A princesa da capa vermelha - Bakuraka escrita por UravityStar


Capítulo 21
A escolha


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Pov. Uraraka Ochaco

Acordo me sentindo desorientada e estranho o ambiente a minha volta. Tudo estava escuro, mas eu podia sentir o ar úmido por ser um espírito elemental. Tento utilizar o poder de fogo para criar luz, mas percebo que os poderes não se ativam.

— O que está acontecendo? — Pergunto confusa e me assusto com a voz de uma mulher.

— Essa é uma pergunta fácil de responder.

— Quem está aí? Que lugar é esse? Saiba que está lidando com a pessoa errada! — Grito.

Com um estalar de dedos, a pessoa faz com que o ambiente clareie e noto que estava em uma cela. Viro-me em direção a pessoa e arregalo os olhos. Uma bruxa! Mas, por que ela é famíliar?

— Sei muito bem com quem estou lidando, quinto elemento. — A bruxa sorri.

— C-Como você sabe?

— Estive esperando por esse momento a vida inteira. — Ela fala. — Sou Nemuri Kayama, a bruxa da lua.

— Você é um ser da sombra. — Confirmo.

— Sim, e também sou descendente do bruxo que tentou destruir o reino de Musutafu a milhares de séculos. Estou impressionada que você não mudou nada desde aquela época. — Fala a bruxa ao me encarar. — Continua tão jovem... Princesa, você é a chave para a nossa vitória.

— Do que está falando?

— Enfim posso completar o que meu ancestral não conseguiu. — Ela responde. — Hosu é o verdadeiro inimigo, eles não vão aceitar o acordo de Musutafu. É por isso que nós, os seres da sombra, precisamos de sua ajuda.

— O dever dos elementos é manter o equilíbrio entre os seres mitológicos e os humanos. — Digo. — Mas não da forma que vocês pensam. Deixe-me adivinhar, me sequestraram pensando que iria ficar no lado de vocês? O que pretendem fazer?

— Hosu será culpado pelo seu sequestro, princesa. Os seres das sombras já conseguiram controlar a mente do rei Nezu enquanto eu fico aqui cuidando de você.

— Tudo isso é por vingança contra o rei?

— Precisamente.

— Esse plano não levará vocês a lugar algum! Me liberte e deixe que os elementos terminem com a guerra.

A bruxa me ignora e diz:

— Tanto faz, tem uma pessoa que quer falar com você.

— Quem? — Nemuri da meia volta me deixando sozinha no local e logo ouço passos se aproximando.

Pov. Off

 

No reino de Musutafu:

Nejire seguia pelos corredores do castelo, a fada queria convidar a princesa e os seus primos para um chá enquanto a reunião dos reis não havia terminado.

Ao longe, ela vê a Fuyumi e a cumprimenta:

— Bom dia, princesa Fuyumi.

— Bom dia! Você por acaso viu a Ochaco?

— Não, estava pensando em convidar você, ela e seu irmão para um chá. — Nejire fala com o rosto franzido. — A princesa costuma sair para treinar arco e flecha ou para visitar os elementos.

— Entendo.

— Bem, irei pedir ao Tamaki para me ajudar a encontrá-la. Tenha um bom dia!

— Obrigada, a você também!

Nejire segue até a sala de alquimia do elfo e após pedir ajuda para encontrar a princesa, a fada segue até a floresta onde se depara com Tsuyu e Hagakure. Perguntando sobre a Ochaco, os espíritos afirmam que ela não se encontrava na floresta.

— Ela tem que estar em algum lugar! A princesa não pode ter simplesmente desaparecido!

— Se acalme, Nejire-chan! — Diz Hagakure. — A Ochaco deve ter ido visitar o lobo.

— Verdade! Obrigada, Hagakure.

 

Seguindo até a casa que a Ochaco havia criado para o lobo, Nejire bate na porta e minutos depois o lobo aparece.

— Fada?

— Bakugou, por acaso a princesa está com você?

— O biscoito? Eu não a vi hoje. Por quê?

— Ela está desaparecida desde hoje cedo. É muito estranho ela sumir logo quando os reis estão discutindo sobre a possível guerra... — Nejire fala com a mão direita no queixo.

— Ela sumiu? Vou ajudar a procurar a princesa, embora eu tenha as minhas suspeitas. — Bakugou diz.

— Que suspeitas? — Pergunta a fada curiosa.

— Aquele noivo dela! Desde que a Ochaco me pediu ajuda em relação a ele, não consigo confiar naquele Deku.

— O Midoriya? Bakugou, sei que o príncipe parece arrogante e tal, mas o que ele iria ganhar em troca? Nada. Ele está prometido com a princesa e tem o seu próprio reino. Tudo isso é ciúmes dele? — Nejire arqueia as sobrancelhas e sorri.

