A Nossa Chance De Amar - Triunfo Del Amor escrita por Mrs Belly


Capítulo 10
Capitulo 10




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— Pai? O que faz aqui? - Max se soltou do abraço da mãe e todos se viraram na direção do homem que ria ali em frente.

Não era possível que depois de tudo Osvaldo ainda pudesse aparecer ali para acabar com aquele momento de alegria, era verdade que antes ele também tinha sido convidado para o almoço em família mas nada aconteceu conforme os planos de nenhum deles, agora aquele homem só estava ali mesmo para provocar e esse fato só tornava o clima e a situação ainda pior.

— Ora, o que faço aqui?..

Osvaldo se levantou da poltrona e deu alguns passos na direção de Victoria parando bem de frente a ela a olhando no fundo dos olhos. Naquele olhar apenas se via ódio e ela tremeu segurando mais firme no braço de Heriberto que ficou em alerta.

— Eu estou na minha casa ou vocês já se esqueceram que moro aqui há vinte anos?? - a gargalhada soou forte e Victoria bufou, não era dessa forma que ela queria encarar aquela realidade mas Osvaldo não estava colaborando e a fez perder completamente a paciência que ainda restava dentro de si.

— Fale direito com meu filho, Osvaldo! Eu ainda moro aqui e você deve respeito!

— Sua família Victoria? - ele se afastou e pegou uma garrafa de bebida na cristaleira, virou o líquido de uma vez na boca sem desvincilhar o olhar frio dela — Nossa família! Mas você destruiu tudo!

— Eu destruí o que Osvaldo? Você me traiu! - gritou com ódio.

— Calma amor! - Heriberto a olhou apreensivo, a vontade que ele tinha era de desfigurar a cara de Osvaldo mas se controlou pois não queria criar mais um problema.

Ele não entendia como Victoria pode ter aguentado tanto tempo aquele casamento, Osvaldo se mostrava naquele momento realmente quem era e só de pensar que o seu amor esteve por anos ao lado dele, o médico perdia as estribeiras.

Em poucos segundos os empregados viram a mansão se tornar um caos. Os bebês de Maria choravam de um lado no meio daquela confusão enquanto acusações e gritos de revolta rasgavam o ar, até que em um momento Heriberto perdeu de vez a paciência e sentou um murro na cara de Osvaldo sem se preocupar com os filhos dele que estavam ali presenciando tudo e tentando acalmar, Max também tentou acalmar o pai assim como Fernanda mas tudo foi em vão, Victoria já chorava muito e apenas queria sair dali, do tormento e da agitação daquela vida que em nada contribuía para que ela fosse feliz.

— Eu não sei como me casei com alguém sujo como você! Não sei, Osvaldo! Mas agora de uma vez por todas tudo está acabado, quero que saia da minha vida e da minha casa! - ela falava cheia de certeza, aquele era o fim.

— Sua casa uma ova, sua desgraçada! Daqui não levará nada se quer se bandear para o lado desse doutorzinho metido a merda!


— Victoria, espera! - Heriberto ia avançar em Osvaldo para acabar com a raça dele mas correu até ela que subiu as escadas indo até o quarto. Quando chegou lá ela deu de cara com a porta trancada, Max segurava o pai que veio atrás com os olhos em brasa enquanto Maria e Fer ficaram na sala observando tudo desmoronar entre lágrimas e soluços de amargura e desgosto.

(...)

Enquanto isso na casa de modas Antonieta e Pepino andavam pelo escritório apavorados sem saber o que fazer. Os dois tomavam conta de tudo e comandavam a empresa na ausência de Victoria e tudo sempre esteve sob controle com exceção daquela única e inesperada vez.
O rapaz se abanava todo aflito, o apocalipse estava prestes a começar.

— O que vamos fazer agora amiga? Como vamos contar essa tragédia para a rainha justo agora que ela está feliz com o bofe delicia?

— Não sei Pepino, eu sempre tive tanto medo que isso pudesse acontecer, até alertei a Victoria mas ela é ainda tão ingênua apesar de não deixar transparecer... não tenho ideia de como será agora, não temos mais um futuro aqui dentro, amigo. Eu acho que esse império acabou e tudo por culpa dele....

Antonieta o olhou triste, os dois se abraçaram tentando se consolar pois o pior parecia mais uma vez estar à espreita.

(...)

— Mas o que é isso??!! - o grito de pavor ecoou por toda a casa.

