A Nossa Chance De Amar - Triunfo Del Amor escrita por Mrs Belly


Capítulo 4
Capitulo 4




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Tudo o que dizia para ele era uma verdade consumada. Ter Victoria ali em seus braços suspirando era a personificação de tudo de mais maravilhoso que existe no mundo. Os dois curtiam aquele momento aos beijos e carícias sugestivas, tocar a pele um do outro era como tocar o céu e assim a noite foi passando.

(...)

Osvaldo foi para casa depois do trabalho e procurou por Victoria esperando que ela estivesse em casa deitada na cama pensando na vida como tinha feito nas últimas semanas. A descoberta do câncer de mama a abalou muito, bem mais do que todos podiam imaginar já que ela sempre foi uma mulher muito forte e determinada. Ele andou pela casa toda mas como não a encontrou, acabou se sentando na sala para beber e esperar que ela chegasse.

— Onde será que Victoria está? Há tanto tempo não sai de casa... - pensou consigo mesmo quando viu Max entrar pela porta animado.

— Boa noite pai! - Max andou até ele e o abraçou, Osvaldo se ajeitou melhor no sofá e o filho ficou ao lado dele, sentiam saudades um do outro já que mal se falavam ultimamente.

— Boa noite filho. Como está? E Maria e meus netos?

— Estamos bem... só tivemos um pequeno susto com Osvaldinho hoje mas graças a Deus foi só uma gripe e ele está melhor. - olhou o pai com um semblante mais tranquilo.

— Que bom Max, fico muito feliz que esteja bem com sua família. Não há nada no mundo mais preciso do que as pessoas que a gente ama, acredite. - bebeu mais um gole de wisky.

— Sim eu sei pai. Maria me faz mais feliz a cada dia e quero me casar com ela, quero criar nossos filhos juntos e ser feliz! Mas e o senhor e a mamãe? Acabou mesmo? - ele sentiu pesar pelo pai e pela barra que estava passando.

— Eu não sei. As vezes acho que não tem mais volta, já pedi perdão a ela muitas vezes de muitas formas mas até agora não fui correspondido. Ela sente alguma coisa por aquele doutor, o Heriberto Rios.

— Será? Eu acho que não pai, vocês sempre se amaram muito. Por que não conversa com ela e mostra os seus sentimentos o quanto está arrependido? Leve-a para jantar naquele restaurante que ela gosta. Acho que vocês precisam de um tempo juntos. Heriberto não tem chance com ela porque o que vale é o amor  e ela ainda te ama. - tocou o ombro dele passando conforto.

— Obrigado meu filho. Eu não vou desistir da sua mãe e do nosso casamento, você tem razão. O que fiz foi um erro mas eu a amo muito! - sorriu olhando o filho.

— Lute por ela pai. Mamãe é difícil as vezes mas eu sei que ela ainda te ama. Lute por Victoria como eu lutei pelo amor de Maria e tudo dará certo. Por falar em Sandoval, cadê ela?

— Victoria não está em casa. Estranho, porque ela não queria sair para nada ultimamente nem para trabalhar. - suspirou sentido.

— Deve estar na casa de modas ou com Antonieta... logo ela vem. Bom, já vou indo! - se levantou e abraçou Osvaldo — Até amanhã pai.

— Boa noite meu filho.

(...)

Victoria sorria sentindo os beijos de Heriberto em seus lábios com carinho. Depois do amor ela pode conhecê-lo melhor e perceber o quanto apesar de seu jeito cavalheiro e cortez, ele era um homem intenso, cheio de atitudes e desejos. Os beijos ficaram mais quentes e ele logo já estava pronto para amar novamente, mas Victoria o parou. Precisavam conversar e entender como seria a vida e a relação dos dois daquele momento em diante.

— Obrigada por essa noite, Heriberto. - ela sorriu tímida coberta com o lençol abraçada a ele na cama.

Estavam suados, cansados mas felizes. O olhar de cada um transbordava a alegria que há muito tempo não sentiam, eram puro prazer e descobrir essa sintonia também na intimidade foi a melhor coisa para eles.

— Não tem que agradecer, Victoria. Não sabe o quanto eu sonhei com esse momento em te ter assim toda minha e entregue nos meus braços. Você é ainda mais linda assim, natural e relaxada. - sorriu e deu um beijinho nela.

Ela retribuiu o sorriso lindamente e acarinhou o peito dele.

— Não quero que vá embora da minha vida. Não sei como será agora mas não quero perder você e a sua amizade, a sua companhia. Sabe que me sinto muito bem ao seu lado, Heriberto.

