Love is blue escrita por Lola


Capítulo 8
Capítulo 8 - Distantes lembranças


Notas iniciais do capítulo

Olá povo bonito.
Um cap mais breve pra ir fazendo as ligações necessárias entre alguns episódios GSR interessantes. Estamos caminhando pela segunda temporada, e com muita paciência vamos chegar logo aos melhores caps.
Espero q esteja sendo tão bom pra vocês lerem quando pra mim escrever.

xoxo



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Capítulo 8 – Distante lembrança

“Amei-te sem saberes

No avesso das palavras

na contrária face

da minha solidão

eu te amei

e acariciei

o teu imperceptível crescer

como carne da lua

nos nocturnos lábios entreabertos

E amei-te sem saberes

amei-te sem o saber

amando de te procurar

amando de te inventar

No contorno do fogo

desenhei o teu rosto

e para te reconhecer

mudei de corpo

troquei de noites

juntei crepúsculo e alvorada

Para me acostumar

à tua intermitente ausência

ensinei às timbilas

a espera do silêncio.”

— Mia Couto.

           

Escuro e frio. Seus olhos se abriram para encontrar a mesma escuridão do sonho recém interrompido – só que mais real e impossível de fugir. Sara manteve os olhos fixos no teto do apartamento, ainda esperando que seu corpo se acostumasse à leve penumbra que dominava o ambiente. Inspira – expira – inspira – expira. Seu cérebro repetia maquinalmente, colocando para baixo a adrenalina que o pesadelo, ainda presente em seus pensamentos, fazia emanar por todos os cantos de seu corpo.

Não que sonhos ruins fossem sempre seus companheiros de noite – eram eventos esporádicos que a jovem mulher já havia aprendido a enfrentar. Se havia algo que não podia ter controle, eram os resquícios de seu passado visitando sua mente de vez em quando. Outro longo “inspira e expira”, para finalmente erguer seu corpo e encarar o relógio de cabeceira. Ainda faltavam mais de 4 horas para seu turno começar. Suspirou. Ela sabia que sempre podia chegar mais cedo, e deixar para registrar suas horas depois de já estar lá. A última coisa que gostaria era enfrentar uma nova discussão com Grissom sobre suas horas extras. Passou a mão pelos cabelos suados e esfregou um pouco os olhos.

 Grissom. Aquele nome a incomodava profundamente. Qual era o problema deles, afinal? Sempre que estavam perto um do outro surgia uma tensão maluca que mais parecia uma presença física. Era com pisar em ovos, mas sem poder quebrá-los, e era tão frustrante! Nunca imaginou que trabalhar com ele a faria se sentir dessa maneira. Não que ela não gostasse de trabalhar com Grissom – na verdade se existia algo que a deixava mais feliz do que quando trabalhava com Nick, era trabalhar em um caso com Grissom. Não apenas porque ela era capaz de identificar a maior parte de suas frases literárias e referências de filme, ou porque achava certa graça em suas piadas nerds inesperadas; gostava de trabalhar com o perito porque eles sempre faziam isso muito bem. A conexão de pensamentos estava ali, e a fluidez de movimentos também ajudava bastante em lidarem com as várias situações existentes. Mas não quando isso envolvia assuntos pessoais. Era nesse ponto que as coisas ficavam complicadas. Para a morena, seu supervisor estava mais para um cara com uma pedra no lugar de cérebro, e algo mais duro ainda no lugar do coração. Havia um claro problema de comunicação ou desencontro de significados quando se tratava de interesses pessoais e prioridades. “Para a merda!” Foi o breve pensamento de Sara, seguido de uma batida frustrada de suas mãos no colchão, antes de se levantar.

— Você está precisando sair mais, garota – Sara disse para si mesma no silêncio do quarto. Ouvir sua própria voz escoando na escuridão fez com que um leve arrepio lhe traspassasse o corpo – E precisa arrumar um namorado.

“Bobagem”, pensou instantaneamente.

