Love is blue escrita por Lola


Capítulo 10
Capítulo 10 – “Amar é sempre ser vulnerável”


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Aqui estamos nós, com um cap intenso e cheio de considerações e reflexões. Nele eu deixo muitas ideias sobre o que penso dos sentimentos de Grissom para Sara e vice versa, tudo isso entre a segunda e terceira temporada.
Espero que apreciem.
xoxo



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Capítulo 10 – “Amar é sempre ser vulnerável”

“Mas espera-me:

Pois por mais longos que sejam os caminhos

Eu regresso.”

Sophia de Mello Breyner Andresen.

 

O amor sempre será um ponto chave na vida de qualquer pessoa. Através de suas várias manifestações nos relacionamentos, ele serve sempre como um bom tempero para encorpar a felicidade. Racionalmente incompreensível, o amor tem sua fama por conseguir retirar o bom senso até mesmo dos mais sensatos, retirar o equilíbrio dos mais racionais. Mas independente de como poderíamos ou não atestar sua existência, essa emoção capaz de mobilizar tanto dentro de nós, também pode causar sofrimento e dor, se levado ao extremo. E como saber onde está o limite?

Crimes passionais e seus motivadores. A cidade do pecado não poderia estar de fora do grande ranking de homicídios que se enquadram dentro do patamar dos justificados pelo amor quebrado. E como era fácil encontrar explicações para comportamentos destrutivos tendo como alvo, o amor.

— Como foi o caso? – Grissom abaixou seus óculos do rosto, encarando atento Warrick e Sara.

— Bom, o cara matou a mulher e o amante após pegá-los no ato – Sara disse.

— Cara, eu realmente não consigo entender como as pessoas podem fazer isso.

— O que você não entende, Warrick? – Grissom perguntou impassível.

— Ele acabou de ser levado preso, gritando que amava a garota – a frustração desenhou o tom de voz do moreno – mas ele a matou –

— Era o amor que ele conhecia – Grissom interrompeu – As vezes isso é o melhor que uma pessoa consegue.

— Matando alguém? – Sara olhou para o supervisor, confusa.

— Cometemos erros quando estamos apaixonados, é humano.

— Mas agredir e ferir alguém, por não ter suas expectativas de relacionamento completamente satisfeitas – Sara argumentou – me soa muito mais como algo... algo...

— Doente? – Warrick completa.

— Humano – Grissom insiste – Não estamos aqui para julgar os motivos que levaram alguém a cometer um homicídio, de qualquer forma – ele pega o óculos e coloca novamente em seus olhos, voltando sua atenção para os papéis em sua mesa – Se ele a amava ou não, isso é um problema dele.

Warrick dá de ombros, sabendo que aquilo era uma discussão perdida para entrar, ainda mais com Grissom. Sara, no entanto, mantém seus olhos cravados no comportamento defensivo do supervisor, pensando em como aquilo que ele disse poderia fazer sentido.    

O moreno dá um leve cutucão em Sara, indicando que eles deveriam sair. A mulher demora um segundo a mais ainda encarando Grissom de cabeça baixa, completamente absorto em sua leitura. Ela definitivamente não entendia aquele homem.

— Você sabe, Sara – disse Warrick, já fora da sala – não vale a pena a discussão.

— Eu... Eu sei...

— Então porque não vamos tomar um café – ele sorriu facilmente, exibindo dentes muito brancos contrastando com seus lindos olhos verdes – e você pode me contar sobre seu novo namorado.

Sara olhou perplexa e confusa ao mesmo tempo – Namorado? Quem disse que eu estou namorando?

— Não tente esconder, todos do laboratório já estão sabendo sobre seu paramédico –

— Todos estão sabendo? – um forte rubor lhe subiu as bochechas – Mas não tem nada pra ninguém saber.

Warrick sorriu meio descrente para a amiga. Algum tempo atrás a relação deles ainda era bastante complicada, mas nos últimos tempos a amizade estava mais forte que qualquer coisa.

— Podemos tomar um café?

