Coincidence Of Love ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 9
Capítulo 09


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, eu ando boazinha, postando bastante, mas eu to sentindo falta dos comentários de vocês. Eu ADORO quando vocês comentam nem que seja um "posta mais". Eu me sinto postando pro ar quando ninguém comenta (embora eu tenha umas leitoras fieis que comentam sempre, tks ♥ )

AVISO LEGAL: Após esse capítulo é proibido ameaças a escritora. Ela também não fornece cardiologista, psicologo, psquiatra e não se responsabiliza por suores, surtos, palpitações e quaisquer outros sintomas.


Desfrutem ♥



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Eles haviam combinado de se encontrar na cafeteria que havia no saguão do hospital. Durante o caminho Grissom atualizava o sistema do laboratório a cada semáforo que pegava, e chegando no hospital, fazia isso o tempo todo. Estava ansioso. Roberto o acompanhou, mas não trocaram mais palavras que o necessário, e logo avistaram Sara sentada de cabeça baixa, pensativa e cansada.

Ao se aproximarem da mesa, Sara se levantou para cumprimentá-los e ergueu a cabeça.

— Sara, esse é meu cunhado Roberto.

Os dois se olharam e ficaram estáticos. Quando eles se deram as mãos sentiram uma corrente percorrer todo o corpo deles, e parecia que haviam lhes tirado o ar. De mãos dadas, ainda em um cumprimento, eles não falaram nada, apenas fixaram seus olhares. Grissom não percebeu o clima que rolou ali, pois não tirava o olho do smartphone, atualizando e aguardando o resultado do DNA.

— Saiu o resultado. – Ele falou rápido.

O tom de Grissom tirou Sara de seu estado de transe e a fez soltar rapidamente a mão de Roberto. Ainda de pé, os três se amontoaram em volta do smartphone, enquanto Grissom clicava no link que geraria o resultado. Aqueles segundos pareceram uma eternidade, mas logo o resultado estava claro.

Julia Sidle era filha de Gilbert Grissom. E Julia Grissom era filha de Sara Sidle. E não havia nenhum grau de parentesco com as meninas que criaram como filhas.

O sentimento deles era diferente. Sara já sabia que não era mãe de Julia Sidle, e ela se sentia aliviada de ter encontrado a família biológica, já que era a maior chance de cura da sua menina. Há algumas semanas, quando recebeu a notícia que ela não era sua filha biológica sentiu-se sem chão e desesperada. E esse era exatamente o sentimento de Gilbert naquele momento.

— Vocês me dão um segundo? Eu… Eu preciso ir ao banheiro. – Fora o que ele se limitou a dizer.

Sem esperar resposta ele se afastou, mas ao invés de ir ao banheiro, ele saiu do hospital. Precisava tomar um ar e digerir a situação antes de continuar aquela conversa. Ele caminhou um pouco até chegar a capela que havia no lado de fora do hospital, desde a morte de sua esposa ele não pisava em uma igreja. Nem a sua filha ele havia batizado. Ele era extremamente religioso, mas quando perdeu sua esposa, perdeu a fé na humanidade e em Deus também. Por fim ele entrou na capela e se ajoelhou no apoio de joelhos que havia no último banco da igreja. Juntou as mãos e deixou que as lágrimas escorressem de seus olhos por seu rosto. Naquele momento, seis anos depois, ele chorava a morte de Laura pela primeira vez em sua vida. Mas ele também chorava o fato de sua filha não ser sua, o fato de sua filha biológica estar doente. Ele chorava o medo, a solidão, a angústia. E ali rezando baixinho, ele se sentia novamente vulnerável, pedindo a Deus um rumo ou respostas.

Nesses vinte minutos que Grissom esteve ausente, Roberto e Sara conversaram sobre as meninas. Sara contava como era a sua Julia, sobre a doença. Enquanto Roberto admitia que Grissom era um pai amoroso, ainda que um pouco ausente, e que a filha biológica de Sara havia crescido em uma casa cheia de privilégios e amor. Era estranho para Sara, mas tinha algo em Roberto que a tirava do eixo, a fazia sentir-se mais leve e por alguns momentos até conseguia sorrir. No entanto, ambos se calaram ao perceber que Grissom havia chegado. Era visível que ele não estava bem. Sara o entendia, entendia aquele sentimento, entendia seus medos. Não era uma situação fácil.

— Sara, eu sei que está preocupada com a situação de saúde de Julia. – Ele disparou sentando-se a mesa. – Mas eu não posso esperar para tocar nesse assunto. Roberto é um ótimo advogado, eu confio nele, e ele pode intermediar a situação das meninas.

