Coincidence Of Love ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Desfrutem ♥



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— Pelo menos já sei de onde Julia tira o tom insolente as vezes. – Resmungou.

— Jujuba? – Sara estranhou, Julia não tinha um pingo de sarcasmo na voz, na realidade era a menina mais doce que já conhecera.

— Não. Julia Laura Grissom.

— Julia Laura SIDLE Grissom. – Enfatizou seu sobrenome.

— Era justamente sobre isso que queria falar.

— Bom, estou ouvindo. 

— Eu falei com as minhas netas mais cedo, sobre você e Gilbert, e elas me comentaram que você está saindo com Roberto. O que suponho que seja verdade, já que vi meu filho tocando no nome dele. E gostaria de saber se isso é sério, ou se está colocando a tranquilidade de três crianças em jogo por uma aventura?

Sara franziu o cenho sem entender onde ela queria chegar. Na realidade, ela sabia exatamente o que Elizabeth queria dizer, ainda sim, preferia acreditar que estava errada.

— O que você quer dizer sobre colocar a tranquilidade dos meus filhos em jogo? – Ela deu ênfase em “meus filhos”.

— Bom, se você sair dessa casa, terão que ajustar dias, horários, e as crianças terão que dormir cada vez na casa de um. Você não consegue imaginar a bagunça que seria isso. Não consegue ver que morando na casa de outro homem, você estará submetendo as crianças a uma rotina desnecessária.

Seu sangue ferveu. Quente. Como uma raiva que vinha de dentro para fora.

— Vamos colocar alguns pingos nos is Sra. Grissom: – Agora havia feito questão de falar seu nome com deboche. – Primeiro, após o tratamento de Julia, eu pretendo sim voltar para casa, para minha casa –  ela enfatizou – e não pretendo me enfiar na casa de homem nenhum, nem de Roberto; Em segundo lugar, o meu relacionamento com Roberto é recente e ainda está sendo construído, e ele não diz respeito a ninguém, somente a nós dois; E por último, mas não menos importante, tanto Gilbert, quanto as meninas já estão cientes sobre a guarda compartilhada, muitos pais são separados hoje em dia e isso funciona bem, Gilbert e eu estamos cada dia mais alinhado sobre o tratamento e a educação das meninas, então não será nenhum trauma emocional para elas terem duas casas e dois pais que as amam incondicionalmente. Para o bebê vale o mesmo.

— Se você pensasse mais nos seus filhos, como enche a boca para falar que são seus, teria mais consideração por eles, esqueceria Roberto, e faria o que é certo e mais prático para as crianças.

— Eu faço absolutamente tudo pelos meus filhos, tudo que eu julgo necessário e importante para eles. Se fosse o melhor para elas, eu abriria mão de Roberto sim, mas isso não é. E eu posso conciliar sim a minha felicidade com a delas.

— Felicidade. – Elizabeth riu. – Gilbert não me disse, mas eu pude perceber que ele te ama, e te faria infinitamente mais feliz que Roberto, que é apenas um moleque. – Desabafou. – Você está sendo tola abrindo mão de Gilbert, e de construir uma família com ele e com as meninas.

— De uma vez por todas Sra. Grissom. – Sara já estava cansada da discussão, parecia que tudo que falava entrava por um ouvido da velha e saia por outro. – Grissom, as meninas, o bebê e eu, somos uma família. Do nosso jeito. Não preciso estar envolvida romanticamente com ele para sermos uma família.

— Bom, – ela e deu por vencida, ao menos temporariamente, Sara podia ser mais cabeça dura do que imaginava, precisaria tentar uma abordagem diferente – ao menos poderia seguir morando aqui. Mesmo após Julia se curar. Estou ficando velha, terei que passar alguns meses fora. Não quero voltar e ter que alternar dias para poder conviver com meu netos quando voltar.

Sara nesse momento se desarmou. E sentiu até pena de Elizabeth.

