A princesa da capa vermelha - Bakuraka escrita por UravityStar


Capítulo 20
Momento pré-guerra


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, estrelinhas!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/799079/chapter/20

Pov. Ochaco

— Biscoito, preciso te contar uma coisa. — Katsuki fala ao se aproximar de mim.

— Lobinho, o que te trás aqui?

— Eu… Fui atrás do brócolis depois que você me contou o que ele te fez. Não podia deixar que ele saísse impune…

— Katsu, o que você fez? — Pergunto preocupada.

Se o príncipe for morto, Musutafu terá mais um inimigo para lidar e não é o que precisamos nesse momento pré-guerra.

— O brócolis ainda está vivo, só deixei claro de que você tem aliados e não será ele a te impedir de cumprir o seu destino.

Arqueio as sobrancelhas esperando que Katsuki me falasse a verdade. O lobo suspira derrotado e diz:

— Tsc! Está bem! A gente lutou e revidei o ataque dele ao enfiar a espada em seu abdômen. Mas ele mereceu…

— Katsu, obrigada, mas… Sinto que não é sobre isso que você veio falar.

Bakugou tira um objeto pequeno do bolso de sua calça e me entrega.

— Um anel? — Pergunto e observo o designer dele, até que arregalo os olhos. — Você conseguiu tirar o anel que o Midoriya usou para me controlar!

— Sim, agora a decisão é sua sobre o que fazer com ele.

— Esse anel pôde controlar o Mirio no passado, a gente poderia utilizá-lo para trazer nosso irmão de volta. — Afirmo. — Infelizmente toda a magia tem um preço, então, este se torna inútil, mas…

— Mas?

— Se devolvermos para a dona, talvez ela coopere em nos ajudar. — Falo confiante. — Como o príncipe usou o poder do anel, ele em breve sentirá as consequências, só lamento pelo Midoriya.

 

Quebra de tempo:

No final da tarde, eu e o Katsuki, resolvemos caçar perto da área destruída da floresta. Encontro algumas frutas e guardo dentro de uma cesta que trouxe junto.

— Conseguiu captar algo com o seu faro?

Bakugou inclina a cabeça empinando o nariz ao ar e sorri.

— Há uma toca de coelho por perto.

— Não vamos atacar coelhos inocentes, Katsu! — Inflo as bochechas.

— É a lei da natureza, biscoito. — Bakugou diz ao apertar minha bochecha.

— Por que não caçamos alguma ave? — Sugiro.

— Tanto faz. 

Bakugou observa a extensão da floresta ao redor e se concentra nos sons. Logo, ele ouve o pio de um pássaro grande e mostra para mim.

Erguendo o arco, estico a corda e solto a flecha.

 

Shoto havia preparado a fogueira enquanto o assado não ficava pronto e Tsuyu estava comigo no lago treinando a manipulação da água.

Asui fazia uns movimentos com as mãos e eu seguia os seus passos, não demorou para que ela erguesse a água e formasse uma pirâmide de água.

Sigo os passos concentrando na água e quando estava quase formando a pirâmide, Bakugou me assusta por trás. O que o lobo não esperava, era que com o susto, eu perdesse o controle da água e o líquido o encharcasse.

Katsuki se chacoalha como um cão para tirar a água do corpo e respinga em mim como uma espécie de vingança e rio.

 

Depois de jantar, estava me sentindo cansada para voltar ao castelo. Decido dormir na floresta e acompanho o lobo até seu lar.

— Ochaco, quer ficar aqui por hoje?

— Claro, lobinho. — Respondo sonolenta e sigo para o quarto de visita, não sem antes de dar um abraço e um beijo na bochecha do lobo.

— Boa noite, biscoito. — Katsuki fala corado após o meu ato.

— Boa noite, Katsuki.

 

Na manhã seguinte, acordo e sigo de volta ao castelo. Caminhando para a sala de jantar, vejo o Denki e o cumprimento.

— Bom dia.

— Bom dia, maninha! — Ele fala empolgado.

— Parece bem animado, tem algum motivo?

