Coincidence Of Love ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 51
Parte 2 ✖ Capítulo 04


Notas iniciais do capítulo

O ruim de ter muitos capítulos prontos (e acreditem MUITOS) é que eu fico LOUCA pra soltar tudo logo e quase não consigo me controlar hahaha. Vocês adorariam, mas é mais divertido quando eu jogo de pouquinho em pouquinho... Ainda sim, hoje eu resolvi ceder aos meus impulsos e está aí mais um capítulo de COL 2.

Será que vocês acertaram o V e F que eu joguei mais cedo? VEREMOS.

Desfrutem ♥



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— Se lembra quando comentei sobre o pai biológico de Ju? 

— Você nunca falou muito sobre ele, somente que era um bombeiro que morreu em trabalho. Eu nunca me interessei sobre isso também. Ju é minha filha. – Ele deu os ombros, porém preocupado.

— Bom, a história é longa, mas resumidamente, digamos que algum tempo depois eu descobri que eu não era a única mulher que estava grávida dele. E eu realmente acho que esse garoto é filho dele. Eu fui na reunião de pais, e reconheci a mãe dele. – Ela suspirou. – A idade do menino também estaria certa. 

— Ok. Certo. – Ele respirou profundamente. – Me conta toda a história primeiro, eu já devia saber disso há muito tempo. E depois a gente decide o que faz. Eu já não queria Júlia de namorico mesmo, você só me deu mais um motivo. – Ele ergueu a sobrancelha.

… 

Quatorze anos antes

O sol bateu na janela, fazendo a morena acordar mais cedo. Ela abriu os olhos e entre os reflexos de sol estavam o homem que amava, vestindo suas calças, mas ainda sem camisa. Ela mordeu o lábio inferior quando o viu. O sol reluzia muito bem contra sua pele.

— A bela adormecida acordou? – A voz rouca veio em sua direção.

— Ainda antes do príncipe partir. –  Ela riu.

— Bom, eu preciso ir trabalhar e depois ir para casa. Tenho passado tempo demais com a minha namorada. Minha casa deve estar uma zona. –  Piscou. – Mas prometo que no próximo final de semana estarei aqui novamente para te encher de beijos e fazermos um pouco mais daquilo que passamos esse final de semana fazendo. – Seu tom era repleto de malícia.

— Quem te aguenta Hank? 

— Você me aguenta Sara. 

Ele fora até ela e lhe depositou um beijo demorado nos lábios.

— Docinho, eu tenho que ir trabalhar. –  Ele sorriu malicioso.

— Prometo que seremos rápidos.

Ela então colocou a mão no cós da calça que ele recém havia vestido, e buscou a braguilha para abrir…

— Sara… – Gilbert chamou sua atenção. – Detalhes demais.

— Ok. –  Ela sorriu sem graça. – Desculpa.

— Bom, agora eu tenho mesmo que ir trabalhar. – Ele disse após se vestir. – Nos vemos no próximo final de semana.

— Vou contar os dias. Vai lá senhor bombeiro. – Ela piscou. – Seja o herói. – Disse cheia de orgulho.

— Eu serei, sempre serei seu herói.

Logo após Hank deixar seu apartamento, ela levantou da cama e sentiu-se zonza e enjoada. Já se sentia assim há semanas, mas agora parecia pior. Após o enjoo passar, ela decidiu ir na farmácia pegar um teste. Não, não estava grávida, era apenas um descargo de consciência, seu anticoncepcional estava em dia. Nunca, jamais, haveria a possibilidade de estar grávida. Mal tinha condições de cuidar de si, imagina cuidar de uma criança naquele momento da sua vida.

O teste positivo a desestruturou. Sabia que era de Hank, só não sabia como isso havia ocorrido. O anticoncepcional havia falhado? Será que o antibiótico que havia tomado algumas semanas atrás devido a pneumonia poderia ter cortado o efeito do contraceptivo?

Não tinha mais nada que fazer. Apenas tinha que aceitar. Tinha toda semana para contar a Hank o que estava acontecendo. Não era notícia que se dava por telefone. Era uma notícia que deveria ser dada pessoalmente. Certamente ele seria um pai maravilhoso e presente, alguém com quem ela poderia contar. E ela tinha uma semana inteira para digerir a gravidez e poder contar para ele da melhor forma possível.

No outro dia, no entanto, quando ligou a televisão, a notícia que dava era impactante.

— Últimas notícias sobre o incêndio que ocorreu em uma casa no norte da cidade. Era uma casa com dois moradores adultos e duas crianças. Acredita-se que o incêndio se iniciou no quarto dos pais com o curto circuíto de um aquecedor. O pai das crianças morreu no local, um dos bombeiro arriscou a vida para salvar as duas crianças e foi para o hospital em estado crítico. – A repórter cobria o acidente ao vivo, as chamar haviam apagado, mas ela estava lá em frente os destroços, o que sobrou da casa.

Sara sentiu um forte aperto no coração, sabia que havia algo errado. Queria estar errada, Hank não precisava estar lá, talvez estivesse de folga, não seria ele o herói que colocou sua vida em risco para salvar duas crianças.

