo, seu Herivelto? - Hernesto perguntou todo sem jeito e Heriberto o cumprimentou, aquele homem não tinha jeito mesmo.

— Tudo certo sim, seu Hernesto Paiva, mas meu nome é Heriberto!

— Ah sim... - os dois se afastaram um pouco deixando as mulheres ali conversando em um banco da sala do fórum.

(...)

Enquanto isso, Lavínia sorria pelo seu apartamento animada com a noticia que acabou de receber. Hélio seu parceiro de planos infalíveis contra o empresário mais bem sucedido de todo o México, estava com ela e veio até a porta vestindo apenas uma cueca assim que um dos assistentes de Heriberto saiu dali. A mulher ria tanto que o rapaz mal sabia o que fazer mas depois descobriu que o motivo de tanta euforia era o casamento dela que estava prestes a acontecer. Uma festa linda coberta por todos os jornais como ela queria e mais uma vez Maria Fernandez iria comer o pão que o diabo amassou.

(...)

De volta ao fórum de justiça, tia e sobrinha conversavam pela primeira vez depois do terrível episódio de dor e humilhação no qual Ana fez a garota passar. As duas choravam abraçadas e a loira pedia perdão sofrendo amargamente porque sabia que apesar de tudo nunca seria capaz de se esquecer daquilo. O perdão ameniza uma dor eminente mas jamais tira da memória das pessoas envolvidas um fato que as marcou.

— Me perdoa Mariazinha, eu não sei o que deu em mim pra fazer aquelas coisas a você! - olhou a jovem de cima a baixo verificando se as marcas de agressão tinham mesmo desaparecido. O arrependimento transformava aquela mulher em uma nova pessoa e isso já era perceptível, todo mundo merece uma chance de se reerguer.

Maria a olhou com o carinho e o amor que sempre teve por ela a vida toda apesar da distancia e dos empasses da vida com a mãe dela. Ali naquele coração doce de menina não havia mais ódio ou mágoa alguma mas sim, um sentimento bom que a fazia se sentir em paz. Boa parte do que Maria se tornou era devido aos conselhos sábios e amorosos de Marina que, apesar de ter vivido a maior parte da vida em pobreza e dificuldades, mostrou a filha o verdadeiro significado de compaixão e gratidão para com aqueles que convivia e para com as coisas que conquistavam. Sempre foi assim, e agora Maria mostrava a tia uma grande e bonita lição.

— É claro que eu te perdoo titia! - acariciou os cabelos dela envolvidas no abraço, as lágrimas eram de felicidade e alivio, finalmente as duas estavam em paz. — Eu te amo! você é parte da minha família! - a olhou.

Ana tocou o ventre dela sorrindo por mais um membro dos Fernandez que logo estaria ali com elas, fez os votos de alegria e bençãos na para a vida da sobrinha e daquele bebê que estava a caminho e depois ficou ali com ela conversando com Maria até que os homens voltaram a se aproximar. Na vez de Hernesto se aproximar e de pedir perdão, o riso rolou solto porque ele sempre tinha algo engraçado como característica. Ele por sua vez não tinha agredido Maria mas sentiu a necessidade de estar bem com ela porque a culpa estava presente. Instantes depois, a paz de espirito voltou a fazer morada e todos voltaram a ser a família que sempre quiseram ser, pois o orgulho e a arrogância os tinha separado.

Meses Depois...

Heriberto vai se casar com aquela maldita lambisgoia! O tempo passou rápido demais desde que Maria se acertou com os tios e foi à formatura do ensino médio. Muita coisa também mudou como por exemplo a rotina de trabalho dele que decidiu deixar de lado algumas funções em sua empresa para curtir a gestação do filho de perto, ou melhor dizendo, dos filhos. Maria fez o pré natal e descobriu que seria mãe de duas lindas crianças um menino e uma menina. Os bebês já tinham nome, a menina se chamaria Marina em homenagem a avó e o menino seria Louis conforme Heriberto mesmo tinha escolhido. A barriga já pesava e ela entrava no sétimo mês quando o tão temido dia de casar o pai de seus filhos com outra tinha chegado.

