Coincidence Of Love ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 50
Parte 2 ✖ Capítulo 03


Notas iniciais do capítulo

Olha quem apareceu!!! Sim, eu! hahaha. Então, lembram do último quiz? O que será que Sara descobriu, e sobre quem? Hmmmm... Descobriremos ao longo do capítulo de hoje. Desfrutem ♥



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— Aonde minha esposa vai tão linda?

Grissom chegou por trás da mulher e cheirou sua nuca a fazendo arrepiar. Ela sorriu, virou para ele e deu um beijo em seus lábios.

— Hoje eu vou em uma reunião na escola das meninas. – Ela levou as mãos em volta do pescoço do marido e entrelaçou os dedos por trás, observando-o ainda com certa distância.

— Você está muito linda.

— Gil, isso é uma roupa do dia a dia. – Ela sorriu sem graça ao perceber que ele a comia com os olhos.

— Eu sei, mas tudo fica especial em você. – Ele colocou as mãos na cintura dela, segurando firmemente. – Eu tenho tanta sorte de ser seu marido. – Murmurou agora com os lábios bem perto dos dela.

— Você tem mesmo. – Ela riu.

Eles estavam prestes a se beijar, seus corpos já estavam colados, quando a porta do quarto simplesmente se abriu.

— Mãe, você já está pron… – Jujuba então reparou que havia interrompido o momento dos dois. – Mãe! – A repreendeu. – A gente já está atrasada. Vocês podem se pegar outra hora? 

Ju vinha logo atrás. 

— A mãe já tá…

Então ela também percebeu a proximidade dos pais, mas agora eles já estavam rindo , e um pouco sem graça pela interrupção. 

— Mãe, vamos? – Ju questionou.

— Podem ir para o carro com Carlos, já estou descendo. E… – Ela lembrou. – Confiram antes de sair se o Donuts tem comida. O gato é tarefa de vocês, não minha, da Ruth ou da Esther. Certo? E, ah... – Ela deu uma pausa breve. – Da próxima vez vê se vocês batem na porta antes de entrar, ok? 

— Pode deixar. – Jujuba fora a primeira sair.

— Mãe… – Ju virou os olhos. – Definitivamente não queremos ver a intimidade de vocês. Não mesmo. 

Ela fora em seguida.

— Elas estão muito desaforadas. – Grissom não parava de rir.

— Demais. Sinto falta de quando tinham seis e sete anos e Ju ainda me chamava de mamãe. – Ela disse enquanto se afastava do marido e se olhava no espelho para ver como estava antes de sair. Aquela última olhada.

— Bom, eu não tenho do que reclamar, Jujuba me chama de Gil desde essa idade. Então nada mudou. – Ele respirou profundamente.

— Você sabe que ela te ama, não é? Você é o pai dela. E ela sabe disso.

— É. Eu sei. Mas às vezes eu queria que isso acontecesse. Nem que fosse uma única vez. 

— Eu posso conversar com ela, ela já tem idade para entender e…

— Não precisa meu amor. – Ele sorriu e acariciou o rosto dela. – Nós combinamos que nunca iríamos forçar nada, que teria que ser natural. Então quem sabe no meu leito de morte. – Ele debochou. 

— Meu Deus Gil, não seja mórbido. – Ela riu. – Eu tenho que ir.

— Você está linda. – Ele disse ao se despedir com um beijo rápido.

— Você já disse isso.

— Por que é verdade. – Ele piscou.

Chegou na escola das filhas em cima da hora da reunião. Era uma escola de elite em um bairro nobre da cidade, que ficava perto do apartamento onde morava antes de casar com Grissom. Não era a escola dos sonhos de Sara, mas era onde Ju estudava desde antes dos seis anos, e depois Jujuba acabou entrando na mesma escola para ficar com a irmã. 

Apesar da aparência esnobe, era uma das escolas mais conceituadas em relação a conteúdo e ensino, um dos motivos para Sara ter concordado que as filhas continuassem ali. Obviamente, a escola era paga por Gilbert, apesar de ela ter ganhado bastante dinheiro com seu software, ela ainda não teria condições de pagar a mensalidade de duas crianças naquela escola. Não sem falir em um ano. 

Era uma reunião de pais e professores, falando sobre o ano letivo e tudo aquilo, que Sara tinha certeza, que poderia ser resolvido com apenas um email. Ainda sim, ela gostava de estar presente nas reuniões, principalmente para conversar sobre o andamento de Jujuba na escola. 

Apesar de estar no mesmo ano escolar que Ju, o tratamento todo que fez, a fez ficar atrasada em conteúdos e ela teve que correr muito atrás para poder ficar na série condizente com a sua idade. Ainda sim, Jujuba era esforçada, o que não queria dizer que não tinha muitas dificuldades. 

