Coincidence Of Love ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas apareci, desculpem pelo sumiço. Até tinha esquecido qual era o quiz anterior... Recapitulando... O que será que aconteceu com o bebê que a Sara tá esperando? Vamos ver ao decorrer desse capítulo.

Desfrutem ♥



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Sara estava deitada na maca e Grissom ao lado. A médica responsável, havia pedido alguns minutos e que logo voltaria para conversar com eles. Sara estava um pouco apreensiva, mas não demais, o mal estar não havia sido forte, apenas o suficiente para notar que havia algo errado. Esperava não ter exagerado e assustado Gilbert em vão, mas estavam no final da gestação, nada poderia dar errado agora.

A médica então voltou.

— Quando você sentiu esse mal estar pela primeira vez?

— Hoje. Nunca havia me sentindo assim antes. Eu até achei que era uma bobagem, mas eu preferi não arriscar. – Sara explicou, um pouco envergonhada até.

— E tem passado por muito estresse ultimamente?

— Na verdade sim. Eu tenho evitado, mas é difícil não se estressar tendo uma filha com leucemia em casa, e também ocorreu outro fato há algumas semanas que foi bem desgastante.

— Você sabe que não pode ficar se estressando né Sara? Mas ainda bem que veio, realmente temos algo errado, não é grave ainda… – Ela enfatizou. – Mas requer cuidados.

— O que está acontecendo? – Dessa vez fora Gilbert que pareceu preocupado.

— Sara está com pré-eclampsia. É bastante comum em mulheres que fazem FIV com óvulos doados. Pensa que seu corpo tenta te proteger o tempo todo, então ele tem um corpo estranho, que é o bebê. Geralmente esse bebê é acolhido pelo seu corpo, mesmo sendo metade incompatível, pois tem cinquenta por cento da genética do pai. No seu caso, a chance de pré-eclampsia aumenta por que geneticamente falando, ele não é seu filho. Então essa é uma resposta imunológica do seu corpo. Como estamos bem inicial, podemos tratar com algumas medicações que são seguras para vocês dois, e tudo fica normal. Mas você terá que controlar sua pressão diariamente e tomar essas medicações exatamente como prescrever, e vamos ficar de olho para que esse bebê aguente pelo menos mais seis semanas.

— Existe chance de piorar? – Sara ficou preocupada.

— Chance sempre tem Sara, mas seguindo as orientações, as chances são bem pequenas. Vocês já decidiram quanto ao parto, se vão adiantar a cesária ou aguardar o parto normal?

— Vamos realizar a cesária. A partir de trinta e cinco semanas vamos começar a acompanhar o bebê de forma mais seguida, e quando ele estiver pronto para nascer, vamos estar prontos para recebê-lo. Estamos ansiosos pela Julia, mas também queremos que Noah esteja seguro durante todo o processo. Não pretendemos adiantar o parto.

A rotina de Sara mudou bastante nos dias subsequentes a consulta. Desde sua alimentação, a rotina de exercícios e remédios que eram controlados por Ruth de forma pontual. Outra coisa que mudou foi a forma de Sara enxergar as coisas, ela evitava pensar em Roberto, já não aguardava mais que ele entrasse em contato e ela percebeu naquele momento que Roberto estava certo: ela precisava seguir sua vida. Sofrer por ele não estava fazendo bem a ela, ao seu bebê e a toda família. Ela tinha que priorizar naquele momento o que era importante, e o importante era a saúde e bem estar de seus três filhos.

As meninas estavam brincando no quarto delas, e Sara estava no seu quarto, que agora não dividia mais com sua filha, mas que logo dividiria com o bebê. O berço montado, assim como o pequeno guarda roupas no tom azul e branco. Colocou a mão sobre a barriga, o bebê estava quieto, o que era um milagre, já que sempre estava chutando.

