Depois de algum tempo, Moses, Aaterion e Marin regressam à praia de Yumigahama para verificar a demora de Babel e Misty. Ao chegarem eles encontraram os corpos dos dois prateados e dos cavaleiros negros enterrados no lugar dos cavaleiros de bronze.

Moses e Asterion se questionam se foram enganados e ao verem o Cartão de Cavaleiro de Pegasus perguntam a Marin se ela pode explicar como isso era possível já que ela tinha matado Seiya.

A amazona não responde, ela estava tentando pensar em como escapar, porém Asterion a adverte que é inútil já que ele possui a habilidade de ler mentes. Asterion lê a mente de Marin e descobre a verdade, que ela sabia que mais estrelas haviam sido teletransportadas do Monte Fuji por Mu e que ele havia lhe avisado sobre a ilusão que ele criou para acharmos que os cavaleiros negros eram os verdadeiros cavaleiros de bronze e que por isso ela tinha decidido simular a morte de Seiya.

{Flashback de quando a Marin chegou na Praia de Yumigahama}

— Espera aí, Misty! Nossa missão não é matá-lo!

— Marin? - Disse Misty olhando por cima do ombro para a amazona. - Por acaso você não foi avisar o grupo de Asterion para perseguirem os outros cavaleiros?!

— É claro que avisei. Em breve eles devem chegar trazendo os cadáveres dos cavaleiros de bronze.

— Entendo… Marin me responda uma coisa… Aquele ali não é o seu pupilo? - Disse o prateado apontado o dedo para Seiya que estava sendo carregado por Mu. - Não me diga que você mesma veio se encarregar de sepultá-lo?

Porém, Marin não responde. Mu então colocou Seiya gentilmente no chão e usando as suas habilidades telecinéticas o despertou. Sentindo a hesitação de Marin, Mu aproveitou aquela situação para falar telepaticamente com ela.

— Amazona de Águia… você está me ouvindo?

— Mu!? Si-sim… eu posso ouvi-lo.

— Muito bem, me escute… Quando eu estava teletransportando os cavaleiros para fora do Monte Fuji dois cosmo estavam chegando na hora e é provável que ao menos um de vocês dois tenham visto mais do que quatro estrelas saindo de lá, como o cavaleiro de Lagarto ao que parece não mencionou nada, imagino que você…

— Sim... Eu vi outras estrelas saindo pouco depois das quatro primeiras e, como dentre elas eu pude sentir o um cosmo muito familiar imaginei que fosse o Seiya, por isso decidi enviar os outros cavaleiros de prata atrás do segundo grupo de estrelas e vim atrás do Seiya. 

— Entendo, foi uma sábia escolha. Eu criei uma ilusão para que os cavaleiros de prata achem que estão perseguindo os cavaleiros de bronze, quando na verdade eles estão perseguindo os cavaleiros negros…

Marin fica em silêncio… ela sabia que para fazer algo daquele tipo Mu deveria ser muito poderoso.

— Entretanto, não vou mais me envolver nessa batalha. - Continuou Mu. - O que eu posso fazer agora é trazer a armadura do Pegasus.

— Muito obrigado Mu, eu agradeço sua ajuda. Eu tive uma ideia, acho que pode funcionar.

— Muito bem, deixarei o resto com você.

{Fim do Flashback}

Marin tentou fugir e atacou Moses usando ilusões, mas elas foram inúteis, pois Asterion lia a mente da amazona e contava para Moses todos os truques. Dessa forma, Marin foi facilmente derrotada por Moses que finalizou a batalha usando o seu Força Explosiva de Kaitos.

Moses agarrou Marin pelo braço após interceptar um de seus ataques com ajuda de Asterion e a arremessou com uma incrível violência para cima, em seguida ela foi tomada pela força cósmica de Moses que a paralisou. Ao cair ainda imobilizada, Moses desferiu um poderoso soco nas costas da prateada que urrou de dor.

Ainda assim Marin tentou fugir, mas Moses não permitiu, a agarrando mais uma vez e aplicando o seu golpe novamente, dessa vez quando a Marin caiu o prateado acertou um soco em sua cabeça, fazendo jorrar sangue para todo lado.

O mar começou a ficar agitado pela influência do cosmo do cavaleiro de Baleia. Moses então agarra Marin pelo pescoço. - Prepare-se Marin, este será o seu fim!

