[Praia de Yumigahama, Japão]

Depois de ter confirmado que Seiya ainda estava vivo, Misty não perdeu tempo e atacou o cavaleiro de Bronze usando seu dedo indicador lançando-o para longe. Mais uma vez Seiya fica espantado o quão poderoso um cavaleiro de prata é. Misty diz que Seiya é medíocre, pois para alcançar a vitória os cavaleiros de bronze acabam se mutilando, sangrando e destruindo o próprio corpo e que isso era repugnante. Ele também diz que a verdadeira força está em derrotar o inimigo sem ser atingido uma única vez e quem consegue fazer isso é uma autêntico vencedor, assim como ele que desconhece a dor por nunca ter sofrido um único arranhão.

Seiya fica irritado e diz que o prateado vai levar ao menos um soco e dispara seu Meteoro de Pegasus, entretanto, mais uma vez Misty não se move e ao receber o ataque o prateado não sofre qualquer dano. Seiya fica novamente frustrado por não conseguir acertá-lo, mas ao finalizar o ataque acaba percebendo que os socos foram interceptados antes de tocar no corpo do cavaleiro de prata, então ele nota que algo estava saindo das mãos de Misty e estava formando algo como uma barreira de ar.

Por sua vez, o cavaleiro de Lagarto diz que vai começar uma contagem regressiva para matar Seiya e que ele tem dez segundos para começar a rezar. Seiya diz que sabe que aquela punição era por ele ter entrado em combates pessoais, mas ele queria saber o que ia acontecer com a armadura de ouro. Misty perguntou a Seiya se ele tinha lutado esse tempo todo achando que aquela era a verdadeira armadura de ouro, Seiya ficou confuso com o que Misty falou.

Entretanto, o prateado começa a contagem regressiva. Seiya questiona sobre o que vai acontecer com Marin e Misty responde que ela será punida pelo Grande Mestre e que no Santuário esse tipo de delito é pago com a morte. Seiya tenta falar, mas o tempo acabou e Misty o ataca com seu Furacão das Trevas. Misty estendeu seu braço e usando o seu dedo indicador e médio, disparou um raio de energia que acertou o peito de Seiya e transformando-se em seguida em um gigantesco turbilhão de ar que o projetou para cima.

Seiya teve o peitoral da sua armadura quebrado e acabou caindo no mar, não antes do seu sangue respingar em Misty que ficou enojado e decidiu tomar banho para limpar aquela “impureza”, enquanto se banhava o cavaleiro se vangloriava da sua beleza dizendo que nada nesse mundo, nem a lua, nem as estrelas e nem mesmo aquele maravilhoso sol nascente se comparava a ele, com exceção da Deusa Atena.

Nesse momento surge Seiya arfando, dizendo que Misty era um idiota narcista. O bronzeado diz que dessa vez é ele quem dará um tempo para o prateado vestir a sua armadura. Misty rebate que para Seiya vencer ele precisaria de um milagre. Depois que o prateado vestiu sua armadura Seiya salta da água e desce em direção de Misty lançando mais uma vez o seu Meteoro de Pegasus. Misty grita para Seiya que aquilo era inútil e que ele não iria conseguir um milagre. O cavaleiro de Lagarto não só bloqueia novamente o ataque de Seiya com a sua barreira de ar, como a usa para atacá-lo o mandando para longe dentro do mar.

Misty mudou seu semblante e ficou sério, ele não conseguia entender porque Seiya insistia em usar a mesma técnica quando ela não surtia efeito contra ele, porém, nesse momento Misty sente uma forte pressão no seu peito que o faz vomitar sangue. Seiya aparece dizendo que aquilo que o prateado estava sentindo era dor. Misty fica pasmo por um soco de Seiya ter passado pela sua barreira e o acertado.

Seiya diz que um guerreiro não pode se orgulhar de um corpo ileso, que para um homem as feridas de batalha são como medalhas de honra e é inacreditável que alguém possa se orgulhar por ter um corpo que desconhece a dor.

Longe dali, Mu e Kiki continuam observando tudo. Mu diz que Seiya não ganhará a luta se continuar insistindo com os meteoros, já que a diferença entre ele e Misty é gigantesca. Ele explica para Kiki que Misty move suas mãos em alta velocidade gerando várias correntes de ar, que por sua vez criam um vácuo, ou seja, um muro defensivo que o protegerá de qualquer ataque. Kiki surpreso diz que desse jeito Seiya não tem nenhuma chance, Mu confirma e reforça que para Seiya vencer ele realmente precisará de um milagre.

Seiya ataca novamente, ele salta e desce na direção de Misty que diz que dessa vez vai fazer Seiya em pedaços e cria a sua barreira de ar. Mas o prateado se assusta ao ver que Seiya não lançou os seus Meteoros e sim um Cometa. Misty teve sua barreira destruída junto com o peitoral da sua armadura. Mu fica surpreso com a façanha de Seiya que concentrou a força de todos os Meteoros em um único ponto, gerando um Cometa. E diz que o dano que Misty recebeu foi centenas de vezes mais poderoso que o anterior, contudo, apenas aquilo não bastará para derrotar o prateado.