— Acabamos de receber as últimas informações sobre o bombeiro herói. – Falou a repórter que parecia estar escutando o ponto no ouvido. Sara se sobressaltou querendo saber as notícias. – Parece que o nome dele é Hank Pettigrew, e foi movido ainda com vida para o hospital. Passamos para agora para Renan Watson que está na frente do hospital para saber notícias do bombeiro herói que salvou duas crianças de um incêndio.

O coração de Sara disparou quando ouviu o nome de eu amado na televisão. Aquilo não podia ser verdade. Ela tinha que ir vê-lo, tinha que cuidar dele. Ele precisava lutar, estava esperando um filho dele, e ele tinha que estar lá para ela e para a criança. 

Ele não precisava ser o herói. Ela dizia para si mil vezes. Por que havia dito isso para ele? Ele só precisava voltar vivo.

Sara lutando contra um enjoo incessante fora para o quarto troca de roupa, tinha que ir para o hospital. Deixou o volume da televisão no alto para escutar qualquer notícia do seu amado. Enquanto isso, ela só precisava ir de uma vez cuidá-lo, dizer que estaria ao lado dele.

— Acabamos de receber informações atualizadas do hospital sobre Hank Pettigrew, o bombeiro que salvou as crianças de terrível incêndio. – Era a voz do outro repórter. – Infelizmente ele chegou já sem vida ao hospital. 

O repórter seguiu falando, porém Sara não ouviu mais nada. Ela não conseguia prestar atenção em mais nada. Seu mundo naquele momento se desestruturou quando soube que Hank a havia deixado. Que ele não voltaria mais para ela nos finais de semana. Ou que não poderia dizer para ele que seria pai.

Se sentiu sem chão. E sozinha.

— Você perdeu muitas pessoas importantes para você nessa vida Sara. – Gilbert disse com pesar. – Eu sinto muito.

Ele não se referia somente ao Hank, mas também a Roberto e Noah. Além de nunca ter tido seus pais. Grissom também havia perdido muitas coisas e muitas pessoas, mas com certeza não tanto quanto sua esposa, e isso o entristecia.

— Eu nunca tinha falado sobre isso com ninguém. – Ela suspirou um pouco abalada com as lembranças. – Mas eu sei que eu nunca vou perder você, vamos estar sempre juntos.

O funeral de Hank ocorreria no dia posterior à sua morte. Sara não sabia se deveria ir. Ela queria, mas não conhecia a família dele, estavam namorando há poucos meses e se viam apenas alguns finais de semana por mês. Ainda sim, sentia que deveria ir, ainda que se apresentasse apenas como amiga. Ela estava esperando um bebê dele, e em algum momento teria que dividir isso com a família.

Conseguiu o local onde seria o funeral através de um dos colegas de trabalho de Hank.

— Sara, você quer mesmo ir? – Disse Rodrigo, o colega de trabalho e um dos melhores amigos de Hank.

— Eu preciso. – Disse ainda chorosa ao telefone.

— Eu não sei se é uma boa ideia. A família dele não a conhecia e talvez não seja o melhor momento para se apresentar. 

— Eu não pretendo me apresentar como namorada dele. Vou como uma amiga. Mas não posso deixar de ir. 

Rodrigo suspirou se dando por vencido. Com relutância ele resolveu dar os dados do funeral.

A morena, no entanto, havia decidido que não ficaria muito, veria a cerimônia, prestaria sua homenagem e sairia de lá. Ela o amava e provavelmente não conseguiria se segurar por muito tempo. E Rodrigo estava certo, não era um bom momento para de apresentar a familia.

Logo que chegou ao local, ela fora até o caixão, ele estava lacrado. Obviamente o que restara de Hank não era nada bonito, se ela tinha esperança de vê-lo pela última vez, teria que se contentar com a imagem da foto do painel que ficava entre diversas coroas de flores.

Seu coração sangrava estando ali, ainda sim, ela continha as lágrimas. Ela colocou a mão carinhosamente sobre o caixão dele e fechou os olhos por alguns segundos.

— Quem é a senhorita? – Uma velha senhora de roupa negra e olheiras vermelhas, provavelmente a mãe, era parecida com Hank. Sua tristeza era visível.

— Sou Sara Sidle. Eu era uma velha amiga de Hank.

— Eu nunca havia ouvido falar de você, senhorita Sidle, mas minha memória já não está das melhores. – Admitiu com educação e um ar de tristeza. – Hank fez muitos amigos ao longo dos anos. 

— Verdade. 

A senhora então logo se afastou e uma mulher se aproximou logo em seguida. Cabelos castanhos, olhos verdes, um pouco mais baixa que Sara, e carregava uma barriga enorme. Certamente estava prestes a parir. Estava com o rosto inchado também, de quem havia chorado muito, mas que tentava agora se recompor.

— Não leve ela a mal. Todos estamos tristes, mas com certeza ninguém deve estar mais triste do que ela. É uma mulher difícil, mas amava o filho mais que tudo no mundo. 

— Está tudo bem.

— Você era amiga do Hank, não é? Ouvi falar para a Sra. Pettigrew.

— Sara Sidle.

— Rebeca Pettigrew.

