Tudo estava silencioso, Sara observava seu marido dormindo enquanto estava imersa em seus pensamentos. Havia perdido o sono por eles. Bocejou, quase sem som, estava cansada, mas não conseguia dormir. Rolou na cama algumas vezes, tentava fazer isso de maneira sutil, mas quando finalmente desistiu de dormir, sentou-se na cama apoiando as costas na cabeceira.

Grissom acordou, olhou para o lado, percebeu que era madrugada, mas quando fitou sua esposa, percebeu que estava acordada, com um olhar longe. Seus pensamentos estavam fora daquele quarto.

— Querida, está tudo bem?

— Ahn… – Seus pensamentos foram interrompidos, e precisou de um tempo para se situar. – Achei que estava dormindo.

— Estava. Mas quando acordei vi você assim, pensativa e um tanto séria.

— Eu estou bem, não é nada demais. Só não consigo dormir. 

— Isso é por conta da Jubs, não é? – Ele sorriu, se sentou na cama também e levou a mão no rosto dela. – Sobre os exames, mas também sobre o email que recebeu.

— Não me interprete mal, eu estou muito orgulhosa dela. Só que…

— Ela se inscreveu pra uma faculdade que fica muito longe daqui. E você não sabe como vai proteger ela se ela estiver a duas mil e quinhentas milhas de distância. – Ele sorriu.

— Custava ela ter escolhido um local mais perto? São trinta e cinco horas de viagem. – Ela disse manhosa.

— Menos de cinco horas de avião. – Ele riu do drama da esposa. – Não vamos poder manter elas sob nossas asas para sempre. Mas por que está pensando nisso agora? Ainda tem meses antes de elas irem para faculdade.

— É que os exames dela também estão me preocupando. 

— Você sabe que não vai dar nada, não é? O médico disse que é muito difícil a leucemia voltar.

— Mas foi ele também que falou sobre a leucemia. Sobre a possibilidade de voltar. Eu não consigo parar de pensar nisso. 

— Vamos aguardar os resultados, certo? Não pense nisso agora. Vem, vamos dormir. Você precisa descansar.

— Dorme você amor. Eu acho que não vou conseguir dormir. – Disse formando um bico com os lábios.

— Nem pensar, vem cá. – Ele se deitou na cama e convidou ela para se deitar abraçada nele. – Vou cuidar de você até dormir.

— Obrigada. – Ela sorriu e deitou, ficando encostada nele.

Ele levou a mão aos cabelos dela, e ficou fazendo carinho, em alguns momentos dava alguns beijos delicados pelo rosto dela. Sabia como acalmar sua esposa. Com todo aquele carinho e nos braços do homem que amava, ela se sentia segura e protegida. Antes que ela se desse conta, havia fechado os olhos e dormido profundamente.

…

Quando abriu os olhos novamente já era de manhã. O sol já começava a bater na janela, mas devia ser cedo, Gilbert ainda estava na cama. Estavam deitados de lado, e ela encolhida em seus braços de costas para ele, podia sentir todo seu corpo encostado ao dele, o nariz dele estava afundado entre seus cabelos, e o braço dele a abraçava pela cintura. Fazia um pouco de frio, e instintivamente ela se encostou mais ainda nele, para sentir o calor do seu corpo. Fechou os olhos, podia dormir mais um pouco. Aliás, podia passar assim a vida inteira.

— Acordou? – Gilbert murmurou.

— Não. – Ela respondeu em tom baixo.

Ele não pode conter o riso.

— Ainda está dormindo?

— Uhum. – Ele ainda mantinha os olhos fechados, mas não pode deixar de sorrir.

— Que pena. Logo agora que eu pensei em te encher de beijos e estava imaginando uma coisa ou outra… – Sussurrou baixo no ouvido dela.

Ela ao sentir a respiração tão perto de seu ouvido, arrepiou-se. Ainda sim, não abriu os olhos.

— Você não tem que trabalhar? – Resmungou.

— Só tenho reunião a tarde hoje, e coloquei meu telefone em modo avião, então eu acho que tenho a manhã livre, mas a minha esposa ta dormindo, não acorda. 

Ele passou a língua no pescoço dela, percorrendo um caminho sinuoso até sua orelha. Beijou atrás da orelha fazendo-a se arrepiar novamente. 