— Desde que não tenhamos que conversar sobre isso.

— Ok – ele se deu por vencido – vou ser paciente e esperar que se sinta a vontade para me contar.

Sara franziu o cenho diante a fala do amigo, ainda sentindo-se desconfortável com toda aquela conversa.

//

(Dias depois)

Pensamentos martelavam dentro de Sara, fazendo-a sentir-se exausta. Não apenas pelo turno duplo que acabará de fazer, mas por toda carga emocional que estava sobre si. A história do último caso não parava de fazer seu estômago revirar. As palavras de Grissom, os comentários de Warrick dias atrás. O que estava acontecendo com ela, afinal?

Sara entrou em seu apartamento, colocou suas coisas sobre a bancada da cozinha e tomou uma decisão. Pegando o cesto de lixo, abriu sua geladeira e jogou fora todas as comidas de encomenda que encontrou, jogou todos os seus catálogos fora. Ela não precisava terminar como aquela garota, sem amigos e vida social, relacionando-se apenas pela internet, morta no final. Ela era uma mulher brilhante, com uma formação impecável, bonita e divertida, porque limitar sua vida ao seu trabalho e apartamento?

Nos últimos tempos tantas foram as pessoas responsáveis por lembrá-la de ter uma vida, de sair mais, ter um passatempo diferente. E mesmo assim ela continuava ali, presa em uma rotina desgastante em torno de crimes e mais crimes. Nick estava certo, porque ela não saia mais? Grissom também. Mesmo que bem no fundo de seu coração ela suspeitasse que sua estagnação tinha bastante haver com o supervisor. Ele disse ser seu amigo, a convidou para Las Vegas, e nos últimos tempos estava cada vez mais distante. Nada do que pensou que seria sua vida após se mudar, estava acontecendo. Talvez estivesse na hora de fazer algumas mudanças e construir de verdade uma vida.

Olhou para seu telefone, não se surpreendendo por mesmo em três dias fora de casa, não haver nenhuma chamada perdida ou mensagem na secretária eletrônica. Pegando o telefone, discou um número rápido.

— Hey, aqui é a Sara...

— Oi! Sara...

— Estava pensando... Quer ir dar uma volta?

— Claro! Pensei que você nunca fosse ligar – Hank respondeu animado – Você poderia me dar alguns minutos? Estou terminando de resolver algo aqui...

— Sem problemas – o estômago de Sara revirou, e ela ainda não sabia definir se era de uma maneira boa ou não.

— Posso te pegar na sua casa?

— Ham... Pode, pode sim... – ela passou seu endereço e desligou o telefone.

A mulher ficou parada por longos minutos no mesmo local, encostada no balcão da cozinha refletindo o que acabará de fazer. Lembrou-se do olhar de Hank para ela quando se conheceram, e rapidamente a nuvem de dúvidas que pairava sobre si foi sendo dissipada, e um sorriso tímido de excitação começou a se formar no canto de seus lábios

//

Alguns meses depois.

As transformações eram pequenas, mas perceptíveis – para ambas as partes. Sara não mais dobrava turnos e aproveitava todos os seus dias de folga. Mesmo que nem sempre para se encontrar com Hank, havia começado uma nova rotina, composta por longas corridas pelo parque perto de seu apartamento, de experimentar novos restaurantes e dormir mais. Ainda era difícil se desvincular de seus velhos hábitos, deixar de trabalhar tanto, mudar suas leituras policiais para textos menos sangrentos, assistir filmes românticos e de comédia. Sorrir havia se tornado mais fácil, e casos de violência conseguiam passar mais facilmente por seus dias sem levar consigo pedaços de sua vida.

Hank era um cara legal. Seus encontros se resumiam a longas noites no sofá de seu apartamento, enrolados um no outro, assistindo algum filme e dando longos beijos. A verdade é que eles estavam indo devagar, mais devagar do que o loiro gostaria. Não que Sara fosse qualquer tipo de mulher puritana sobre sua vida sexual, ela simplesmente não estava se sentindo confortável para dar esse passo, ainda. Mas ela estava feliz, sentindo-se desejada e querida depois de muito tempo.