— Não ficou sabendo que o Natsuo e a Fuyumi vem nos visitar?

— Que legal! E não soube, estive bem ocupada ultimamente.

Começo a tomar o café da manhã, a torta recém saída do fogo estava desmanchando de tanto sabor.

 

Terminando de comer, sigo por entre o corredor até me deparar com Nejire e Tamaki. O elfo tentava acompanhar os passos da fada eufórica.

— N-Nejire, ela deve voltar a qualquer momento. A essas alturas a notícia já deve estar se espalhando.

— Os primos dela vão chegar em péssima hora. Teremos que ter o dobro de vigia na família real.

— Nejire, do que está falando? — Pergunto curiosa ao me aproximar deles.

— Princesa! Graças aos deuses, você ouviu a conversa?

Assento e ela continua:

— Seus primos estão a caminho, mas o reino de Musutafu se encontra em um momento delicado. O seu pai seguiu com uma tropa de soldados ao campo de batalha para tentar convencer o Rei Nezu a mudar de ideia.

— Se depois dessa reunião os reis não entrarem em acordo, teremos que nos preparar para o confronto. — Tamaki diz a mim.

— Entendo, irei avisar os meus irmãos sobre o ocorrido.

Passo a mensagem por pensamento e Hagakure diz que os espíritos irão convocar os seres da Lua Crescente para quando a hora chegar.

Os dois me acompanham até a sala do trono, onde vejo a rainha recepcionando os meus primos.

— Fuyumi, Natsuo, quanto tempo.

— Ochaco! Como tem passado? — Pergunta Fuyumi.

— Bem, há tantas coisas acontecendo em tão pouco tempo. Preciso te atualizar!

— Filha, creio que você possa cuidar da estadia de seus primos enquanto cuido do reino.

— Claro, mãe.

A rainha se despede de nós e vejo Natsuo olhar para atrás de mim e perguntar:

— Quem é o garoto esverdeado?

Vejo Midoriya na porta e logo ele sai do campo de visão. Convido os meus primos para caminharem até o jardim enquanto explico:

— É uma longa história. — Falo. — O Rei Enji me pôs em um casamento arranjado com o príncipe de Iisland, aquele garoto que vocês viram. Mas eu não vou me casar com quem não amo, principalmente quando sei que o príncipe descobriu meu segredo.

— Que segredo? — Natsuo pergunta.

Entramos no labirinto e ao chegar no centro, conto tudo sobre a profecia, os acontecimentos com o príncipe e sobre ser um elemento. Sabia que o Natsuo e a Fuyumi eram de confiança para eu me revelar.

— Nossa! Não acredito que passou por tudo isso. — Fuyumi diz. — Quinto elemento, profecias… Parece de outro mundo!

— Esse garoto é muito arrogante. — Natsuo comenta. — E como ele teve coragem de querer te controlar? Esse seu amigo lobo fez o certo.

— Essa história toda… Princesa, e se o Midoriya for aquele de falsa intenção? — Fuyumi pergunta.

— Estou começando a acreditar que possa ser ele. — Digo. — Preciso descobrir o que o Midoriya planeja.

— Tenho certeza de que coisa boa não é. — Natsuo diz. — Tem a probabilidade de ele estar tramando contra Musutafu, certo?

— É por isso que preciso encontrar a bruxa que deu o anel para ele, assim terei respostas.

Após a conversa, mudo de assunto e pergunto como estava a vida deles na divisa. Fuyumi me contou que o seu povo estava se preparando para se abrigar aqui e que amanhã era a previsão da chegada deles.

 

Ao anoitecer, depois de jantar, sigo para o meu quarto e fico pensando no lobo. Uma ardência nas costas surge e me concentro. Não posso pensar em romance ainda.

No meio da madrugada, acordo com o som da janela sendo aberta. Me assusto ao ver uma sombra de olhos vermelhos me encarando e me preparo para usar o vácuo.

Antes de ativar o poder, sinto alguém colocar um pano no meu rosto e logo perco a consciência.

Continua…


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e até a próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A princesa da capa vermelha - Bakuraka" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.