P. S. Eu te amo escrita por Nara Garcia


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Genteeee! Estamos chegando na reta final. O que vocês acham que vai rolar? Será que Sinclair é o vilão da história? Será que o namoro de Mac e Stella sobreviverá à regra?

Continuem acompanhando, agora falta pouco!

Espero muito que gostem! ❤



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É impressionante como num piscar de olhos tudo pode mudar. O caminho que antes te levaria para o seu objetivo simplesmente se transforma, e com ele suas prioridades. Coisas que antes eram importantes perdem o pódio na sua lista de valores, abrindo espaço para suas recentes prioridades. 

Eu sabia que naquele momento encontrar a verdade sobre Sinclair era a prioridade. Fazê-lo pagar por toda roubalheira, por toda corrupção dentro daquele departamento, e consequentemente me livrar da tal regra que me impedia de firmar meu namoro com Stella em público. 

Com ele caindo, o próximo seria Dunbrook. Enfim o laboratório estaria livre de pelo menos parte de toda aquela sujeira, e então seguiríamos no único caminho que realmente importava: a justiça. 

Mal sabia eu que essa história tomaria um rumo completamente diferente, e me faria rever minhas prioridades. 

*** 

— Mac Taylor, meu grande amigo. Quanto tempo que não nos falávamos. - Grissom estava feliz em rever Mac depois de alguns bons meses sem o ver, mesmo que fosse através de uma tela de TV. 

— Gil! Apesar das circunstâncias, fico feliz em te ver. Senti falta das nossas conversas às altas horas. 

— Sabe como é, Las Vegas ultimamente está cada vez mais parecida com Nova York. - Mac ri. 

— Eu posso imaginar. Mas me diz, como estão todos? - Indaga recostando na mesa. 

— Tirando o estresse de todos os dias, estão todos bem. Greg agora está no trabalho de campo. 

— Ele sempre teve aptidão para o campo, assim como Sheldon. 

— Bom, e quem você acha que foi a inspiração dele para a repentina mudança? - Mac sorri. 

— Fico feliz em saber disso. Mas e você, como está? Alguma novidade que queira contar? - Ele pergunta sem se dar ao trabalho de esconder o sorrisinho de felicidade. Gil ri um pouco sem graça, desviando seu olhar brevemente. 

— Estamos juntos a alguns meses. Eles ainda não sabem. Você sabe como sou reservado. 

— É, eu sei bem. Fico feliz que finalmente tenha contado a ela como se sente. Falando nisso, onde ela está? 

— Duplo assassinato no centro. Ela perdeu no cara ou coroa. - Mac sorri. 

— Sorte a sua! 

— Bom, parece que eu não fui o único a se declarar pra alguém... - Dessa vez é Mac quem ri sem graça, desviando seu olhar. 

— As vezes me pergunto por que demorei tanto. De longe essa foi a melhor decisão que tomei na minha vida. 

— Eu entendo. A parte mais difícil ficou com os dois cabeças dura da história. - Ambos riem. 

— Exatamente! Mas as coisas aqui estão mais complicadas do que parecem. - Suspira. 

— Então a história da nova regra é verdade. - Mac simplesmente consente, cruzando os braços sobre o peito. - Deixa eu adivinhar.. Está se sentindo culpado? 

— Se eu tivesse falado com ela antes, não teríamos que esconder de ninguém. 

— Mac, não tinha como você saber. 

— Eu sei, é só que.. Bom, você sabe como eu sou. - Sorri de canto. 

— E como eu sei! Olha, vamos conseguir pegar Sinclair, e aí toda essa bagunça irá se resolver. 

— Assim espero. Você e a Cath encontraram algo? 

— Sim e não. Na verdade é algo estranho. Você disse que o vôo de Sinclair saiu às 23h, certo? 

— Ao que tudo indica, sim. Por que? 

— Ou ele perdeu o vôo ou mudou de idéia, porque o avião chegou em Vegas, mas Sinclair não. - Mac arquea uma sobrancelha, tendo em seu rosto uma expressão de pura confusão. 

— Espera, isso é loucura. Stella e eu vimos quando ele pegou o envelope com a passagem e o cheque. Se ele não está em Vegas então onde ele está? 

— O jeito seria contatar o JFK, mas sem um mandado.. 

— Eles não dirão nada. - Mac respira fundo e desencosta da mesa, tendo mais uma de suas brilhantes, e um tanto ousadas, idéias. - Já sei como conseguir essa informação. 

— Vai pedir ao Adam para rackear o sistema do JFK? 

— Sim, mas não posso dizer o porquê. Envolvê-lo demais pode prejudicá-lo. 

— Se conseguir alguma coisa, me liga. Vou ver com o Greg se conseguimos mais alguma informação que possa ajudar. 

— Certo! E Gil, obrigado por toda ajuda que você e Cath estão nos dando. 

— Amigo é pra essas coisas. - Diz Gil com um leve sorriso. Mac o retribui e ambos se despedem. 

*** 

Mac caminhava apressadamente pelos corredores em busca de Adam, encontrando-o em uma das salas de controle técnico. 