Mas havia Grissom. E ele continuava sendo um ponto sensível de sua realidade. Não entendia exatamente por que quando se tratava do homem, sentia-se sempre pisando em ovos, receosa, cautelosa. Assumiu depois de alguns acontecimentos que realmente não o conhecia, ou pelo o menos, se enganou sobre quem pensou que ele era. Cinco dias de conferência anos atrás não foram suficientes, pois aquele cara tranquilo e sorridente parecia ter sumido em algum lugar atrás dos frios olhos do Grissom supervisor. Todo o calor que um dia pensou ter visto, a profundidade de seus mares, ela não encontrava mais. Mas seu coração ainda falhava em sua presença, e isso era definitivamente irritante. Sua inconstância e sinais duplos estavam matando-a.

Sara ainda não tinha certeza sobre sua decisão em não sair do laboratório. Esteve prestes a insistir em sua transferência, até que seu supervisor resolveu lhe enviar uma planta. Aquele gesto não era suficiente para apagar todas as outras vezes em que ele agiu como um idiota, deixando-a de fora das discussões de caso, tratando-a como uma aluna recém formada e sem qualquer tipo de experiência – ou as vezes, simplesmente não notando sua presença. Amigos não faziam isso. E ela pensou que eles fossem amigos, certo?

Não falaram sobre o presente. No turno seguinte ela estava lá, pronta para o trabalho, e Grissom em sua postura de supervisor rotineira. Sara admitiu que era melhor deixar passar, sem agradecimentos, o fato dela estar ali já era mais que o suficiente, afinal de contas, quem realmente precisava dela era o laboratório. Surpreendentemente ele os colocou para trabalharem juntos em vários casos após o ocorrido, e em alguns momentos ela pensou que ele pudesse estar flertando com ela. As palavras dele ainda ecoavam por sua mente sempre que alguém mencionava algo sobre beleza, pois jamais esperaria um comentário como aquele vindo de Grissom. “Desde quando aprecia a beleza? – Desde que te conheci” Que raios de comentário era aquele? Dava pra contar nos dedos de uma mão e ainda sobrar as vezes em que falaram sobre o breve período em que ele esteve em San Francisco e se conheceram.

Então houveram vários chamados confusos para trabalhar em dias de folga, e foi neste ponto que Hank e ela tornaram-se íntimos. Ela estava tentando ao máximo ter uma vida, trabalhando menos, arrumou um namorado, fazendo viagens em seu dia de folga com o loiro – mas quando Grissom descobriu sobre seu relacionamento, e como ele de alguma forma idiota, quase arruinou a validade de uma prova em um caso importante, ele pareceu dedicar-se a sabotar todas as suas tentativas de continuar com seu plano de uma vida mais social e saudável. Tudo aquilo apenas motivou-a mais em lutar por sua vida e também para dar novos passos em sua relação com Hank. Quem Grissom pensava que era, para simplesmente mandá-la ter uma vida e depois ficar esperando que ela estivesse sempre a disposição?

Mas então houve todo um burburinho pelo laboratório. Parecia que alguém finalmente havia conseguido prender completamente a atenção de Grissom, pelo o menos, quase. Uma tal Lady Heather, dona de uma negócio um pouco diferente dos costumeiros, mas não tão surpreendente para os terrenos de Las Vegas. Uma dominatrix, que de acordo com as fofocas rápidas e ácidas que corriam pelos corredores do laboratório, era linda, inteligente, sexy, e conseguia desafiar Grissom em seu jogo de xadrez mental. Sara sentiu-se enjoar apenas com os comentários.

— Terra para Sara Sidle!

A perita ergueu seus olhos da grande xícara de café que tinha em mãos, encarando confusa quem a chamava.

— Você está bem, Sara?

— Nick, ainda não fiquei surda.

