Coincidence Of Love ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 61
Parte 2 ✖ Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oii, quanto tempo. Desculpem a demora gente, mas como já havia comentado é alta temporada de trabalho aqui, e claro, temos mais algumas situações que ocorreram na minha vida pessoal. Inclusive o nascimento da minha sobrinha, e advinha qual o nome dela??? Isso mesmo: Júlia. Juro que teve ZERO influência minha, e fiquei supeeer surpresa. Enfim, to babando muito na Julinha, trabalhando demais e as aulas começaram... Então é isso, chegou a época de demorar um pouquinho pra postar, mas juro que vou me esforçar MUIIIITO pra tentar manter os posts semanais...

Desfrutem ♥



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Capítulo 14 - 2.279

Grissom estava em seu escritório, era onde ficava a maior parte do tempo quando não estava na empresa. Não suportava ficar em seu quarto, não com todas as coisas que estavam naquele ambiente o faziam se lembrar da esposa, e em tudo que ele mesmo havia destruído. Geralmente dormia no sofá do escritório. 

Ele se levantou da mesa, saiu do escritório e subiu as escadas. Estava tarde já, fora até o quarto e viu suas filhas dormindo no quarto. Sorriu ao ver elas. 

Ficou encostado no batente alguns minutos, observando as filhas e tentando esquecer do resto, quando seu telefone tocou. Ele se afastou rapidamente do quarto, ainda antes de atender, para que o toque do telefone não acordasse as filhas.

Olhou para a tela. Era o número de Sara. 

Ela queria conversar aquela hora? Seu coração chegou a dar um salto naquele momento. 

Atendeu rapidamente.

— Alô, Sara?

— Não, sou eu Grissom. Roberto. 

— Por que está com o telefone da minha esposa? – Ele controlou seu tom de voz, queria gritar, queria expor a onda de ciúmes que percorreu seu corpo ao ouvir a voz de Roberto. Ainda sim, se manteve tranquilo. 

— Sara está no hospital.

— Como? – Aquela notícia o pegou de surpresa.

— Ela não está nada bem. E ela está te chamando, o tempo todo. Tem como você vir para cá?

— Cla-claro. – Disse preocupado. – Me passa a localização e eu vou para aí em seguida. 

Enquanto Grissom pegava o necessário para ir para o hospital, várias coisas rondavam sua cabeça. A preocupação do que havia ocorrido com Sara, o fato de Roberto estar com ela. Por que ele estava com o telefone dela? Por que ele estava com ela no hospital? 

Ainda sim, ele só conseguia pensar em chegar lá o mais rápido possível para ver sua esposa. Só queria que ela estivesse bem. 

Assim que chegou na recepção, viu Roberto sentado. De cabeça baixa. Um temor tomou conta dele. Se aproximou rapidamente.

— Roberto, cadê Sara? – Ele sabia que Roberto não se afastaria de Sara sem motivo, não a deixaria sozinha. – Por que não está com ela?

— Ela foi levada para mais alguns exames. Eles não me deixaram acompanhar. Disseram que pode demorar um pouco. 

Grissom respirou aliviado. Sentou-se frente a Roberto.

— O que aconteceu? – Ele perguntou por fim. 

Roberto olhou para Gilbert com dúvidas. O que ele deveria falar? Não havia ocorrido nada de errado, mas tinha medo que o marido de Sara não entendesse dessa forma e tomasse conclusões precipitadas. Ele não tinha medo de Grissom, mas não queria comprometer Sara sem necessidade. Ainda sim, se ficasse calado, ou tentasse esconder algo, poderia ser pior, ele então realmente pensaria coisas erradas. Suspirou. Entre a cruz e a espada, resolveu contar, sem muitos detalhes, o que havia ocorrido. 

