Sons of Hunt escrita por Scar Lynus


Capítulo 20
Capitulo 20


Notas iniciais do capítulo

Finalmente.



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[Floresta no Canada – Max e Zack]

 

 

A jornada da dupla na floresta não poderia ser pior. Após serem empurrados do Helicóptero por Harry, haviam pousado entre rochas e sofreram para manter consigo o que restava dos paraquedas, as cordas e o próprio poderiam ser uteis na hora em que montar um acampamento fosse necessário.

 

— Se machucou? – Max perguntou após recolher todo seu aparelho.

 

— Claro que não. – Respondeu Zack mal humorado. – Vamos encontrar logo um ponto de observação!

 

— Deveríamos procurar água, alimento e um lugar que seja bom para acampar. – Max estava tentando listar mentalmente uma sequência de deveres.

 

— Só quero me posicionar. Saber aonde exatamente estamos além de “quarenta quilômetros da civilização”. – O moreno começou a andar agachado, procurando no solo.

 

— Está tentando rastrear o que? Acabamos de cair! – O loiro tentava ser a voz da razão ao seguir o outro. – Zack?

 

— Quero achar uma trilha de algum pequeno animal, esquilos preferencialmente! – Respondeu. – E como sabe que estou rastreando?

 

— Zack eu sou um bombeiro! Tive cursos de sobrevivência em ambientes assim. – Explicou. – E você? Onde aprendeu a rastrear?

 

— Eu gostava de acampar com a minha mãe. Fui aprendendo com o tempo, mas, as habilidades de predador deixam tudo mais simples. – Falou apontando uma arvore com marcas. – Algum animal afiou as garras nessa arvore e pelo visto é recente. – Apontou um excremento de tamanho considerável no chão.

 

— Então vamos achar um outro caminho! – Max interveio. – Não temos recurso para caçar nada ainda. Água, comida, armas e acampamento! É disso que precisamos.

 

— Nós só precisamos achar o caminho de volta! Acha que quarenta quilômetros é muito? Podemos passar disso em um dia. – Max queria listar os motivos de não concordar, mas, não tinha tempo para isso.

 

— Você pode se matar fazendo isso se quiser. – Falou o Bombeiro. – Mas eu vou usar o cérebro. – E se pôs a andar na outra direção.

 

Max caminhou sabendo que Zack o estava seguindo, custava para o moreno admitir, mas, sabiam que tinham uma chance bem maior de sucesso juntos. Andaram mais alguns quilômetros até encontrarem um riacho, água cristalina correndo devagar. Agora sabiam que bastava seguir o riacho para encontrar a cidade.

 

— Precisamos montar um filtro. E se formos acampar é melhor ficarmos afastados da água! – Zack falou se aproximando. – Você sabe fazer um filtro?

 

— Sei. – Respondeu o loiro. – Eu faço o filtro aqui e você acha um lugar para montar o acampamento pode ser?

 

— Pode. – Zack estendeu a mão pra ele. - Me dá sua mochila!

 

— Por que?

 

— Vai chover logo. – O moreno sinalizou o céu. – Vou criar uma cobertura na área em que formos dormir.

 

— Okay. – Max entregou-a. – Depois procuramos comida, acho que temos mais duas horas de luz, essa floresta é húmida então o fogo também vai ser prioridade!

 

— Eu odeio concordar com você. – Zack falou antes de dar as costas ao loiro a fim de procurar um bom ponto de descanso.

 

Max procurou próximo ao riacho os itens que poderia usar para criar um filtro, de longe era a parte que menos achava interessante, observar lixo humano na paisagem natural era triste. – “Como foi que chegou aqui?” – Ele estava perplexo que houvesse lixo tão dentro da floresta.

 

— MAX! – Zack se aproximou correndo. – Esquece o filtro e vem comigo!

 

Rapidamente Max correu junto ao moreno pelas arvores, era complicado acompanhar Zack em terreno normal, nesse era ainda pior, o primeiro disparava em cada reta, esquivando das arvores sempre que você pensava que ele iria dar de cara. Encerraram a corrida próximos ao que Max julgou ser um portão destruído e velho.

 

— Era isso? – Perguntou referindo-se ao objeto.