Assim como Mu disse, Misty mesmo recebendo aquele dando foi apenas arrastado por vários metros, porém conseguiu suportar o ataque de Seiya. Misty admite que ficou surpreso com a força daquele ataque, entretanto, mesmo assim aquele golpe não conseguiu acabar com ele. O prateado lança seu Furacão das Trevas mais uma vez contra Seiya dizendo que dessa vez vai enviá-lo para o inferno, porém Seiya tenta bloquear o ataque com as mãos, Misty adverte que ele vai acabar perdendo os braços, contudo, Seiya realmente conseguiu conter o ataque e dissipá-lo.

Misty fica paralisado ao ver aquilo, ele não entende de onde vem aquela força e que o cosmo que Seiya estava emanando naquele momento era superior a qualquer cavaleiro de bronze comum. Aproveitando a chance, Seiya avança contra Misty e aparece em suas costas o agarrando e dizendo que ele conseguiu um milagre.

Em seguida Seiya lança seu último ataque, Turbilhão de Pegasus. Onde Seiya envolve os dois com uma poderosa energia e salta girando e subindo no ar, projetando toda a energia contra Misty e lançando os dois contra o mar, dizendo que aquela era a única forma de vencê-lo, Misty questiona se ele também quer morrer fazendo isso.

Um grande pilar de água surgiu depois do impacto, em seguida uma parte do mar ficou tingido de vermelho. Momentos depois Mu e Kiki vão verificar a situação de perto, neste momento Misty emerge do mar, Kiki se assusta, mas o prateado diz que Seiya mostrou o seu valor ao buscar arduamente a vitória arriscando a própria vida e que por isso ele alcançou o seu objetivo, a vitória contra ele.

O prateado começa a sangrar e desaba no mar. Seiya pega o corpo sem vida do cavaleiro Lagarto e o leva até a praia. Seiya vê Mu e vai até ele para agradecer, mas antes que ele pudesse falar qualquer coisa, Mu e Kiki vão embora se teletransportando, o cavaleiro de bronze fica sem entender nada.

Durante a volta para Jamir Kiki pergunta porque eles deixaram Seiya sozinho se mais cavaleiros de prata chegariam em breve e Mu responde que os cavaleiros de bronze precisam superar essas batalhas sozinhos ou jamais poderão encarar o Santuário.

Seiya vai até a cova dos outros cavaleiros de bronze que foram mortos pelos cavaleiros de prata. Esgotado ele ajoelha-se e lamenta a morte do seus irmãos, porém ele percebe que a cratera que Misty havia aberto em sua cova também afetou outras e ele vê um braço, porém o que chama a atenção de Seiya é que a armadura que cobria aquele braço era negra.

Seiya desesperado começa a cavar e percebe que eram um cavaleiro negro que estava enterrado ali e se pergunta se isso era obra de Mu ou de Marin, se fosse o caso talvez eles ainda estivessem vivos, Seiya fica feliz, mas ao mesmo tempo triste pelo destino dos cavaleiros negros. Porém, o bronzeado logo imagina que em breve outros cavaleiros de prata deverão procurar por Misty e que ele não pode ficar ali já que eles queriam matar todos os cavaleiros de bronze, mas se recusa a se esconder. Então puxa um *Cartão de Cavaleiro que contém a imagem e o nome da sua constelação e coloca sobre o corpo de Misty e vai embora.

Tempos depois, um cometa de fogo chega na praia, era Babel de Centauro. Ele veio procurar por Misty que estava demorando muito, quando encontrou o corpo do cavaleiro de Lagarto sem vida.

— Misty o que houve com você!? - Disse ele ao ver o corpo de Misty. - Es-espera isso é um Cartão de Cavaleiro? Já ouvi falar que na antiguidade os cavaleiros usavam cartões como esse para passar mensagens ou para informar quem derrotou o inimigo… Então isso quer dizer que foi o Pegasus que o matou!?

Ele vai até as covas dos cavaleiros e vê uma cratera onde deveria estar o corpo de Seiya, mas a cova estava vazia, sem sangue ou qualquer evidência que alguém morto tinha sido enterrado ali. - Impossível! Porque a Marin… - Ele vê o corpo do Andrômeda Negro que o Seiya tinha cavado mais cedo. - Aquele é o Andrômeda... mas sua armadura é negra… O que está havendo?

Babel vai em direção a próxima cova, quando sente a presença de alguém na praia e de que algo está indo em sua direção. Ele se vira e intercepta outra carta de cavaleiro, desta vez continha a imagem e o nome da constelação de Cisne.

— Cisne!? Impossível! - Disse o cavaleiro procurando pelo bronzeado.

— Eu estou bem aqui! - Falou Hyoga surgindo perante Babel.

— Eu te interceptei durante a fuga do Monte Fuji! E eu mesmo o matei! - Falou Babel perplexo deixando os cartões de Pegasus e Cisne cairem no chão.

