A Nossa Chance De Amar - Triunfo Del Amor escrita por Mrs Belly


Capítulo 5
Capitulo 5




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Horas mais tarde Victoria estava na casa de modas sentada na cadeira de sua sala com as mãos na cabeça depois de uma reunião importante. Em sua frente estava a amiga, aquela que confiava e que contava tudo, Antonieta a ouvia falar e a dava apoio, nunca a deixaria sozinha na vida.

— Está bem claro que você o ama, Victoria. Eu vejo bem aqui nos seus olhos que estão brilhando nesse momento amiga!

— Ai Antonieta, eu não sei, eu nunca senti tanto prazer, tanta coisa por alguém como senti ontem enquanto ele me tocava. - Victoria contava a ela com o rosto vermelho de vergonha mas só de pensar, ficava acesa de novo.

— Isso é maravilhoso! A gente sente essas coisas por quem a gente ama, Victoria. Aquele frio na barriga, aquele fogo lá embaixo! - Antonieta riu alto e Victoria bateu no braço dela rindo ainda mais.

— Quase peguei fogo. - confessou arrepiada se lembrando de Heriberto — Ele é descomunal, mexe muito comigo, não sei explicar.

— Então fica com ele sua boba! Se joga Victoria, vai ser feliz e aproveita esse homem maravilhoso que a vida colocou no seu caminho! Você merece tudo de bom que está vivendo com ele, acredite. - Antonieta andou pela sala animada gesticulando para ela.

— Eu não sei. - Victoria bebeu a água que estava ali em sua mesa — Não quero sofrer e não quero que a minha família sofra... Heriberto disse que me quer, Antonieta. Quer que eu seja o amor dele... mas eu não sei.

— Como não sabe? Ficou maluca? Quer prova maior que essa de que você está apaixonada e também o quer? Se vê de longe que vocês dois se desejam amiga, larga de ser boba, seus filhos já cresceram e estão fazendo a vida deles mas e você? Vai viver infeliz pensando neles e se esquecendo de você mesma?

Antonieta falava a verdade, e a Sandoval sabia disso, só não queria mesmo admitir.

(...)

— Bom dia papai! - Fernanda se aproximou de Osvaldo na mesa da cozinha, ele estava com uma cara de poucos amigos.

— Bom dia filhota. - a respondeu dando um beijo nela sem ânimo algum.

— O que foi? Tá tudo bem? Cadê a mamãe, já foi trabalhar? - ela se sentou para tomar o café mas prestava atenção nele, não gostava de ver o pai triste. Osvaldo era tudo para ela.

— Sua mãe não dormiu em casa essa noite minha filha. - a olhou comendo uma torrada. Sabia que Fernanda queria vê-los juntos e por isso contaria com ela para se reaproximar de Victoria.

— O que? Como assim? A mamãe nem sai mais de casa ultimamente papai!

— Mas saiu Fer, e desligou o celular. Acho que deve estar ocupada com o... - parou de falar, lembrar de Heriberto o fazia se sentir enjoado e com raiva.

— Papai o que está pensando? - Fer se alarmou entendendo a frase dele — Acha que a mamãe pode estar mesmo se interessando pelo doutor Rios Bernal?

Ele bufou.

— Basta olhar o modo em que ele a olha, minha  filha! Mas eu não vou permitir! Victoria é minha o meu amor... mas pra ter sua mãe de volta eu vou precisar da sua ajuda e do seu irmão. Posso contar com vocês? - Osvaldo pegou a mão dela sorrindo.

— Claro né pai! Vou falar com Max e juntos vamos ter a nossa família de volta, você vai ver. Quero muito que você e a mamãe sejam felizes, o que passou, passou. Vira-se a página.

Fernanda olhou o pai com amor e estava confiante de que tudo estaria certo novamente e juntos seriam felizes, afinal eram uma família  e isso, esse laço ninguém nem mesmo Heriberto poderia desfazer.

Mais tarde por volta do horário do almoço, Fernanda chegava no apartamento da irmã Maria. Ela sabia que Max estaria ali e precisava conversar com ele o quanto antes para juntos resolverem ou dar um empurrãozinho na relação dos pais. Entrou e foi recebida pelo irmão que a abraçou forte quando a viu. Os dois sempre foram muito unidos desde criança e ele sempre a protegeu querendo sempre a ver feliz.

— Maninha, que surpresa! Não esperava você por aqui! - ele a beijou e a chamou para entrar, Maria estava dando de mamar para João Paulo quando ela chegou.

— Você mal aparece em casa né Max. Mas eu vim aqui na verdade pedir a sua ajuda. - ela o olhou seria.

