A princesa da capa vermelha - Bakuraka escrita por UravityStar


Capítulo 16
Um lar para o lobo


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, estrelinhas!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/799079/chapter/16

Pov. Uraraka Ochaco

Após as ameaças do Midoriya, suspiro e sigo pela floresta a procura do lobo. Talvez ele possa me ajudar quanto ao alfacinha.

Onde será que o lobo se meteu?

Depois que o Shoto o expulsou, não tive tempo de descobrir onde o Katsuki ficaria abrigado temporariamente. Só espero que ele não tenha voltado ao campo de cogumelos.

Sinto a preocupação aumentar.

E se ele ficar doente de novo? Pobre lobinho...

Com a preocupação, dou meia volta e sigo até o campo onde encontrei o Katsuki pela primeira vez.

Minha intuição estava certa, encontro o lobo sentado de baixo de um cogumelo, enquanto esfregava os braços para se aquecer do vento gelado.

Olho para o campo aberto e penso com o dedo indicador no queixo.

“— Talvez dê para criar uma barreira onde o vento não ultrapasse, ou melhor, posso extinguir o vento ou até diminuir a sua frequência.”

Me aproximo de Bakugou e o chamo:

— Katsu?

Ele vira o rosto na minha direção e pergunta:

— Biscoito, como foi que me encontrou?

— Na verdade, foi bem fácil, me lembrei desse lugar e pensei na hipótese de você voltar aqui.

Sento-me ao seu lado e o encaro. Bakugou estava tremendo de frio e tentava disfarçar.

Com um movimento da mão direita, tento fazer o vento parar, porém, em vez disso, o vento se amplia e me derruba para o lado.

— E-Eh!! — Grito ao cair com a cabeça no colo de Katsuki.

Sinto o rosto esquentar ao ver que ele me encarava, seu rosto também permanecia corado.

— M-Me desculpa...

— Não precisa se desculpar, só... faça esse vento parar. — Katsuki me pede.

Concentrando-me no vento, utilizo o poder do vácuo e absorvo o ar, logo uma enorme rajada de vento vem em minha direção e entra dentro do pequeno portal que havia criado.

Respiro ofegante por ter usado os dois elementos ao mesmo tempo e depois de respirar e inspirar algumas vezes, digo:

— Katsuki, eu preciso falar com você...

Ele me olha e assente, esperando-me continuar e suspiro, tantas questões a se resolver...

Como irei falar para o lobo sobre o fato de estar apaixonada por ele? Só de pensar nisso sinto o meu coração acelerar!

— E-Eu... Katsu, eu... Ah, não consigo!! — Tampo o rosto com as mãos, me sentindo frustrada.

— Não consegue o que?

— N-Nada, enfim... preciso de sua ajuda. Lembra que falei a você sobre estar noiva?

— Sim, lembro. — Ele diz com um gosto amargo na boca. — Por que? Vocês vão se casar em breve? — Vejo as suas orelhas de lobo abaixarem.

— Não! Já disse que não quero me casar com ele. — Ouço o lobo suspirar, por acaso ele está se sentindo aliviado com essa informação? Estreito os olhos e prossigo. — O príncipe descobriu o meu segredo e ele ameaçou de destruir os meus irmãos se eu não colaborar com ele. O alfacinha tem um anel capaz de controlar e destruir os espíritos.

— O que?!! Aquele idiota acha que pode mandar em você?! Tcs. Você devia ter acabado com aquele humano.

— E eu quase acabei com ele, mas, o fato de ele ter uma mãe gentil, me impediu. Ela não merece o filho que tem.

— Você quer que eu o destrua? É só pedir, me diga onde ele se encontra e o farei em pedaços.

— Obrigada, mas acredito que não seja uma boa... — Antes que eu terminasse a fala, Katsuki se aproxima do meu pescoço e me cheira. Esse ato me surpreende e volto a sentir o rosto esquentar.

— O-O que você está fazendo? — Pergunto corada.

— Estou procurando o cheiro dele, assim consigo identificá-lo sem saber de sua aparência.

Katsuki aproxima o seu rosto do meu e para o olhar em minha boca, logo estreitando as sobrancelhas.

— Ele encostou na sua boca... O cheiro dele é mais forte nessa região. — Katsuki fecha as mãos em punhos e rosna. — Não sei se vou me controlar quando me encontrar com ele, biscoito... Esse garoto não sabe com quem está mexendo!

— Katsu... ele só tampou a minha boca com a mão para que eu não gritasse alto, o alfacinha não chegou a me beijar, se é o que está tentando dizer.