— Adam! - Distraído, Adam acaba levando um susto quando escuta seu nome, o que não era grande surpresa visto que era Adam. 

— Chefe.. Oi! 

— Preciso saber informações sobre um vôo que decolou ontem por volta das 23h do JFK com destino à Las Vegas, incluindo a lista de passageiros. - A expressão no rosto de Adam era confusa. Ele sabia como Mac odiava resolver as coisas através do hackeamento. De qualquer forma, seu rosto determinado mostrou que ele tinha total certeza daquilo. Sem fazer qualquer pergunta, Adam se volta para o computador e começa o trabalho. 

— Certo, vamos ver... Pelo que está aqui, dois vôos decolaram ontem com destino a Las Vegas. Um saiu às 23h10 e o outro à 1h da manhã. De acordo com essas informações, somente o de 1h saiu completo. Todos que compraram a passagem embarcaram. 

— E o de 23h10? Consegue ver os passageiros que compraram passagem mas não embarcaram? 

— Claro, só um segundinho e... Aqui está. - Mac se aproxima, observando atentamente os nomes na lista. Ao ver o nome de Sinclair, ele suspira. - Pelo que está aqui, os passageiros que perderam o vôo pegaram o de 1h. Menos... Sinclair. - Ao se dar conta de quem era, Adam novamente fica confuso. 

— Tem alguma coisa estranha. Se Sinclair perdeu o vôo, por que não simplesmente esperou o próximo como os outros? 

— Talvez ele tenha tido um imprevisto, ou foi sequestrado. - Adam ri da própria idéia, mas ao ver a seriedade no rosto de Mac, para. 

— Não faz sentido.. Ele estava com pressa. Não viajar hoje estava fora de cogitação. 

— Ele pode ter pago um jatinho particular para levá-lo. Se ele realmente estava com pressa como você disse, talvez esperar mais pelo próximo vôo não fosse uma opção. 

— Isso, ou.. Ele pode estar em perigo. - Diz em voz baixa, enquanto seus pensamentos tentam encontrar uma resposta para aquilo tudo. Ao vê-lo aparentemente preocupado, Adam resolve perguntar. 

— Chefe, por que Sinclair estaria em perigo? O que está havendo? - Indaga com certo receio. Mac o olha e suspira. 

— Adam, está tudo bem. Só, por favor, não conte a ninguém sobre isso, ok? 

— Claro.. 

— Obrigado! - Após agradecer, Mac sai da sala em busca de Danny. 

Para a sua sorte, Danny, Lindsay e Hawkes estavam juntos na sala de descanso. Após respirar profundamente, ele entra. 

— Olha quem apareceu! - Brinca Hawkes. 

— Está tudo bem, Mac? - Pergunta Lindsay reparando sua expressão séria. 

— Está sim. - Força um meio sorriso que, novamente para sua sorte, os convenceu. - Eu só preciso resolver umas coisas que surgiram de última hora, então se surgir mais algum caso, está com vocês. Don e Stella estão na Times cuidando de outro. 

— Certo, pode deixar! - Diz Danny. 

— Eu não devo demorar, mas se precisarem de alguma coisa, podem ligar. - Todos concordam. Mac sai da sala e segue diretamente para o estacionamento, com destino ao JFK. Mesmo sem um mandado em mãos, talvez houvesse alguma pista por lá que o ajudasse a encontrar a localização de Sinclair. 

*** 

O caminho até o JFK era de, aproximadamente,  40 minutos. Porém, a neve que caía sobre Nova York tornava o trânsito mais lento. Sabendo que sua pequena viagem provavelmente levaria mais tempo do que o normal, Mac recosta a cabeça no banco, permitindo-se relaxar pela primeira vez desde que chegara ao laboratório. 

Parando em um sinal, Mac fecha seus olhos brevemente e logo um sorriso familiar surge em sua mente, fazendo-o sorrir também. Logo vários pensamentos começam a invadir sua mente, incluindo o fato de que Sinclair poderia estar em perigo e que ele não teria muito tempo para ajudá-lo. Ao que tudo indica, Sinclair pode estar em perigo desde o dia anterior, próximo ao horário que seu vôo sairia. 

Antes de poder concluir seu pensamentos, alguns buzinas atrás de si o tiram de seu devaneio, junto ao estridente som de seu celular. 

— Taylor?! 

— Mac, é o Don. Olha, antes de qualquer coisa quero que saiba que Stella está bem, ok? 

— Do que está falando? Aconteceu alguma coisa? - Indaga com preocupação em sua voz. 

— A Times Square está lotada. Quando chegamos não tinha lugar para estacionar o carro, então ela me pediu pra dar início ao caso enquanto ela procurava uma vaga. Um carro ultrapassou o sinal vermelho e bateu nela. - Ao ouvir isso, automaticamente Mac sente seu coração gelar. - Mas ambos estavam devagar. Ela só teve uma leve concussão na cabeça, mas a enfermeira já está tratando. 

— Onde vocês estão? - Pergunta simplesmente. 

— No presbiteriano. - Sem pensar duas vezes, Mac da meia volta e liga a sirene, seguindo para o hospital. 