— Olha Eliz… Sra. Grissom. – Falou respeitosamente. – Ficarei um bom tempo morando aqui ainda, pelo menos mais um ano. – Ela deu os ombros, nesse momento havia se dado conta que seriam longos meses morando na casa dos Grissom. – E você poderá ver as meninas sempre que quiser, seja aqui ou na minha casa, quando estiver morando nela. Mesmo que eu tenha que vir morar aqui de novo enquanto estiver no país. – Ela sorriu. – Eu só não quero que minha vida seja controlada por isso. Desde que descobri a troca das meninas e a doença da Jujuba, minha vida virou de cabeça para o ar e eu não conseguia ser feliz, não conseguia sorrir, e eu me dei conta naquele momento que somente a Jujuba e eu não éramos o suficiente. Então surgiu Grissom, Ju, Ruth, Carlos, e até a Esther, e me deram uma família, uma família de verdade. E Roberto, que veio de forma tão arrebatadora que eu nem consigo explicar direito ainda como me sinto em relação a ele. E mesmo com todas as mudanças, e todos os medos. Por que acredite eu tenho medo, muito medo. Eu consigo ser feliz novamente, sorrir, aproveitar minhas filhas e essa gestação que está no início mas que está sendo tão linda e esperada. E não pretendo deixar que ninguém, absolutamente ninguém, estrague isso.

...

Os dias passaram lentamente e Sara estranhava a ausência de Roberto. Ele ligava, mandava mensagens, mas sempre tinha uma desculpa para não aparecer e parecia a estar evitando. Isso deixou Sara desconfortável e até irritada. Mais para o fim da semana, ele a convidou para jantar, mas informou que não poderia buscá-la. Ainda que contragosto, ela concordou. Estava pronta para sair quando percebeu Grissom olhar para ela.

Ele somente de vê-la, sabia para onde ia. Sara sempre se vestia de modo simples, então quando se arrumava, era para sair, e quando saia, era, geralmente, para encontrar Roberto. Ela vestia uma blusa de seda, meio solta, casual, de tom rosa puxado para bege e decote “v”, calça jeans escura e uma sapatilha. Ele havia notado que fazia alguns dias que ela havia abandonado qualquer sapato mais alto e tinha certeza que era por causa da gestação. A maquiagem era leve e levava os cabelos soltos.

— Está de saída? – Ele perguntou, mas na realidade não queria saber. Não a verdade, ao menos.

— Sim, o uber deve estar chegando.

— Uber? – Perguntou espantado. – Não quer que eu te leve, seja lá onde for? Ou o motorista pode fazê-lo.

— Não precisa, obrigada.

Ela saiu apressada tentando evitar constrangimentos. Quando chegou ao restaurante, Roberto já a esperava, na mesa que havia reservado para os dois. Ele se levantou e a recebeu com um beijo nos lábios, cheio de saudade, puxou a cadeira e sentou-se. Pediram algo para comer e beber, e enquanto esperavam a comida chegar, Roberto aproveitou para começar a desculpar-se.

— Sara, me desculpa. Por favor. Ter sumido assim, não estar a seu lado. 

— Eu não entendo Roberto, você tem medo de Elizabeth? Eu sei que ela pode ser intimidadora, mas é pra tanto? – Sara até queria, mas não podia deixar de demonstrar um pouco da sua irritação por isso.

— Olha Sara, as coisas são complicadas. Elizabeth nunca teve grande apreço por mim, mesmo quando Gilbert e eu erámos melhores amigos. Quando Gilbert casou com Laura, e eu entrei para a família, nunca fui extremamente bem recebido, Laura sim, era impossível alguém não amar Laura, mas eu, bem… Não sei exatamente, mas nunca fui considerado um membro da família. – Ele deu os ombros. – Quando Laura morreu, tudo degringolou de vez.

— Como assim? – Sara ficou curiosa.