— Bom, não é o que esta parecendo – o homem sorriu para a amiga, sentando-se ao seu lado. Petulante, lhe cutucou o braço com o dedo – estava pensando no seu príncipe de cabelos loiros?

Sara fez uma careta – Está com ciúmes, Nick?

— Vocês ainda não foram? – Grissom entrou pela sala de descanso, indo diretamente para a cafeteira.

— Estava esperando que Sara saísse de seus devaneios amorosos – Nick deu um piscadela para a amiga, levantando-se e rumando para a porta – Sara, temos uma cena em Henderson, eu dirijo – ele saiu, ainda sorrindo.

A mulher ficou olhando perplexa para a porta, tentando raciocinar.

— Sara?

— Hum.

— O que você está fazendo? – Grissom a encarava atentamente, com sobrancelhas arqueadas.

— Nada – ela devolveu o olhar, ainda dissipando suas últimas reflexões sobre sua vida e seu supervisor.

— Você não deveria estar indo atrás de Nick?

— Deveria – Sara desviou seus olhos para seu café já frio em suas mãos.

Grissom não disse mais nada, apenas meneou a cabeça e se retirou da mesma forma que Nick.

A morena levantou-se, deixou sua xícara sobre a mesa, e tranquilamente saiu da sala de descanso indo ao encontro do amigo na garagem.

(...)

"Amar é sempre ser vulnerável. Ame qualquer coisa e certamente seu coração vai doer e talvez se partir. Se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto, você não deve entregá-lo a ninguém, nem mesmo a um animal. Envolva o cuidadosamente em seus hobbies e pequenos luxos, evite qualquer envolvimento, guarde-o na segurança do esquife de seu egoísmo. Mas nesse esquife – seguro, sem movimento, sem ar - ele vai mudar. Ele não vai se partir – vai tornar se indestrutível, impenetrável, irredimível. A alternativa a uma tragédia ou pelo menos ao risco de uma tragédia é a condenação. O único lugar além do céu onde se pode estar perfeitamente a salvo de todos os riscos e perturbações do amor é o inferno."
C.S Lewis in, "Os quatro amores".

 

 

Grissom entrou em seu escritório e trancou a porta, abaixou as persianas e foi para seu sofá. Uma enxaqueca estava chegando, e seus pensamentos bagunçados não colaboravam para mantê-la longe. Tomou uma longa dose de seu café, deixando que o calor que emanava da grande xícara entrasse por suas narinas e acalmasse seus nervos. Estava difícil manter o equilíbrio nos últimos tempos. Recostado em seu sofá, abaixou sua cabeça no encosto e fechou os olhos, inspirando e expirando lentamente, acalmando seus batimentos e concentrando-se nos vários ruídos que vinham de fora de sua sala.

Nada.

O supervisor noturno não conseguia identificar nenhum som vindo para além de sua porta e janelas. Novo suspiro, pesado e melancólico. Talvez sentar e esperar que seus ouvidos magicamente melhorassem não fosse a escolha mais sábia. Ele sempre soube disso, mas lidar diretamente com o problema significava enfrentar as possíveis consequências que uma cirurgia poderia acarretar, então sem pensar muito sobre o assunto, preferiu ir adiando, deixando seus sentimentos de medo guardados em um cantinho profundo do peito, e também a consciência de que precisava tomar uma rápida atitude. E essa era apenas uma das coisas que ele precisava enfrentar.

Há pouco tempo quase perdeu uma de suas melhores CSI por pura falta de atenção. Estava sempre tão envolvido com seu trabalho que não foi capaz de perceber as consequências de seus comportamentos em relação a Sara. A mulher que só estava em Las Vegas porque ele chamou. Ele não andava sendo um bom amigo – porque eles eram amigos, certo? Aquele era o jeito dele em lidar com as coisas, e seu trabalho sempre foi a prioridade em sua vida, precisar ter cuidado para manter relações com outras pessoas era algo novo que vinha precisando lidar a poucos anos. Sua equipe era sua família, sabia que poderia contar com qualquer um deles a qualquer momento, e mesmo assim, mantinha-se sempre a uma distancia segura. Ele era o supervisor, ele conhecia muito bem aquele trabalho a anos, e entendia com certo calor em seu coração, que também era um pouco de exemplo para seus subordinados. Eram muitas variáveis para controlar, e variáveis completamente fora dos padrões de um experimento de laboratório, humanas e com sentimentos.