— Eu sei e eu sinto por você a mesma coisa senão ainda mais que isso. O que disse aqui é verdade, quero que seja o meu amor.

Victoria o olhou e sentiu o coração disparar. Ela também queria muito estar com ele mas ainda tinha uma grande preocupação a resolver, o que a sua família acharia disso? E Osvaldo? Ela sabia que o ex-marido ainda estava disposto a reconquista-la e isso era complicado para ela. Se sentou de repente na cama e Heriberto se espreguiçou admirando a beleza que ela tinha, toda perfeita como ele sempre desejou.

— Tudo bem? - ele perguntou quando a viu parada pensando em alguma coisa — Está arrependida?

Victoria o olhou.

— Não, não é isso... eu nunca me arrependeria de algo que eu quis muito também! - sorriu — Você foi maravilhoso! É um homem maravilhoso!

Heriberto se sentou ao lado dela e a beijou com calma. Estava ainda mais apaixonado e rendido, preso naquele prazer que parecia cada vez maior e mais viciante. Beijar Victoria era uma delícia, uma dádiva realmente.

— Converse com sua família, com seus filhos e com Osvaldo. Siga o seu coração meu amor. E se me quiser para você, eu estarei sempre aqui. - ele sorriu a beijando mais com carinho.

Victoria suspirou e sorriu tranquila. Ele era tão perfeito e compreensivo que nem parecia ser de verdade mas era, e isso ela pode constatar muito bem naquela noite de entrega em que viviam.

— Quer tomar um banho e descansar um pouco agora? - ele a olhou nos olhos, estava fascinado naquela imensidão esverdeada. Colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha.

— Uhum. - sorriu.

— Eu te espero aqui se quiser. O banheiro é naquela porta. - Mesmo que ele desejasse muito tomar banho com ela e fazer amor novamente, a esperaria no seu tempo, não queria ser invasivo ou nada do tipo.

— Obrigada! - Victoria o beijou mais uma vez e se levantou da cama com o lençol sobre o corpo nu.

Heriberto a olhou entrar no banheiro e sorriu feliz se jogando deitado na cama novamente. Ali agora tinha o cheiro dela e o perfume mais maravilhoso do mundo. Os lençóis transpiravam amor e paixão e eram testemunhas de que agora uma história de amor estava começando. A vida seguia apesar de suas inúmeras provações.

Não muito longe dali, Antonieta conversava com Oscar sobre a vida que agora eles construíam juntos depois que Victoria deu aquele empurrãozinho para que os dois se unissem já que era nítido o amor que sentiam um pelo outro. Entre risos e planos que faziam depois de se amarem, ele a percebeu um pouco preocupada e quis saber o porquê. Oscar sempre tinha se importado muito com Antonieta mesmo muito antes de serem namorados. Ele a olhava com amor e fazendo carinho nos braços dela ali na cama a questionou com toda a sua atenção.

— O que foi meu amor? Preocupada com alguma coisa que eu não sei? Quer conversar?

Antonieta o olhou suspirando.

— Estava pensando na minha amiga, Oscar. Victoria saiu hoje da casa de modas tão animada, ela está feliz e sente alguma coisa pelo doutor Heriberto mas ainda não se permitiu totalmente a viver um novo amor, uma nova chance de amar. Tenho medo que ela sofra.

— Mas e o Osvaldo? - Oscar se preocupou, sabia que aquela situação parecia mesmo complicada. Victoria sempre foi tão reservada e devota a familia...

— Aí que mora o problema, meu amor. Victoria está dividida entre os dois. Na verdade eu a conheço e sei que ela quer estar com Heriberto, você precisava ver a felicidade que ela estava quando me contou que sairia com ele para jantar. - ela se ajeitou mais encostada no peito dele.

— Mas se ela quer o doutor, se o ama, por que está dividida? Eu não entendo Antonieta, como vocês mulheres podem ser tão complicadas. - riu fazendo graça para ela mas logo voltou a ficar sério.

Oscar também era amigo e advogado de Victoria Sandoval há muitos anos e estaria sempre a postos para ajudá-la ou até protege-la se fosse necessário. E por isso ele entendia a preocupação de seu amor, Victoria já sofreu muito e ter mais uma desilusão na vida com certeza não seria nada fácil para ela.

— É engraçado que pra vocês homens tudo parece ser tão simples mas não é! - ela sorriu e o beijou amorosa — Nada é tão simples quando se trata de Victoria Sandoval e você sabe bem. Ela está dividida por causa da família que tem com Osvaldo e Fernanda e Max com certeza não aceitariam esse romance dela com o doutor.

