Coincidence Of Love ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics
Notas iniciais do capítulo
Demorei, mas apareci, desculpem pelo sumiço. Até tinha esquecido qual era o quiz anterior... Recapitulando... O que será que aconteceu com o bebê que a Sara tá esperando? Vamos ver ao decorrer desse capítulo.
Desfrutem ♥
Sara estava deitada na maca e Grissom ao lado. A médica responsável, havia pedido alguns minutos e que logo voltaria para conversar com eles. Sara estava um pouco apreensiva, mas não demais, o mal estar não havia sido forte, apenas o suficiente para notar que havia algo errado. Esperava não ter exagerado e assustado Gilbert em vão, mas estavam no final da gestação, nada poderia dar errado agora.
A médica então voltou.
— Quando você sentiu esse mal estar pela primeira vez?
— Hoje. Nunca havia me sentindo assim antes. Eu até achei que era uma bobagem, mas eu preferi não arriscar. – Sara explicou, um pouco envergonhada até.
— E tem passado por muito estresse ultimamente?
— Na verdade sim. Eu tenho evitado, mas é difícil não se estressar tendo uma filha com leucemia em casa, e também ocorreu outro fato há algumas semanas que foi bem desgastante.
— Você sabe que não pode ficar se estressando né Sara? Mas ainda bem que veio, realmente temos algo errado, não é grave ainda… – Ela enfatizou. – Mas requer cuidados.
— O que está acontecendo? – Dessa vez fora Gilbert que pareceu preocupado.
— Sara está com pré-eclampsia. É bastante comum em mulheres que fazem FIV com óvulos doados. Pensa que seu corpo tenta te proteger o tempo todo, então ele tem um corpo estranho, que é o bebê. Geralmente esse bebê é acolhido pelo seu corpo, mesmo sendo metade incompatível, pois tem cinquenta por cento da genética do pai. No seu caso, a chance de pré-eclampsia aumenta por que geneticamente falando, ele não é seu filho. Então essa é uma resposta imunológica do seu corpo. Como estamos bem inicial, podemos tratar com algumas medicações que são seguras para vocês dois, e tudo fica normal. Mas você terá que controlar sua pressão diariamente e tomar essas medicações exatamente como prescrever, e vamos ficar de olho para que esse bebê aguente pelo menos mais seis semanas.
— Existe chance de piorar? – Sara ficou preocupada.
— Chance sempre tem Sara, mas seguindo as orientações, as chances são bem pequenas. Vocês já decidiram quanto ao parto, se vão adiantar a cesária ou aguardar o parto normal?
— Vamos realizar a cesária. A partir de trinta e cinco semanas vamos começar a acompanhar o bebê de forma mais seguida, e quando ele estiver pronto para nascer, vamos estar prontos para recebê-lo. Estamos ansiosos pela Julia, mas também queremos que Noah esteja seguro durante todo o processo. Não pretendemos adiantar o parto.
…
A rotina de Sara mudou bastante nos dias subsequentes a consulta. Desde sua alimentação, a rotina de exercícios e remédios que eram controlados por Ruth de forma pontual. Outra coisa que mudou foi a forma de Sara enxergar as coisas, ela evitava pensar em Roberto, já não aguardava mais que ele entrasse em contato e ela percebeu naquele momento que Roberto estava certo: ela precisava seguir sua vida. Sofrer por ele não estava fazendo bem a ela, ao seu bebê e a toda família. Ela tinha que priorizar naquele momento o que era importante, e o importante era a saúde e bem estar de seus três filhos.
As meninas estavam brincando no quarto delas, e Sara estava no seu quarto, que agora não dividia mais com sua filha, mas que logo dividiria com o bebê. O berço montado, assim como o pequeno guarda roupas no tom azul e branco. Colocou a mão sobre a barriga, o bebê estava quieto, o que era um milagre, já que sempre estava chutando.