 

— Não. Aquilo! – Zack mostrou pra ele um conjunto de nove casebres, todos de madeira velha, havia alguns instrumentos metálicos tomados por musgo e vegetação também.

 

— É a vila de mineradores que o Tom falou. – Lembrou-se Max. – Será que tem algumas coisas que podemos usar?

 

— Com certeza! Uma dessas deve ser um galpão. – Zack estava otimista agora.

 

— Vamos ver o que achamos por ai! – Max falou seguindo para as cabanas da esquerda, estavam determinados a explorar todas as cabanas.

 

O conteúdo das cabanas não variava muito, camas velhas empoeiradas e quebradas, colchões que iriam virar farelo com o toque, muitos utensílios domésticos metálicos velhos, teias de aranha e vinhas eram as decorações mais presentes, hora ou outra esbarravam em algumas ferramentas que estavam velhas ou quebradas, inúteis para o uso.

 

— Temos um problema Max. – Zack falou parado na porta de uma das cabanas. Max se aproximou e parou ao seu lado.

 

— Qual é o problema? – O loiro encarava o lado interno, não tinha nada ali dentro, apenas um grande buraco oposto a porta.

 

— Esse é o nosso problema. – O moreno apontou uma pilha de coco. – Isso é excremento de um urso adulto. – Em seguida apontou o mais para o canto em uma pilha menor. – Aquela pilha é de filhotes, se essa é a casa deles, então vamos embora antes que nosso cheiro pare aqui.

 

— Você tem certeza? – Max sabia dos instintos do moreno, mas, isso era suficiente?

 

— Claro que tenho! Já esqueceu quem achou a Ruiva para vocês? – Zack lembrou-o do sequestro de Sofia o que deixou o loiro irritado.

 

— Olha cala sua boca e guia a gente pra longe desse animal! – Max preferiu evitar a discussão.

 

A dupla rapidamente deixou o local e sem conversar durante o trajeto, acabaram parando sob uma grande rocha, não havia mais sol e eles precisavam parar e descansar, os estômagos de ambos já gritavam contra seus donos, porém, não tiveram sucesso em achar nada além de poucas frutinhas silvestres.
   Montaram o acampamento com o que era possível, os restos dos paraquedas seriam suas camas e mantas para a noite. Com esforço mutuo a dupla conseguiu acender um pequeno fogo.

 

— Nós vamos embora amanhã! Vamos caçar o café, pegar água e seguir a droga do riacho! – Zack reclamou deitado encarando o céu.

 

— Achei que acampar era o seu lance! – Max respondeu. – E como pode um “predador”, não se sentir à vontade enquanto está cercado pela natureza?

 

— Eu sou um predador de monstros! Eu caço ameaças, não sou uma fera pra viver na selva.

 

— Owwnn você é domesticado. – Brincou o loiro.

 

— Você está abusando da sorte Max. – O moreno começou sua ameaça. - Tenho que voltar contigo, mas, não implica que você precisa estar inteiro.

 

— Como é que vai me carregar? E se precisar nadar? E se um urso nos atacar? – Max começou a pontuar. – Precisamos um do outro aqui idiota.

 

— Infelizmente é verdade... – O moreno bufou.

 

— Você sabe que nossas desavenças são idiotas certo? – Questionou o loiro.

 

— Explique. – Pediu Zack.

 

— Bom, nós dois queremos ser o líder, mas, por que exatamente nós queremos isso?

 

— Porque é o que esperam da gente! – Zack respondeu como se fosse obvio.

 

— Sim, mas, por que precisamos fazer o que eles querem? Eles tiveram a vez deles e eles mesmos já cansaram de admitir o quanto erraram. – Max tinha um ponto. – Não acha que deveríamos nos concentrar na nossa equipe, na forma como nós queremos fazer as coisas.

 

— Está falando pra tomarmos as próprias decisões. – Zack concluiu. – Eu concordo em fazermos do nosso jeito. Só que o meu jeito é melhor para a equipe.

 

— Talvez em combate, estratégias e semelhantes. Mas, e com as responsabilidades? O que vai fazer se alguém se machucar? Como vai agir quando for derrotado? Você tem psicológico pra aguentar a pressão?