Rapidamente colocou em prática sua rotina diária. Tomar banho, vestir uma roupa confortável e apropriada para o trabalho, organizar sua bolsa, arrumar sua cama, juntar o lixo espalhado pela casa, checar qualquer coisa que estivesse fora do lugar, e se retirar do pequeno apartamento. No meio do caminho, ela iria parar no mesmo café de todos os dias, iria pedir seu rotineiro “forte e sem açúcar”, e ir direto para o laboratório. Assim começava um novo dia para Sara Sidle.

//

— Sabe de uma coisa, eu tenho a impressão que Greg está entrando em uma fria.

Confuso, Grissom olhou para Catherine sem entender aquele comentário.

— Vamos lá, não diga que você não percebeu? Não que Greg esteja querendo esconder alguma coisa... – a ruiva disse divertida, mas realmente parecendo refletir a questão.

— Eu não sei do que você está falando, Catherine – Grissom usou um tom duro, enquanto olhava arqueado para a amiga, demonstrando como aquelas conversas repentinas e sem sentido o deixavam entediado.

— Eu sei que ela é sua “amiga confiável”, e que existe uma história por trás desse passado de vocês em San Francisco, mas não esperava essa óbvia demonstração de ciúmes, Gil.

— Ciúmes? Do que estamos realmente falando? – havia uma nítida interrogação e confusão dos olhos azuis do supervisor.

Catherine havia chegado a pouco em seu escritório, e sem pedir permissão, sentou-se confortavelmente diante o amigo, aparentemente sem motivo. Grissom não parecia prestar muita atenção nela, já conhecia a mulher a tanto tempo, que a intimidade e relação que criaram durante os anos lhe proporcionou aprender como lidar com ela.

— Sara. – ela disse em tom de obviedade.

— Sara? – ele ainda estava confuso.

— Gil, em que mundo você vive? – seu tom não se abalou – Sara e Greg –

— Sara e Greg? – ele levantou o olhar dos vários papeis bagunçados sobre sua mesa, finalmente dando atenção a ruiva.

— Ele está obviamente interessado nela...

Ele suspirou – É isso mesmo que você veio fazer aqui? – Grissom voltou sua atenção para sua mesa, remexendo em seus papeis e procurando alguma coisa. Até que pegou um pequeno rolinho de fita, e esboçou um sorriso.

— Não – Catherine o observou usar a fita e guardar dentro de uma pequena caixa que também se encontrava no meio da bagunça que era sua mesa. Ela tinha certeza que, mais tarde quando ele viesse a precisar daquela fita novamente, não a encontraria – Brass acabou de me ligar sobre um novo caso.

— E só agora você diz isso? – levantou-se rapidamente, seu tom impaciente sempre claro.

— Eu ia dizer na hora certa – a perita se levantou para acompanhar o amigo para fora da sala – Você sabe que ela não é bem um tipo de donzela –

— Cath – ele se virou abruptamente, parando no meio do corredor. Fechando os olhos enquanto inalava uma boa quantidade de ar, prosseguiu: - Onde você quer chegar com essa conversa?

— Bom, eu só acho que... Como vocês dois são amigos... Talvez –

— Sabe de uma coisa? – Grissom a interrompeu – Eu não me importo – ele se virou novamente, irritado com aquela conversa sem sentido e desnecessária – Chame o Warrick – ele foi dizendo de costas, caminhando para fora – vou ligar para o Brass e encontrar vocês na cena do crime.

Catherine ficou parada olhando para o amigo sair rapidamente. Sem surpresa alguma pelo comportamento do mesmo, deu de ombros, e tratou de ligar para Warrick.

//

— Deixe-me adivinhar, decomposição em lugar fechado? – Grissom disse, deparando-se com Nick e Sara no corredor do necrotério. Fez um leve movimento com a face, identificando o cheiro que emanava dos dois, mas não parecia se incomodar.

— Yeah – disse Sara.

— O cara do saco – explicou Nick.

Arqueando gravemente uma sobrancelha, Grissom disse em conformidade: - Limão. – continuou seu caminho pelo corredor.