Max se sentou no sofá preocupado, algo nas palavras dela mostravam a ele que o assunto era mesmo importante e por isso ele suspirou.

— O que aconteceu Fernanda? Algum problema com Cruz? Ele te fez algo mal? Sabe que parto a cara dele mesmo que sejamos amigos, não permitirei que façam mal a você.

— Não Max, não! Tá tudo bem, estou feliz com Cruz, nós nos amamos... vim falar da mamãe e do papai.

Fernanda segurou o braço dele o acalmando, a família para ele também era o mais importante assim como o bem estar de todos acima de qualquer coisa.

— Parece que não tem mais volta. Nosso pai está arrependido mas mesmo assim a mamãe não quer aceitar e reatar o casamento com ele. Conversamos ontem a noite, ele estava até bebendo, coisa que ele não faz há muito tempo.

— Eu sei. - Fernanda o olhou triste — Nosso pai não está bem, estava sozinho na mesa esta manhã e a mamãe não dormiu em casa. Ela nunca dormiu fora de casa antes Max, nossa mãe está mudada e fazendo coisas que nunca fez depois que descobriu esse maldito câncer. - chorou, tinha medo de perder Victoria para sempre.

— Calma Fer, ela vai vencer essa doença você vai ver. - a abraçou com carinho e beijou os cabelos dela — Mas como assim ela não dormiu em casa? Tentou ligar? - se preocupou.

— Papai acha que ela está com o doutor Rios Bernal, acha que ela pode estar mesmo interessada nele e é por isso que eu estou aqui. Temos que fazer alguma coisa, é a nossa família que está em risco, papai nos pediu ajuda para reconquistar a Sandoval.

— Você sabe que não vai ser fácil né Fernanda? Victoria Sandoval é teimosa e quando não quer alguma coisa não há quem a faça mudar de ideia. - ele tinha razão mas para ver os pais juntos e felizes, faria tudo.

— Eu sabia que podia contar com você meu irmão mais lindo! - Fernanda riu o abraçando com amor.

Maria que estava no quarto e ouviu as risadas, logo veio a sala para falar com os dois, ela sentia falta da irmã e a amava muito, a abraçou e ficou ali conversando com eles, Max achou melhor não contar essa proposta para Maria ainda porque sabia muito bem que ela não estaria de acordo. Fernanda o olhou e piscou para ele, era a hora de ser feliz novamente.

(...)

Victoria trabalhou o resto da tarde tentando organizar as modelos para o próximo catálogo da coleção. Pepino falava sem parar todo animado para ela sobre as ideias que ele tinha em mente para fazer o desfile brilhar além das galáxias mas parecia que nada a fazia parar de pensar em Heriberto e em tudo o que ela viveu com ele no dia anterior. Tanto Antonieta quanto Pepino compartilhavam da mesma ideia e da mesma certeza de que ela deveria pensar mais em si mesma e se dar a oportunidade de viver um novo amor com alguém que valia mesmo a pena correr todos os riscos, pois as recompensas seriam as mais maravilhosas possíveis. Os minutos passavam e ela de volta a sua sala, andava de um lado a outro com o celular na mão. Primeiro precisava voltar para casa e falar com Osvaldo, abrir o seu coração de uma vez por todas e acabar com todas as suas dúvidas mas a vontade de ouvir outra vez a voz de Heriberto dizendo que a deseja era ainda maior. Assim, Victoria se sentou rapidamente em sua cadeira e fez a ligação.

— Oi, te atrapalho? - ela sorriu quando ele atendeu.

— Oi Vicky, nunca me atrapalha... - sorriu indo do corredor do hospital para o seu consultório, acabava de realizar um procedimento cirúrgico.

— Queria ouvir a sua voz, conversar... estou indo para casa agora, está na hora de falar com a minha família e eu simplesmente não sei como agir, como falar, Heriberto.

— Calma, se acalma. - ele entrou e fechou a porta da sala, se sentou e ficou atento ao que ela iria dizer. Se Victoria estava com medo era porque então o seu coração já tinha uma resposta e essa conclusão o fez se inquietar de uma hora para outra.

— Podemos nos ver mais tarde? - ela suspirou tensa, já estava quase chorando e precisava olhar nos olhos dele. Heriberto a transmitia paz, tranquilidade e confiança, era muito importante para ela.

— Claro, te pego em casa pode ser?

— Não melhor não... Osvaldo está lá com certeza. Eu vou ao seu apartamento assim que me encontrar com ele e com meus filhos. - uma lágrima caiu mas ela não queria demonstrar a sua fraqueza.