 

— Ta falando que sou fraco? – Zack perguntou.

 

— Estou falando que você e eu provavelmente não estamos prontos, mas, vamos ter de assumir as rédeas. – Explicou Max. – Não acho que você seria um líder ruim. Só acho que como nosso próprio mentor já falou; “Talvez fosse melhor que o Tom tivesse sido o líder”.

 

— Realmente foi uma surpresa de se ouvir. – Zack admitiu.

 

— Harry já teve a vez dele, não da pra ter uma segunda versão dele no comando. – Referiu-se ao moreno. – Você prioriza a missão, ajudar o líder “certo” é ajudar a missão.

 

— Caramba você tem um bom argumento. – Zack admitiu. – Mas e se eu for o escolhido?

 

— O que é que tem isso?

 

— O que você vai fazer? – questionou.

 

— Vou aceitar e continuar a fazer meu trabalho oras! – Max respondei. – Não sou um mal perdedor. E você?

 

— Eu aceitaria não liderar. Até porque eu ainda serei o melhor, só não serei o líder! – Explicou convencido.

 

— Você é impressionante. – Max se deu por vencido. – Boa noite. – Dito isso o loiro virou de costas para tentar dormir.

 

 

[Hotel – Harry e Tom]

 

 

Os dois mentores estavam sentados no bar do Hotel cinco estrelas que Tom havia reservado para a dupla, movidos pela ideia de competição em suas mentes, uma cerveja entre amigos se tornou uma pequena disputa de quem bebia mais.
   As bebidas começaram tranquilas, mas, após as últimas três rodadas, a dupla havia pego pesado com a tequila e a vodca.

 

— Uno mas! – Proferiu Tom ao Barman que rapidamente encheu ambos os copos.

 

— Desista   Leonid! – Harry falou com uma voz já mole. – Eu sempre venço!

 

— Talvezss, mas, hoje  é meu dia! – Tom respondeu confiante virando mais um copo. – Vire o seu!

 

Harry então virou o copo. Essa situação idiota entre os dois continuou por mais algumas rodadas quando sentiram juntos o poderoso “apagão” a caminho, após isso ambos decidiram jogar a toalha.
Subiram os quartos que estavam no mesmo andar, os seus quartos se conectavam por uma enorme varanda com mesas e cadeiras. Nenhum deles tinha vontade de ir encarar o frio da noite canadense, então acabaram caindo em um forte sono assim que se deitaram.

 

Harry foi acordado com a luz do sol atravessando a janela do seu quarto, tentou impedir a mesma de alcança-lo ao colocar um travesseiro em frente ao rosto, porém, barulhos vindos da varanda acabaram por destruir qualquer resquício de sono.
   O Mentor se levantou meio zonzo e com uma forte dor de cabeça. – “Por que beber tanto Harry?”— Pensou consigo mesmo. A forte ressaca estava presa a si durante todo seu processo de higiene, e muito provavelmente não iria abandona-lo. Por fim Harry saiu para a varanda, ali encontrou Tom sentado e a mesa do café posta, muito bem posta.

 

— Mandei trazer o café aqui e também isso. – Jogou uma aspirina para o outro. – Tome, sente e coma okay. – Tom falou enquanto colocava ovos mexidos em um pão.

 

— Que sacrilégio é esse Tom. – Harry tinha suas duvidas sobre os gostos culinários de Tom.

 

— Bom é um sacrilégio delicioso! – Defendeu-se. – Deveria tentar.

 

— Passo. – Falou Harry se servindo de um pote com frutas e panquecas. – Eai?

 

— Eai o que?

 

— Acha que eles voltam hoje? – Harry se referia a dupla ao apontar a floresta.

 

— Eu tenho certeza de que vão voltar hoje. – A confiança de Tom era visível. – Eles vão discutir o tempo todo, vão conversar, vão brigar e no fim vão trabalhar em equipe e chegar aqui determinados.

 

— Nossa como você está otimista. – Ironizou Harry.

 

— Devo estar sob efeito do álcool de ontem. – Brincou de volta.

 

— Ainda bem que a Sad não veio. – Harry agradeceu olhando para o céu.