— Pensando por esse lado você tem razão, Antonieta. Entendo que se preocupe. Você já a aconselhou sobre isso, ela já se abriu com você? Nós somos amigos dela mas eu que sou homem não posso dizer nada. Converse com Victoria, com certeza ela vai precisar de apoio para passar por essa decisão.

— Vou falar com ela, amor. Amanhã. - o olhou — Se a conheço ela deve estar ocupada agora! - ela riu e beijou Oscar com amor.

(...)

Osvaldo esperou por longas horas mas nada de Victoria aparecer em casa. Ele tentou ligar no celular dela mas dava na caixa postal. Pensava em tudo, até mesmo que o pior pudesse estar acontecendo, em vinte e tantos anos ela nunca dormiu fora de casa sem estar com ele, não estava bem e sofria com seu diagnóstico. Isso também causava uma imensa dor nele por ter sido fraco e não ter ficado ao lado dela quando mais precisou, Osvaldo se arrependia muito disso e nem queria imaginar a possibilidade de perdê-la para sempre.

O conselho de Max tocou fundo seu coração. O filho estava apaixonado e vivendo a sua melhor fase da vida, talvez ainda não enxergasse o quanto um relacionamento sério pode ser complicado também além do amor que proporciona mas o rapaz tinha razão. Lutar pelo amor de Victoria e pelo perdão era a única alternativa que tinha e o casamento de anos que viveu com ela era a única arma contra qualquer e toda tentativa de Heriberto para roubar a mulher dele, isso ele não ia permitir, Victoria era o seu pilar e não seria por um erro ou por outro homem que ela o deixaria, Osvaldo tinha certeza que no coração dela ainda existia algum amor e por isso ele suspirou e decidiu subir ao quarto para dormir e esperar que ela chegasse.

(...)

Heriberto sorria se lembrando de cada beijo e cada momento que viveu com ela aquela noite. Com absoluta certeza aquela mulher não sairia mesmo tão fácil de seus pensamentos e de sua vida nem se ele quisesse. Foi um jantar perfeito cheio de trocas de olhares e de muito amor recíproco, ele podia sentir tudo através das respostas positivas que o corpo dela e a pele arrepiada podiam transmitir.

No banho, ela se olhava e sorria enquanto sentia a água morna cair, se lembrava dos beijos de Heriberto em sua boca, em cada cantinho de si e se sentia molhada intimamente outra vez apenas com essas lembranças. Victoria se banhou e usou o shampoo dele que estava ali, sentiu o aroma gostoso e suspirou, agora teria o perfume dele também em seus cabelos e em sua pele macia. Quando saiu vestida em um roupão que encontrou no banheiro, ela foi ao quarto e o viu distraído no celular. Mandava mensagens e respondia ligações no meio da noite, sempre estava ativo e alerta em caso de receber alguma emergência do hospital. Heriberto era um médico responsável e pontual, nunca se atrasava e dava sempre o melhor de si para salvar a vida de outras pessoas.

— Alguma emergência? - Victoria perguntou olhando para ele e secando os cabelos com uma toalha. Heriberto levou um susto e riu, se levantando da cama e indo até ela.

— Não. Só estava combinando de trocar o plantão com um colega amanhã. Quero descansar um pouco no fim de semana. - envolveu Victoria pela cintura e cheirou o pescoço dela ficando bem perto. — Já tem planos no sábado?

Ele quis saber esperando poder encontrá-la novamente.

— Huum... Tenho um almoço marcado com meus filhos em casa nesse dia. Se quiser ir, está convidado. - ela sorriu.

— Então deixamos para nos encontrar no domingo ou outro dia que esteja livre. - beijou a mão dela — Quero te ver de novo. Te levar para dançar. - sorriu.

— Eu não sei dançar, doutor! - Victoria corou com vergonha, o coração quase saia do lugar, ele estava lindo apenas com aquele lençol enrolado na cintura e a olhava como quem a desejava novamente.

— Eu te ensino, não se preocupe. - sorriu — Sou o maior pé de valsa Victoria! - riu pra ela e a abraçou mais. Estava viciado nela.

— Você tem muitas habilidades... não me surpreenderia e por isso eu aceito.

— Você é linda! Linda Victoria. - pegou a mão dela e a fez dar uma voltinha. — Quer descansar agora? Está com fome?

— Estou com sono... - ela sorriu sem graça mas estava mesmo cansada, há muito tempo não gastava tanta energia na cama.

Heriberto então a pegou no colo de supresa a fazendo rir e a levou para a cama depois te trocar os lençóis. Ele a acomodou ali confortavelmente e a cobriu com um lençol depois de dar um beijo nos cabelos dela todo carinhoso. Depois quando a viu adormecer, ele foi até a cozinha comeu um sanduíche e foi tomar o seu banho.