— Limão? – Nick falou baixinho para Sara, confuso.

— O que? – Sara falou um pouco mais alto, voltando-se para o supervisor que estava quase saindo pela porta.

— Usem limão – fez um gesto sobre a cabeça, mostrando como usar a fruta sobre o corpo.

Nick viu o chefe sair, e olhou para Sara em sinal de entendimento, fazendo o caminho oposto do corredor indo embora também.

A mulher, no entanto, ficou parada, sentindo seu próprio cheiro criar vida fora de seu corpo. Nick mais do que rápido já havia se retirado, provavelmente atrás de um banho e roupas limpas. Sara deu alguns passos e olhou para David pela janela da porta, observando-o enquanto limpava toda a bagunça que a “sopa humana” deixou para trás. Sem muito controle, seus pensamentos concluíram que Grissom parecia ser o único que realmente não se incomodava com aquele cheiro, porque a clara expressão no rosto de David, entregava como ele não estava mesmo apreciando o trabalho.

“Que dia maravilhoso”, pensou consigo mesma. Precisava urgente de um banho e roupas novas, já que provavelmente aquelas que estava usando iriam direto para o lixo. Meneou a cabeça contraria, e seguiu o mesmo caminho que Nick pelo corredor.

(...)

Sara inclinou-se um pouco mais sobre a mesa de provas e continuou a raspagem na roupa da vitima. O fedor era tão grande que respirava com dificuldade, arfando punhados de ar contra sua vontade. Nem tudo naquele trabalho podia ser legal.

— Hei, e o homem líquido? – Nick entrou pela porta da pequena sala.

— Fala do Sr. Cartsen? – Sara respondeu com dificuldade, não sabia se respirada ou conversava – Achei isto, um crachá.

Nick se aproximou da jaqueta que a perita analisava, vendo-a limpar com um cotonete o que parecia ser o nome da vítima – Sara, você sabe, muitos desabrigados compram essas jaquetas em brechós – falou descrente.

— É um começo – contrapôs ela. Ergueu-se um pouco do que estava fazendo, tentando manter seu cérebro educado sobre comportamentos de respirar apenas com a boca – Vou verificar no banco de dados dos veteranos um “W. Cartsen” com placas ou pinos.

Nick concordou, enquanto a morena voltava sua atenção para a jaqueta e sua “limpeza”. O texano se inclinou com uma pinça em mãos, tentando retirar algo de dentro dos bolsos. Com uma expressão enojada no rosto, deixou que um pequeno gemido de aversão escapasse de sua boca.

— O que tem aí? – Sara perguntou, vendo o amigo retirar um pedaço de papel do bolso.

— Não sei – ele ergueu o papel no rumo dos olhos, fazendo um careta para cheiro ruim que veio junto – Não se lê endereço ou telefone...

— Que fedor! – exclamou Sara – Deviam conseguir... Inventar algo... – Mas ela não terminou sua frase, e virou-se rapidamente para vomitar em um balde atrás de onde estava. Tudo isso em segundos, voltando-se em pé diante Nick momentos depois – Não conte para ninguém... – ela disse meio rindo, escondendo a boca no mão dos braços.

Nick parecia enojado – O quê? – ele jogou para ela, insinuando mais do que apenas aquela situação de vomitar no local errado.

Sara ainda se recuperando, ignora o comentário do amigo. Ele estava se referindo a ela trocando flerts com o paramédico mais cedo. Coincidentemente talvez, a porta da sala se abriu em uma brecha, onde um homem loiro colocou-se no vão para conversar com os peritos.

— Sara?

A morena olhou assustada pela presença recém chegada – Oi.

— Me disseram que te encontraria aqui... – ele olhou engraçado para a mesa em que trabalhavam e provavelmente sentindo o cheiro que vinha dela.

Desconcertada pela situação inusitada, e sabendo que os olhos de Nick praticavam um pequeno escrutínio sobre a situação, ela disse: - Yeah, já... já estou saindo.

