Coincidence Of Love ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 37
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo para aquecer antes de CSI Vegas? Sim ou claro?
Desfrutem ♥



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Dois dias se passaram, e a única que conseguia tirar algo de Sara era Ju. Quando estava por perto, ela conseguia fazer Sara voltar ao mundo real por alguns instantes e manter uma troca de palavras. Porém era outra pessoa tentar se aproximar ou Ju se afastar e ela voltava a estar como antes, como um robô, como em um casulo fechado.

Era madrugada, Gilbert estava em seu escritório, não conseguia dormir. Ouviu o elevador do segundo andar e em seguida alguns passos passando pela sua sala em direção aos quartos. Eram passos lentos e suaves, diferentes do de Ju. Quando pode levantar-se e seguir, viu Jujuba indo em direção ao quarto onde sua mãe estava instalada.

Ele a seguiu de longe até lá. E a encontrou sentada na cama, com a mão da sua mãe entre as suas e falando com ela.

— O Gil disse que você não se lembra de tudo. – Seu tom era melancólico. – Mas eu queria que você lembrasse de mim mãe. Você lembra da Ju. Amanhã eu vou pro hospital, me preparar para o transplante. E eu queria tanto que você lembrasse de mim. – Sua voz já estava embargada.

Sara se mexeu na cama, e acordou. Ao abrir os olhos, se deparou com Jujuba chorando.

— Jujuba. – A voz de Sara ainda era um pouco fraca e rouca. – Por que está chorando?

— Você lembra de mim mãe? – Ela disse em um sobressalto.

— Claro. Por que?

— Por que você está confusa mãe. Você não estava lembrando de mim.

— Eu acho que estou um pouco confusa. – Admitiu. – Desculpa meu amor.

Julia se aproximou e abraçou a mãe com força, deitando-se sobre ela.

— Amanhã eu vou pro hospital mãe.

— Por que filha? Você está doente? – O seu tom era preocupado.

— A leucemia.

— Leucemia? Não meu amor. Você não tem isso. Nunca teve.

— Você ainda ta confusa mãe. Você não lembra do Gil? Da Ruth? Do tio Roberto?

— E-Eu… Eu me lembro do Roberto. – Ela fechou os olhos, respirou. Parecia tentar se lembrar das coisas. – Ele já voltou? Ele já conseguiu encontrar ela?

— Encontrar quem?

— Na-Nada. Ele me pediu segredo. A-Acho que ainda estou confusa. – Ela suspirou.

— E o GIl? Gilbert? Você lembra dele?

— O nome é familiar, mas eu não sei quem é. Eu estou cansada. 

— Descansa mãe.

— Filha… – Ela disse entre um bocejo. – Você não está doente. Eu saberia se estivesse. Você não tem leucemia.

Jujuba ficou ali até que sua mãe voltasse a dormir. Saiu do quarto, ainda preocupada com a mãe, mas mais leve, pois ela se lembrava dela, sabia que era sua filha. Quando saiu da porta, viu Grissom parado. Seu pai havia ouvido a conversa. 

— Ela ainda não se lembra de você... – Falou baixo. 

— Mas ela lembra de você, e é isso que importa. – Ele sorriu. – Venha, vou te colocar na cama. Você vai ter um dia cheio amanhã. – Ele a pegou no colo.

— Eu não consigo dormir, Gil. – Reclamou entre um bocejo. – Tô com sono, mas não consigo dormir.

— Você está preocupada com amanhã, não está?

— E com a mãe também.

— Eu prometo que vamos cuidar bem da sua mamãe enquanto estiver no hospital. – Ele sorriu. – E vou ficar lá com você, até que pegue no sono. Pode ser?

A menina apenas acenou com a cabeça. Gilbert, como prometido, após subir com ela no quarto, a colocou na cama e ficou com ela até que adormecesse. Ele, não voltou para o escritório, mas foi para o quarto, pois também precisava descansar. O outro dia seria cheio.