Se aproximou do móvel, e abriu a primeira gaveta, estava repleta de tip tops. Sorriu. Ainda era inacreditável que estava grávida novamente. Estava quase com seu bebê nos braços, e tudo aquilo parecia surreal. Pegou um tip top bege com o desenho de um leãozinho, aquele havia sido a primeira roupa que havia comprado para ele, ainda antes de saber o sexo. Desdobrou e esticou a roupa, sorrindo para ela. Logo depois dobrou-a novamente e colocou de volta no lugar. Em seguida pegou outra roupinha, essa que tinha comprado era Grissom, era em um tom verde claro, e ele havia comprado logo após a confirmação do sexo do bebê.

Ela repetiu esse processo várias vezes. Pegava algumas roupinhas, namorava com os olhos, depois dobrava e guardava novamente. Era algo que não cansava de fazer. Era como uma lembrança constante do bebê que estava a caminho, não somente um novo filho, mas uma esperança.

— Hey, Sara. Interrompo?

Sara teve um sobressalto, se assustou com a voz de Grissom. Estava muito concentrada olhando as coisas do bebê. Logo ela virou para ele e sorriu.

— Só estava dando uma organizada nas gavetas. – Ela deu os ombros. – Não posso fazer muitas coisas, estou bastante inchada e com muitas restrições. Então eu fico olhando as coisas do bebê. Ansiosa para que ele chegue logo.

— Também estou ansioso. –  Ele adentrou ao quarto, se aproximando de Sara e colocando a mão sobre sua barriga avolumada, fazendo carinho. – Logo ele vai estar com a gente. Completando a nossa família.

— Você queria conversar sobre algo?

— Na realidade sim.

Sara se aproximou da poltrona de amamentação que ficava ao lado do berço, Grissom a ajudo a se sentar. Em seguida ele puxou um banquinho que estava ao lado da cômoda e sentou-se a sua frente.

— A partir da próxima semana eu vou tirar umas férias da empresa. Já deixei tudo organizado, tem pessoas que vão cuidar de tudo pra mim. E o que eu precisar resolver, vou fazer de casa, do meu escritório. Quero estar mais presente para você e para as meninas. O parto está se aproximando, e eu não quero que fique sobrecarregada.

— Você anda mais próximo ultimamente. Não posso negar. Na realidade, eu queria agradecer. Tem sido importante pra mim.

— Eu não quero mais estar distante de vocês. Quero que saiba que eu vou estar presente para o que precisar.

— Obrigada. – Sara falou em um tom baixo.

Eles ficaram quietos por alguns segundos. Grissom tinha tantas coisas para dizer a Sara, mas não era apenas de tarefas que ele não queria sobrecarregar ela, ele também não queria fazê-la se sobrecarregar emocionalmente. Ainda sim, ficava aguardando uma brecha, qualquer brecha.

No outro dia, Grissom havia passado toda manhã na empresa, estava arrumando os últimos detalhes antes de poder se afastar com tranquilidade e poder dedicar um tempo a sua família. A tarde, ele preferiu trabalhar de casa. Estava trancado em seu escritório, quando ouviu o toque de seu telefone, estranhou ao ver que era uma notificação de Sara.

“Gil voce pode me encontrar mais tarde na cadeira de balanco”

“Daqui umas 2 horas.”

Ele estranhou as mensagem, mas respondeu apenas um “ok”. Ainda sim, ficou um pouco curioso sobre o que Sara gostaria de conversar, e por que havia escolhido um ambiente como a cadeira de balanço que ficava no jardim. Optou por guardar a curiosidade e apenas aguardar.

Sara havia tirado um cochilo a tarde, o final da gestação a fazia sentir ainda mais cansada. Ela se virou para pegar seu telefone e conferir o horário. Faltava quinze minutos para as quatro horas da tarde. Quando largou o aparelho, ela viu um papel sobre a cômoda que ficava ao lado de sua cama.