— Tsc! Ele vai pagar por ter te ameaçado! Não vou permitir que mais ninguém faça o que ele fez com você. Ochaco... não tens noção de quão importante você é para mim.

Fico surpresa com o que ele fala, pois não esperava isso vindo dele.

Então sou importante para o Katsuki? Será que ele sente o mesmo por mim?

Se o lobinho sente o mesmo, então o meu sentimento é correspondido!

Sorrio com essa possibilidade até que me lembro do outro motivo pelo qual vim a sua procura.

— Katsuki, voltando ao assunto anterior, enquanto não convenço o Shoto a mudar de ideia, você continuará aqui no campo de cogumelos?

— Não sei... Onde mais eu ficaria? Não tinha um lar até que você surgiu e me deu esperança, mas ela se dissipou por causa do meio a meio...

— Entendo... E se construir uma casa para você, aqui? Posso usar os meus dons elementais para que cresçam árvores ao redor do campo. Mesmo que eu tenha parado o vento, ele pode voltar com o tempo, visto que essa é a função da Toru.

— Você faria isso por mim?

— Claro que sim, afinal de contas, você também é importante para mim.

Com o objetivo em mente penso em como criar as árvores, afinal nunca testei isso antes.

Talvez se eu juntar o elemento da terra com a água e ar... Claro! Essa é a resposta!

Concentro-me na terra aos meus pés a procura de pequenas mudas de plantas enraizadas ou de sementes. Logo, sinto algumas sementes caídas a alguns metros de distância e com o vácuo, teletransporto ambas para o arredor do campo, colocando-as lado a lado.

Katsuki me ajuda a enterrar as sementes na terra e em seguida volto a me concentrar no elemento. Desta vez, foco nas sementes e erguendo as mãos bem lentamente, faço com que em questão de minutos cresçam raízes que se erguem para fora do solo e se tornam galhos de árvores bem altas. Agora o vento não vai mais passar direto no campo.

Depois que termino de criar as árvores com o poder da terra, removo alguns cogumelos do campo e faço chover no céu.

Com o elemento da água e do ar, consigo criar cristais de gelo, cujo se estendem no chão, formando um círculo. Ao redor do círculo, ergo paredes de terras de dez metros de altura e crio um teto para a casa.

Utilizo novamente o poder de cristal de gelo para cobrir as paredes de terra e dar uma aparência que combine com o piso de cristal. Por último, crio quatro andares para a casa e interligo os andares com escadas.

Logo, me lembro de que ele precisaria de moveis para a casa, então crio alguns móveis básicos em cada andar.

Volto para o campo de cogumelos e chamo o Bakugou para ver se ele havia gostado do resultado. O lobo ao ver todos os detalhes da casa, arregala os olhos, ficando de boca aberta.

— Então? Será que exagerei na criação? Não tenho certeza, mas essa pode não ser a primeira vez que crio um ambiente com os elementos. Tenho uma sensação semelhante de quando vi a barreira de vácuo na praia.

— Essa casa ficou incrível! Biscoito, faz sentido ter essa sensação, os cristais que você encontrou lá, o pressentimento e de repente você consegue criar paredes de cristais com a fusão dos elementos.

— Me pareceu tão natural criar a fusão, fico feliz em saber que gostou do novo lar. Sabe, eu preparei alguns quartos de visitas na casa, assim você pode começar a convidar seus amigos.

— Ochaco, eu... quero agradecer por ter me dado um lar. Sinto que devo te retribuir de alguma forma.

— De nada. Bem, você vai me ajudar com o príncipe, não vai? — Bakugou assente. — Então você já me retribuiu o favor, muito obrigada.

Sorrio para ele e fico o encarando. Talvez eu devesse falar de uma vez por todas que gosto dele.

Suspiro e novamente tento encontrar coragem para falar.

— Katsuki, eu queria...

— Tem alguma coisa lhe incomodando? — Ele me pergunta interrompendo-me. — Mais cedo, parecia que você queria me dizer algo importante.

— Na verdade, tem sim. Desde que eu te vi pela primeira vez, senti como se já te conhecesse a muito tempo e ao longo dos dias, quanto mais conhecia sobre você, mais queria te ter por perto. Você se tornou mais do que um amigo para mim, Katsuki. Se tornou alguém importante.

— Onde está querendo chegar, biscoito?

Suspiro e olhando em seus olhos rubros, me perco na imensidão de seu olhar. Sabia que estava apaixonada pelo lobo, e parando para refletir tudo o que se passa em meu coração no momento, não tenho mais nenhuma dúvida quanto aos meus sentimentos.

— Katsuki, o que venho tentando te falar, é que... eu te amo.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e até a próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A princesa da capa vermelha - Bakuraka" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.