A princesa da capa vermelha - Bakuraka escrita por UravityStar


Capítulo 18
Traçando planos


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, estrelinhas!



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Pov. Uraraka Ochaco

Depois de terminar de almoçar, sigo para a biblioteca. Estava pensando em separar os livros que não lia mais e doar para os orfanatos, quando vejo o Tamaki em cima de uma escada encostada numa das prateleiras de livros. Curiosa, me aproximo do elfo.

— Boa tarde Tamaki, procurando um livro?

— Maçãzinha, boa tarde! Não, eu acabei de terminar de ler um livro de poções.

— Entendo, será que você podia me ajudar a separar alguns livros que quero doar?

— Claro!

Tamaki desse da escada e digo o nome dos livros.

Como a biblioteca era enorme, ficamos uma hora procurando por eles e quando encontramos, separamos e colocamos em cima de uma mesa. Sigo até a porta da biblioteca e vendo um dos guardas, peço para que ele e os outros levassem os livros para o orfanato de Musutafu.

Voltando para dentro da biblioteca, pergunto a Tamaki:

— Moranguinho, o que acha de dar uma cavalgada nas terras do reino? Agora que terminei a tarefa com o orfanato, estou com tempo livre. Ah! Nós também podemos ir na clareira para eu treinar arco e flecha!

— É uma boa ideia, faz uns dias que não passamos um tempo juntos. Será que a Nejire não iria querer ir também? — Pergunta Tamaki.

— Ela deve estar ocupada, mas não custa perguntar. Te vejo daqui a trinta minutos.

Sigo para o meu quarto e Hatsume que estava passando no corredor me chama:

— Princesa, te encontrei! — Ela olha para os lados e vendo que não havia ninguém, se aproxima de mim, me puxando para dentro do quarto.

— O que aconteceu? — Pergunto confusa e ela nega.

— Nada, eu tenho um novo presentinho para você, sugiro que jogue o seu arco de madeira fora.

— Por que eu faria isso? Você sabe que amo arco e flecha.

— Sim, mas acabei de criar um arco novo feito de metal. A madeira com o tempo estraga, já o metal é mais resistente.

— Ah, entendo. Tudo bem, só me deixe pegar o arco.

Sigo até a minha cama e me abaixando no chão, tiro o arco que estava escondido debaixo da cama e entrego para a Hatsume. Em seguida, peço para que ela me ajudasse a tirar o vestido e caminhando até o armário, visto uma blusa de manga curta branca com renda na gola e uma saia vermelha escura. Calço as botas de couro e prendo os meus cabelos que já estavam passando do ombro num coque.

Terminando de me arrumar, visto a capa vermelha e sigo a Hatsume até a sua oficina. Chegando lá, ela me entrega um arco prateado, sua corda também era feita de um material diferente, continha mais elasticidade. Prendo a aljava de flechas na cintura e a gradeço.

— Muito obrigada, Hatsume-chan! Irei testar o arco daqui a pouco e na volta te conto o que achei. Te vejo mais tarde.

— Até mais tarde, princesa!

Sigo pelos corredores do castelo a procura da fada azulada. Vendo o guarda Kirishima mais à frente, caminho até ele e o cumprimento:

— Boa tarde Kirishima, por acaso você sabe onde a Nejire se encontra?

— Aquela fada? Eu a vi mais cedo na sala do trono, ela falava com uma das empregadas sobre o conflito de Hosu, aparentemente um dos parentes dela nasceu híbrido e vive na divisa de Musutafu com a cidade. Ela está com medo de o Rei Nezu mudar de ideia e se isso acontecer, a divisa por ser mais perto, será a primeira a ser atacada.

— Nossa! Tomara que o rei Nezu repense. Ainda bem que os meus pais não assinaram o acordo para exterminar os seres das sombras. Eles não têm culpa de terem se corrompidos, tudo isso foi culpa de um bruxo que no passado controlou um dos espíritos elementares.

— Como você sabe disso? — Pergunta o guarda.

— Ãn... Eu leio e pesquiso muito sobre a história do reino. A Nejire também me contou sobre algumas coisas. — Quase que me entrego, não posso revelar a mais alguém o meu segredo, ao menos não por enquanto. Mas se houver guerra, não terei escolha a não ser me revelar.

— Faz sentido. — Kirishima diz.

Me despeço do guarda e continuo seguindo o corredor até que, virando à direita, encontro a azulada conversando com a minha mãe.

— Com licença mãe e Nejire, queria saber se a minha amiga quer ir passear comigo e com o Tamaki. Nós vamos andar a cavalo.

— Princesa, sinto muito, mas no momento estou resolvendo os assuntos importantes sobre Hosu.

— O Kirishima acabou de me falar sobre, já pensaram em abrigar as famílias dos que moram na divisa, aqui em Musutafu?

— Sim, estamos justamente cuidando disso. Nós mandaremos alguns guardas e carruagens para buscar os parentes da Ibara e mais outras pessoas que vivem na divisa. — Fala Nejire.

— Sinceramente, do jeito que anda as escolhas do rei Nezu, não duvido que uma guerra se inicie em breve. — Diz a rainha. — O reino de Iisland já foi avisado sobre a possível guerra e estará do nosso lado.

— Entendo, Nejire-chan, preciso falar com você em particular.

Nos afastamos de minha mãe e digo baixinho:

— Se o reino precisar lutar contra Hosu, falarei com os meus irmãos para ver se eles aceitam ajudar.

— Envolver os espíritos na batalha? Não tenho muita certeza disso, princesa...

— Mas é pelos seres mitológicos que estaremos lutando! Olha, se o rei declarar guerra, eu não vou hesitar em ir no campo de batalha com ou sem a sua permissão.