Victoria via tudo destruído em seu quarto, não havia mais decorações, objetos ou cortinas inteiras, tudo estava espalhado pelo carpete aos pedaços e retalhos assim como o closet inteiro desfiado em tiras e fiapos. Ela não tinha mais nada, nenhuma calcinha sequer.

— Gostou? - Osvaldo gritava com prazer vendo-a chorar desconsolada nos braços de Heriberto que olhava tudo aterrorizado — Você agora só tem esses trapos, acabou! Nada do que trabalhei para te dar será seu!!! Some da minha casa!!!

Nesse momento Heriberto perdeu de vez toda a classe e a paciência que lutava consigo mesmo para conter, ele afastou Max no susto do gesto repentino que fez quando avançou com tudo em cima de Osvaldo distribuindo socos em cima dele com toda a raiva acumulada. Ver Victoria sofrer por causa das atrocidades daquele imundo era o pior em toda a sua vida. Heriberto bateu e bateu nele sem se importar com nada ou muito menos com os filhos de Osvaldo que estavam ali presenciando a cena do pai sendo massacrado daquela forma.

Ao contrário do que sempre fazia, dessa vez Victoria não se ergueu do chão e permaneceu de joelhos sem apartar ou intervir em toda aquela confusão, ela deixou que todo aquele inferno acontecesse em sua casa enquanto via tudo girar e o seu corpo todo tremer de nervoso ao olhar em volta e ver boa parte das coisas que ela amava e que trabalhou para conseguir destruídas. Seus vestidos caros, as roupas que ela costumava usar para sair sempre arrumada como a verdadeira rainha que era além de todo o restante, estavam como trapos de panos sem nenhum valor. Com um tecido na mão ela chorava copiosamente até que de repente um silêncio invadiu o quarto e ela foi apoiada por Heriberto, ficando em pé com certa dificuldade já que suas pernas mal sustentavam o corpo naquele dado momento.

Max arrastou Osvaldo para fora da casa com raiva por tudo o que ele tinha feito com Victoria, aquilo foi absurdo demais e agora sim o pai poderia ter certeza de que nunca mais voltaria a ter chance com a Sandoval. O jovem o olhou sentido, com lágrimas caindo por se dar conta de que toda aquela vida em família havia desmoronado para sempre. Osvaldo ainda tentou entrar e estava visivelmente bêbado rindo da desgraça alheia como se depois não fosse se arrepender.

Minutos depois os dois viram Victoria sair da casa ao lado de Heriberto, seguidos por Maria e Fernanda que estavam perplexas e tão abaladas quanto. As empregadas sequer tiveram tempo ou clima para servir o almoço que era preparado então tudo acabou infelizmente perdido assim como todas as coisas que todos haviam planejado muitos dias antes para aquele fim de semana em especial.

— Mamãe, para onde vai agora? - Maria perguntou acolhendo a mãe em um abraço junto da irmã que avariava os cabelos dela.

Victoria olhou Heriberto como se fosse preciso ainda pedir permissão a ele para estarem juntos, a cabeça dela estava a mil e agora não conseguia pensar em mais nada que não fosse sair dali para bem longe e tentar se recuperar daquele pesadelo. Ela não estava arrependida, Heriberto a fazia bem e agora ela teve mais do que a certeza de que se escolhesse tentar reatar o casamento falido seria infeliz pelo resto de seus dias. Olhou suas meninas com amor e carinho, amava seus filhos acima de tudo e nunca os abandonaria mas pelo menos naquele dia ela precisava ir.

Fernanda de longe olhou o pai que falava alguma coisa com Max e viu que o irmão estava tão decepcionado como ela. Como Osvaldo foi capaz de uma coisa dessas? Será mesmo que era possível amar alguém assim? A mente dela também de encheu de questões e se lembrando das palavras de Cruz, ela suspirou olhando Victoria com amor e disse para ela:

— Vai mãe, nós vamos ficar bem.

Olhou Maria que concordou com ela e deu um último beijo em Victoria antes de vê-la entrar no carro de Heriberto e quando a viu sair Osvaldo apenas teve tempo de gritar mais uma vez.

— Vá pro inferno Victoria!!! Vá pro inferno você e esse seu almofadinha!!!!

Durante todo o caminho de carro até o apartamento de Heriberto, Victoria preferiu se manter em silêncio pensando em como a vida dela tinha mudado de uma hora para a outra. O amor é um sentimento verdadeiro e sem muitas complicações mas quando se envolve uma família inteira dentro dele tudo sempre é mais complicado.