Sara era um ponto delicado para suas reflexões. A forma como se sentia sobre a amiga era algo estranho para Grissom, e lidar com todas as demonstrações de humanidade da mulher não tornava sua relação mais fácil. Ele tentou se redimir, sabia como ela gostava de plantas, coisas vivas – mas ela não disse nada, apenas voltou no outro dia e não insistiu mais em sua transferência. Ele havia sido sincero quando disse que a beleza se tornou mais perceptível para ele a partir do momento em que a conheceu. Há muito tempo ele não conseguia identificar coisas tão bonitas em uma pessoa como ele conseguia enxergar em Sara. E sua presença, acompanhada de seus olhos sempre profundos e significativos, eram responsáveis por mobilizar muito dentro de si. Desejava completamente sua felicidade, e ficava feliz por saber que ela estava tentando ter uma vida, até mesmo um namorado. Mesmo que a ideia de vê-la com alguém, passeando, mãos dadas, beijos e outras coisas mais íntimas, fossem pensamentos claramente evitados por sua consciência. Não fazia por implicância ou ciúmes sempre chamá-la em seus dias de folga, ele simplesmente precisava dela para o trabalho, e sua escassez de pessoal o obrigavam a essas escolhas, certo? Não havia nenhum incomodo no fato de que ela não estava mais tão disponível, e que um dos motivos fosse um outro cara. Grissom definitivamente não queria pensar muito sobre isso. Relacionamentos, fossem eles de qualquer natureza, não eram o seu ponto forte.

Sua última aventura havia deixado sua inabilidade muito clara. Lady Heather havia experimentado na pele as consequências de sua mente profundamente ligada ao trabalho. Seu coração ainda doía quando pensava na mulher. Ela realmente havia cativado algo nele – de maneira profunda e incisiva, pontual e forte. A mulher o atraia de todas as formas possíveis, não apenas por sua beleza avassaladora, mas também pela maneira incrivelmente diferente com que seu cérebro funcionava. Ele definitivamente a desejou, e foi atrás do que seus pensamentos gostariam de provar. No fundo ele sabia que tudo aquilo não passaria de um caso de apenas uma noite, e que o interesse que nutria por ela era muito além do físico – no entanto estragará tudo antes mesmo de descobrir a natureza de seus sentimentos. Seus últimos relacionamentos sempre giraram em torno de seu trabalho, estava acostumado a ter apenas poucos envolvimentos, nenhum deles realmente sério. Mas Heather realmente havia deixado algo de diferente em seu coração – e quando não foi capaz de bater em sua porta após tê-la acusado de assassinato, e pedir desculpas como qualquer homem descente faria, teve certeza que algo dentro de si mudara. Para que você possa estar emocionalmente disponível para alguém, você precisa estar vulnerável. Não existe amor sem vulnerabilidade. Ele não havia sido capaz de confiar em Heather, mas definitivamente algo mudou em seu coração.

Eram coisas de mais na mente de Grissom. Sua audição. Sua amizade com Sara. Seu último fracasso em se envolver com alguém. Toda a fofoca que jorrava pelos corredores do laboratório. A cabeça do homem latejou. Abriu os olhos e encarou o escuro de sua sala, conseguindo finalmente identificar os ruídos vindos das várias maquinas que compunham seu local de trabalho, além de todo o burburinho de conversas. Sorriu fracamente, pensando que ainda tinha um pouco de tempo para adiar decisões importantes.

 

“Seria amor à última vista?’

Mia Couto in, “Histórias Abensonhadas”


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Notas finais do capítulo

No próximo, vamos adentrar nos capítulos chaves do relacionamento. Agora que a coisa começa a ficar realmente boa.



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