O rapaz loiro acenou em concordância e saiu.

— Me dá uma menta.

— Você vai precisar de mais do que uma – Nick debochou.

— Me dá, vai.

Ele riu, entregando a bala para ela.

Sara a pegou e saiu da sala.

— Que surpresa boa – disse sorrindo para Hank.

— Quer ir jantar comigo?

— Quero – respondeu prontamente – Ham... Quando?

— Agora, minha folga.

— Uau, bom... Estou no meio daquele corpo, ainda não sabemos quem é e nem as circunstâncias – fez uma pausa, e vendo a cara de Hank, concluiu: - estou fedendo.

— Não! Bem... – ele ponderou – Nem tanto.

— Troquei de roupa, só que é gordura humana reduzida e se prendeu aos meus poros e então... – o homem a sua frente parecia estar segurando a respiração, Sara percebeu – Você não parece bem.

— Preciso de um ar – ele disse muito rápido, virando-se para sair. Sara foi para ir atrás, mas ele se virou a tempo de impedi-la – Não, fique, preocupe-se com o desconhecido, eu volto outra hora.

— Certo – ela forçou um sorriso em meio a decepção – Ok... Tchau...

Sara se encontrava parada no corredor vendo Hank ir embora, sentindo-se indecisa sobre ir atrás dele ou continuar pregada naquele pedaço de chão. Talvez não fosse uma boa ideia se movimentar muito, com certeza aquele cheiro horrível que havia se materializado de seu corpo seria capaz de espantar todos do laboratório. Claramente espantou Hank.

Mas então Greg veio pelo corredor. Ele parecia que iria seguir direto pela morena, no entanto, como se aquela figura materializada de fedor o houvesse parado, ele deu um pequeno passo atrás, e disse:

— Você cheira a morte.

— Já sei – disse prontamente, seca.

Ele voltou à suas passadas, mas parou e se virou para Sara, que se mantinha de costas para ele, pregada no mesmo lugar.

— Sabe, um homem mesmo não ia ligar – virou-se novamente e foi embora.

A mulher virou um pouco o pescoço e olhou para trás. Suspirou. Um homem de verdade não se importaria com aquele cheiro? Quem em sã consciência não se incomodaria com uma mulher que cheirava a morte? Novamente aquele clique irritante em sua mente lhe trouxe uma resposta óbvia. Grissom. E aparentemente Greg também não se incomodava, pois aquilo havia sido uma cantada. Outro suspiro. Hank claramente não era como os dois.

Voltou para a sala de análise de provas.

— Veja só, eu diria que esse seu novo perfume está fazendo sucesso.

— Não começa – Sara voltou para a mesa, continuando a raspar os restos de sopa das vestes da vítima – Você pensa que cheira melhor do que eu?

— Eu penso que não estou tentando flertar com ninguém no trabalho.

A perita ergueu o corpo e olhou desconcertada para o amigo – Eu não estava flertando.

— Não? – ele arqueou uma sobrancelha – pensei ter ouvido você aceitar ele te chamar para jantar.

Sara fez um biquinho com os lábios, constrangida e sem palavras – Bom...

— Você não tem que se explicar, Sara – Nick continuava sua inspeção pelos bolsos da roupa da vítima, fazendo leves caretas com o cheiro que emanava da mesma – Só pensei que você não estivesse interessada em um relacionamento, ou que precisasse de um cara.

— Eu não preciso de um cara, ou de um relacionamento – disse rápido de mais.

Novamente Nick lhe lançou um olhar acusador – Tenho certeza que Greg pode confirmar isso.

— Olha, não é porque eu não quis sair com o Greg que eu não possa ter um jantar por aí.

O texano observou Sara tentar se justificar, então sorriu um riso calculado – Não... Mas eu ainda acho que um homem de verdade não se importaria com isso – ele apontou para ela e as roupas fedidas sobre a mesa.

— Ok ok – Sara disse em tom de rendição, erguendo suas mão em mesmo sinal – Já entendi de que lado você está.

