Coincidence Of Love ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Resolvi adiantar esse post e fazer a Camila feliz, então esse é pra você Camila! Eu já acho esse capítulo um dos mais tristes da fanfic (um, por que terá piores, eu prometo) kkk

Então para tristeza de uns (Baby e Bruh) e felicidade de outros (praticamente a maioria). Desfrutem ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/798971/chapter/29

 Sara já estava com seis meses de gestação, a barriga volumosa de Sara já era perceptível e ela já usava fazia alguns meses roupas específicas para gestantes. Ela também sentia alguns sintomas comuns como inchaços, retenção de líquido, dores nas costas e pernas, além da necessidade de urinar quase o tempo todo. E claro, os desejos. Eles não era muitos, mas geralmente ocorriam a noite.

Julia Ann estava em casa, mas nesse meio tempo ela havia passado por mais uma internação, após uma sessão de quimioterapia, mas ela surpreendia a todos pela força de vontade que tinha de viver, pois sempre se recuperava. Agora faltava tão pouco, que a esperança só crescia em todos que estavam ao seu redor.

Julia Um e Dois, agora dividiam o quarto como desejavam, com o elevador a disposição – que elas adoravam arranjar uma desculpa para usar – a locomoção de Jujuba ficou mais fácil, o que permitiu que a menina pudesse se mudar para o quarto da irmã. Elas amavam estar juntas o tempo todo. Claro que Sara tomou algumas precauções quanto a isso, uma vez que já não dividiam o quarto, ela usava uma babá eletrônica e uma enfermeira ficava por perto todo o tempo.

Elizabeth teve que viajar novamente, ainda que não quisesse, ela teria que passar um longo período da Europa, e ela havia postergado demais. Inicialmente Sara não havia gostado disso, porém depois Beth se mostrou uma pessoa, que ao mesmo tempo que era dura, ou tentava se demonstrar assim, era extremamente acolhedora e amorosa com as netas e auxiliava Sara como podia. 

Gilbert se dividia o quanto podia entre a empresa e a rotina familiar, tentando se manter presente na vida das meninas e principalmente do bebê, que era um menino. Eles haviam descoberto há pouco tempo o sexo do novo membro da família, e era um menino. Ainda não haviam decidido o nome, mas pensavam em dar o nome de Noah para ele, em homenagem ao avô, pai de Laura, que era a mãe biológica do bebê.

Roberto seguia presente na família e, principalmente, na vida de Sara. O relacionamento deles seguia firme e forte. Ele ajudava em tudo que podia, cuidava de Sara e das meninas com muito carinho. No entanto, Sara estava um pouco preocupada com ele. 

Era noite e estavam todos deitados no tapete do chão, envolto em almofadas: Sara, as meninas e Gilbert. Eles assistiam um filme infantil, faziam isso toda sexta-feira, quando as meninas podiam dormir um pouco mais tarde e comer algumas besteiras como balas e pipocas. Porém a cabeça de Sara não estava no filme, mas sim no que ocorrera há duas noites atrás, aquilo não saia de sua cabeça.

Todos estavam a mesa jantando. Gilbert a ponta, as meninas de um lado, Sara e Roberto de outro. O telefone de Roberto começou a tocar incessantemente.

— Tio. – Jujuba olhou ele séria. – Você não sabia que não pode trazer eletrônicos para a mesa? – Repreendeu.

— É verdade princesinha. O tio já vai desligar.

Ele pegou o telefone, mas quando olhou para a tela, desistiu de desligar e resolveu se levantar da mesa para atender. Ele trocou algumas palavras e em seguida voltou para sala de jantar com o telefone ainda no ouvido.

— Grissom? Se importa se eu usar o escritório?

— Claro que não, pode usar.

Sara percebeu na hora a mudança na face de Roberto. Ele estava sério, tenso e parecia um pouco preocupado. Roberto ficou muito tempo lá, tempo suficiente para que todos terminassem de jantar, as meninas foram para o quarto e Gilbert ainda que curioso, preferiu dar espaço a Sara se retirando também. A morena no entanto ficou na sala, esperando por Roberto por mais alguns minutos.

Ele saiu do escritório tenso, e da mesma forma chegou a sala. Ele parecia um pouco confuso, talvez até transtornado.

— Rob, está tudo bem?

— Não muito. – Ele respirou profundamente. – Eu… Eu preciso ir para casa.

— Nesse estado? Tem algo que eu possa fazer? Eu posso ir com você se quiser…

— Sara, eu estou bem, de verdade. – Ele mentiu, e ela sabia que era mentira. Ele se aproximou e a beijou nos lábios com ternura. – Eu só preciso ir para casa e ficar um pouco sozinho. Tenho um problema para resolver amanhã, mas depois eu prometo que te explico tudo, pode ser?

— Você tem certeza que está bem?

— Tenho sim.

...