Heriberto também pensava enquanto tentava dividir a atenção entre o trânsito e ela que não o olhava e apenas encarava o movimento da rua através da janela enquanto a respiração oscilava sem parar. Ele tentou falar com ela mas achou melhor deixá-la um pouco como estava e apenas quando encostou o carro na garagem do prédio, Victoria o olhou com lágrimas nos olhos.

— Meu amor...

Heriberto tirou seu cinto e o dela, depois a puxou para perto dele em um abraço apertado, beijou os cabelos macios dela e a sentiu suspirar vencida por uma tristeza que não tinha tamanho e que acabava com todas as forças dentro de si.

— Vamos entrar? - ele a olhou com carinho, agora ela precisava apenas de um banho e dormir um pouco, deixaria para conversar depois se ela quisesse tocar no assunto com ele. Tudo seria no tempo dela e ele a daria tudo, todo apoio e todo o amor para atravessar mais aquela fase de sua vida.

— Me abraça Heriberto, me abraça forte. - sussurrou em meio à tantas lágrimas e assim ele fez envolvendo o corpo dela mais perto por alguns instantes naquele carro.

Quando entraram no apartamento o cheiro gostoso e agradável atravessou o ar e fez Victoria respirar fundo enquanto tirava os sapatos e colocava os pés no chão frio. Heriberto trancou a porta e veio com cuidado até ela ficando bem atrás e envolvendo o corpo pequeno em seus braços, cheirou o pescoço dela e se perdeu em meio ao perfume dos cabelos longos e sedosos por alguns segundos. Eles ficaram assim abraçados até que ele a virou de frente para olhar nos olhos verdes que estavam mais escuros e sombrios do que nunca.

— Eu te amo! - ela sussurrou quase sem voz, arfava e logo voltou a chorar se agarrando aos braços de Heriberto como se ele fosse fugir e a deixar ali desprotegida.

— Eu te amo muito! - ele a puxou e lhe deu um beijo calmo cheio de amor e de cuidado.

Enquanto se beijavam em busca do toque do outro, Heriberto foi andando com ela de vagar até o banheiro onde ele entrou e tirou a roupa a ajudando a se despir também. Logo os dois estavam nus embaixo do chuveiro colados e perdidos em carícias e beijos que os fazia lembrar que o mais importante era na verdade estarem ali firmes apesar de tudo.

Não fizeram amor e apenas ficaram assim
juntinhos até Victoria se acalmar e sentir o corpo mais relaxado e quando voltaram ao quarto ele a entregou um roupão e uma toalha para secar os cabelos enquanto seguia para a cozinha para fazer um chá.

Días depois...

Ela simplesmente sumiu de tudo e de todos, atendia e ligava somente para os filhos e depois de tantos anos quase sem nenhuma folga na agenda, decidiu dar um tempo até mesmo com seu trabalho e enquanto isso largou tudo nas mãos de Antonieta e Pepino. Os dois amigos não revelaram a ela a tragédia que aconteceu no meio de todo esse furacão no qual todos se encontravam, Victoria precisava e queria estar longe de problemas e por isso Antonieta ao lado do amigo resolveu tentar mudar as coisas a seu próprio mérito sem que a patroa soubesse de nada.

Naquele dia ela levantou cedo e se despediu de Oscar com amor e enquanto ele foi trabalhar em outro caso como advogado, ela seguiu firme e decidida para o lugar onde uma pessoa a aguardava. Quando chegou teve que esperar por duas horas intermináveis até que então ele apareceu com a cara abatida e um riso irritante nos lábios, ele a cumprimentou mas Antonieta não estava em um bom dia e muito menos para brincadeiras.... foi logo falando sem pestanejar.

— Onde quer chegar com isso, Osvaldo? - olhou seria, nunca tinha gostado dele mesmo.

— Calma loirinha, tá nervosinha por que? - ele riu suspirando confiante.

— Antonieta!!! - bufou — Não estou aqui para perder tempo, sou prática então vamos logo ao que interessa.

— Eu não estou fazendo nada demais, essa empresa é minha, estou dentro da lei e você sabe que estou certo. - acendeu o cigarro olhando para ela.

— Osvaldo, a casa de moda é tudo para Victoria, é a vida dela. Não pode acabar com tudo assim! - ela se moveu na cadeira inquieta.

Estavam em um café mas ela não quis tomar nada.

Osvaldo riu alto, a vida de Victoria era justamente o que ele desejava destruir já que nunca mais voltaria a ter qualquer coisa com ela. A felicidade dela o incomodava, o fazia ter ódio e vontade de matar qualquer um que fosse próximo dela. Até dos filhos ele se distanciou, Fernanda perdera um tanto da devoção que tinha por ele desde aquele dia assim como Max que viajou com Maria e não atendeu mais as suas ligações, agora sim ele era um homem completamente abandonado por todo o mundo.