A reunião recém havia acabado, e ela havia ido no pátio da escola falar com as meninas que estavam lá aguardando. Logo viu Jujuba, ela sempre estava rodeada de várias outras crianças de sua idade, era uma menina bem popular na escola. Em seguida Ju, mais afastada, conversando com um menino. 

Ela sorriu brevemente. Devia ter sido dele que ela havia falado anteriormente. Sutilmente ela caminhou até a filha e a cumprimentou.

— Oi filha, já vamos indo?

— Oi mãe, sim. – Ela então percebeu que a mãe aguardava que ela apresentasse o rapaz a sua frente. – Mãe, esse é meu amigo Hank. – A menina apresentou com certo receio.

— Oi Hank, muito prazer. Eu sou Sara.

— Oi senhora Sara, muito prazer.

Aquele rosto parecia muito familiar. Sara não sabia muito o porque, talvez já o tivesse visto anteriormente. Porém, sabia que não. Havia algo a mais. Ela conhecia ele de algum lugar. 

— Seus pais estão por aqui? Adoraria conhecer eles. – Ela sorriu para o garoto.

— Minha mãe está vindo ali. – Ele apontou e depois abanou para que a mãe viesse até ele.

Sara quase congelou quando a viu. Uma série de lembranças começou a percorrer a sua mente, ainda que tentasse afastá-las. Ela segurou a respiração por alguns segundos. Mas precisava, ela precisava agir normalmente. Ainda sim sua cabeça dava voltas.

— Oi Hank, meu filho. Estava te procurando. – Ela deu um beijo carinhoso no topo da cabeça do menino. 

Hank ficou visivelmente constrangido com a mãe demonstrando tanto carinho em publico. Ela então olhou Sara por algum tempo e acenou como um cumprimento, Sara retribuiu. Depois para a menina ao seu lado.

— Você deve ser a famosa Júlia, não é? Meu filho fala muito, realmente muito de você.

— Mãe. – O garoto repreendeu. 

Se antes ele estava envergonhado, agora estava muito pior. A menina não ficou para trás, sua face ruborizou quase instantaneamente.

— E você deve ser a mãe de Júlia, certo?

— Das duas Júlias para falar na verdade. – Sara riu. – Sara Grissom, muito prazer.

— Receba Pettigrew, prazer. Ah sim, Hank me contou sobre a história das meninas. Que loucura, mas pelo visto esse livro teve um final feliz. – Ela sorriu gentilmente.

— Bom, as meninas e eu temos que ir agora. Qualquer dia desses a gente se encontra para conversar e falar sobre os nossos filhos. – Sara disse sem jeito, apenas queria sair dali.

— Com certeza. – Rebeca piscou.

A morena só conseguiu colocar a respiração em ordem quando se sentou no carro. Mas ainda sentia seu coração bater tão forte que podia escutá-lo.

— Mãe, o que que foi aquilo? – Ju chegou acusadora.

— Aquilo o que? – Ela ergueu a sobrancelha.

Sara tentava não demonstrar o quanto havia ficado abalada.

— Eu sou "Sara Grissom"? – Ela fez aspas com os dedos – Você sempre fala que seu nome é Sara Sidle. Você queria intimidar eles só por que o Hank é bolsista?

— O que? – Sara não acreditava no que estava ouvindo. –  Você esqueceu de onde eu vim Ju? Eu nunca faria isso de usar um sobrenome para intimidar alguém por ter menos condições financeiras. É ofensivo.

— Desculpa mãe. – Ela disse ao perceber que a mãe havia ficado realmente ofendida. – Então por que disse isso? E por que agiu daquela forma?

— Eu acho que seu pai me chama tanto assim que saiu sem querer. – Mentiu. – E eu confesso que não soube exatamente como agir, eu não queria dizer nada que te deixasse constrangida, mas eu acho que o tiro saiu pela culatra. – Agora no entanto, era apenas meia mentira.

— Obrigada por tentar. 

A realidade é que ela ficou com medo de que Rebeca a reconhecesse se ela dissesse seu nome verdadeiro. Haviam se visto apenas uma vez, mas ela a reconheceu na hora, e talvez também fosse reconhecida. Precisava investigar mais sobre eles com Ju, para ter certeza de suas suspeitas. Ela estava com um grande problema.  Jujuba, no entanto, apenas observava o dialogo calada.

— E então Ju, ele é bolsista né? Eu vi a mãe dele lá, o pai dele não foi?

— É, ele é bem inteligente e conseguiu uma bolsa integral. A família dele não teria condições de pagar a escola, ele me disse isso, alguns colegas tratam ele mal por não ser da nossa classe social. – Ela deu os ombros. – O pai morreu ainda antes dele nascer.

— Nossa, sério, que triste. 

Sara ficou ainda mais tensa. Preferiu não tocar mais no assunto. 

