A princesa da capa vermelha - Bakuraka escrita por UravityStar


Capítulo 19
Confronto


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, estrelinhas!



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— Vocês sabem onde o espírito da terra se encontra? — Pergunta Izuku. — Também estou confuso, pois disseste que não era possível controlá-lo com o anel, mas você também disse que ele foi controlado a centenas de anos.

— Ele está conosco. Você é bem observador. — Nemuri comenta. — No caso do espírito da terra, foi porquê ele estava fraco. Sua irmã, a princesa Uraraka, havia falecido a pouco tempo e naquela época ambos eram inseparáveis. Quando ele viu a irmã morrer por meu ancestral, Mirio entristecido, fez terremotos e avalanches destruirem metade da floresta da Lua Crescente. All Might, o Deus da criação vendo a ira do elemento, pediu que se controlasse, porém, o feiticeiro se aproveitou de sua fraqueza e utilizou o anel criando uma magia para controlar o elemento. Notando que ele resistiu ao anel, criou mais um feitiço. A partir daí, o espírito só trouxe caos para a terra, pois estava corrompido.

— Está explicado. — Diz o esverdeado. — Agora que o nosso plano foi definido, tenho de voltar a Musutafu ou eles podem estranhar meu sumiço.

— Verdade, não queremos perder para aquele reino antes de a guerra sequer começar. — Fala Aizawa. 

Midoriya se despede dos seres das sombras e segue de volta a Musutafu por entre as árvores secas da floresta.

Enquanto ele caminhava, Izuku refletia sobre o que estava prestes a iniciar. Supostamente, Iisland ficaria aliada a Musutafu para lutar contra o Rei Nezu, que era um ser híbrido, mas que não suportava a própria espécie. Não se sabe o motivo do rei para querer destruir os seres mitológicos, porém, Izuku não iria permitir que outros seres fossem extintos.

A rainha Inko não imaginava o que o seu filho estaria armando, se ela soubesse, toda a esperança de Izuku iria se dissipar.

Izuku conhece bem a sua mãe, ela se esconde por camadas. Quem a conhece na primeira vez, acredita que Dona Inko é um amor de pessoa, mas se cavar essas camadas, verá a verdadeira face da rainha.

Tal pensamento fez o esverdeado se recordar de uma memória que estava guardada lá no fundo. Lágrimas insistiram em sair, mas o Midoriya balançou a cabeça para afastar tais pensamentos, ele não podia se dar ao luxo de se distrair em pleno início de guerra.

— Tenho que salvar os seres das sombras, a princesa terá que me ouvir!

Enquanto andava pela mata, uma sombra permaneceu a espreita o observando. 

Izuku notou que havia saído da rota e tinha parado numa clareira, as árvores retorcidas se fechavam a seu redor no mesmo tempo que a neblina começava a se espalhar.

Logo, um calafrio percorreu seu corpo ao ver alguma coisa se mover por entre as árvores.

— Será que aquela vampira está me seguindo? Toga, é você? Não tenho tempo para suas brincadeiras!

— Você é amigo daqueles traidores? A Liga da sombra? — Pergunta uma voz rouca. — Está com o cheiro deles.

Izuku puxa a sua espada da cintura e diz:

— Apareça covarde! 

— O único covarde aqui é você por ter ferido a princesa com seu amuleto mágico.

Midoriya tenta localizar a voz do ser, porém o mesmo se move rapidamente por entre os troncos, suas mãos estavam apertando a espada com receio de deixá-la cair.

— Você é um espírito elemental? Saiba que tenho algo capaz de te repelir, sugiro que vá embora.

Um vulto passa em disparada, deixando um corte nas vestes do príncipe. Midoriya desesperado, procura pelos arredores o ser, mas arregala os olhos ao sentir um chute nas suas costas.

As cegas, o príncipe começa a distribuir golpes com a espada, mas o esverdeado só acertava o ar. Quando ele menos esperou, Izuku fora arremessado numa árvore e sua espada se perdeu no chão.

Sentindo uma mão com garras segurar o seu pescoço, o príncipe enfim vê o ser que estava o atacando. Nada mais, nada menos que um lobo de cabelos loiros e olhos vermelhos como sangue.