Se aproximou do móvel, e abriu a primeira gaveta, estava repleta de tip tops. Sorriu. Ainda era inacreditável que estava grávida novamente. Estava quase com seu bebê nos braços, e tudo aquilo parecia surreal. Pegou um tip top bege com o desenho de um leãozinho, aquele havia sido a primeira roupa que havia comprado para ele, ainda antes de saber o sexo. Desdobrou e esticou a roupa, sorrindo para ela. Logo depois dobrou-a novamente e colocou de volta no lugar. Em seguida pegou outra roupinha, essa que tinha comprado era Grissom, era em um tom verde claro, e ele havia comprado logo após a confirmação do sexo do bebê.
Ela repetiu esse processo várias vezes. Pegava algumas roupinhas, namorava com os olhos, depois dobrava e guardava novamente. Era algo que não cansava de fazer. Era como uma lembrança constante do bebê que estava a caminho, não somente um novo filho, mas uma esperança.
— Hey, Sara. Interrompo?
Sara teve um sobressalto, se assustou com a voz de Grissom. Estava muito concentrada olhando as coisas do bebê. Logo ela virou para ele e sorriu.
— Só estava dando uma organizada nas gavetas. – Ela deu os ombros. – Não posso fazer muitas coisas, estou bastante inchada e com muitas restrições. Então eu fico olhando as coisas do bebê. Ansiosa para que ele chegue logo.
— Também estou ansioso. – Ele adentrou ao quarto, se aproximando de Sara e colocando a mão sobre sua barriga avolumada, fazendo carinho. – Logo ele vai estar com a gente. Completando a nossa família.
— Você queria conversar sobre algo?
— Na realidade sim.
Sara se aproximou da poltrona de amamentação que ficava ao lado do berço, Grissom a ajudo a se sentar. Em seguida ele puxou um banquinho que estava ao lado da cômoda e sentou-se a sua frente.
— A partir da próxima semana eu vou tirar umas férias da empresa. Já deixei tudo organizado, tem pessoas que vão cuidar de tudo pra mim. E o que eu precisar resolver, vou fazer de casa, do meu escritório. Quero estar mais presente para você e para as meninas. O parto está se aproximando, e eu não quero que fique sobrecarregada.
— Você anda mais próximo ultimamente. Não posso negar. Na realidade, eu queria agradecer. Tem sido importante pra mim.
— Eu não quero mais estar distante de vocês. Quero que saiba que eu vou estar presente para o que precisar.
— Obrigada. – Sara falou em um tom baixo.
Eles ficaram quietos por alguns segundos. Grissom tinha tantas coisas para dizer a Sara, mas não era apenas de tarefas que ele não queria sobrecarregar ela, ele também não queria fazê-la se sobrecarregar emocionalmente. Ainda sim, ficava aguardando uma brecha, qualquer brecha.
…
No outro dia, Grissom havia passado toda manhã na empresa, estava arrumando os últimos detalhes antes de poder se afastar com tranquilidade e poder dedicar um tempo a sua família. A tarde, ele preferiu trabalhar de casa. Estava trancado em seu escritório, quando ouviu o toque de seu telefone, estranhou ao ver que era uma notificação de Sara.
“Gil voce pode me encontrar mais tarde na cadeira de balanco”
“Daqui umas 2 horas.”
Ele estranhou as mensagem, mas respondeu apenas um “ok”. Ainda sim, ficou um pouco curioso sobre o que Sara gostaria de conversar, e por que havia escolhido um ambiente como a cadeira de balanço que ficava no jardim. Optou por guardar a curiosidade e apenas aguardar.
…
Sara havia tirado um cochilo a tarde, o final da gestação a fazia sentir ainda mais cansada. Ela se virou para pegar seu telefone e conferir o horário. Faltava quinze minutos para as quatro horas da tarde. Quando largou o aparelho, ela viu um papel sobre a cômoda que ficava ao lado de sua cama.