— Me matou? - Falou Hyoga com um tom de deboche. - É a primeira vez que nos encontramos… E eu cheguei até aqui guiado pelo cosmo de Seiya…

— Como é!? Se isso for mesmo verdade.... quer dizer que eu também matei um cavaleiro negro… - Diz o prateado olhando para a cova que deveria ser a de Hyoga.

Hyoga vê o prateado olhando para as covas e ele nota o corpo do Andrômeda Negro, além de ver a “sua própria” cova. - Hunff… Alguns cavaleiros tem o poder de projetar ilusões que afetam a mente de seus inimigos… dessa forma não seria difícil fazer a cor preta parecer branca… Pelo jeito, você caiu nesse truque…

— Tsc… Então realmente fomos enganados e assassinamos outras pessoas! - Babel não conseguia esconder a sua surpresa em descobrir aquilo.

— Então você é bem limitado pra ter caído nesse truque… - Falou Hyoga ao ver a expressão do prateado.

— É melhor parar de se gabar, seu maldito! Você não é tudo isso que aparenta! Um cavaleiro de bronze não tem moral para se achar tanto assim, ainda mais se tratando de poder! - Nesse momento chamas começam a surgir em volta do cavaleiro. - Mesmo que tenha sobrevivido por ironia do destino, eu, Babel de Centauro, vou corrigir esse erro agora mesmo!

Babel cria uma bola de fogo com a sua mão e a lança contra Hyoga, que tenta se esquivar, mas acaba sendo atingido no ombro.

— Mas que patéti… - Hyoga fica assustado ao perceber que aquele fogo não era uma ilusão. - Não acredito nisso… isso é fogo mesmo e não um fogo comum, ele está queimando tanto a minha armadura quanto meu ombro! - Pensou Hyoga tentando apagar aquela chama.

— Isso é só começo! *Centelhas Mortais! — Babel começa a lançar inúmeras bolas de fogo contra Hyoga que rapidamente envolvem completamente o cavaleiro de bronze.

— Quem é o limitado agora!? Cadê toda aquela sua arrogância de antes? Essas centelhas foram criadas usando a fricção do ar e, fazer isso é coisa de criança! Ou vai me dizer que não consegue se livrar de chamas tão simples? Essa é a consequência de brincar com fogo! Hahaha

— Não fique se achando tanto… - Disse Hyoga conseguindo dissipar as chamas com seu cosmo.

— Será mesmo? - Diz o prateado apontando para as chamas que ainda estavam queimando ao redor de Hyoga. - Mas não se preocupe porque essa batalha acaba agora! Conheça o meu verdadeiro poder! Turbilhão de Fogo!

Usando a fricção do ar sobre todo o seu corpo, Babel cria uma grande tempestade de fogo que em seguida usando as suas mãos ele impulsiona contra Hyoga, que ao atingi-lo explode em um gigantesco pilar flamejante, que vira um turbilhão ascendente.

— Hahaha, irei reduzi-lo a cinzas neste turbilhão!

Porém, momentos depois o turbilhão de fogo começa a ser congelado. - É inacreditável! Aquele desgraçado conseguiu congelar as minhas chamas!?

O turbilhão começou a trincar e depois a ruir em vários pedaços congelados, pedaços esses que Hyoga lançou contra o prateado, que se defendeu cruzando os braços, mas ainda assim recebeu algum dano.

— Como conseguiu sair das minhas chamas, Cisne? - Falou Babel irritado descruzando os braços.

— Essa é a diferença entre uma ilusão e a realidade... Agora é a minha vez de mostrar o meu verdadeiro poder! Prepare-se Babel! Turbilhão de Gelo!

Hyoga avançou contra o cavaleiro de Centauro e atingiu com um poderoso gancho o lançando para cima junto com um grande e furioso turbilhão de gelo que engoliu o prateado, depois ele caiu de cabeça na praia deixando a areia toda ensanguentada.

Hyoga caminha até Babel para checar a situação dele, Babel estava com o corpo e a armadura parcialmente congelados.

— Me-esmo que tenha me vencido… você nã-ão conseguirá escapar da punição do Santuário…

— Eu estou ciente que não há meios de fugir do Santuário. E é por isso mesmo que não vou fazê-lo. Se for mesmo necessário lutar contra o Santuário… eu o farei até que a chama do meu coração se apague.

— Is-isso é loucura… - Diz o cavaleiro de prata, perecendo em logo seguida.

— Por outro lado, temo que o farei sozinho… não sei onde estão os outros e não sinto mais o cosmo de Seiya e antes eu podia senti-lo claramente, será que ele morreu? - Falou Hyoga enquanto pegava os cartões de cavaleiros e encarava o cartão de Pegasus.

— Tsc… não, não devo pensar assim, é mais provável que ele esteja esgotado, ele deve ainda estar por perto, descansando escondido em algum lugar.. - Disse Hyoga colocando os cartões sobre os corpos dos Misty e Babel.

— Irei fazer o mesmo e descansarei o máximo possível, se os outros estiverem vivos devem aparecer por aqui em algum momento, então ficarei por perto.