— Estava jantando com Sara no restaurante do hotel, depois subimos para a suíte. Tinha que dar a ela algumas explicações, ela anda um tanto desconfiada e com medo que as pessoas escondam coisas dela. – Ele disse velando parcialmente um tom acusatório. – Estava com drásticas mudanças de humor, e de repente começou a sentir dores de cabeça, dores abdominais, a suar e percebi que tinha um pouco de febre. Trouxe ela para cá, medicaram, e ela começou a delirar e ficar agitada. Ficou te chamando… Os médicos não sabem o que ela tem.

Ele ouviu tudo com atenção. Por um lado estava preocupado com Sara, por outro, tomado pelo ciúmes. Aquilo não era hora. Precisava ficar tranquilo, e passar tranquilidade para sua esposa.

— Obrigada. – Grissom falou em um tom baixo e duro, enquanto acalmava sua confusão interna e o conflito de sentimentos. – Obrigada por trazer ela e ficar com ela aqui. 

— Você sabe que não precisa agradecer.

— Eu sei. 

— Sabe… – Roberto disse após algum tempo de silêncio. – Eu acho que o relacionamento de vocês tem jeito… – Grissom levantou a cabeça para ele. – Sara não quis me dizer exatamente o que ocorreu entre vocês, mas ela te ama muito. E seja lá o que você fez, é questão de tempo para ela te perdoar. 

— Se tu diz. – Ele deu os ombros. – Vai dizer que ela não te interessa mais… – Ele jogou verde. 

— Grissom, eu sempre vou amar Sara. Sendo sua esposa ou não. – Ele disse francamente. – Mas eu vou respeitar ela. E ela te ama, tu é o único que não tem segurança disso. – Ele deu os ombros. – Ainda que não fosse assim, eu não teria como ficar com ela… Não depois de tudo. 

— E o filme se repete. – Ele cantarolou ironicamente.

— O que quer dizer?

— Você volta da guerra, se culpando por coisas que provavelmente não são sua culpa, dominado pela autopiedade, remorso e achando que não merece nada da vida. – Ele disse simples. 

— Por acaso você quer que eu tente conquistar a sua esposa? – Ele disse com ironia.

— Se dependesse de mim você não chegaria a menos de trezentos metros de Sara… Mas como ela mesma disse, não importa o que nós dois queremos ou deixamos de querer. O que importa é o que ela quer. – Ele piscou, se levantando ao ver o médico no final do corredor caminhando na direção deles. – Ainda sim, independente das nossas diferenças, se você quiser conversar sobre o que passou lá, eu estou aqui. Ok? Pelos velhos tempos…  – Ele colocou a mão sobre o ombro do Roberto. 

— Obrigado. – Roberto disse com certa surpresa ao ouvir isso de Grissom. – Eu acho…

Quando viu que era o médico que se aproximava, Roberto também se levantou. Ansiava por saber de Sara tanto quanto o marido dela.

— Como está Sara? – Gilbert perguntou, assim que o médico chegou perto.

—  Está bem melhor, conseguimos por fim estabilizar ela, mas ainda requer cuidados. Você é parente da paciente?

— Sim, sou o marido dela.

— E você sabe se ela estava tomando alguma medicação para engravidar?

— Ela estava fazendo sim, estava utilizando medicações para estimular ovulação, fazia o tratamento há pouco mais de um ano, mas achei que ela já havia parado quando nós… – Sua voz trancou naquele momento. – Bem, quando nós brigamos.

— Ela já havia feito esse tratamento? 

— Esse em específico não, mas há uns seis ou setes anos nós fizemos reprodução assistida por conta da nossa filha que tinha leucemia, porém foi utilizado o óvulo da minha falecida esposa, então ela não utilizava medicações para engravidar, mas usou outras medicações.

— Certo. – O médico parou de falar por alguns momentos, como se estivesse absorvendo as informações passadas e tentando criar um raciocínio lógico sobre o quadro da paciente. – Você sabe me dizer o médico que estava acompanhando ela?

— Eu não sei qual o nome do médico, mas posso conseguir essa informação para o senhor. – Ele disse pacientemente.

— Seria importante.