Desde então, eles não haviam se falado mais, fazia somente dois dias, mas ela sabia que havia algo errado e estava preocupada. Ela não ligou para ele, ele disse que conversaria com ela quando pudesse, e resolveu respeitá-lo. Dar seu espaço. Ainda sim, não podia dizer que não se sentia apreensiva e que não tinha um pressentimento forte de que as coisas não estavam bem. Estava tão perdida em seus pensamentos que só voltou a si quando percebeu que o filme havia terminado.

— Bom meninas, agora pro seu quarto dormir. – Gilbert ordenou já se levantando do tapete e desligando a televisão.

— AAAAAA… – Elas protestaram ao mesmo tempo.

— Sem “A”! – Sara riu delas. – Já está muito tarde. Vão vestir o pijama e logo eu vou lá dar um beijinho em vocês. – Ordenou.

Exatamente naquele momento a campainha tocou. Ruth que passava pela sala, já vestindo vestes de dormir, se adiantou e abriu a porta. Era Roberto.

— Olá, senhor… Roberto… – Ruth disse pausadamente, como se tivesse algo errado. Ela o analisava. Se tivesse maior intimidade, perguntaria se havia ocorrido algo, mas preferiu não falar nada.

Ele não respondeu o cumprimento, estava ansioso e foi até a sala. Seus olhos buscavam Sara.

— Sara. – Os olhos de Roberto estavam vermelhos, vermelhos de quem havia chorado muito. – A gente precisa conversar. E precisa ser agora. – Ele disse firme, mas sua voz tremia.

Quando a morena se virou e o viu, percebeu que estava em estado deplorável, parecia que havia passado um trem sobre ele. Estava triste, muito triste, como jamais o havia visto. Seus olhos, além de vermelhos, mostravam olheiras fortes. Ele não dormira. Sentiu seu coração saltar, sabia que algo realmente ruim havia acontecido. 

Não somente ela, como Grissom também havia notado que algo estava errado com ele. Aliás, todos perceberam, inclusive as meninas que ainda não haviam subido para o quarto.

— Tio, tá tudo bem? – Ju foi a primeira a se aproximar.

— Você parece triste. – Jujuba também se aproximou.

— O tio tá bem. – Ele se ajoelhou no chão, um pouco espantado, talvez não esperasse encontrar as sobrinhas acordadas aquele horário. – É somente uma alergia, nada demais. – Ele mentiu, Sara sabia disso. Roberto mentia muito mal. – Mas com um abraço bem apertado, acho que resolve.

As duas meninas foram até ele, e o abraçaram firmemente. Ele ergueu o olhar, estreitando, prometeu a si mesmo que não choraria mais. O abraço durou longos segundos, como se ele não quisesse soltá-las. Como se fosse uma despedida. Sara que observava de fora logo percebeu isso. Seu coração acelerou, tinha algo acontecendo.

— Já se sente melhor? – Jujuba sorriu para ele.

— Muito melhor meninas. – Ele forçou um sorriso. – Mas agora eu preciso falar com a mamãe de vocês.

— Claro. – Sara até então apenas observava quieta, preocupada. – Vamos no meu quarto?

— Eu preferia que fosse no escritório. Tem problema Grissom?

— Não, claro que não. 

Sara havia estranhado. Roberto já tinha intimidade suficiente para ficar a sós em seu quarto consigo, mas ainda sim, elegeu o escritório de Grissom para aquela conversa. Sabia que era alguma coisa séria, e sua intuição dizia que não seria um assunto agradável. E ela estava certa.

A conversa se estendeu por mais de uma hora. E a essa altura, Roberto já tinha os olhos cheios de lágrimas novamente, e novamente estava lutando contra elas, não queria chorar na frente de Sara. A morena, no entanto, não estava diferente. Sentia seu coração apertado e dolorido.

— Eu sinto tanto Sara, tanto. – Ele pegou a mão dela. – Eu me sinto a pior pessoa do mundo, te deixando aqui grávida, com Jujuba entre indas e vindas do hospital, você está em um momento de fragilidade, e eu deveria estar aqui te apoiando. Talvez eu devesse ficar, mas eu não posso ignorar isso, eu tenho que ir… Você deve me odiar por isso.

— De onde você tirou essa besteira? – Ela negou fortemente com a cabeça. – É claro que eu entendo você, e eu só vejo o quanto você é um homem digno, honesto e correto pela atitude que está tomando hoje. – Ela apertou a mão dele. – Eu fico realmente triste de você ter que partir e muito preocupada, eu tenho que confessar. Mas… – Ela suspirou. – Eu no seu lugar, não pensaria duas vezes. Eu nunca vou odiar você, pelo menos não por isso. E eu posso te esperar…

— Não, Sara. – Ele disse firme. – Não. Você não pode e você não deve. – Ele suspirou, seu coração estava se partindo em mil pedaços naquele momento, mas ele precisava fazer isso. Ele tinha que fazer o que era certo e justo com Sara. – Você deve tocar a sua vida, salvar a sua filha, criar esse bebê tão lindo que está crescendo em sua barriga. E se surgir alguém, deve estar aberta, a se apaixonar e amar… Mesmo que seja ele… 

Ainda que triste, ela riu da insinuação, sabia que se referia ao Grissom.