— Talvez se você se esforçar um pouco mais, eu acorde…

— Hm… Vamos tentar algo diferente então…

Ele percorreu a mão que estava em sua cintura, deslizando pela sua barriga, descendo vagarosamente por baixo do seu pijama e invadindo sua calcinha até chegar em sua intimidade, dois dedos se afundaram entre os lábios de sua intimidade, onde a massageou com muita delicadeza. Sara jogou a cabeça para trás, com um suspiro longo de prazer, deixando o pescoço ainda mais exposto. Ele aproveitou para beijá-lo. Umedeceu os lábios, e com eles molhados percorreu seu pescoço subindo até chegar novamente a sua orelha, chupou o lóbulo antes de parar.

— Será que assim eu te acordo?

— Com certeza. – Ela disse lasciva.

Ela tentou virar-se de frente para ele, mas Gilbert não deixou, ainda massageando a intimidade dela, ele desceu o outro braço passando por baixo do corpo dela, ergueu sua blusa e ergueu seu sutiã com cuidado, tirando-o do lugar expondo o seio de Sara, espalmou a mão sobre seu seio e começou a massageá-lo.

Presa em seus braços, excitada, soltou um gemido baixo, enquanto seu corpo se arqueava para trás ficando mais colada nele. Ele também excitado, sentia sua ereção crescendo dentro da cueca, pressionou contra o corpo de Sara, que podia sentir o membro contra sua bunda.

— Acordou animado. – Ela murmurou ofegante, tomada pelo tesão.

— Você dormiu a noite toda se esfregando em mim, eu quase te acordei umas três vezes de madrugada. – Ele disse rindo, sem parar de provocá-la.

— Hm… – Ela não pode conter o gemido quando ele movimentava os dedos massageando-a, ela afastou as pernas para facilitar para ele. – E porque não me acordou?

— Porque… – Ele soltou então o seio, e pegou somente o biquinho do seio com a ponta dos dedos, dando leves apertadas e puxadas. – você teve tanta dificuldade para pegar no sono, que achei que precisava descansar… E… – Ele deu uma pausa, segurou firme ela e roçou sua ereção contra o corpo dela fazendo que sua calcinha e pijama se afundasse nela. – Agora eu pretendo te cansar tanto, que irá cair no sono e acordar só na hora do almoço. – Falou provocativo.

Ela quase não conseguiu prestar atenção no que ele falava quando sentiu seu corpo contra o dela e os dedos apertarem sua intimidade tão forte para segurar sua cintura. Soltou um gemido, arfando.

— A proposta me parece excelente. – Falou lasciva.

Ele a soltou, se ajoelhou na cama e tirou a própria camisa, depois ficou por cima, dela, com a cintura de Sara entre suas pernas. Com a ajuda dela, ele tirou a blusa dela e o sutiã. Curvou-se por cima dela, apoiando-se na cama, e subiu beijos do cós da calça dela, até a altura dos seus seios, passando pelo meio deles, e os contornando com os lábios, e então começou a desenhar curvas com a lingua, subindo pelo seu seio em movimentos circulares até chegar ao bico, o agarrou com os lábios, apertando-o de leve e puxando, e depois abocanhou seu seio chupando-o com vontade. Sara, subiu suas mãos, pelos braços de Gilbert, acariciando e quando sentiu-o chupá-la, ela apertou seus braços arfando novamente.

— Oh, Griss… – Gemeu baixinho.

Ele dedicou um tempo a cada um dos seios de Sara, do modo que sabia que ela gostava. Depois desceu pelo seu corpo, levando junto a calça e calcinha, aproveitou esse momento que saiu de cima dela para também livrar-se do restante de suas roupas. Agora totalmente nus, ele voltou para cama, quando ela fora, com a mão para acariciar seu membro, ele a segurou com delicadeza, colocando suas duas mão para cima da cabeça.

— Quero que hoje você apenas aproveite… – Ele murmurou. – Quero que relaxe e sinta prazer…

Ele desceu a mão então pelo corpo dela, acariciando seu corpo. Sentindo sua pele arrepiar-se ao seu toque. Depois de tantos anos juntos, tantos anos de casado, ele sabia exatamente onde ela gostava de ser tocada, o que lhe dava prazer, o que lhe excitava. Ainda sim, era como se ele sempre seguisse estudando, sempre buscasse novos pontos, novas perspectivas, de modo a proporcionar prazer a mulher que amava, e quando ela sentia prazer, ele sentia prazer dobrado.

— Você é tão linda. – Ele disse admirando o corpo de sua mulher. – Eu te amo tanto. – Ele subiu a mão acariciando seu rosto.