Ao chegar em casa, ela não teve dúvida, tinha que falar com o marido. Estava tão eufórica que nem se lembrou de bater na porta, quando adentrou apenas o pode ver falando ao telefone, pegou somente metade da conversa.

— … me garante que o procedimento é seguro e que vai ter resultado?

Sara franziu o cenho e Gilbert teve um sobressalto quando a viu entrar dessa maneira.

— E-Eu tenho que desligar agora, outra hora eu entro em contato para conversarmos melhor. – Disse rapidamente. – Tchau.

— Gil, está tudo bem? – Ela disse assim que o viu desligar o telefone.

— Está sim, você entrou meio abrupta pela porta, eu acabei me assustando, só isso. – Desconversou.

— Que procedimento é esse que você estava falando ao telefone? Você está doente? – Estava preocupada.

— Eu? Doente? – Ele riu sem graça. – Não, não. Eu estou bem. É apenas um procedimento para visão, não aguento mais usar os óculos e o médico me sugeriu um procedimento. Só isso. Eu ainda não tinha te falado por que não tinha decidido nada, então queria saber da segurança e resultados.

— Você tem certeza? – De alguma forma ela não havia acreditado na resposta do marido, o conhecia bem e sentia que estava mentindo. – Não tem nada errado mesmo?

— Eu tenho sim querida. De verdade. É só um procedimento para melhorar a visão. Já te disse, estou ficando velho. – Ele sorriu para ela.

— Bom, se você quer minha opinião, eu te acho muito sexy de óculos. – Ela sorriu maliciosa. – No entanto, se eles te incomodam tanto, por que não?

— Obrigada. – Ele sorriu. – Mas por que entrou tão rápido, você não tem o costume de entrar assim. Aconteceu alguma coisa?

Por alguns segundos em pensar que seu marido estava doente, ela até tinha esquecido que havia um grande problema a tratar, algo que ela não gostaria de esperar. Tinha que contar para ele, ainda que não tivesse a certeza de como iria reagir.

— Na realidade aconteceu. – Disse sinceramente, e em seguida suspirou. – Gil, precisamos conversar sobre uma coisa. Algo que a gente já devia ter falado há algum tempo, mas eu acabei nunca falando por que não tinha importância. Mas agora tem. 

Grissom estranhou, fazia muito tempo que eles não precisavam de uma conversa que tivesse uma introdução. Por esse motivo, sabia que era importante, o assunto era sério.  Ele ficou calado e deixou que a esposa prosseguisse.

— Ju está com um namoradinho na escola...

— O que? – Ele interrompeu. – Ela é muito nova, só tem treze anos. – Uma onda de ciúme paterno descontrolado percorreu o corpo dele. 

Há alguns dias atrás Sara já havia falado que suas filhas tinha interesse em meninos, e agora, isso já havia pulado para um “namoradinho”. Ele tinha que se cuidar para não piscar, logo suas filhas estariam saindo de casa, casando e lhe dando netos. 

— Calma Gil. – Ela riu do ciúmes do pai super protetor. – Esse não é o nosso maior problema. 

— Minha filha de treze anos, meu bebê tem um namoradinho na escola, e esse não é meu pior problema? Realmente Sara, eu vou perder meu réu primário com um moleque, e você acha que esse não é o problema? 

Gilbert não conseguia ouvir mais nada. Ele havia parado de escutar depois de Sara dizer "namoradinho". Por um momento Sara pensou que ia ter uma crise de riso. Era claro que ela também tinha ciumes, e ela também achava a filha muito nova para ter um namoradinho, ainda sim, esse era o menor de seus problemas. Então, não, ela não conseguia achar graça.

— Gilbert Grissom. – Ela chamou sua atenção. – Eu estou falando sério. – Isso era visível na sua expressão. – O nosso problema é maior que isso.

— Tudo bem querida... – Ele suspirou, ainda inconformado.

— O problema é que esse rapaz por que a Ju está interessada, bem... Como eu posso te dizer isso. – Ela suspirou. – Ele pode ser irmão dela. – Ela largou tudo de uma única vez, tinha que falar para ele a realidade logo, ou então perderia a coragem.

Certo. Isso piorava muito a situação. Grissom precisou de alguns segundos para processar tal informação. 

— Como? – Foi a única coisa que ele conseguiu externar depois do choque.


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Notas finais do capítulo

EITCHA, quem esperava por essa? E quem aí bugou? hahaha.

Próximo capítulo, o que teremos? Vamos brincar de Verdadeiro e Falso, eu gosto mais dessa. Quais afirmações acham que é verdadeira e quais acham que são falsas (pode ter mais de uma verdadeira).

A) Sara explicar toda situação para Gilbert
B) Gilbert fica irritado ao descobrir tudo
C) Sara e Gilbert decidem que não vão contar a verdade pra Ju
D) Sara e Gibert decidem que a verdade é o melhor caminho

E aí? Quais V e quais F?



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