— Eu não...– Ela negou.

— Talvez sim Sara, talvez não. – Ele disse com pesar. – E eu sei que ele gosta de você de verdade. – Ele deu os ombros. – Mas talvez nem seja ele. Talvez surja outra pessoa e talvez não surja ninguém tão cedo. Mas eu vou, e eu posso demorar meses ou até anos para voltar…. – Ee deu uma pausa. – E talvez eu nem volte.

— Roberto! – Ela o repreendeu, mas sentiu uma pontada no coração quando ele disse isso, um medo que envolveu todo seu corpo.

— É verdade Sara. Temos que ser realistas. – Ele levou a mão até o rosto dela, e acariciou levemente. Como sentiria saudade. Ele nem conseguia pensar em tudo que teria que deixar para trás. – E mesmo que eu volte, depois de meses ou anos, talvez eu nem volte o mesmo homem que sou hoje, e talvez você tenha mudado. Não deixe de seguir sua vida Sara, não por minha causa.

— Você não sabe se vai voltar não é? – Sua voz tremeu quando disse isso, e uma lágrima caiu dos olhos escorrendo pelo seu rosto. Ainda sim, tentava conter, haviam muitas lágrimas presas.

— Não sei. – Ele falou sinceramente. – Mas preciso ter esperança.

Ela apenas assentiu com a cabeça. E naquele momento queria deixar que as lágrimas rolassem pelo seu rosto, precisava desabafar, mas não podia. Roberto já estava sob muita pressão, e ela tinha que o apoiar, o apoiar como ele sempre a apoiou. Ainda que fosse pela última vez.

— Quando você parte?

— Amanhã bem cedo. – Ele notou o espanto de Sara. Ele a entendia, era muito em cima da hora. – Eu preciso ir, o quanto antes.

— Eu sei. – Ela precisou de alguns segundos, baixou a cabeça, respirou, lutando consigo mesma, ainda segurava as lágrimas. – Podemos passar essa noite juntos?

— Eu não poderia Sara, não sabendo que teria que te deixar amanhã. – Ele olhou então no fundo dos seus olhos castanhos. – Eu sei o que é certo, o que eu devo fazer, mas saber tudo que eu tenho que deixar para trás, saber que eu tenho que deixar você para trás. Eu desistiria. E eu jamais me perdoaria. – Ele se levantou, precisava ir embora, e se afastar de Sara, antes que ele realmente desistisse. – Será muito difícil eu conseguir entrar em contato, mas eu juro que vou tentar sempre que possível. Adeus Sara.

— Adeus Roberto.

Sara se levantou e foi até ele. Ainda antes de ele alcançar a porta. Ele notou os passos dela, e se virou para ela, recebendo-a em seus braços. Eles se beijaram, ela sabia, sentia que aquele era o último beijo que trocariam por um longo tempo, ou talvez para sempre. Nenhum dos dois conseguiu conter as lágrimas, e logo o beijo já tinha o gosto salgado das lágrimas e da despedida.

Roberto já tinha ido embora fazia horas. E ela ainda estava sentada no chão, abraçada em suas pernas, que já encostavam em sua barriga avolumada pela gestação, com o rosto escondido, chorando tudo que havia evitado fazer na frente dele. Ela havia sentado ali, encostada na parede, quando já não sentia forças para manter seu corpo erguido. Ela o entendia, claro que entendia, entendia seus motivos, mas ainda sim, ela o amava e sofria ao vê-lo partir sabendo que provavelmente nunca mais o veria.

Grissom entrou sorrateiramente, todos estavam sentindo falta de Sara, principalmente as meninas que aguardavam o beijo de boa noite da mãe, quando a viu naquela posição, tão vulnerável, chorando. Ele sentiu uma imensa raiva de Roberto. Não sabia o que havia acontecido e nem o teor da conversa. Apenas o havia visto sair em lágrimas sem dizer nada e agora, Sara também chorava copiosamente, podia ouvi-la soluçar enquanto tentava conter os gemidos de tristeza.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então gente, quem aí chutou em D, que o Roberto ia deixar ela? Meu deus, ela ficou muito triste, vocês conseguem ser tão sem coração a ponto de achar isso bom? Bom, a Cami eu sei que sim kkkkkk. Mas eu fiquei triste pela Sara.
Qual será o motivo que ele deu para fazer isso, e pra Sara ter "aceitado" tão bem?

Mas o quiz de hoje não é esse, na real, eu curti o V e F, e resolvi fazer de novo. Então, vamos as afirmações: Verdadeiro ou Falso

A) Grissom vai insistir para que Sara fale o motivo do Roberto ter ido embora.
B) Sara e Grissom vão discutir, mas logo depois vão fazer as pazes.
C) Sara não vai se sentir bem e pedir para ir ver o médico.

E ai gente? Conseguem adivinhar?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Coincidence Of Love ✖ GSR" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.