— Mas o que minha esposa tem?

— Estamos suspeitando de SHO, síndrome da hiperestimulação ovariana, precisamos apenas falar com o médico dela para saber exatamente o que estava tomando e por quanto tempo. O protocolo inicial já foi realizado, mas precisamos de mais informações para saber como melhor proceder daqui em diante.

— O quão grave é isso? – Roberto se meteu na conversa.

— De modo geral os casos de SHO são leves e frequentes em mulheres que estão fazendo tratamento para engravidar, casos como o da paciente Sidle são raros e requerem cuidados. Talvez se ela tivesse esperado mais dois ou três dias, o estado pudesse ser crítico ou até mesmo irreverssível. – Salientou. –  Ela apresenta quadro de náuseas, dor de cabeça, dor abdominal, os leucócitos estão acima de 26 mil, alterações renais, hepáticas e cardíacas.

— E ela me disse que estava bem. – Ele disse incrédulo diante dessa lista que o médico enumerava. – Ela não queria que eu a trouxesse pro hospital. Tive que trazer praticamente a força.

— Você fez bem. São sintomas que não dá pra ignorar.

— E-eu vou ligar para Rafaela. – Gilbert disse desconcertado sobre o que havia ouvido do médico. – Ela vai saber dar todas as informações.

— Eu tenho que voltar para meus pacientes agora, peço que passe para a enfermeira chefe de plantão todas as informações que conseguir. – Avisou. – E quando quiserem, pode ficar um acompanhante com ela. Apenas saliento que ela não está totalmente consciente, e peço que não a force a acordar. Ela irá voltar a si no próprio tempo, o importante é manter a paciente o mais calma possível.

— Certo. – Gilbert procurava o número de Rafaela no seu telefone.

— Obrigada. – Roberto se despediu do médico.

Assim que o médico saiu, Roberto percebeu que as mãos de Gilbert suavam tanto que escorregavam pelo touch do telefone. Alguma coisa o havia tirado de centro.

— Grissom. – Ele chamou atenção do cunhado. – Vá lá ficar com Sara, eu converso com a Rafaela. Estou com o telefone de Sara, posso fazer isso.

— Entra você. E-eu não posso entrar lá. – Sua voz quase não saia.

— Como assim você não pode entrar lá? – Roberto estava confuso.

— Eu não posso olhar para ela e ver o que eu fiz. Sara quase se matou por minha culpa. – Ele respirou profundamente e a sensação era que o ar entrava rasgando seus pulmões. – Ela quem estava certa no final das contas, eu fui um idiota.

— Eu não duvido que você seja um idiota. – Ele disse quase sem pensar. – Mas é você que ela está chamando enquanto delira de dor e febre. Então, você pode ser diferente de mim, pegar seu remorso e sua autopiedade, como você mesmo disse, e estar ao lado da sua esposa quando ela mais precisa de você.

— Eu não sei… – Ainda pior que entrar lá e ver como sua esposa estava por sua culpa, era que Sara quando estivesse consciente o expulsasse do quarto aos gritos.

— Você está facilitando demais pra mim… – Ele disse cheio de ironia.

— O que? – Ele levantou a voz.

— Se você não pode estar com ela agora, que ela precisa de ti. Quando você vai estar? Quando ela vai poder contar contigo? Você não tem que entrar lá, dizer que é culpado de tudo e pedir desculpas, não é hora e nem lugar. Você tem que entrar lá e dizer que está lá e que vocês vão superar isso juntos. – Ele disse por fim. – Se você não puder fazer isso por ela, fazer isso por vocês, então realmente você não merece a Sara. Eu preferia que ela estivesse chamando o meu nome, mas ela está chamando o seu. – Ele ergueu as sobrancelhas.

— É, quando ela chamava pelo teu nome, você não estava aqui, estava na guerra. – Ele disse cheio de amargura.

Roberto se sentiu paralisar diante do que Gilbert havia falado. Demorou mais que alguns segundos para se recompor.