Muitas brigas infelizmente ocorreram até aí, o ciúme sempre falava mais alto apesar dele sempre repetir que o tal casamento não era nada mais do que uma oportunidade para desmascarar Lavínia Montenegro.

— Eu tenho ódio só de imaginar você no altar de uma igreja com aquela safada! - Maria bufava nervosa andando como podia atrás dele que ajeitava a gravata em seu terno belíssimo. Parecia mais um príncipe de tão lindo, o que atiçava ainda mais a fúria dela.

— Amor da minha vida, é você que eu amo e era com você que eu queria estar naquela igreja. - a abraçou pelas costas, Maria não usava mais perfume porque enjoava fácil mas mesmo assim o cheiro natural dela era sempre o preferido daquele homem. — Ela não gostou nada quando eu disse que queria o teste de DNA, mas eu tenho uma surpresinha para ela.

— O que? - Maria o olhou se afastar e pegar alguma coisa em uma gaveta.

— Eu tenho certeza que o exame que fizemos vai estar adulterado, então essa será a minha vez de brilhar, como você diz. - Heriberto riu e a beijou com carinho.

Nas mãos ele tinha dois envelopes mas a surpresa ficaria para depois porque primeiro Maria quis arrancar toda a roupa dele e desfazer o penteado fazendo amor. Em segundos já estavam assim e com a gravidez parecia até que o desejo que já tinham um pelo outro havia triplicado. O corpo dela estava completamente diferente, com inchaço, os seios maiores e a sensibilidade a flor da pele, Maria se cansava rápido mas nada disso os impedia, Heriberto se acostumou e se adaptou a ela com amor, descobrindo até mais algumas posições que intensificavam o prazer.

— Eu te amo muito meu ursão! - ela gemia sendo levada às nuvens em fração de segundos pelos beijos e pelos toques dele que a penetrava de lado na cama, apoiada nos travesseiros.

— Eu também te amo, você é a minha vida Pimentinha! - gemeu indo e vindo com cuidado  e intenso ao mesmo tempo — Você e nossos filhos!

Maria gozou e se virou ficando de pernas abertas. Assim exposta para ele era como ela amava estar. Heriberto se aproximou a beijando com amor, desfrutando do sabor dos lábios dela com desejo, acariciando os seios dela enquanto isso para deixá-la mais molhada.

— Entra em mim gostoso! Forte, Heriberto! Eu quero você com força! - ela o puxava para mais perto e delirou quando se sentiu sendo apertada, amada e preenchida por seu amor.

Heriberto queria fazer como ela pediu mas teve medo de machucar, então encontrou um ritimo que a agradava e se perdeu dentro dela a amando apaixonado, o gozo chegou e ele caiu ao lado dela na cama vencido e feliz por estar assim, enquanto em outro lugar Lavínia acreditava que havia ganhado aquela guerra.

Maria se aconchegou a Heriberto na cama e deitou a cabeça sobre o peito dele, respiravam acelerados ainda e completamente satisfeitos, o amor dos dois era sempre assim regado de muito prazer na companhia um do outro.

— Se eu pudesse, fazia amor com você assim na frente de todos naquela igreja pra mostrar quem é que manda... - ela o apertou sentindo o calor do corpo dele junto ao seu.

— Sabe que não seria má ideia, pimentinha? Afogueada como você é eu não duvido de nada. - Heriberto riu, ela estava morta de ciúmes.

De repente o estômago dela roncou e os dois caíram na gargalhada.

— Já está com fome? - a olhou com atenção fazendo carinho na barriga dela.

— São seus filhos, Heriberto! Dois gulosos e famintos que me deixam assim querendo comer até concreto das paredes! - ela riu se lembrando que um dia ele a pegou com essa vontade um tanto incomum.

— Grávidas! - ele riu mais e se levantou indo com ela para a cozinha. Os dois comeram alguma coisa, tomaram um banho e logo mais ele já estava novamente pronto para seguir em frente rumo à sua vitória.

