Coincidence Of Love ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Como a maioria já sabe, eu ainda estou com problemas no meu computador, por esse motivo, eu não consigo publicar com a mesma frequência de antes (e nem escrever). To correndo atrás para isso ser resolvido, mas enquanto não se resolve, eu vou aparecendo conforme o possível.

Desfrutem ♥



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Aquela era uma pergunta dificil de responder. Afinal, por que nós nos apaixonamos pelas pessoas? Existe um real motivo para isso? Ela não sabia se queria responder isso, mas ela sabia que sim, havia um motivo, e havia uma resposta. Ela só não sabia se queria tocar nesse assunto. Ainda era uma ferida aberta que ela tentava ignorar, mas talvez, se ela falasse tudo que Gilbert quisesse saber, tudo que ela pudesse falar, é claro, finalmente aquele assunto morreria.

— Falar sobre o Roberto ainda me machuca.

— Eu sei, e eu peço desculpas por isso, mas se você não pode me contar o motivo de ele ter saído da sua vida, eu gostaria de saber ao menos o motivo pelo qual ele entrou.

— Durante toda minha vida Gil, eu nunca me senti segura. Eu nunca tive a segurança de um pai ou uma mãe, um familiar que segurasse a minha mão quando eu tivesse medo, nunca tive quem me defendesse, nunca fui acolhida verdadeiramente por ninguém. Não até Roberto aparecer na minha vida.

— Eu achei que tivesse feito isso. – Ele falou com certo desgosto.

— Fez sim, mas depois. Talvez você não se lembre Gil, mas a primeira coisa que você me disse é que eu era uma louca, e a segunda foi que queria ficar com as duas meninas para ti. Eu não julgo, não mais, foi tudo uma loucura no começo e eu confesso que eu também em alguns momentos quis ficar com as meninas só pra mim. Mas isso não vem mais ao caso...  A minha atração física por Roberto foi instantânea, eu não posso negar, mas ele, sem ao menos me conhecer direito, foi a primeira pessoa que me defendeu. E daquele momento em diante ele me acolheu, ele me protegeu, ele me deu a mão. E pela primeira vez na minha vida eu pude ser frágil, dócil e sensível. Eu pude tirar uma armadura que eu uso desde que eu me conheço por gente, e foi tão fácil, tão leve. Era impossível eu não me apaixonar por essa sensação, e consequentemente, por ele.

— Eu nunca vi as coisas por esse lado. – Ele falou com franqueza.

— Você não tem culpa disso. A história da minha vida é minha e só eu sei como foi difícil. Por isso foi tão difícil dizer para você que eu escolhia ele.

— Você ainda escolhe ele, não é?

— Ele foi embora Gil, talvez ele demore meses, talvez anos, talvez não volte. Talvez ele volte diferente. – Ela se lembrava do que ele havia dito para ela durante sua despedida. – E eu tenho que seguir em frente, e estou seguindo. É difícil esquecer, eu não nego. Mas eu não escolho mais ele, eu estou aberta, ou ao menos me abrindo. Ainda sim eu acho injusto. É injusto eu querer usar você para esquecer ele, ou para sentir as sensação de abrigo que eu sentia antes. Você é um homem de muito valor, um homem íntegro, honesto, amável. Você não merece ser uma segunda opção. E hoje, se eu me rendesse a isso, eu me sentiria mal, como se eu estivesse te usando. Isso é errado. Se algum dia for para acontecer algo entre nós, eu não quero que haja fantasmas, eu não quero que haja nada além de nós.

— Então eu tenho chance? 

— Você sempre teve. – Ela admitiu com um sorriso fraco. – Só que não quero que seja pelos motivos errados.

— Por quais motivos errados? 

— Logo que nos conhecemos, ainda antes de me envolver seriamente com o Roberto, tiveram alguns momentos em que eu fiquei dividida. Ainda sim, eu não sabia exatamente como lidar com isso. Eu gostava de você ou era meu inconsciente dizendo que essa era a melhor coisa para a nossa família? Eu não podia correr o risco de estar com alguém só para manter a família unida, ainda que sua mãe pense desse jeito, esse pensamento é arcaico e não sustenta um relacionamento. – Ela suspirou. – E agora, bem, agora eu não sei exatamente como me sinto em relação a ti. Eu só não quero usar você e nem ninguém para superar o que aconteceu com o Roberto. 