— Não volto atrás! Em uma semana tomo posse do que é meu e não tem conversa!
— ele bateu o copo na mesa e já saiu andando para longe dali. Se tornou tão covarde e frio que nem pagou a conta.

Antonieta pousou as mãos sobre a cabeça em desespero e o via partir enquanto dizia:

— Avise a sua patroa! - riu mais — Estão todos na rua!!! Não quero nenhum de vocês lá!

E se foi.

Na mesma hora ela pegou o celular com as mãos trêmulas de nervoso e ligou para Pepino que tentava organizar alguns novos tecidos encomendados que acabavam de chegar.

— Pepino!!! Ele não desiste, não temos saída, disse que na próxima semana vai tomar posse de tudo. - suspirou com os olhos lacrimejando - Temos que ir atrás da Victoria, a situação saiu ainda mais do nosso controle.

O rapaz se sentou rápido porque as pernas perderam as forças, largou o tecido ali e pediu a Lucy para ficar sozinho.

— A Sandoval vai infartar! Minha Santa Purpurina!!! - gritou apertando seu lenço na mão. — Mas onde ela está? Onde? Não atende nenhuma ligação desde anteontem como a Fer me avisou.

Pepino e Antonieta estavam mais que aflitos, precisavam encontrar Victoria de qualquer maneira antes que o universo caísse sobre a cabeça de uma vez por todas. Eles precisavam lutar contra Osvaldo e iriam até o fim com a amiga, a Rainha da moda jamais estaria sozinha e aquela guerra já estava anunciada.

Longe dali...

Os dois caminhavam felizes de mãos dadas em um jardim lindo apesar da noite que começava a dar sinais de que ia aparecer. Se sentaram na grama e ele a aconchegou sobre seu peito, trocaram um beijo quente e depois ficaram abraçados se olhando e se admirando com o brilho do olhar.

Ela estava linda usando um vestido fino e leve e ele com sua bermuda e uma camisa mais solta reluzia ainda mais charmoso e sensual. Um homem lindo e gentil que durante todos aqueles dias dedicou todo o tempo para fazê-la sorrir e se esquecer de seus pesadelos e problemas com a família. Heriberto conseguiu tirar duas semanas de folga do hospital e da clínica deixando seus pacientes e seus compromissos nas mãos de colegas tão competentes quanto ele para estar ali com Victoria, para ele aquela não foi nenhuma obrigação mas sim algo de que também precisava já que nunca tirava férias e quase nunca também podia relaxar.

Ele a mirou apaixonado, se deitou sobre ela e com as mãos acariciou o corpo feminino arrancando suspiros e um riso de aprovação.

— Está feliz meu amor? - perguntou com atenção apertando mais o corpo dela, estava se excitando da forma em que estavam e ela ficou vermelha quando o sentiu.

— Com você eu sempre estou feliz Heriberto... - arfou deixando um gemido baixinho escapar sem querer e se moveu em baixo dele.

Heriberto sorriu e a beijou com carinho, ergueu um pouco o vestido dela em busca da calcinha e Victoria gemeu mais alto o sentindo tocar tomando posse do corpo dela como só ele mesmo sabia fazer.

— Eu quero você aqui... - mordeu o ombro dela e deu beijos molhados pelo pescoço até voltar com a língua pedindo para amar os lábios dela.

— Heriberto... - gemeu – E se alguém aparecer? - rebolou o ajudando a tirar sua calcinha, não podia negar que queria aquele prazer tanto quanto ele.

— Os empregados já foram, eu dispensei. - sorriu malicioso para ela e beijou um seio enquanto roçava o membro devagar na intimidade sem penetrar.

Victoria começou a suar com o corpo queimando, aprovou a carícia e se moveu mais desejando que Heriberto estivesse logo dentro dela. Gemeu e gemeu o nome dele sendo provada pela boca dele em seus seios agora desnudos, ele chupou um com gosto e depois o outro deixando os bicos durinhos e quando a viu entregue e relaxada, a penetrou sentindo que era acolhido de um jeito especial.

— Aaahhh.... Victoria cravou as unhas nos braços dele.

Estava alucinada de desejo e vontade de estar para sempre com aquele homem a amando de todas as formas possíveis, para Victoria durante o tempo que se afastou de tudo, não havia nada melhor que isso pois assim se encontrava finalmente feliz e realizada como mulher.


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Notas finais do capítulo

Continua...



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