Era meia folha de ofício, dobrada ao meio. Nela havia um texto impresso:
“Me encontra na cadeira de balanço. 16h. Grissom.”
Ela estranhou o bilhete, Grissom não era o tipo de homem que imprimia bilhetes, geralmente ele escrevia a mão. Ainda lembrava da carta que havia recebido dele algum tempo atrás. Ainda sim, faltava apenas quinze minutos. Então tratou de levantar, tirou a roupa que vestia e colocou um vestido solto, amarelo florido, calçou sapatos baixos e seguiu para o jardim.
…
Grissom fora o primeiro a chegar na cadeira de balanço. Lá havia uma toalha de piquenique estendida no chão, com uma cesta no centro dela. Ele franziu o cenho. Porém ainda antes que pudesse pensar qualquer coisa, Sara havia chegado também. Ela tinha a mesma expressão que ele quando olhou a toalha e o cesto.
— Você preparou um piquenique? – Sara perguntou sorrindo, e até achando um pouco de graça. – Não parece seu estilo.
— Não, foi você que preparou. – Ele disse confuso.
— Você me mandou um bilhete para te encontrar aqui.
— Não. Você me mandou uma mensagem para eu te encontrar aqui.
— Eu não mandei.
Os dois então pararam de falar, se olharam por alguns segundos. E somente então entenderam o que estava acontecendo. Eles riram baixo, e olharam para trás, era possível enxergar a sacada do quarto das meninas ali do balanço, e lá estavam as duas bisbilhoteiras observando os dois no jardim.
— Elas não valem nada. – Sara disse rindo.
— Quando eu te falo que a Ju tem uma mente diferente, você não me acredita. – Ele respondeu rindo.
— Bom, as meninas tiveram o trabalho de preparar tudo isso, não acho que temos o direito de ignorar essa ação. – Sara piscou. – Vamos ver o que elas prepararam?
— Claro. – Ele sorriu dando a mão para Sara. – Vem, te ajudo a sentar.
Para Sara era dificil sentar-se no chão, mesmo sobre a grama fofa. Com a ajuda de Gilbert, ela conseguiu se acomodar e depois ele se sentou a sua frente. Abriram uma tampa do cesto, havia sucos de laranja em garrafinhas individuais e sanduíches.
— Pelo visto elas pensaram e tudo.
— Eu só não entendo por que elas fizeram tudo isso.
— Não entende mesmo Gil? – Sara estreitou os olhos.
Gilbert mantinha uma expressão atônita.
— Gil, elas querem ver a gente junto. – Sara riu. – É normal, crianças sempre querem que os pais estejam juntos. Com elas não seriam diferente. Ju havia me comentado há alguns dias que agora que o… – Ela engoliu as palavras, não queria dizer o nome dele naquele momento. – Bem, que eu não estou com ninguém, que a gente podia ficar junto.
— E o que a Jujuba pensa disso? Ela gostava dele.
— Eu acho que ela aprova a ideia. Mas o que importa não é a opinião delas. – Ela sorriu sem graça.
— Bom nós sabemos que três pessoas querem isso. – Ele sabia que não deveria ter dito isso, mas não se conteve. Ao perceber que havia deixado Sara sem graça, ele pegou um sanduíche e alcançou pra ela. – Vamos provar?
— Claro.
Apesar da armação das Julias, Sara e Grissom aproveitaram aquele momento. Comeram os sanduíches, tomaram o suco e conversaram amenidades. Logo perceberam que as meninas cansaram de ficar olhando e sumiram da sacada.
— Sara, eu não quero te irritar, mas eu queria te fazer uma pergunta. Você responder apenas se quiser, mas eu tenho uma curiosidade.
— Qual?
— Por que você se apaixonou por ele?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Eita Gil, essa é a pergunta de 1 milhão!
E aí vocês acham que ela vai responder a pergunta do Gil?
A) Não, ela vai mudar de assunto
B) Sim, ela vai responder