— Eu nunca pensei que tivesse tido qualquer tipo de chance contigo. – Ele disse com franqueza.

— E eu deixei você me beijar duas vezes por nada. – Ela sorriu para ele. – Eu só não estou pronta para me envolver com ninguém nesse momento, não seria justa com ninguém. Eu deveria, desde o começo, ter me dedicado exclusivamente as crianças. Vou ter tempo pra mim depois, mas agora as crianças são prioridade.

— Talvez você esteja certa. – Ele devolveu o sorriso.

— É, talvez.

...

Grissom acordou de sobressalto, seu telefone estava tocando incessantemente. Tateou a cômoda até encontrar o celular e o nome de Sara apareceu na tela. Ele estranhou, foram pensamentos de poucos segundos, mas tinha certeza que ainda era cedo, que Sara deveria estar dormindo no andar de baixo e que não havia motivos para ligar para ele. Ele afastou os pensamentos e atendeu Sara.

— Sara? Está tudo bem? – Ele tinha um tom preocupado na voz.

— Gil… – A voz de Sara quase não saiu, mas ela não disse mais nada.

— Sara? Sara? – Seu tom de voz era alto e preocupado.

Ele ouviu um som, como se o telefone de Sara tivesse caido no chão. Ele se levantou da cama em um pulo, colocou um roupão, saiu de seu quarto as pressas, correndo em direção ao quarto de Sara. Ela estava deitada na cama, parecia consciente, mas não parecia nada bem.

— Ruth! Ruth! – Grissom gritou desesperado.

Ele então se aproximou de Sara. E pegou em sua mão, percebeu que ela estava inchada, não apenas o inchume normal da gravidez, era ainda mais volumoso.

— Sara, você está me ouvindo. O que você está sentindo?

— Minha cabeça dói. – Ela disse com a voz fraca, e parecia se esforçar bastante para conseguir dizer algo. – Meu corpo dói e minha visão tá turva. Eu não tô me sentindo bem.

— Senhor Grissom. – Ruth chegara na porta em seguida. – Aconteceu alguma coisa?

— Sara não está bem.

— Quer que eu chame um médico.

— Chame uma ambulância. Ela precisa ir para o hospital.

Ruth não questionou, logo saiu para fazer o que o patrão ordenara. Ele, no entanto, se sentou do lado de Sara na cama, segurando a sua mão.

— Sara, fica comigo, a ajuda já está chegando.

Sara não falava nada, o mal estar percorria todo seu corpo e ela tentava não ficar desesperada. Mas naquele momento era difícil não ficar preocupada com o que aconteceria com o bebê. Ele ainda não estava pronto. Ela precisava ficar bem.

— A ambulância já está a caminho Senhor Grissom. – Ruth novamente estava perto da porta. – Tem mais alguma coisa que eu posso fazer para ajudar?

— Sim. Diga apra Esther vigiar as crianças, não quero que elas saiam do quarto até Sara ir para o hospital. Elas vão ficar assustadas se verem ela assim. E fique de olho, assim que eles chegarem, tragam para cá. Sara não está nada bem.

Grissom estava preocupado, segurava a mão de Sara com firmeza, e com a outra mão fazia carinho entre seus cabelos. Cada minuto parecia horas e Sara apenas parecia piorar.

A ambulância não tardou a chegar, mas para Grissom fora como se passassem muitas horas. Assim que chegaram pediram para Grissom se afastar. Ele fez com relutância, e depois enquanto examinavam a Sara ainda no quarto, Grissom comentava sobre seu histórico de saúde para o paramédico.

— Precisamos removê-la para o hospital imediatamente.

Logo eles já passavam Sara para a maca, e Grissom ainda de pijamas os acompanhava. Ruth também seguia Grissom em direção a porta.