— Começamos a nos culpar, uns aos outros, nem sei como ocorreu. Laura era a família que me restava, e sem ela, eu não tinha mais ninguém, eu fiquei perdido e confesso que me excedi. Minha briga com Gilbert na época foi horrível, e mal pude acompanhar o crescimento de Julia por algum tempo. Elizabeth proibiu minha entrada na casa, mas Gilbert, e eu agradeço ele imensamente por isso, me deixava ver a menina sempre que sua mãe viajava. Ele dizia que mesmo estando brigados, Laura iria querer assim, e por isso, eu sempre ia pouco lá.

— Então Elizabeth não o deixa ir na casa?

— Se eu forçar a barra ela até deixa, mas não é a minha casa e eu achei que minha presença poderia lhe trazer problemas. Eu te conheço e sei que não gosta de injustiças e que de alguma forma bateria de frente com Elizabeth por minha causa. E eu acho que ficar longe da casa quando Elizabeth está, é o mais saudável, para você e principalmente para as meninas. Elas não precisam ficar presenciando brigas de adultos. Ainda sim me senti péssimo por ter te deixado sozinha, e por não estar presente nos últimos dias.

Sara sorriu e colocou sua mão sobre a mão de Roberto. Ela sorriu para ele, e ele tinha certeza que estava desculpado. O resto do jantar transcorreu dentro da normalidade, eles colocaram os assuntos pendentes em dia, inclusive a discussão de Sara com Beth, o que fez ele perceber que elas bateria de frente de qualquer forma, ele estando ou não presente.

Ao terminar o jantar, eles sairam abraçados de lado na rua, em direção ao local onde o carro de Roberto estava estacionado.

— Que saudade que eu estava de você. – Ele beijou a bochecha de Sara, sorrindo como um bobo. – E sem uber agora, eu vou te levar no meu carro para casa. 

— Para que casa? – Ela perguntou, estreitando os olhos para ele.

— A de Gilbert. – Ele deu os ombros.

— Talvez nós pudessemos alongar um pouco mais a noite e poderíamos ir para a sua casa, ou um lugar mais privado. 

Ela queria ter dito isso de forma mais sensual, mas de alguma forma, ela ficou um pouco envergonhada. Roberto achou uma graça ao perceber que ela estava sem jeito.

— Você tem certeza? – Ele falou enquanto apertava o botão do alarme, destravando o carro.

— Absoluta. 

...

Ela abriu os olhos e viu Roberto dormindo. Queria passar a noite ali, mas tinha que voltar para casa, não podia deixar sua filha sozinha. Ainda sim, poderia ficar nos braços dele por mais alguns segundos, sentindo seu corpo nu, no corpo nu dele. Cobertos apenas pelo lençol.

As lembranças da noite estavam em sua cabeça. As provocações começaram em forma de palavras, ainda dentro do carro, e quando chegaram no prédio de Roberto, já quase não cabiam em suas roupas, no elevador se beijaram, mas estavam loucos para se desnudar. Roberto teve dificuldade de abrir a porta, pela pressa que tinha de voltar a beijá-la, e com seus corpos grudados, peça por peça foram se perdendo nos cômodos da casa, até que chegassem ao quarto. Lá, já jogados na cama, começaram as preliminares que duraram muitos minutos, ainda que tivesse ânsia de possuí-la, ele ainda tinha vontade de desvendar todo seu corpo primeiro, provocá-la e conhecê-la, e ela fez o mesmo por ele. Famintos de desejo, conectados, mantiveram-se em movimento até estarem exaustos e saciados, quando caíram com seus corpos cansados, um sobre o outro.

Somente com as lembranças, Sara sentiu seu corpo aquecer. Mas seus pensamentos foram interrompidos pelo telefone de Roberto, que começou a tocar incessantemente.

— Rob. – Ela lhe deu um beijo nos lábios. – Seu telefone.

— Hm… O que? – Ele acordou, mas ainda um pouco bêbado de sono.

— Seu telefone, ele não para de tocar.

Ele se afastou de Sara com relutância e tateou a cômoda ao lado da cama até achar o telefone. Ainda de olhos semicerrados, ele conseguiu atender e colocou o telefone no ouvido. 

— Roberto. – Atendeu. – Ah, oi… Certo. O que?