 

— Posso até ouvir; “QUÉ EDADE TIENES? NINGUN NINÕ ÉS TAN BURRO!”— A dupla caiu na risada com a imitação ruim de Tom.

 

— O espanhol está impecável, mas, a imitação carece de treino! – Falou Harry espetando um pedaço de melão.

 

— Fazer o que né! – Respondeu.

 

Os amigos iriam passar o resto de sua manhã ali, conversando, rindo e comendo. Fariam suposições do que iria acontecer antes de arrumarem suas malas, fariam uma ligação para a mansão.
    Nada atrapalharia um dia tranquilo de espera para os dois ex caçadores. Não tinham pressa nenhuma e nem pensavam em correr com as coisas. A hora de relaxar ainda não havia chegado, porém, eles podiam se dar ao luxo conhecendo seus aprendizes.

 

 

[Floresta – Max e Zack]

 

 

Os jovens estavam tomando café da manhã, dois esquilos no espeto e alguns cogumelos estavam sobre o fogo, Max havia buscado água enquanto Zack pegava o desjejum.
   De uma forma estranha eles sabiam trabalhar juntos quando não conversavam, sem ordens ou sinais a dupla sincronizava bem os afazeres.

— Você tem certeza que está tudo bem em comer esses cogumelos? – Max ainda não tinha certeza quanto ao acompanhamento.

 

— Confia em mim. – Zack garantiu. – Quando for pegar cogumelos você procura o que tem formigas e mosquitos em cima, eles não são tóxicos e nem alucinógenos.

 

— Você vai comer primeiro! – Max passou o primeiro espeto ao moreno.

 

— Frouxo. – Declarou Zack comendo o mesmo. – Falta tempero, mas, não estamos podendo exigir já que temos orçamento reduzido.

 

— Orçamento zero quer dizer reduzido agora? – Ironizou o loiro começando a comer.

 

— Só vamos levar o cordame, as lonas do paraquedas só vão nos atrasar! – Falou Zack apontando o equipamento.

 

— E vamos largar aqui? – Questionou Max.

 

— Sim vamos. Algum texugo ou guaxinim vai achar e fazer uma forragem na toca!

 

— Claro que vai. – Mais uma vez o loiro usava ironia.

 

— Termina logo seu esquilo cara! – Pediu o moreno jogando seu graveto vazio na fogueira.

 

Os jovens fizeram seu caminho após apagar a fogueira, seguindo o leito do riacho que haviam encontrado no dia anterior, seguiam calmamente, cada um com um pedaço de madeira razoável para usar como cajado. “É sempre bom ter um em mãos ao fazer trilha”. Ambos concordaram com essa ideia.
    Mas como nada na vida desses jovens é fácil, a dupla teve uma surpresa em seu caminho.

 

— Não se mova. – Zack falou baixo ao lado de Max. A frente da dupla estava uma enorme ursa cinzenta bebendo do riacho.

 

— Zack tem algum plano aí? – Questionou o loiro acompanhando o passo leve do moreno para trás.

 

— Estou pensando... – O moreno estava com uma cara confusa. - Não dá pra correr mais que ela e também não dá pra lutar... Não temos armadilhas e o único recurso é o cordame, isso se conseguirmos usar a favor.

 

— Nosso tempo acabou! – A ursa agora encarava-os ao se aproximar. – Zack?

 

— Calma. – O moreno começou a fazer um nó com o cordame. – Continua andando pra... – A ursa então soltou um poderoso rugido na direção da dupla e disparou. Duzentos quilos a quarenta quilômetros por hora. Eram oito mil quilos de força indo na direção deles.

 

— Merda! – Max gritou antes de empurrar o moreno para fora da trajetória do animal. – PLANO!?

 

— Continua separado e chama a atenção dela! – Falou o moreno correndo até o riacho.

 

— Droga. – Praguejou o Loiro pegando uma pedra e acertando o urso na orelha. – Isso ai vem pra cima! – Falou esperando a mesma começar a correr.