— Espere Moses! Ela ainda pode ser útil. Vamos usá-la para atrair Seiya, ele ainda deve estar por perto, quem sabe descansando ou mesmo desmaiado. Ele já deve estar moribundo por causa dos combates no Monte Fuji e contra Misty.

— E os outros cavaleiros de bronze?

— É provável que eles apareçam aqui procurando por Seiya ao sentirem o seu cosmo.

— Muito bem. - Disse Moses largando Marin, ao cair no chão ela começou a sangrar sujando a areia da praia.

Pouco depois. — Ah! Marin! - Gritou Seiya despertando. O Bronzeado estava dormindo na praia, escondido entre alguns rochedos.

— Não tenho dúvidas… esse é familiar demais... deve ser o cosmo da Marin… ele parecia estar me chamando… tenho um pressentimento ruim sobre isso... Melhor ir procurá-la agora.

Asterion e Moses amarram Marin de cabeça pra baixo numa área da praia onde a maré estava começando a subir devido a interferência de Moses.

— Você acha mesmo que essa emboscada vai funcionar? - Questionou Moses um pouco impaciente.

— Tenha calma, eu tenho certeza que Seiya irá aparecer para responder ao clamor do cosmo da Marin. E mesmo que isso não aconteça ela não tem forças para se libertar e quando a maré subir ela morrerá afogada.

— Isso resolveria a questão da Marin, mesmo assim ainda acho que só o Seiya virá, e teríamos que procurar pelos outros cavaleiros de bronze.

— Então faremos o seguinte, esperamos mais um pouco e caso ninguém apareça nós nos separamos e vamos procurar pelos outros cavaleiros rebeldes.

— Está bem. Esperarei mais um pouco.

— A propósito… você já ouviu o rumor sobre a Marin?

— Rumor? Que rumor é esse?

— Dizem que quando Marin chegou ainda criança no Santuário ela estava procurando por seu irmão… e que o Seiya também procurava por sua irmã… e como ambos são Japoneses…

— Como é que é? - Falou Moses espantado. - Você está dizendo que Marin e Seiya são irmãos!?

— Como eu disse, isso é um rumor…

Algum tempo depois, Seiya finalmente encontra com sua mestra e ao ver Marin amarrada ele corre para ajudá-la, pois a água do mar já estava cobrindo sua boca, no entanto.

— Finalmente você apareceu Pegasus! - Disse Asterion surgindo na frente de Seiya. - Eu sabia que você viria.

— Então foi você que fez aquilo com a Marin!?

— Sim e para resgatá-la você deverá me vencer, mas já adianto que é inútil lutar contra mim.

— Tsc… Sai da frente! Eu preciso salvar a Marin! - Gritou Seiya, avançando contra o prateado.

— Foi mal, mas seus ataques não vão funcionar contra mim. Eu posso ler a sua mente e saber exatamente o que você vai fazer… 

— Meteoros de Pegasus! — Seiya atacou Asterion a queima roupa, não dando tempo dele esquivar-se. O prateado foi derrubado pelos meteoros e sua armadura teve várias partes destruídas. Mas de repente o corpo de Asterion desaparece entre as ondas.

— Só pode ser brincadeira! Ele desapareceu!? Como isso é possível?

— Eu te falei falei que era inútil lutar contra mim! - Disse Asterion aparecendo atrás de Seiya.

Seiya virou surpreso para o prateado.

— Minhas habilidades telepáticas me permitem conhecer cada canto da sua mente… por isso nenhum dos seus golpes sequer me causará um arranhão!

A maré sobe mais um pouco e chega no pescoço de Marin. Seiya percebe a inquietação no cosmo de Marin e se vira para ela.

— E aí? Acha que consegue salvá-la antes de me derrotar?

— Urgh! Seu miserável! - Seiya ataca Asterion, mas ele esquiva facilmente.

— Agora é a minha vez! - Asterion dá um mortal para trás, atingindo Seiya com os seus dois pés, o lançando com força para cima que vai girando descontroladamente.

— Que patético! Você acha assim vai conseguir salvar a sua… irmã!? - Disse Asterion com um sorriso de canto de boca. - Agora vou esfregar na sua cara a diferença entre nós, um cavaleiro de prata e um de bronze!

Asterion saltou atrás de Seiya para atacá-lo ainda no ar.

— O quê!? Minha irmã… Marin… Marin é minha irmã? - Pensou Seiya, enquanto ele imagina a Marin tirando a máscara e revelando o rosto da sua irmã. - Seika! - Gritou Seiya explodindo o seu cosmo e criando asas.