Sara gelou nesse momento. Ainda sim, seu primeiro pensamento podia estar errado. Ela podia ser irmã dele, ou uma prima. Alguém da família. 

— Eu olho para esse caixão, e eu não consigo acreditar que ele não vai poder ver o filho crescer. – Disse por fim, caindo em lágrimas de novo. – Desculpa, eu…

— Tudo bem… Eu entendo.

E como entendia. Ela se sentiu em estado de choque por alguns minutos. Era como se o ar não passasse. Por um momento apenas quis ir embora dali. O homem que ela amava, quem venerava, o grande herói, a traía. Aliás, ela era a amante. Era a amante de um homem que tinha esposa e esperava um filho.

Se sentiu traída e enganada. Por um momento a dor de perder Hank, o amor da sua vida, foi substituída por raiva e ódio. Odiava a Hank.

Como poderia chegar a família dele e dizer que esperava um filho dele também? Que ele traía Rebeca enquanto ela gestava seu filho? Que ele a traía por nunca haver contado sobre o casamento.

Ela estava de saída quando Rodrigo a parou.

— Você sabia? – Ela perguntou baixo. – Você sabia disso o tempo todo e o acobertava?

— Eu nunca concordei com isso Sara. Eu sei que não é desculpa, mas ele amava você. Ele desde que te conheceu não pensava em outra pessoa que não fosse você. Ele queria pedir o divórcio para Rebeca, mas descobriu que estava grávida, e tudo virou uma bola de neve.

— Isso não é desculpa.

— Eu sei que não. Mas agora ele está morto, e ele não pode se defender ou se explicar. Ou ainda implorar seu perdão. Apenas se lembre que ele morreu como um herói, uma pessoa que dá a vida por duas crianças que nem conhece, não pode ser alguém totalmente ruim. 

— Talvez. Eu… Eu só quero ir para casa agora.

— Como você lidou com tudo isso?

— Eu tinha Júlia no meu ventre. E só isso importava. É claro que eu sofri muito. Eu o amava, e ele traiu a minha confiança da maneira mais cruel que um homem pode trair uma mulher. Então eu preferi dizer a Jujuba apenas a parte que lhe interessava, que seu pai era um herói, que morreu para salvar crianças de um incêndio. A outra parte ela não precisava saber.

— E você nunca quis apresentar ela para a família?

— Não. Eu era muito jovem, e eu tive medo. Depois de sofrer tantas rejeições, eu tinha medo de eles não aceitarem ela e no fim foi até melhor. Teria apresentado a neta errada. 

— E você tem certeza que essa é a mesma Rebeca?

— Ela é idêntica, e a idade do filho também bate, e o nome dele é Hank. Então, sim, eu tenho quase certeza do que estou falando. Só não sei o quanto vale a pena falar isso. Como você disse, eles são apenas crianças. É só uma paixonite.

— Eu normalmente concordaria com você, mas você sabe como é essa idade. Tudo para eles é intenso, eles confundem qualquer sentimento com amor. E sendo sincero, eu adoraria que elas virassem freiras e nunca namorassem. Ou fizessem isso depois dos quarenta.  – Ele riu. – Mas minha vida sexual começou com o que, dezessete anos. E a sua deve ter sido nessa idade, mais ou menos…

— Quinze. – Ela sorriu de canto.

— Uau. Agora estou ainda mais preocupado. E se daqui alguns anos eles ainda se gostam e isso evolui. Pode não acontecer, provavelmente não aconteça. Mas e se acontecer?

— Seria desastroso.

— Seria.

— E o que você me sugere? Falar com ela. Contar toda a verdade sobre o pai biológico?

— A verdade é sempre melhor. E ainda que eu odeie a ideia, é melhor ela saber. 

— Você está certo. Eu vou conversar com ela amanhã. 

— Você quer ajuda? Eu posso estar ao seu lado. Você sabe disso. – Ele sorriu para ela dando apoio. 

— Não precisa. Acho que vai ser mais fácil se for um papo de meninas. – Ela sorriu. – Mas me ajudaria muito se você tirasse a Jujuba de casa por algumas horas.

— Eu posso fazer isso.


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Notas finais do capítulo

Ok gente, quem aí esperava por essa? A Sara também não dá muita sorte na vida né? Aliás, não até conhecer o maravilhoso Gil. Que cá entre nós tá um homem bem querido e compreensivo. LOVE TOTAL esse casamento maduro e cheio de cumplicidade. AMAMOS ou AMAMOS? AMAMOS!

O resultado do V e F, foi verdadeiro para A e D, e falso para B e C! Quem aí acertou?

Ixxii, fazer um quiz pro próximo capítulo sem dar muito spoiler vai ser complicado. Então vamos lá. O que acontecer no próximo capítulo?

A) Sara conta toda verdade a Ju e ela culpa a mãe por tudo
B) Sara conta toda a verdade a Ju e ela compreende, porém fica muito triste
C) Sara posterga contar a verdade e isso complica mais as coisas
D) Jujuba descobre a verdade e conta para Ju antes de Sara ter a oportunidade

A, B, C ou D? Quem aí sabe o que vai acontecer?



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