— Estou vendo que vai ser difícil fazê-la mudar de ideia. — Comenta a fada. — Tudo bem, mas lembre-se, se os seus pais souberem disso, é bem capaz de eles te punirem.

— Não me importo, contanto que eu faça a minha parte como espirito do vácuo e salve as espécies, prefiro ficar de castigo para sempre e salvá-los, do que ficar parada enquanto o rei Nezu vence. Bem, tenho que me encontrar com o Tamaki, não posso deixá-lo esperando.

Me despeço da Nejire e sigo para o estábulo onde encontro o elfo segurando a Estrela e um outro cavalo marrom.

— A Nejire não vem? — Ele pergunta ao me ver e nego com a cabeça.

— Ela está ocupada. Tamaki, quer apostar uma corrida até a clareira?

— Por mim tudo bem.

Montamos nos cavalos e quando dou o sinal, começamos a galopar pela estrada de terra. Tamaki estava na minha frente e como eu não queria perder, faço a Estrela correr mais rápido e consigo ultrapassá-lo. Paramos de correr ao chegar no local e digo:

— Vitória! Moranguinho, você está ficando enferrujado.

— V-Você que é muito boa. Na próxima vez, quem sabe eu vença a princesa, só preciso praticar.

— Nos seus sonhos Tamaki, nos seus sonhos que me vence! — Acabamos rindo juntos.

Tamaki me ajuda a descer e amarra a corda dos cavalos numa árvore próxima. Vejo se os alvos estavam intactos e tiro um que havia se quebrado. Me posicionando de frente aos alvos, começo a testar o arco novo.

 

 

Pov. Izuku

Estava seguindo por entre a floresta da Lua Crescente, a bruxa Nemuri me pediu para encontrá-la em sua casa e de lá ela me levaria até o seu mestre Shigaraki para colocarmos em início o plano contra Hosu.

Depois de pensar em várias estratégias, finalmente descobri uma forma de por fim a guerra e aquela princesinha elemental seria a chave para a salvação dos seres das sombras, assim com a Nemuri previu. Só que, conhecendo a princesa, ela não aceitaria a minha proposta e por isso terei de tomar medidas drásticas, penso olhando para o anel que a bruxa me deu.

Agora que tenho o anel da má sorte, ela não tem como escapar de seu destino.

Chegando na casa da bruxa, vejo que ela estava segurando uma vassoura em mãos.

— Olá camponês. — Nemuri me provoca e fecho as mãos em punhos, não estou a fim de entrar em seu jogo. — Está pronto? Nós vamos andar de vassoura ou prefere o teleporte?

— Teleporte é mais rápido, quanto antes acabarmos com isso, melhor.

— Ah, só porque queria dar uma voltinha... Certo.

Ela se aproxima de mim e encostando sua mão em meu ombro, nos transporta para a entrada de uma caverna escondida atrás de uma cachoeira com o rio poluído.

— É aqui que os seres das sombras se reúnem? — Pergunto.

— Esperava um palácio? Nós estamos no meio de uma floresta, siga-me.

A bruxa me levou até um grupo de pessoas e logo reconheço a vampira do outro dia. Chegando mais perto deles, escuto ela falar:

— O nome dele é Izuku, a Nemuri-chan foi má por não me deixar beliscá-lo. Uma gotinha apenas bastava!

— Como ele era? Você disse que era um príncipe? Essa gente não é confiável. — Fala um cara com uma mão grudada no rosto, só por sua aparência vejo que ele é um zumbi.

— Ele parecia uma alface com seus cabelos verdes.

— Que nem esse garoto atrás de você? — Pergunta um homem de cabelos longos e pretos com olhos ressecados.

A vampira se vira para mim e ao me ver, seus olhos brilham de forma psicótica.

 — Izuku-kun!! — Suspiro.

Toga se joga em cima de mim na tentativa de me abraçar e desvio para o lado. Olhando para os seres presentes, pergunto:

— E quem são vocês?

— Eu sou o líder, Shigaraki Tomura. A Nemuri já deve ter falado a você.

Confirmo e os outros membros se apresentam.

O homem de cabelos longos e pretos se chamava Aizawa Shouta e assim como a Toga, ele é um vampiro. Já o outro moreno com o rosto queimado se chamava Dabi, um descendente de fênix impuro.

Nos sentamos ao redor de uma mesa e o Shigaraki me pergunta qual o meu plano, logo o respondo:

— É bem simples, nós iremos sequestrar a princesa Uraraka e controlar a mente do rei, fazendo com que o Rei Nezu seja culpado pelo sequestro. Para isso, acredito que um de vocês deve ter poder para controlá-lo. — Falo olhando para a Nemuri.

— Os meus poderes possuem limites, mas se quer alguém que controle mentes, o Aizawa pode cuidar dessa parte. — Diz a bruxa.

— Certo, com o sequestro da princesa, o reino de Musutafu entrará em batalha e com o rei sendo controlado, nós manipularemos os guardas para que Hosu perca.

— Apenas isso não será o bastante. — Comenta a bruxa. — Tratando de Musutafu, não duvido que os espíritos entrem em ação, ainda mais se a princesa favorita deles estiver no meio da luta.

— Eu posso usar o anel neles. — Digo confiante.

— Não será suficiente, caro plebeu. Os espíritos são fortes demais para serem controlados pelo anel. — Fala Nemuri. — A princesa só foi controlada porque ela não está com o seu poder total. Para impedir os seus amigos, eu tenho uma carta na manga. Você sabia que sou descendente do bruxo que controlou o espírito da Terra a centenas de anos atrás?

— Como?

— Minha família vem de uma linhagem muito poderosa e o feitiço que o controlou foi passado através das gerações. Trazendo o Mirio Togata ao nosso lado, os elementos hesitarão.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e até a próxima!



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