— Ruth, quando Carlos chegar, entregue uma roupa minha para ele, e peça para me levar ao hospital. Eu dou notícias assim que souber de alguma coisa. E não fale nada para as meninas por enquanto.

— Pode deixar Senhor.

Grissom entrou na ambulância com Sara, novamente pegou sua mão. Durante o trajeto colocaram Sara no oxigênio para facilitar sua respiração. Também a deitaram de lado na maca. Aos poucos ela parecia mais consciente.

— Sara, como você se sente? – Grissom perguntou assim que a viu abrindo os olhos.

— Nada bem. – Ela falou com sinceridade. – O bebê...

— O bebê vai ficar bem, eu prometo. A gente já está quase chegando ao hospital. Vai ficar tudo bem.

Eles chegaram no hospital rapidamente. Logo eles tiraram Sara da ambulância com maca e tudo, e Grissom desceu em seguida. No entanto Sara começou a ficar pálida e era como se estivesse perdendo a consciência. Ela começou a movimentar seu corpo de forma desordenada, como se tremesse. Os paramédicos logo afastaram Grissom, segurando a cabeça de Sara.

— Ela está convulsionando. – O paramédico gritou.

Em seguida Sara estava com várias enfermeiras em volta dela, trazendo medicações que o médico solicitava. Grissom se manteve afastado, calado, apenas observando a situação. Por dentro estava descontrolado, desesperado, mas esse não era ele. Ele sabia que não adiantava, não podia atrapalhar os médicos, então apenas se conteve. A convulsão durou em torno de um minuto, mas tudo parecia passar bem mais devagar naquele dia.

Levaram Sara para internação e exames. Enquanto isso, Grissom teve que ficar no saguão, aguardando.

Quando Carlos chegou, fazia uma hora e ninguém havia dado notícias de Sara ainda. Grissom até tinha esquecido que estava de pijamas e roupão. 

— Como está a senhorita Sidle? – Carlos perguntou assim que chegou, já alcançando as roupas para o chefe.

— Nada de notícias ainda. Pode ficar aqui um instante enquanto eu troco de roupas no banheiro? Se o médico vier aqui, por favor, segure ele. Eu não vou demorar mais que cinco minutos.

— Pode deixar Senhor Grissom.

Logo após trocar de roupas, Grissom voltou ao saguão e dispensou Carlos para que fosse para casa, avisando que ligaria se precisasse de qualquer coisa. Demorou ainda mais alguns minutos até um médico aparecer para dar notícias. Grissom reconheceu ele na hora, era Marcelo, o mesmo médico que atendera Julia quando ela tinha passado mal meses atrás.

— Olá senhor Grissom.

— Olá doutor. Como está Sara?

— Estabilizada e consciente já, mas um pouco confusa. 

— Graças a Deus. – Suspirou aliviado. – E o bebê?

— Aparentemente bem, mas precisamos de mais exames para confirmar. O que ela teve foi muito sério. Sara passou de pré-eclâmpsia, para eclâmpsia. E isso é grave. Talvez ela tenha que ficar internada até o parto. No entanto, eu gostaria de conversar sobre isso com os dois juntos. Sara passou por muita coisa agora, e infelizmente não vou poder liberar acompanhante ou visita nesse momento. Assim que ela for para o quarto, iremos avisá-lo, e gostaria que viesse para conversarmos sobre a situação de Sara.

— Claro. – Ele apenas assentiu. – Qual a previsão de ela ir para o quarto?

— Se os exames estiverem bons, acredito que até o meio da tarde.

— Combinado. – Ele sorriu. – Você pode avisar a Sara somente que as meninas estão bem, e que elas não estão a par disso? Creio que ela vai ficar mais tranquila se souber que as meninas não estão sabendo do que aconteceu.

— Aviso sim.

— Obrigada.

— Até mais tarde.


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Notas finais do capítulo

Bom, quanto ao quiz anterior, como vimos, ela respondeu... Não queria, mas respondeu hehe.
Hoje não vai ter quiz, desculpa mesmo, mas prometo voltar com o quiz no próximo capítulo. Falando nisso, o que acham que vai acontecer no próximo capítulo????



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