— Quem é você? O que quer de mim? — Pergunta o esverdeado.

O lobo continua o encarando e minutos depois ele responde:

— Exijo que se afaste da Ochaco!

— Exige? Sou um príncipe, você não tem direito a exigir nada de mim. Espera, disse o nome da princesa?

— E você não tinha o direito de a machucar! Você não vai controlar ela! — O lobo grita revoltado. — Assim como você, também a conheço. Por acaso achou que os elementos fossem os únicos amigos dela?

— Controlar? Ah, então aquela princesinha procurou por ajuda, sendo que eu disse para não o fazer. Só lamento pelos irmãos dela, há, há! E você não me assusta, lobo pulguento.

O lobo ignora o comentário do príncipe e ao olhar para a mão do esverdeado, nota o anel do qual Ochaco mencionou e esticando seu braço livre, o arranca dos dedos dele enquanto Izuku permanecia distraído.

— Ei! Me devolve isso, esse anel é impor… — Diz ao notar o ato do lobo.

Antes que Izuku terminasse de falar, Bakugou dá um soco no rosto do príncipe e começa a distribuir chutes e mais socos.

Izuku bloqueia os ataques e vendo que ele não iria parar, começa a lutar contra o lobo. Empurrando Bakugou para frente, Izuku acerta o queixo do lobo, logo tendo que dar uma cambalhota para trás para desviar de outro ataque.

Em determinado momento, Izuku ao rolar pelo chão, consegue recuperar a espada e parte para cima de Bakugou.

— Você ainda não respondeu as minhas perguntas. — Izuku fala ao empunhar a espada que por pouco não corta o braço do lobo.

— Tsc! É bom que saiba quem sou, pois assim irá pensar duas vezes antes de mexer comigo ou com a princesa. Sou o Bakugou Katsuki, um ser da sombra, porém, sou diferente dos outros.

— Um ser da sombra? Por que um ser da sombra iria querer ajudar um ser da luz?

— Não é dá sua conta! Você vai pagar pela que fez a Ochaco! Shine!! — Revoltado, Bakugou dá um chute no estômago do príncipe e tirando a espada de sua mão, enfia o objeto afiado no abdômen do esverdeado que arqueja de dor e grita.

— Aaaaaah!!

Se afastando do príncipe, Katsuki diz:

— Estou cumprindo o que prometi a princesa e te deixarei vivo, mas, se tentar machucar ela de novo, você já sabe o seu destino.

Dito as palavras, Bakugou segue floresta adentro com o anel em mãos. Ele iria entregar o objeto para a princesa decidir o que fazer com o mesmo.

Seguindo para a casa na árvore, Bakugou vê o Todoroki e faz uma careta.

— Tsc! Por que logo o meio a meio? Ei, a princesa está?

Shoto observa o lobo e diz:

— Soube pela Hagakure que a Ochaco está treinando com o Tamaki. Nem pense em se aproximar da minha irmã. — Ele completa ao notar a sua expressão decidida.

— Olha, eu não quis ferir a garota do vento. Estava sendo controlado pela maldição da lua cheia. — Explica Katsuki.— Antes de virar uma fera por completo sempre perco o controle. Eu… Realmente sinto muito.

Shoto suspira e pergunta:

— Sobre qual assunto quer falar com ela?

— Sobre isso. — Bakugou mostra o anel para Shoto que estreita os olhos. — Acabei me deparando com o noivo dela após a Ochaco me contar sobre o que ele fez. Esse anel feito de magia negra que estava sob posse dele, é capaz de controlar ou até de machucar os espíritos. Aquele príncipe a feriu, mas já cuidei dele.

— Você salvou a Ochaco… Não tenho palavras suficientes para te agradecer, apenas que sinto muita pela forma que te tratei.

— Tanto faz, agora estamos quites.

Depois de se acertar com Shoto, o lobo fareja o ar e segue até a princesa. Se aproximando da entrada da floresta, ele vê o elfo e ela recolhendo as flechas.

— Biscoito, preciso te contar uma coisa.

Ochaco vira-se em direção ao lobo e sorrindo, pergunta:

— Lobinho, o que te trás aqui?

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e até a próxima!



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