 No outro dia, o transplante fora tranquilo e rápido, não durando mais que duas horas. Porém, Júlia teria de ficar de três a cinco semanas no hospital para acompanhamento, e se não tivesse complicações, seria liberada para ir para casa. Nesse meio tempo Grissom se dividia entre Jujuba e Sara, alternando principalmente com Ruth. Beth ficava mais concentrada na empresa, pois, Gilbert já havia ficado muito tempo afastado dela. Ainda sim, ficava com a neta no hospital também, alternando com o filho e a governanta.

Neste momento Gilbert estava em casa conversando com o psiquiatra que ia ver Sara todos os dias, ao menos uma hora por dia desde que ela havia ido para casa.

— Tenho que admitir Sr. Grissom, que a melhora de Sidle é espantosa. Foi realmente muito bom ela ter vindo para casa. Ainda sim, algumas lembranças para ela ainda estão confusas.

— Ela se comunica com as filhas. Bom, agora somente com Ju. E voltou a comer sozinha. Ainda sim, mantemos uma enfermeira perto o tempo todo.

— É bom que ela não fique sozinha, mesmo quando recobrar as lembranças. Ela ainda está saindo da crise. Ela se lembra perfeitamente das filhas, mas se recusa a acreditar que uma delas esteja doente. E também lembra de um tal Roberto, parece que ele não está no país, teve que viajar. Ainda sim, ela não diz para onde e nem o motivo. Isso procede?

— Sim, o Roberto é o tio das meninas. Eles tiveram um relacionamento, até que ele teve que viajar. Por algum motivo, ele pediu segredo. 

— O cérebro dela está tentando se proteger de situações dolorosas. Então, inconscientemente, ela escolhe o que se lembrar e o que não se lembrar. Conforme ela for reestabelecendo o equilíbrio mental, é possível que tudo volte ao normal. E ela vai ter condições de lidar com o luto.

— Ela ainda não se lembra de mim?

— Eu sinto muito, mas ainda não, senhor Grissom. 

— Obrigada por enquanto.

Nos dias subsequentes Gilbert evitava ficar perto de Sara, ele mentia para si mesmo que a carga de tomar conta de tudo era pesada demais. No entanto, ele sabia que no fundo, doía muito ela não se lembrar dele. Pior ainda, isso ser uma opção do seu subconsciente. Ele estava finalmente criando um laço mais forte com Jujuba e também tentava ficar com Ju, que era muito madura e compreendia a situação e a ausência do pai. Na realidade, para Ju, só interessava saber quando poderia ver a irmã. Jujuba, do hospital tinha o mesmo sentimento, mas ela queria ver a mãe também. 

Ainda sim, sempre que Grissom chegava do hospital, ele passava no quarto de Sara e falava com a enfermeira para saber se tudo estava bem. Porém, quando entrou, encontrou uma enfermeira em desespero, que andava de um lado para outro procurando pela paciente.

— Eu fui no banheiro, não fiquei fora nem por cinco minutos. Ela estava dormindo. E agora, eu... Eu não sei onde ela está. – A enfermeira disse cheia de culpa e medo de represálias.

— Chame todos os empregados e procure em todos os cômodos agora! – Ordenou entre dentes, tentando controlar a raiva. 

Seu maxilar estava duro. E seu coração palpitava forte. Uma onda se preocupação tomou conta de seu corpo. E temeu por Sara. Ela não estava bem psicologicamente, ela poderia cometer qualquer loucura caso ficasse sozinha.

Ele ia subir as escadas para começar a procurá-la, mas como se um  estalo tivesse tocado em sua cabeça, ele tinha certeza de onde ela estava. Tanta certeza que chegou a sentir um pouco de calma, como se soubesse que ela estava segura. Aliviado, deu meia volta e foi até o quarto de hóspedes, o quarto onde Sara vivia antes, enquanto estava grávida. O quarto que dividiria com Noah. Ainda antes de abrir a porta, ouviu um gemido e um choro forte, seguido de soluços. Ao abrir a porta, viu várias coisas de Noah espalhadas pelo chão, e ela sentada no meio delas, abraçada em suas pernas, segurando um tiptop bege com o desenho de um pequeno leão. Ele se lembrava de Jujuba na mesma posição, quando soube da morte do irmão. Ele também se lembrou daquela roupa, havia sido a primeira que Sara havia comprado para o filho.