Heriberto concordou e se despediu carinhoso, queria muito estar perto dela nesse momento e imaginar que ela estava se sentindo fraca o deixava cheio de tristeza.

A ligação foi encerrada e Victoria chamou Antonieta para conversar mais uma vez para ter certeza se deveria arriscar mesmo. Ela parecia uma menina acuada cheia de incertezas  e medos mas o seu interior gritava um nome e era por ele que ela iria lutar.

(...)

Tempos depois, Osvaldo chegava do trabalho e não ver Victoria em casa quase o fez perder a cabeça e explodir. Ele tentou ligar para ela mas não atendia, até quis ir a casa de modas mas antes pensou com o resto de sua sanidade e viu que a essa altura um escândalo naquele prédio rodeado por paparazzi não era uma boa ideia.

Então ele apenas decidiu esperar. Esperaria por Victoria Sandoval a vida toda se fosse preciso. Entrou no quarto e tomou banho, vestiu sua melhor roupa e quando desceu as escadas a viu entrar. Osvaldo quase infartou mas sentiu-se aliviado quando a analisou constatando que estava bem e que nada de ruim lhe havia acontecido, ele desceu os degraus com pressa e a tocou no braço a abraçando forte em seguida como se não a visse por longos anos.

— Você está bem Victoria? O que houve? Por que não atendeu o celular desde ontem e hoje o dia inteiro? Onde esteve? Onde dormiu?

— Osvaldo calma. Uma coisa de cada vez ou a minha cabeça vai explodir. - ela suspirou se soltando dos braços dele — Eu sei que deveria ter avisado que não dormiria em casa mas precisamos conversar. - o olhou firme se lembrando de Heriberto.

— Você sumiu! Nunca dorme fora, Victoria! Até pensei que o pior podia ter acontecido! - foi verdadeiro em suas palavras, andou com ela até o sofá da sala e sentaram-se ali um de frente para o outro, estavam sozinhos e ninguém os importunaria.

— Vira essa boca pra lá! - Victoria bateu com a mão na madeira da mesinha de centro — Eu vim até mais cedo para casa porque precisava conversar com você antes de qualquer coisa.

— Antes de que, Victoria?

— Calma, me deixa continuar Osvaldo, por favor. Passei o dia todo tentando encontrar forças para estar aqui nesse momento. - suspirou e continuou a falar olhando para ele — Eu vou ser direta porque já não aguento mais essa situação, sei que você quer reatar o nosso casamento mas eu não posso mais, não posso apagar o que você fez e seguir a vida me enganando.

— Victoria eu te amo, o que quer dizer? Quer que eu saia de casa? Eu não acredito! - se alterou levantando-se e ficando na frente dela, aquilo era terrível demais para ele.

— Eu estou apaixonada por outro homem! - disse de uma vez mesmo com medo da reação dele — Eu o amo na verdade! Amo muito!

— É aquele doutorzinho? Pelo amor de Deus Victoria, o que deu em você? O que aconteceu com seu pudor, com seus valores? - Osvaldo gritou com ódio, não podia crer naquilo.

— O nosso casamento há muito tempo já não estava bem, você não me ama Osvaldo e me traiu com aquela mulher bem mais jovem que eu! Não dá mais! Não dá! Vamos ser francos um com o outro, acabou faz tempo e até já estamos divorciados!

— Você é minha mulher Victoria! - segurou forte o braço dela mas depois soltou, nunca foi agressivo.

— Não sou mais, acho que nunca fui! - chorou sofrida e os filhos entraram pela porta.

— O que tá acontecendo aqui? - Fernanda se assusta quando chega e vê os pais aos gritos na casa.

— Sua mãe Fernanda! Ficou louca! Disse que ama aquele homem! Aquele doutorzinho filho da mãe! - Osvaldo olhou a filha e jogou duro contra Victoria, ele sabia que agora sim ela não teria outra saída a não ser esquecer toda a bobagem que estava dizendo.

— Como é que é mãe? É sério isso? Max foi até ela incrédulo como aquela declaração.

— Eu não pude evitar meu filho, eu me apaixonei, eu quero ser feliz! - foi sincera e já voltava a chorar com o corpo todo tremendo.

— Seja feliz com meu pai, mamãe! Vai destruir a nossa família por uma besteira, uma maluquice com aquele homem? - Fernanda perdeu o controle e Max a segurou.

Osvaldo apenas a continuou olhando, queria ver agora se ela teria a coragem de jogar tudo para o ar, uma vida inteira no ralo por causa de uma aventura com um homem interesseiro que não significava nada para ninguém.


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Notas finais do capítulo

Continua...



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