— Chego em cinco minutos. 

Sem esperar por uma resposta, Mac desliga o celular, voltando o seu foco para a rua escorregadia. Fazendo jus a sua palavra, exatos 5 minutos depois ele chega. 

— Cara, você veio rápido. - Diz Don em um tom surpreso ao ver Mac sair do carro. 

— Não tinha trânsito. - Mente. Quando se tratava de Stella, atravessar a cidade em minutos era algo extremamente simples. 

— Vem, ela está logo em uma das primeiras salas. - Don começa a andar em direção ao hospital, mas Mac o chama. 

— Don, o cara do outro carro.. Onde ele está? 

— Na enfermaria. Ele também bateu a cabeça, mas está bem. - Mac suspira, controlando a raiva que começava a nascer dentro de si. - Mac, não vale a pena. - Diz Don sabendo o que estava passando na cabeça de Mac. 

— Não vele a pena? Don, ela poderia ter se ferido gravemente. 

— Mas não se feriu. Ela está bem e louca pra sair daqui. - Mac põe as mãos no quadril e vira de costas, respirando fundo. 

— Você vai prendê-lo, certo? 

— É claro. O policial Hernández já está com ele. O cara vai ficar preso por um bom tempo, não se preocupe. - Mac suspira novamente e se vira, com uma expressão mais leve que antes. - Muito melhor assim. - Diz com um sorriso. Mac sorri de canto e o acompanha para dentro do hospital. - Ela está ali, no primeiro quarto a esquerda. - Mac consente e segue para o quarto. 

Mac

Quando cheguei no quarto ela estava sorrindo para a enfermeira, enquanto a observava colocar o curativo em seu ferimento. Um sorriso também foi se formando nos lábios da enfermeira conforme elas iam conversando. Não fazia nem meia hora que Stella chegara e já havia feito amizade. Aquilo me fez sorrir. 

Apesar de saber que ela está bem, vê-la naquela cama foi a coisa mais dolorosa desde o nosso acidente. Somente cogitar perdê-la me faz ver que não sou forte o suficiente, e nunca serei sem ela. 

Enquanto admiro sua força, seu sorriso e sua alegria contagiante, penso que esconder do mundo o quanto eu a amo é simplesmente loucura! Quero poder fazer planos ao seu lado sem medo de alguém a nossa volta descobrir. Quero pedi-la em casamento e saber que os nossos amigos estarão lá para testemunhar o dia mais feliz das nossas vidas. Quero segurar sua mão por onde quer que andemos, mostrando a ela através dessa pequena atitude que eu sempre estarei do seu lado. Quero dar o meu melhor todos os dias por ela, e não há nada, nem mesmo uma regra estúpida, que me impedirá. 

*** 

— Senhor Taylor? - Ao ouvir a enfermeira, Mac sai de seu breve transe, esboçando um pequeno sorriso. 

— Como ela está? 

— Stella é durona, pelo visto não é qualquer coisa que a derruba. - Mac olha em direção a Stella e sorri. 

— É, ela realmente é durona. Obrigado por cuidar dela. - Com um sorriso, Joanna, a enfermeira, se afasta, e então ele entra. 

— Por favor, me diga que o outro cara ainda está vivo?! - Pede Stella com um tom brincalhão. Mac simplesmente ri e se aproxima da cama, estendendo a mão para ela, que pega de bom grado. 

— Sim, ele está. Agradeça ao Don por isso. - Com um sorriso, Stella o beija brevemente. - Como você está? 

— Mais forte do que nunca! 

— Essa é a minha garota! - Seus olhos brilham automaticamente quando se encontram com os dela, mas o sorriso que antes estava em seus lábios se desfaz. - Stel, as coisas estão ficando mais complicadas do que pensávamos. 

— O que você descobriu? - Mac suspira, firmando ainda mais suas mãos contra a cintura dela. 

— Sinclair não embarcou no avião e não há sinal de onde ele esteja. 

— Acha que ele está em perigo? 

— É o que parece, mas precisamos de mais informações para trabalhar. E se ele realmente está em perigo, precisamos agir com rapidez. 

— Primeiro precisamos descobrir o que ele ia fazer em Vegas e com quem ia se encontrar. Se encontrarmos essa pessoa, provavelmente o encontraremos também. 

— A única forma de acharmos um nome é voltando a casa dele. 

— Então é isso que iremos fazer, parceiro! - Um singelo sorriso se forma em seus lábios. 

— Preciso que saiba de uma coisa. 

— O que? 

— Não importa o que aconteça, eu sou louco por você e isso jamais vai mudar. Nós vamos passar por isso juntos e eu prometo que nada, nem mesmo Sinclair, vai nos atrapalhar. Você confia em mim? - Aproximando-se ainda mais de Mac, Stella sussurra contra os seus lábios.. 

— Confio! Agora somos só nós dois, lembra? 

— Até o fim. - Ele põe a mão sobre o colar dela. Ambos relembrando do que estava escrito ali, e a promessa que fizeram um para o outro. 

Continue... 


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