Gilbert não sabia o que dizer, foi até ao lado dela, sentiu-se ao seu lado, colocou seu braço sobre os ombros dela e a puxou para si. Por um momento aquela dor que ele tentava manter tão profunda, veio a tona. Era tão recente. Tão dolorido. Não importava quantas distrações ele tivesse ou quanto sua rotinas estivesse pesada, a dor não cedia. E agora Sara, consciente disso, tinha a mesma dor.

— Hey Sara. Nós estávamos tão preocupados com você.

— Eu lembro de tudo Gil. De tudo. – Ela chorava desesperada. – Eu preferia morrer ao ter que lembrar disso. – Sara nem se atrevia a levantar o rosto molhado pelas lágrimas. 

— Não diga isso, nós precisamos de você. A Jujuba principalmente. – Ele falou enquanto a abraçava firme. Tinha que protegê-la.

— Como… Como você conseguiu Gil? Cuidar das meninas? De mim? De tudo? Eu só me dei conta do que aconteceu há 5 minutos e eu nem sei como eu consigo respirar. – As lágrimas não paravam de escorrer. – Tá doendo tanto. 

— Eu fiquei triste também, eu também sofri. – Admitiu. – Mas eu precisava ser forte, eu fui forte por você, eu fui forte pelas meninas. E eu preciso que você também seja. Sara, as meninas não vão aguentar se você desistir. Você vai ter que ser forte. – Ele falava em tom suave, enquanto a mantinha firme contra seu corpo. 

Gilbert se levantou, e ajudou Sara a se levantar. Ainda sim, ela não conseguia se manter em pé. Então ele a pegou em seus braços, e levou até o quarto. Chegando lá, a colocou na cama e apenas após isso avisou aos empregados que a havia encontrado. Pediu a Ruth que entrasse em contato com o psiquiatra e chamou a enfermeira no quarto. 

— Não tire os olhos dela. – Ele falou entre dentes em tom de ordem. 

— Gil, fica comigo. – Sara falou quando percebeu que Grissom estava de saída.

Gilbert voltou até ela, e respirou profundamente. 

— Eu tenho que ver como está Júlia, eu não sei se você lembra de tudo, mas ela realizou o transplante há dois dias. Beth está com ela agora, mas eu preciso ir para o hospital. – Seu tom doce, de repente havia sumido, e novamente estava sério como costumava nos últimos dias.

— Eu...Eu não lembrava. Eu devia estar com ela.

— Você deve se resguardar, e estar bem para quando ela voltar pra casa. Ela ficará feliz de ter a mãe de volta. 

— Tudo bem.


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Notas finais do capítulo

Bom, não foi tudo ao mesmo tempo, mas no final das contas a resposta do quiz anterior é "B". Ela conseguiu lembrar de tudo e reordenar as lembranças.
Eu confesso que a ideia original era ser a A agora, depois a C e por fim a B. Mas eu estou achando já um pouco massante essa espera pelo tratamento da Jujuba. Eu acho que tá na hora de alguma coisa dar certo, nem que seja o tratamento dela. Não que não possa ter complicações (kk), mas enfim, eu achei que ia ficar mais fluido e menos enrolado.

E como eu tô com saudades de um jogo diferente, vamos brincar de batatinha 1, 2, 3? hahah, brincadeira. Vocês já jogaram 3 verdade e 1 mentira? Então é mais ou menos a mesma coisa. Eu vou jogar 4 afirmações a baixo sobre o próximo capítulo, mas só uma é mentira. Vocês conseguem adivinhar qual é a falsa?

A) Sara vai visitar Jujuba no hospital
B) Grissom descobre o que aconteceu com Roberto
C) Sara fica irritada de ter uma enfermeira a sua volta o tempo todo
D) Grissom expulsa Sara de casa

Eita gente. E aí, qual é a falsa?



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