A princesa da capa vermelha - Bakuraka escrita por UravityStar


Capítulo 17
Consequências


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, estrelinhas!



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Pov. Uraraka Ochaco

Anteriormente:

Suspiro e olhando em seus olhos rubros, me perco na imensidão de seu olhar. Sabia que estava apaixonada pelo lobo, e parando para refletir tudo o que se passa em meu coração no momento, não tenho mais nenhuma dúvida quanto aos meus sentimentos.

— Katsuki, o que venho tentando te falar, é que... eu te amo.

 

Atualmente:

Ao falar o que sinto para o lobo, fecho os olhos esperando alguma reação acontecer em mim. Passou-se alguns segundos e por não sentir nada de errado, estranho o fato. Será que a regra do All Might não se aplica a meio-espíritos? Afinal, em parte sou humana.

Isso é muito estranho... Eu não deveria sentir os efeitos da consequência por me apaixonar?

Depois que termino de falar o que sinto pelo lobo, o encaro esperando por alguma resposta. Bakugou me olhava espantado e suas bochechas se encontram da mesma cor de seus olhos.

Levou alguns minutos para que ele respondesse, pois ainda estava assimilando o que eu havia acabado de falar, até que Katsuki se pronuncia:

— Você... me ama?

Assento com a cabeça e digo:

— Claro que sim! Sinto que nós dois temos algum tipo de conexão especial, diferente de qualquer outra pessoa, eu...

Bakugou estende uma das mãos para frente, me interrompendo:

— Espere, biscoito. Não acha que talvez esteja confundindo amor com amizade? Sabe, ninguém nunca me falou essas coisas que você disse para mim antes, afinal sempre fui solitário. E você, por acaso já se apaixonou alguma vez? Sabe identificar o que é e o que não é amor?

— Katsu... Pode ser que essa seja a primeira vez que me apaixono por alguém, mas sei o que estou dizendo. Nunca me senti tão viva, tão feliz como quando estou ao seu lado. Mas... infelizmente não posso abrir o meu coração para você, pois existe a regra dos espíritos que impede a mim e aos meus irmãos de se apaixonarem... — Falo ao lobo enquanto as lágrimas começavam a surgir em meu rosto. — E-Estou tentando afogar esses sentimentos, guardando as sete chaves! V-Você não faz ideia de como é doloroso não poder te amar, mesmo eu querendo me abrir. E se eu dou qualquer sinal de abertura para o amor entrar, sinto uma parte da magia do vácuo sendo eliminada. É como se estivesse me rasgando ao meio. Mas agora não tem volta, Katsuki. Você é tudo para mim!

Quando termino de falar, arregalo os olhos ao sentir uma pontada forte no peito, junto de uma ardência na pele, próximo a área do coração. Sendo pega de surpresa com a dor que me invade, grito de dor e sinto a visão falhar.

Vejo o mundo a minha volta girar e antes de cair no chão. Katsuki me segura, sentando-se na terra e me colocando em seu colo.

— Ochaco, o que está acontecendo?! — Ele me pergunta preocupado.

— Katsu... Foi uma consequência.

— C-Como?

— Por eu ter me declarado a você. — Me aconchego em seu peito esperando que a dor passasse.

Katsuki logo se arrepende do que havia dito anteriormente e ficando mais perto de mim, ele toca em meu rosto tentando fazer com que as lágrimas da dor cessassem.

— Ochaco, eu... sinto muito. Entendo o que está passando e se precisar, estarei aqui para te ajudar e te ouvir. Tudo isso é novo para mim, preciso de um tempo para refletir, para tentar entender quais são os meus sentimentos relacionados a você. Estaria disposta a esperar por mim?

Suspiro, o Katsuki tem razão. Ainda é muito cedo para tentar entender essas sensações novas. Embora eu aceite esperar o tempo dele, ainda tenho que resolver as profecias, sem contar os problemas do reino de Musutafu.

— Tudo bem. — Respondo o lobo. — De qualquer forma, eu precisaria encontrar um jeito de desfazer a regra do All Might, o que não vai ser fácil. Ele deve ter as respostas que preciso.

Assim que volto a me sentir melhor, saio do colo de Bakugou e digo:

— Talvez seja melhor eu voltar para a casa na árvore.

— Quer que eu te acompanhe?

— Pode ser, obrigada.

Seguimos lado a lado até os meus irmãos.

Durante o trajeto, Katsuki ficava me olhando de vez em quando para ver se eu estava bem. Acabei achando essa atitude dele muito fofa e dou um sorriso de canto.