Tempos depois já estava vestido e cheiroso, os cabelos molhados o deixavam ainda mais lindo.... olhou para a cama e só desejou que aquele dia se repetisse para sempre. Heriberto agora era feliz e Victoria era o principal motivo dessa felicidade.

Amanheceu...

Os dois estavam tão cansados e inebriados de amor que depois de mais alguns beijos acabaram dormindo abraçados e só acordaram no raiar do outro dia. Era bem cedo, por volta das seis horas aproximadamente. Heriberto acordou e se levantou primeiro com cuidado para não desperta-la, era sexta-feira e ele até estava mais disposto e animado para ir trabalhar. A vida de médico não é fácil, não é moleza, nunca foi. Mas tudo fica tão melhor quando se tem um amor para compartilhar a vida e era exatamente isso que ele queria com Victoria. Compartilhar cada momento de felicidade ou de tristeza com ela, ambos seriam a força um do outro para viver a oportunidade que a vida lhes dava.

Ele foi ao banheiro fazer a sua higiene matinal e se dirigiu depois para a cozinha olhando a geladeira em busca de guloseimas para o café da manhã. Como morava sozinho e quase sempre comia na rua ou no hospital, ali em seu apartamento não havia muitas compras mas por sorte, havia o suficiente para alimentar um casal faminto depois de uma noite intensa de amor.

— Espero que ela goste de pães e geleia...

Ele riu consigo mesmo ao tentar "adivinhar" a refeição que mais a agradava. O que ele não sabia era que ela não tinha frescuras e que comeria tudo o que oferecesse. A pose de mulher rica e poderosa era apenas da rainha da moda enquanto patroa e não de Victoria Sandoval enquanto a mulher sensível que realmente era.

Heriberto preparou os pães, algumas frutas e sucos em uma bandeja e levou para o quarto, todos os dias seria assim se ela o escolhesse, Victoria só teria amor e felicidade ao lado dele, tudo o que sempre sonhou em viver mas que por impasses da vida nem sempre pode sorrir, mas essa era a hora.

— Bom dia, Victoria Sandoval! - ele a beijou se aninhando a ela na cama depois de colocar o café da manhã dos dois em uma mesinha ali ao lado.

A cheirou como sempre fascinado pelo perfume que ela exalava, agora com um toque dele mesmo devido ao shampoo que ela usou para lavar os cabelos. Victoria se moveu na cama e o abraçou ainda de olhos fechados suspirando com os beijos que recebia no pescoço. Era uma delícia acordar assim, sendo amada, parecia até sonho para ela que tinha sempre uma bomba nas costas.

— Huuumm... que gostoso acordar assim. Bom dia! - abriu os olhos e sorriu fazendo carinho no rosto de Heriberto.

— Pode acordar assim todos os dias se você quiser, só depende de você. - ele sorriu encantado mas se afastou, não queria pressionar qualquer decisão precipitada, então mudou de assunto — Trouxe o café da manhã pra nós dois, imagino que esteja com fome.

Se sentou na beira da cama e a ajudou a se levantar.

— Obrigada Heriberto, não precisava se preocupar! - mordeu os lábios sentindo o estômago dar sinais, ela estava mesmo faminta.

— Você não faz ideia do quanto é linda também pela manhã. - ele flertou com ela apaixonado.

— Espero que meu cabelo ao menos esteja alinhado! - Victoria riu e agradeceu o elogio, ele era um príncipe de educado — Que horas são? - perguntou bebendo um pouco do suco de laranja.

— São exatamente seis e meia da manhã. - Heriberto comeu também olhando sempre para ela — Vai trabalhar hoje? Posso te deixar na casa de moda antes de ir ao hospital.

— Vou sim. Tenho algumas coisas para resolver... mas não quero te incomodar.

— Nunca me incomodaria, Victoria. Sabe que deixaria qualquer coisa de lado por você. Hum?

Ela sorriu e pegou uma fruta.

— Você me deixa sem graça... - ficou em silêncio o observando e depois continuou a falar — Quero conversar com Osvaldo ainda hoje, não sei como vai ser mas o pior será com Max e Fernanda.

— Converse com eles Vicky. Diga tudo o que estiver sentindo e ouça o que tem a dizer. Família em primeiro lugar sempre! - pegou a mão dela e fez carinho com os dedos.

Victoria suspirou.

— Eu só quero que você seja feliz, comigo ou sem mim. - a olhou nos olhos, para ele nada era mais importante do que ver aquela mulher sorrindo seja qual for a escolha dela.

 


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Notas finais do capítulo

Continua...



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