Eles sorriram um para o outro. Ao final de toda aquela conversa provocativa, eles sabiam que era tudo implicância e brincadeira.

//

Entrou em seu pequeno banheiro segurando uma vasilha de plástico contendo alguns limões cortados ao meio. “Isso é ridículo”. Mas se havia alguém que entendia de decomposição, aquele era Grissom. Encarou os pedaços de fruta meio descrente, imaginando como aquilo poderia ter se tornado uma bela limonada.

Colocou os limões em um suporte dentro do banheiro e começou a se despir. Quando já estava completamente nua, ligou o chuveiro em sua temperatura mais quente, imaginando que talvez o vapor pudesse ajudar a abrir seus poros e facilitar que toda aquela gordura humana escorresse de seu corpo. Enquanto se colocava debaixo d’água, e começava seu trabalho de ensaboar primeiro com sabão, deixou que seus pensamentos fossem carregados para qualquer lugar.

Sara lembrou-se de ver Hank sorrindo para ela, parecendo maravilhado e em êxtase após ela descer daquele helicóptero no ar, indo diretamente para analisar a sacola contendo a sopa humana com Nick. Talvez o rapaz fosse atraído por mulheres com atividades diferentes, já que havia deixado claro como ele se interessou por ela, convidando-a para jantar. Nick estava certo, ela havia flertado descaradamente com o paramédico – não que esperasse realmente um retorno vindo daquilo, ela não esperava. Mas depois de tanto tempo sozinha, nem mesmo se lembrava direito qual a última vez esteve com alguém para um encontro, e sentir os olhos daquele cara admirados com ela, a fez se sentir bem. E porque exatamente ela estava sozinha a tanto tempo? Ela era uma mulher bonita e inteligente, certo?

A morena meneou um pouco a cabeça, sentindo os vários pensamentos embaçarem sua visão. Depois de enxaguar bastante o corpo do sabão que usou, passou para a parte dos limões.

— Espero que você esteja certo Grissom, e isso não seja uma piada – falou em voz alta, escutando suas palavras dançarem dentro do pequeno banheiro.

Então ela se lembrou, o último cara que ela teve alguma coisa. Ou pelo o menos, quase. E ele agora era seu supervisor. Sara se perguntava se Grissom se lembrava daquele encontro onde eles quase terminaram se beijando. Provavelmente não, já que seu comportamento não dava qualquer brecha que aparentasse tal lembrança.

— Olha só o que você está fazendo, tomando banho com limões e pensando em Grissom – sua voz saiu em um tom engraçado, gutural.

Seu coração se aqueceu com aquela pequena memória. A verdade era que, aquele homem junto daqueles olhos azuis, haviam atrapalhado seu equilíbrio anos atrás. Mesmo que brevemente e sem nada concreto, esse sentimento quente e excitante ficou guardado em algum lugar dentro do seu peito, escondido até mesmo de sua consciência.

Sara pegou alguns limões, e começou a espremer sobre sua cabeça, deixando que seu suco escorresse por sua pele. O que seria diferente se houvessem se beijado? Ela queria que as coisas fossem diferentes? Ela queria beijá-lo agora?

— Droga! – exclamou irritada, um pouco de limão caiu em seus olhos.

Talvez fosse hora de parar aqueles pensamentos. Já estavam andando por caminhos perigosos de mais que Sara não estava disposta a se arriscar. Hank a convidou para jantar, mas infelizmente havia uma figura materializada de fedor entre eles, que acabou assustando o rapaz. Ela não poderia julgá-lo por isso, nem ela estava se suportando.

Desligou a água do chuveiro, e se enrolou em uma toalha. Saiu do box e se olhou por alguns segundos no espelho embaçado. Da próxima vez que visse Hank, ela não estaria mais acompanhada por nenhuma figura fedida, e definitivamente, o lembraria de seu convite para jantar.

 

“Talvez o amor,

neste tempo,

seja ainda cedo”

Mia Couto.


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