— Tsc! Eu não confio naquele espinafre! Vou provar a vocês que ele não é confiável!

Bakugou vira-se e começa a correr pela floresta deixando a azulada para trás. O lobo segue para o reino de Musutafu a procura do príncipe. Se a Ochaco estivesse em perigo, ele iria a salvar custe o que custar.

 

De volta a caverna:

— Alfacinha?! — Ochaco encarava o príncipe de frente a grade. — O que você faz junto aos seres das sombras? Não era para estar no reino? Não me diga que... — Ela arregala os olhos e sussurra. — Você é aquele de falsa intenção.

— Aquele de falsa intenção? Não entendo o que você quer dizer com isso, princesa bobinha. As minhas intenções são nobres. — Fala o Midoriya. — E respondendo a sua pergunta: Eu estou apenas dando a chance que eles tanto querem. Os humanos já governaram por tempo demais esse reino, não? Até aquele rei híbrido concorda em destruir os seres mitológicos, sua própria espécie.

— Vai direto ao assunto, alfacinha!

— A rainha Inko, minha mãe está do lado do rei Nezu. — Izuku diz. — Ela concordou com a extinção dos seres mitológicos, mas eu fui contra. Por isso estou tentando salvar as espécies.

— Não faz sentido. Por que a rainha iria querer esse caos? Ela parece ser alguém gentil. Você só pode estar mentindo!

— É a verdade! Vou lhe contar o porquê. Há muito tempo atrás, quando eu tinha oito anos de idade, me deparei com um ser mitológico no reino de Iisland. Ela tinha a minha idade e era uma viajante que buscava um lar para viver. Encantado com o fauno, acabei oferecendo um lar no meu castelo e a mantive escondida de todos. Nós acabamos se tornando amigos e com o tempo acabei me apaixonando por ela, mas...

— Mas? O que aconteceu?

— A rainha descobriu sobre ela, e o fauno quase morreu por minha causa.

Ochaco nota que o príncipe começa a chorar e ele continua com a voz trêmula:

— A-Antes de ela ser executada, consegui impedir a sua morte, mas com um sacrifício a ser feito. — Diz o príncipe. — Para ela poder viver, o fauno seria exilado de Iisland. Meus pais a expulsaram e desde então, nunca mais a vi. Justo quando eu ia me declarar para ela... E-Eu a amava!! A rainha Inko não é quem você acredita. Ela só pensa em si mesma!

— Midoriya, eu sinto muito. Agora entendo os seus motivos, mas... Essa guerra não é a resposta para ter a sua amada de volta. Eu não a conheço, porém, acredito que ela não iria aprovar sua atitude.

— Princesa...

— Ainda dá tempo de mudar, Midoriya. Existem outras formas de fazer com que vocês possam ficar juntos, mas não com a guerra.

Izuku suspira e parando para pensar, diz:

— Ela não ia gostar de saber que fui responsável por uma parte da guerra... Tudo bem, preciso me desculpar com você. Descobri o seu segredo e revelei para a bruxa, além do que criei uma guerra contra os reinos. Sei que o que fiz não tem perdão, mas espero que um dia me perdoe, princesa.

Midoriya tira um molho de chaves do bolso e abre a grade da cela. Ochaco sorri e ao sair, diz:

— Alteza, em primeiro lugar... — Ochaco dá um tapa no rosto de Izuku e continua. — Isso é por tudo que você fez e em segundo lugar, obrigada por ter tomado a decisão certa no fim.

— Ai... — Izuku esfrega a mão no local do tapa. — Eu mereci. Agora temos uma guerra para impedir. — Fala Izuku.

— Sim, você vai conseguir lutar se for preciso? O Bakugou me contou que lutou com você.

— Ganhei um corte por causa da espada, mas os seres mitológicos fizeram alguns pontos no ferimento quando cheguei na caverna. Acho que consigo lutar.

 

Antes que ambos pudessem sair da caverna, o líder dos seres das sombras aparece e diz:

— Então você decidiu ficar do lado dos espíritos. Devia ter continuado conosco, garoto.

Shigaraki chama os seus colegas para prender os jovens e Ochaco tenta utilizar o poder do vento contra eles.

— Por que os meus poderes não estão funcionando? Pensei que a cela que bloqueava os elementos.

— Cortesia de Nemuri. A bruxa fez um feitiço que bloqueia qualquer habilidade em controlar elementos aqui na caverna. — Shigaraki responde. — Dabi e Nemuri, quero que vocês levem os dois para o calabouço do reino de Hosu. Tivemos uma pequena mudança de planos.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e até a próxima!



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