 

A ursa rugiu na direção do caçador e em resposta Max também gritou na direção dela. A fera tornou a correr em alta velocidade, indo direto para o caçador, apostar tudo na esquiva era sua estratégia, havia uma arvore atrás de si, talvez não machucasse, mas ao menos a deixaria com dor de cabeça.
   Max pulou e usou o tronco de impulso para passar por cima da ursa, pousando com um rolamento perfeito do outro lado, a ursa se desengonçou com o movimento e acertou a arvore com o ombro esquerdo. Max aproveitou o tempo para se afastar.
   A ursa tornou a correr em sua direção, mas, no meio do caminho ela foi atingida na base da pata esquerda por uma pedra e perdeu o equilíbrio caindo no chão. Zack recolhia a corda que possuía uma pedra amarrada na extremidade.

 

— Corre Max! – Chamou o moreno, o loiro nem considerou recusar e disparou junto ao outro. – Toma! – Zack deu a corda ao outro.

 

— Pra que? – Questionou o loiro.

 

— Você é mais forte do que eu. – Falou o moreno parando e apontando algumas pedras. – Acerte a base na hora certa e ela vai parar de nos perseguir. – Podiam ouvir o rugido da ursa que vinha ao encontro deles.

 

Max então preparou-se, uma parte da corda na mão direita e a parte da pedra girando para pegar velocidade. Visualizou seu alvo, o único ponto de sustentação do conjunto, precisava ser certeiro agora.
    Visualizaram a ursa então, a fera cinza e raivosa vinha na direção da dupla com raiva agora, cada vez mais próxima.

 

— Calma... – Falou o moreno. – Mais um pouco... AGORA!! – Quando Zack falou Max disparou o projétil para o monte de rochas, acertando sua base. Um efeito “avalanche” começou a frente da ursa e algumas pedras caíram sobre a mesma antes dela recuar assustada.

 

Os caçadores sentaram no chão húmido da floresta depois disso, tentando recuperar seu folego.

 

— Foi um bom plano. – Max admitiu.

 

 

— Eu nem sabia se iria funcionar! – Zack falou encarando a pilha de rochas. – Vamos embora daqui sem um troféu.

 

— Nós sabemos o que fizemos. – Max falou recolhendo a corda, preparando-se para voltar a caminhada. – Essa arma é nosso troféu!

 

— Claro. – O predador se levantou. – Só vamos embora logo.

 

 

[Mansão dos caçadores]

 

 

— Ótimo! – proferiu Sadjenza no telefone. – Garantam que a volta seja tranquila também! – Dito isso a mulher desligou o telefone.

 

— Eai como eles foram? – Tânia perguntou ansiosa. Todos estavam achando a mansão meio monótona sem as disputas idiotas da dupla.

 

— Parece que se saíram bem, e também sobreviveram ao ataque de um urso. – Contou a mentora orgulhosa.

 

— Zack vai ficar insuportável. – Proferiu Jade já imaginando o Moreno se vangloriando.

 

— Provavelmente. – Sadjenza concordou.

 

— Pelo lado positivo, estão voltando inteiros! – Sofia lembrou. – Significa que nem a floresta nem eles mesmos se mataram lá dentro!

 

— É um avanço notável. – Samuel concordou gerando risos dos presentes.

 

Então uma sensação gelada percorreu o ambiente, todos os caçadores e predadores sentiram a intensidade, era praticamente uma lufada de ar em seus rostos, um ar húmido e que todos concordariam ter uma cor negra se fosse possível.
   Para a mentora a sensação foi mais forte, muito além da sensação, a mentora ouviu a criatura, ela sabia do que se tratava e com a falta de dois combatentes o grupo iria ter dificuldades.

 

— Peguem suas armas e trajes! Já! – Falou indo direto para o escritório onde pegou um pergaminho, havia sido seguida por Andromeda.

 

— O que foi? O que é que está nos desafiando? – Perguntou a morena.

 

“Um inimigo dos caçadores geralmente os procura para atacar, porém, há oponentes que não estão interessados na caça, eles querem uma batalha contra a geração, eles querem expurgar os filhos de Ullr e desejam mais que tudo se alimentar de sua carne.
   Por isso existem os desafios, uma projeção de si mesmo no espaço até os caçadores, um convite para a batalha.”

 

— Vá pegar sua arma Andromeda! – Sadjenza ordenou. – Vocês foram desafiados para lutar contra um Wolven!


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Notas finais do capítulo

um pouco de ação terão vocês!