Passamos pela árvore em forma de arco e minutos depois, escuto os sons de queda d’água. Bakugou fareja o ar e me fala que a partir dali eu seguiria sozinha, pois ele havia sentido o cheiro do Shoto e não queria ter que encará-lo no momento.

Ao me aproximar da casa, vejo que Tsuyu e Hagakure estavam acompanhadas de algumas fadas enquanto se divertiam no rio ao lado. Logo, reconheço a Kendo, a fada da minha lembrança. Sorrio e resolvo cumprimentá-las.

— Bom dia! Posso me juntar a vocês?

— Ochaco-chan! — Kendo fala surpresa ao me ver. — Menina, quantos séculos que não te vejo!

— Verdade, faz muito tempo. — Encosto as pontas dos dedos na água e viro-me para Tsuyu. — Asui, transformou o rio em águas termais? Tá bem morninho. Onde está o Shoto?

— Até nós, os espíritos, podemos ter nosso dia de beleza. — Toru diz.

— O Shoto disse que ia resolver um assunto, mas não disse o que era, kero! — Fala Asui.

— Entendo... — Tiro o meu vestido, ficando só com a roupa de baixo e entro na água.

Ficamos conversando sobre coisas aleatórias e quando percebi, o tempo passou voando. Saindo do rio, eu e minhas irmãs, nos despedimos das fadas e entramos na casa para trocarmos de roupa.

Entrei no meu antigo quarto e após tirar as roupas molhadas do corpo, utilizo o poder do vento para me secar. Vou até o armário a procura de alguma roupa quentinha e quando encontro um vestido rosa de mangas compridas, Tsuyu aparece no meu quarto.

— Ochaco, você vai ficar para o almoço?

— Ah, não. Voltarei ao castelo, obrigada pelo convite. — Falo sorrindo.

Ela iria falar, quando nota a pequena cicatriz nas minhas costas e diz:

— Por acaso você e o lobo andaram lutando?

— Ãn... Não, por quê?

— Então o que são essas cicatrizes nas suas costas?

Quando a Tsuyu comenta, me lembro do que aconteceu anteriormente e suspiro. Virando-me para ela, falo:

— Tsuyu... Eu quebrei uma das nossas regras.

— Kero?! Como assim?

As lágrimas voltam a cair pelo meu rosto só de lembrar o que terei que sacrificar até que seja possível anular a regra. Respirando fundo, digo:

— Eu me apaixonei pelo Katsuki e me confessei a ele, mas como consequência... você já sabe...

Tsuyu se aproxima de mim envolvendo uma de suas mãos na minha cintura e com a outra, ela faz um cafuné na minha cabeça na tentativa de me acalmar.

— Sinto muito, irmã. O que você vai fazer agora?

— Ele me disse que ainda não sabe o que sente por mim e por isso nós vamos deixar o assunto de lado por enquanto. Bem, ao menos vou tentar...

— Ochaco, não fique triste. — Tsuyu me conforta. — Tenho certeza de que isso será passageiro, kero! Logo, nós vamos achar um meio de poder ficar com quem amamos. Acredite quando eu digo que só o tempo resolve.

— Como você conseguiu seguir sem o Tokoyami? — Pergunto curiosa.

— Foi muito difícil e ainda é, o Tokoyami decidiu mudar de cidade para não ter que ficar me causando dor. Passou-se o tempo e consegui superar, pois lembrei que tenho uma família, vocês.

— Entendo. Muito obrigada por me contar e se precisar desabafar algum dia, pode contar comigo, irmã.

— Digo o mesmo a você, Ochaco-chan!

As horas se passaram e notando que já era meio dia, pela posição do sol,  me despeço dos meus irmãos. Seguindo para o castelo, entro na sala de jantar e reviro os olhos com a cena a frente. Meu irmão Denki e a Kyoka estavam se beijando como na outra vez, porém, mais fogosamente.

— Vocês não têm vergonha de que alguém apareça e os pegue no flagra?

— Maninha! Que susto! — Denki fala. Ele olha para Jiro e diz. — Ela está certa, vamos lá para o quarto?

— Hum... parece uma ótima ideia. — Fala Kyoka de forma maliciosa.

Vendo eles subirem as escadas, sento-me na mesa e almoço. Depois de terminar de comer, sigo para a biblioteca e me deparo com Tamaki procurando um livro numa das prateleiras.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e até a próxima!



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