Uzumaki Ahmya Shinden: Livro do Sol Nascente escrita por Hannah


Capítulo 5
O leque e o redemoinho


Notas iniciais do capítulo

Dois desconhecidos se encontram em campo de batalha. Uchiha Takashi e Uzumaki Azumi eram inimigos de guerra. Ela giada pelos valores forjados pelas dores de seu passado. Ele, um servo da obediência e da honra. Nenhum dos dois seria capaz de prever que depois daquele encontro, a vida de ambos nunca mais deria a mesma.



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Takashi percebeu sua consciência voltar aos poucos. 

Ele sentia frio. Um vento gélido batia em seu peito. Algo havia acontecido com as suas roupas. Seu colete e camisa estavam abertos. 

Alguém sentado ao seu lado segurava sua mão esquerda. Takashi ninja sentia um formigamento intenso nessa região, mas todo o seu corpo latejava. 

Ninjutsu médico?! 

Ainda sem abrir os olhos, ele moveu levemente os dedos da mão direita. 

Estava deitado no chão, sobre uma grama rasa. Então ele lembrou-se, ainda estava no campo de batalha. 

Quando desmaiou uma kunoichi da Pedra de longos cabelos vermelhos, usuária do jutsu sábio se projetava sobre ele. 

Ela iria matá-lo. Então por que não o fez? 

Era pior do que Takashi imaginava, a kunoichi queria capturá-lo vivo. Iria interrogá-lo, extrair informações. 

Mas ele não poderia deixar isso acontecer. A mulher teve a chance de matá-lo, mas não o  fez. Foi gananciosa demais. Agora a chance era do Uchiha. 

O homem soltou um gemido para que a atenção da moça se voltasse para o seu rosto, mas ela não olhou. 

Então ele não tinha escolha. Em um movimento rápido e brusco, Takashi ergueu suas costas deixando-as eretas. 

Com a mão direita agarrou firme o pescoço da mulher e abriu seu olhos já com o sharingan ativado. 

A kunoichi não estava mais em modo sábio. Mas seus olhos estavam fechados. 

Ela não teve qualquer reação. Simplesmente deixou-se capturar.

“Você não vai extrair qualquer informação de mim! Você teve sua chance, mas você a deixou passar…” as palavras de Takashi foram cuspidas como um rugido. 

A mulher, ainda de olhos fechados, nada disse.

Segurando-a pelo pescoço e apoiando-se no chão com seu braço esquerdo, o jounin da Folha ficou de pé. 

Apenas neste momento Takashi percebeu que seu braço estava quase  que completamente curado. Ele não estava amarrado. Seu colete estava rasgado e aberto, mas não havia nenhum ferimento em seu pescoço, abdome ou peito. 

Ele também não sentia a região das costelas doer. 

Takasi mantinha a desconhecida suspensa pelo pescoço mas ao perceber que ela nada fez para restringir seus movimentos a soltou, deixando-a cair sentada no chão.

“Por que você fez isso?! Por que salvou a minha vida?” o homem de fato tentava compreender aquela situação.

“Eu ouvi o que você falou e... achei que era o certo a se fazer.” a mulher respondeu ainda sentada na posição em que havia caído. 

Ela tirou um papel manchado do bolso e o ofereceu ao homem “você deixou cair.” 

Era a foto de Shisui.

“Poupar o inimigo é uma forma de traição à própria vila. Isso não é certo, é desonroso.”

“Quem sabe?! Eu ainda não sei ao certo o que significa a palavra ‘honra’” a mulher levantou um dos joelhos. Antes de colocar-se de pé, ela ajeitou o cabelo atrás da orelha.

Takashi ofereceu sua mão como ajuda. Apesar das palavras duras de antes, ele tentou retribuir a gentileza daquela desconhecida em gesto. 

A kunoichi ignorou a oferta e se levantou sozinha. 

“Eu não preciso que me agradeça. Fiz o que senti que tinha que fazer.” ela batia a poeira da roupa e ajeitava o cabelo na frente dos ombros.

“Quem… quem é você?” Takashi tinha a voz um pouco trêmula. 

Essa era a primeira vez que o Uchiha demonstrava qualquer emoção em campo de batalha. Na verdade ele não costumava fazer esse tipo de coisa nem mesmo em casa. 

Takashi estava incrédulo, talvez encantado. 

‘Quem é essa mulher?‘

Ela era diferente de qualquer pessoa que ele já tinha conhecido. Emanava uma sensação de dignidade inabalável, mesmo no momento em que foi atacada. 

Ela era bela e esperta. E o Takashi tinha certeza de que era essa a pessoa que conseguiu quebrar seu genjutsu colocado nos ninjas as Pedra.

“É melhor que não saibamos... Espere. Preciso de um momento” 

Ela estava calma, mas proferiu as palavras rapidamente. Suas mãos projetavam-se para frente do corpo na altura do peito, palmas para cima e cotovelos semiflexionados. 

Lentamente manchas verdes cresceram em torno de seus olhos grandes e delicados, era o poder sábio. 

Essa aparência, o contraste entre o verde das manchas e o vermelho de seus cabelos... o poder imensurável que aquela mulher era capaz de dominar, a deixavam ainda mais bonita.

Ela abriu os olhos. 

“Seus reforços estão a vinte quilômetros daqui em sentido quatro horas. Dois de seus companheiros sobreviveram, você vai encontrar um deles pelo caminho que te indiquei, o outro está mais adiantado. O restante está morto.” 

Takashi ouviu as palavras, mas sua atenção estava no rosto da mulher mais misteriosa e fascinante que já havia conhecido. 

Era como se ele não quisesse deixá-la. Mas sua família e seu dever o esperavam.

“O-Obrigado”, o jounin virou-se partiu. 


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