Sara não sabia o que estava conversando, e nem com quem. Mas percebeu que Roberto despertou na hora, sentou-se a cama e começou a empalidecer. Até que desligou o telefone, e parecia nervoso e ansioso. Ele respirou profundamente.

— Rob, tá tudo bem? Quem era? O que foi? – Ela começou a ficar nervosa de vê-lo assim.

— Sara… – Ele se sentou na cama, ficando de frente para ela. – Era Grissom, ele me ligou, pois sabia que estava contigo, ele queria que eu falasse com você. – Como era díficil iniciar aquela conversa, principalmente de olhos castanhos tão apreensivos. – A Jujuba passou mal e foi levada para o hospital. 

— O que? – Saiu quase como um grito. – Como ela está?

Sara deu um salto. Roberto, tentou não machucá-la, mas pegou-a pelos dois braços e a manteve sentada na cama, teve medo que ela se machucasse caindo da cama. Antes de deixar ela se levantar, precisava que ela se acalmasse.

— Ela está estável, estão fazendo exames, mas ela está te chamando. Eu preciso que você fique tranquila, se vista, e vou te levar o mais rápido possível para o hospital, ok?

— Ok.

Ela tentou transparecer tranquilidade, mas na realidade ela estava uma pilha de nervos. Sentia-se culpada, muito culpada. Se estivesse perto da sua filha, e não na rua namorado, será que ela não estaria bem? Céus. Era tudo sua culpa. Começou a catar suas roupas pela casa, encontrou suas roupas íntimas e vestiu, após a calça e os sapatos, no entanto sua blusa, não encontrava, não importava onde procurasse. Estava com pressa.

— Vista isso. – Ele jogou uma camisa social preta para ela, quando percebeu que ela estava começando a ficar nervosa novamente.

Uma vez vestidos, pegaram o carro e em poucos minutos já estavam no hospital. 

...

Sara tinha muita pressa, chegou no andar do hospital onde Grissom informou que estavam e logo o avistou. Grissom e Ruth estavam lá, sentados, provavelmente aguardando notícias. Ela foi até ele com passos apressados.

— Onde está Julia? Onde está a minha filha? – Sara estava ansiosa e desnorteada.

Gilbert levantou ao ouvir sua voz, fitou ela chegando acompanhada de Roberto, que vinha logo atrás. Notou que Sara estava diferente, percebeu a blusa preta, masculina, quase imediatamente. Foi como um soco no estômago, não precisava pensar muito para entender o que havia acontecido. Ele ficou calado, processando tudo que estava acontecendo, sua filha, Sara, Roberto, e ele simplesmente esqueceu de respondê-la.

— Gilbert! – Ela chamou sua atenção, exasperada. – Como está minha filha? Onde ela está?


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Notas finais do capítulo

Gente, vamos por partes OK?

A resposta do primeiro quiz então é C, Sarinha não se intimidou NADINHA com a Beth...

E a resposta do segundo quiz é B, da pra ver que a Sara ficou um pouco irritada com o afastamento dele, mas pelo visto ela perdoou ele... E bem perdoado né amores? E o pior é que o Gil sacou tudo com essa troca da camisa.

Gente, e as bombas não pararam por aí né? A Ju ta no hospital. Tadinha, o que aconteceu com ela??? SOCORRO.

Então gente, como a bomba não é pouca. O que vai acontecer no próximo capítulo é o quiz de hoje. Qual será a reação do Gil no próximo capítulo? Duas alternativas só, bem facinho.

A) Ele vai ficar muito irritado, o ciúmes vai subir a cabeça, e ele vai culpar a Sara pelo que aconteceu com a Julia, dizendo que se ela estivesse perto da filha, isso poderia ser evitado.
B) Ele vai sentir muito ciúmes sim, mas vai se controlar, sabe que esse é um momento delicado para Sara e vai perceber o quanto tá abalada pela filha, por isso vai fazer uma "trégua" com Roberto, para poderem juntos ajudar Sara e Julia nesse momento.

E aí, A ou B?



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