***

A igreja estava lotada com amigos de Heriberto e mais alguns presentes que já tinham conhecimento da história de amor dele com Maria e não acreditavam que aquilo podia estar acontecendo. A imprensa também já estava a postos e até a noiva já havia chegado há algumas horas e nada de Heriberto aparecer. Estava estranho tudo aquilo porque geralmente é a mulher quem se atrasa mas Lavínia não teve paciência e foi antes do previsto porque estava ansiosa para esfregar na cara de Maria e de todas as pessoas que ela era capaz de ter o mundo se quisesse. As pessoas cochichavam inquietas e o padre já tinha passado pelo altar algumas vezes para ter certeza se o casamento iria mesmo acontecer até que, os violinos começaram uma música de repente e Lavínia se levantou no altar para esperá-lo em pé. Que cena mais engraçada! O cabelo dela já estava emaranhado por causa do estresse em esperar, as flores do buquê caíram pela impaciência e no fundo em um cantinho escondida entre os convidados estava Maria, que também já tinha chorado baixinho mordida com aquilo mas esperava para ver no que ia dar.

Heriberto chegou caminhando lindo e sendo cobiçado por todas que estavam ali. Ele entrou sozinho e recusou o toque que ela tentou quando ele se aproximou do altar. Seus olhos varreram o lugar em busca de Maria mas ele não a viu e então a cerimônia começou com os dizeres do padre que acreditava estar casando duas pessoas por amor. Pura ilusão.

Do lado de fora Hélio andava de um lado a outro pensando no que fazer. Ele tinha concordado com aquele casamento para arrancar uma grana do ricaço e sumir no mundo sem dar satisfações a Lavínia. Ele não a amava, nunca a amou de verdade e só estava com ela por diversão e interesse, até que há alguns dias uma pessoa desconhecida o encontrou e decidiu se aliar a ele naquela empreitada. Os planos já eram outros mas só Lavínia não sabia, claro ela agora era a vítima maior.

— Demorou, desgraçado! - Hélio gritou nervoso para o homem que chegava de carro ali . Era um cara alto, esbelto e aparentemente boa pinta. Não parecia nada de especial ou importante mas tinha uma sede de vingança tão grande que era de assustar.

— A vadia já casou com o coroa otário? Eu não posso deixar isso acontecer! - gritou e Hélio o mandou calar a boca.

— Pela sua pressa é isso mesmo que vai acontecer! - Helio bufou andando com o homem para perto da porta de entrada da igreja e ali ficariam até as palavrinhas mágicas do padre serem anunciadas porém, Heriberto apressou as coisas convicto de seu plano antes da troca das alianças e os caras entrariam em ação de surpresa.

Heriberto não tinha a minima ideia do que mais estava prestes a acontecer, tudo tinha sido planejado para desmascarar a mulher na hora do sim. O filho dela não era dele e aquele pesadelo finalmente estava por acabar e do fundo da igreja, Maria suspirou aliviada enquanto ouvia o que o seu amor dizia.

— Heriberto Rios Bernal, aceita Lavínia Montenegro como a sua legitima esposa? - ao ouvir o sacerdote ele suspirou, olhou bem para a loira em sua frente que apesar da raiva por te-lo esperado tanto sorria de orelha a orelha, era a hora de agir.

— Antes de tudo eu gostaria muito de dizer umas palavras para a minha futura esposa, seu padre. - Heriberto o olhou e foi autorizado. Lavínia se inquietou de imediato porque ao menos uma única parte da cerimonia tinha sido combinada com ele. Há alguns meses atrás quando Heriberto aceitou a proposta, impôs a condição de abrir o resultado do exame de DNA  nessa mesma hora e então se o teste fosse positivo para a paternidade dele, os dois de fato se casariam.

Porém, ele era mais esperto. Abriu o envelope que foi feito no laboratório que ela tinha indicado e conforme Heriberto podia imaginar, é claro que deu positivo.

— Viu? - Lavínia sorria tocando o ventre avantajado — Eu sempre tive certeza de que ele é seu filho, nosso filho, Heriberto! Agora já podemos ficar juntos para sempre! - ela falava sem parar — Anda padre, acabe logo com isso! Estou ansiosa para ser a esposa do meu amor!