Essa realmente não era a prioridade de Sara, não apenas por conta da saúde de Julia, mas também por que não queria abrir mão dela. Não queria abrir mão de nenhuma das duas. Grissom, tampouco. Mas somente ele externou isso.

— Sara, convenhamos. Você não tem condições de manter o tratamento da Julia. Eu posso ficar com as duas sem problema nenhum. Tenho condições de cuidá-las e dar tudo que elas precisam.

A morena pode sentir seu sangue ferver.

— Como é que é? – Saiu quase como um grito, ela apenas se conteve por estarem um hospital. – Você acha que ela são um objeto para você simplesmente ficar com as duas? – Ela olhou enraivada para o Roberto. – Foi para isso que ele te trouxe? Para tomar a guarda das meninas?

— Claro que não. – Roberto estava exasperado. – Vocês podem se acalmar? Isso é um hospital. – Ele interviu quando percebeu que eles iriam começar a discutir. – Deixem eu dizer uma coisa para vocês dois. Se vocês entrarem em uma briga judicial pelas meninas, o que vai acontecer mesmo, é que eles vão destrocar elas e dizer para vocês cortarem o vínculo com as filhas não biológicas. E vocês não querem isso. – Ele falou sério para os dois. – Eu sugiro que vocês entrem em um acordo e depois formalizamos o que vocês decidirem com a vara infantil. Se vocês não tomarem uma decisão que fique bom para todos, eles tomarão uma decisão visando a situação mais prática. E vocês não vão gostar do resultado.

— E o que você sugere? – Grissom então fitou Roberto.

— Que vocês estipulem um sistema de guarda compartilhada. Algo que possa manter vocês dois em contato com as duas meninas, da forma que seja mais saudável para elas. Ou, caso prefiram, que vocês mantenham a situação como está, cada um cuidado da menina que vocês já reconhecem como filha.

— Nem pensar. – Grissom e Sara responderem uníssonos.

— Eu quero conviver com a Julia.

— Eu também quero conviver com a Julia.

— Vocês precisam dar um jeito nisso. Duas meninas com nome de Julia. Não dá pra saber quem é quem as vezes. – Roberto sorriu, ao ver o ânimo dos dois se acalmando.

— Bom, eu sempre chamei minha pequena de Jujuba. Como a bala. – Sara sorriu com a lembrança.

— E eu sempre chamei a Julia de Ju. – Grissom também sorriu. – Podemos usar os apelidos.

— Perfeito. – Roberto respondeu. – Vocês precisam pensar no que é melhor para a Jujuba e para a Ju. Grissom, eu amo a Ju, de verdade. Mas a Jujuba é parte da nossa família, ela é minha sobrinha, filha da Laura. Pelo bem das duas, precisamos resolver a situação da melhor forma possível.

— Eu concordo. – Sara respondeu. – Acredito, que durante o tratamento da Jujuba a gente pode manter uma certa discrição. Mas precisamos pensar nas meninas em primeiro lugar. O que é o melhor para elas.

— Bom. – Foi a vez de Gilbert falar. – Eu tenho uma ideia. Eu acho que você não vai gostar nadinha, mas gostaria que você ponderasse antes da recusa.

— Qual ideia?

— Por que vocês não vem morar comigo? 

— Como? – Dessa vez foram Sara e Roberto que responderem uníssonos.

— Jujuba está em tratamento, se ela estiver estável, vão querer mandar ela para casa. Eu posso fornecer enfermeiras, acompanhamento, e a mansão é enorme, vocês podem dividir um quarto ou até ter um quarto cada uma. Você terá a oportunidade de cuidar da Jujuba e conhecer a Ju. E eu também, vou poder conhecer e cuidar da Jujuba e não terei que me afastar da Ju. Após o tratamento da leucemia terminar, assim que ela estiver curada, nós quatro vamos conversar. Você, as crianças e eu. E vamos decidir juntos o que é melhor para todos.

— Eu acho razoável. – Roberto fora o primeiro a falar. – Nós podemos fazer um acordo legal sobre isso se for necessário Sara. O que você acha?

Sara estava estática. Não sabia exatamente o que responder.

— Você me dá uns dois dias para pensar?

— Claro que ele dá. – Roberto respondeu antes de Grissom falar qualquer coisa.


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Notas finais do capítulo

E aí, quem acertou o quiz anterior, tá certo que ele fez duas propostas, mas a PRIMEIRA, foi ficar com as duas meninas. E aí, quem acertou?

E vamos para o próximo QUIZ, e ele vai ser duplo, mas somente com duas alternativas cada.

1 - Sara aceita ir morar na casa do Grissom temporariamente?
A) SIM
B) NÃO

2 - Saindo o resultado: Grissom é compatível com a filha?
A) SIM
B) NÃO

As duas respostas vem no próximo capítulo!



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