— Eu também te amo. – Ela respondeu sussurrando.

Ele se posicionou então, entre suas pernas, abaixou seu rosto até ficar na altura de sua intimidade, e para facilitá-lo, ela dobrou as pernas, erguendo um pouco o quadril. Não demorou para sentir a lingua quente de Gilbert contra sua clitóris. Aquilo para Sara era quase o ápice do prazer, e ele sabia disso. Passou a lingua ali novamente e pode sentir ela gemer, em seguida passou os lábios molhados, desceu a língua pela intimidade, e subiu toda extensão da sua intimidade sentindo ela já molhada, chegando novamente no clitóris ele a chupou. Nesse momento Sara já não tinha muito controle de seu corpo e Gilbert tinha que ajudá-la, apoiando-a com suas mãos, para não descer o quadril.

— Griss… Gris… Griss, Gris… 

Ele não conteve um leve riso, adorava quando ela gemia seu nome assim, rapidamente. Sabia que ela estava muito excitada, pronta para ele, e ele estava pronto para ela. Ele ergueu seu corpo, ficando ajoelhado entre as pernas dela, e a puxou pelas pernas, mais para perto dele, fazendo-a escorregar pela cama, e não ficar tão perto da cabeceira.

Segurou seu membro com a mão guiando para a entrada da intimidade de Sara, brincou um pouco, passando sobre ela.

— Gil… – Resmungou, tomada pelo tesão.

— O que posso fazer, se eu adoro quando você pede. – Ele sorriu malicioso.

— Gil. – Resmungou de novo.

Ele sorriu, e a penetrou, devagar e carinhosamente. Sentiu ela arquear novamente, e colocar as mãos em suas costas assim que se inclinou por cima dela, apertando-o contra ela. Ele começou movimentando-se vagarosamente, sentindo como ela se contraia contra ele, como o apertava. Era muito estimulante, e ele gemeu baixo. Seguiu nesse ritmo mais lento por algum tempo, enquanto sues corpos também esquentavam pelo tesão e pelo atrito de passarem um pelo outro com o movimento de Gilbert. Ele podia sentir os bicos do seio de Sara soltados raspando contra seu peito, as mãos dela apertando suas costas, e seu corpo se contraindo e relaxando incessantemente.

Ele fora acelerando os movimentos, e seguiu acelerando até que Sara chegou ao ápice tão intensamente que o fez chegar quase que em seguida. Ofegantes, seus olhares apaixonados se encontraram. Gilbert saiu de cima de Sara, rolando para o seu lado na cama e quase imediatamente puxando-a de uma única vez, para cima dele, fazendo-a deitar sobre seu corpo.

— Gil. – Ela disse assustada, quando sentiu o puxão, mas logo soltou um riso.

— Desculpa, eu não queria parar de sentir o calor do seu corpo… Não agora.

— Nem nunca. – Ela sorriu para ele.

— Nem nunca.

Ela então relaxou seu corpo deitada sobre o corpo dele, deitando sua cabeça sobre o peito dele.

— Obrigado… – Ele disse depois de alguns minutos de silêncio.

— Pelo que? Foi você que fez praticamente tudo. – Ela riu. – E muito bem feito, só pra constar. Essa história só de deitar, relaxar e deixar você tomando conta de tudo, é realmente muito bom. Podemos repetir.

Ele não pode conter o riso.

— Não estava falando disso, mas fico feliz que tenha gostado. Eu já não sou um garoto, preciso de um período para me recuperar, mas acho que até o final da manhã podemos repetir a dose. – Ele riu.

— Está tão gostoso quanto no dia que eu te conheci.

— Ah, estou?

— Está sim. – Afirmou erguendo a cabeça e fitando-o nos olhos. – Ainda me excita só de olhar.

— É bom saber que eu ainda tenho esse efeito sobre ti. – Piscou.

— Bom, se não era sobre o sexo, exatamente porque queria me agradecer.

— Por me amar. Uma das melhores coisas que eu tenho na minha vida, é o amor que eu sinto por ti, e saber que ele é recíproco. – Ele sorriu. – Por que eu sei que me amar não é uma tarefa fácil. – Riu.

— Não mesmo. – Concordou rindo. – Você tem muitas manias e defeitos, mas é gostoso e faz um sexo incrível, então acho que compensa. – Brincou. – Agora falando sério, para mim também… Me faz muito feliz saber que você me ama tanto quanto eu te amo.