— Cala a boca ordinária! - Heriberto a empurrou — Você pensou mesmo que eu fosse cair nesse golpe sujo! - riu alto e as pessoas que estavam ali não entenderam nada mas já sacavam os celulares porque sabiam que a coisa ia ferver. — Eu fiz dois testes de DNA extras em laboratórios que você não conhece porque esse filho não é meu! Nunca poderia ser meu porque você não vale nada! - ele pegou os papéis com os resultados verdadeiros, em ambos estava escrito que ele não era o pai daquela criança e por isso estava provado que o tempo todo Lavínia estava mentindo.

— Isso é um absurdo! Seu desgraçado! eu te odeioooo! - ela gritava batendo nele e rasgando os papéis.

— Desgraçado eu? francamente Lavínia!!

E de repente alguém surge vindo da porta.

— É CLARO QUE ELA ESTÁ MENTINDO! ESSA MULHER SEMPRE MENTIU! O PAI DESSA CRIANÇA SOU EU! - O homem gritava e quando chegou perto dela sentou a mão com força na cara.

Maria se levantou assustada assim como todos os convidados e finalmente Heriberto a viu ali presenciando toda aquela confusão. Seus olhares se cruzaram e ela se perguntava se uma segunda pessoa estava envolvida mas a verdade era que Heriberto nem podia imaginar. Seria só ele ali escorraçando e esfregando verdades na cara de Lavínia para todo mundo ver. Não tinha outro homem, não tinha mais nada até porque ele estava cansado daquilo.

— Quem é você? - Heriberto olhou o homem desconhecido sem entender.

— Eu sou quem estou falando, o verdadeiro pai do filho dessa piranha de quinta! Meu nome é Augusto Diaz Acuña e essa bandida fugiu de mim quando descobri que ela estava grávida! - os olhos vermelhos de amargura, ele não estava brincando mas aquele nome...

— Como disse que se chama? - Maria se levantou e saiu indo até o altar. O padre nem estava mais ali, o casamento se tornou um fracasso.

— Maria, não quero você aqui perto dessa mulher! Não vai fazer bem aos nossos filhos! - Heriberto foi até ela tentando a tirar dali. Ela nem deveria ter saído de casa, estava de repouso mas como era teimosa ele permitiu.

— Não Heriberto espera!

Augusto a olhou e de repente a imagem de alguém de seu passado lhe veio a cabeça. Aquela jovem se parecia muito com essa pessoa, uma mulher, mas naquele momento ele não deu importância. E Maria continuou a falar.

— Como disse que se chama? - Encarou o homem intrigada, sentindo o corpo todo se arrepiar.

— Ora, está surda garota? - ele debochou chegando perto dela — Meu nome é Augusto Diaz Acuña!  O que tem demais? - virou de costas e agarrou o braço de Lavínia que só chorava sem parar sentada no chão da igreja sem forças para levantar.

— Augusto Diaz Acuña... - Maria repetiu — Meu pai tinha esse mesmo nome... - Heriberto a sustentou, as pernas dela tremiam sem explicação. Será que era o que estava pensando?

— Ah pronto! - Augusto gargalhou olhando para ela — Agora vai dizer que eu...

Maria o interrompeu despejando o que sentia.

— Você por acaso se casou com uma mulher... Marina Fernandez... empregada doméstica na Vila Garcia nos anos noventa?

Ele gelou na hora, o nome daquela mulher mexia muito com ele. Era ela, não era possível!

— Sim, eu me casei com ela, eu... - não sabia o que dizer.

— VOCÊ É MEU PAI!!! VOCÊ É MEU PAI!!! VOCÊ É O HOMEM QUE SUMIU E FEZ MINHA MÃE SOFRER!!! COMO PODE??? - Maria gritou.

E sim, o seu pai estava ali em sua frente, o cara que a rejeitou e deixou sua mãe na rua da amargura. Augusto estava de volta!


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Notas finais do capítulo

Continua...



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