— Mas você tá aqui.

— É, eu estou.

Grissom se afastou e caminhou em direção a ala da unidade de tratamento semi-intensiva, onde ficaria com Sara. Ele foi até a esposa, sentou-se na cadeira ao lado de seu leito e percebeu que ela ainda estava de olhos fechados. Puxou a cadeira para mais perto do leito, e pegou a mão dela entre as suas. 

— Gil… Gil… – Como se ela sentisse a presença dele, ela começou a se agitar e murmurar baixo seu nome.

— Eu estou aqui Sar, fica tranquila. Eu estou aqui. – Ele murmurou baixo, enquanto segurava sua mão.

— Eu não quero ficar sozinha. – Ela seguia de olhos fechados. – Gil…

— Você nunca vai ficar sozinha, eu estou aqui. – Ele murmurou. – Mas você precisar ficar tranquila, calma, se não vão me pedir pra sair. Eu estou aqui, segurando sua mão. – Ele apertou um pouco mais firme. – E não vou soltar ou sair daqui.

Já estava amanhecendo quando Roberto conseguiu contato com Rafaela, e ela prontamente se dispôs a ir para o hospital falar com o médico. Ele também havia ligado para a casa do Grissom e falado com Ruth, e obviamente pediu para que não falasse nada para as filhas, ao menos por enquanto. Gilbert preferia que Sara estivesse consciente para decidir se e quando falar com as meninas.

Uma trégua entre Roberto e Gilbert surgiu naquela noite, em que nenhum dos dois definitivamente arredariam o pé do hospital. O melhor, naquele momento, foi o respeito mútuo, em favor de Sara.

Grissom saiu do lado de Sara, ela faria mais algumas avaliações, e eles não permitiam acompanhantes durante os exames. Ele seguiu até a sala de espera e Roberto estava dormindo sentado encostado na parede.

— Hey. – Gilbert tocou no ombro do cunhado.

— Ãh, oi. – Ele acordou. – Eu acho que apaguei um pouco. Como está Sara?

— Estável, sem mais delírios, calma. Ainda não despertou. – Suspirou. – Por que não vai para casa descansar? Talvez quando Sara acorde não me queira por perto, seria melhor estar descansado para estar com ela.

— Eu estou bem. – Ele forçou um sorriso. – Estou acostumado a dormir poucas horas. E a Rafaela está a caminho. Ela disse que daria mais detalhes quando chegasse, mas me afirmou que Sara estava abusando das medicações hormonais e tomando diferente do prescrito.

— Que merda, Sara. – Esbravejou. – E o pior que nem posso culpar ela. A culpa é minha. – Suspirou. – Ela jamais vai me perdoar. 

— Desculpa me meter, sei que não é assunto meu, mas afinal de contas o que aconteceu entre vocês?

— Se ela não te falou é porque não queria que soubesse. – Ele deu os ombros. – E sinceramente, eu teria vergonha de falar isso em voz alta hoje. – Admitiu. 

— Bem, eu vou ligar para Raika. – Desconversou. – Está há muito tempo sozinha. Fico preocupado com ela. 

— Por que ela não vai para minha casa? – Roberto estranhou a proposta. – Lá terá Ruth para ficar com ela, e tenho certeza que se dará bem com as meninas. Carlos pode buscar. Assim não precisará ficar sozinha.

— É uma boa ideia. – Admitiu. – Vou falar com ela. 

— Já vou deixar Carlos sobreaviso. 

— Obrigada. 

Roberto estava ligando para Raika quando Rafaela chegou. Ele acabou desistindo de ligar, quando percebeu que era ela. Não a conhecia pessoalmente, mas sabia que era ela.


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Notas finais do capítulo

Gente. sem ideia pro quiz de hoje, tenho que confessar que o capítulo 15 ainda não tá totalmente terminado... Mas o que vocês acham que vai acontecer?

Me contem, por que sou bem curiosa.



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