Era meia folha de ofício, dobrada ao meio. Nela havia um texto impresso:

“Me encontra na cadeira de balanço. 16h. Grissom.”

Ela estranhou o bilhete, Grissom não era o tipo de homem que imprimia bilhetes, geralmente ele escrevia a mão. Ainda lembrava da carta que havia recebido dele algum tempo atrás. Ainda sim, faltava apenas quinze minutos. Então tratou de levantar, tirou a roupa que vestia e colocou um vestido solto, amarelo florido, calçou sapatos baixos e seguiu para o jardim.

Grissom fora o primeiro a chegar na cadeira de balanço. Lá havia uma toalha de piquenique estendida no chão, com uma cesta no centro dela. Ele franziu o cenho. Porém ainda antes que pudesse pensar qualquer coisa, Sara havia chegado também. Ela tinha a mesma expressão que ele quando olhou a toalha e o cesto.

— Você preparou um piquenique? – Sara perguntou sorrindo, e até achando um pouco de graça. – Não parece seu estilo. 

— Não, foi você que preparou. – Ele disse confuso.

— Você me mandou um bilhete para te encontrar aqui.

— Não. Você me mandou uma mensagem para eu te encontrar aqui.

— Eu não mandei.

Os dois então pararam de falar, se olharam por alguns segundos. E somente então entenderam o que estava acontecendo. Eles riram baixo, e olharam para trás, era possível enxergar a sacada do quarto das meninas ali do balanço, e lá estavam as duas bisbilhoteiras observando os dois no jardim.

— Elas não valem nada. – Sara disse rindo.

— Quando eu te falo que a Ju tem uma mente diferente, você não me acredita. – Ele respondeu rindo.

— Bom, as meninas tiveram o trabalho de preparar tudo isso, não acho que temos o direito de ignorar essa ação. – Sara piscou. – Vamos ver o que elas prepararam?

— Claro. – Ele sorriu dando a mão para Sara. – Vem, te ajudo a sentar.

Para Sara era dificil sentar-se no chão, mesmo sobre a grama fofa. Com a ajuda de Gilbert, ela conseguiu se acomodar e depois ele se sentou a sua frente. Abriram uma tampa do cesto, havia sucos de laranja em garrafinhas individuais e sanduíches.

— Pelo visto elas pensaram e tudo.

— Eu só não entendo por que elas fizeram tudo isso.

— Não entende mesmo Gil? – Sara estreitou os olhos.

Gilbert mantinha uma expressão atônita.

— Gil, elas querem ver a gente junto. – Sara riu. – É normal, crianças sempre querem que os pais estejam juntos. Com elas não seriam diferente. Ju havia me comentado há alguns dias que agora que o… – Ela engoliu as palavras, não queria dizer o nome dele naquele momento. – Bem, que eu não estou com ninguém, que a gente podia ficar junto.

— E o que a Jujuba pensa disso? Ela gostava dele.

— Eu acho que ela aprova a ideia. Mas o que importa não é a opinião delas. – Ela sorriu sem graça.

— Bom nós sabemos que três pessoas querem isso. – Ele sabia que não deveria ter dito isso, mas não se conteve. Ao perceber que havia deixado Sara sem graça, ele pegou um sanduíche e alcançou pra ela. – Vamos provar?

— Claro.

Apesar da armação das Julias, Sara e Grissom aproveitaram aquele momento. Comeram os sanduíches, tomaram o suco e conversaram amenidades. Logo perceberam que as meninas cansaram de ficar olhando e sumiram da sacada.

— Sara, eu não quero te irritar, mas eu queria te fazer uma pergunta. Você responder apenas se quiser, mas eu tenho uma curiosidade.

— Qual?

— Por que você se apaixonou por ele?


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Notas finais do capítulo

Eita Gil, essa é a pergunta de 1 milhão!

E aí vocês acham que ela vai responder a pergunta do Gil?
A) Não, ela vai mudar de assunto
B) Sim, ela vai responder



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