— Como é possível que seu cosmo seja tão poderoso! Um mero cavaleiro de bronze não deveria ter um poder assim! - Asterion lê a mente de Seiya e vê que ele ia descer usando as suas asas e disparar seus Meteoros de Pegasus.

— Tsc.. Quero ver se você consegue lidar com isso! - Gritou o prateado elevando o cosmo e criando várias cópias de si mesmo.

— Como é!? Ele criou dezenas de cópias dele mesmo… pro inferno! Vou atacar todas elas! Meteoro de Pegasus! — Mas foi inútil, os meteoros não surtiram efeito sobre as cópias de Asterion. 

— Ataque de Um Milhão de Fantasmas! — Gritou Asterion e todos os seus fantasmas partiram em direção de Seiya antes mesmo que ele chegasse ao chão. O bronzeado foi atingindo com inúmeros chutes ao mesmo tempo por todo o seu corpo.

Seiya foi jogado longe pela força dos chutes chocando-se contra o chão, ele estava todo ensanguentado e com seu corpo todo ferido. Até a sua armadura sofreu inúmeros danos, ficando toda trincada e quebrada.

— É uma pena, seus meteoros alcançam no máximo Mach 1, enquanto meus fantasmas conseguem se mover facilmente acima de Mach 2, por isso evitaram todos os seus meteoros. Nossa luta terminará aqui.

— Ma-arin…

— Tsc… ele desmaiou… Mas não se preocupe, em breve ela vai se juntar a você no outro  mundo! Adeus!

Asterion se prepara para dar o golpe final em Seiya quando um cosmo explode perto dali.

— De onde veio esse cosmo!? - Asterion começa a procurar quando, de repente surge Marin. - Impossível! Como você conseguiu escapar!

— Pra ser honesta, eu poderia ter escapado a hora que eu quisesse. E também eu não estava com tanta sede assim pra ficar bebendo água salgada…

— Hunf… não acredito que você pretende me enfrentar de novo. Antes que faça qualquer movimento, eu irei interpretá-lo com minha telepatia. - Falou Asterion assumindo uma posição mais defensiva, ele estava cauteloso, pois já tinha visto o quão Marin era habilidosa.

Marin não responde nada e continua avançando em direção de Asterion.

— Tsc… Vamos descobrir o que você pretende!

Asterion começa a ler a mente de Marin, mas não encontra nada. - Quê!? Isso não é possível! A mente dela está completamente vazia. É como se ela tivesse esvaziado a sua mente e seu coração. Tsc... fui neutralizado. - Asterion fica perplexo. - Que seja, acabarei com você com minha técnica mais poderosa!

Asterion salta para cima com o intuito de lançar o seu ataque, porém Marin também o faz, porém o supera.

— É o seu fim! Lampejo da Águia! — Marin explode o seu cosmo e o concentra em seu pé, na sequência desfere um poderoso chute contra o peito do prateado, destruindo o peitoral da sua armadura, mas o ataque foi tão potente que conseguiu trincar todo o resto da armadura de prata.

Asterion cai todo ensaguentado na areia e Marin pousa ao seu lado. - Apesar de tudo eu poupei a sua vida. Volte ao santuário e avise ao Grande Mestre que o que aconteceu hoje foi só o começo.

— Q-quê? Você enlouqueceu? Por acaso pretende iniciar uma revolta contra o Santuário, Marin? Você tem noção das consequências de travar uma guerra contra o Santuário?

— Sim, eu tenho completa noção do que acontecerá… Haverá uma guerra sem precedentes entre os cavaleiros, inclusive é provável que os cavaleiros de bronze morram durante os conflitos, mas apesar disso poderemos acabar com a maldade que reina no santuário e iniciar uma nova era dos cavaleiros de Atena.

— Marin, o Santuário não irá deixar essa traição impune, outros cavaleiros serão enviados para tomar a sua cabeça e a dos cavaleiros de bronze rebeldes.

— Que venham! Eu irei descobrir e revelar toda a verdade sobre o Grande Mestre… e espero que você não seja um deles, porque da próxima vez não irei poupar a sua vida…

Asterion fica confuso, porém ele percebe uma brecha na mente de Marin e dessa vez consegue ler a amazona usando a sua telepatia. - Você realmente acredita que o Grande Mestre foi corrompido, eu posso ver isso claramente em sua mente e no seu coração você deixou escapar um nome, Timothy... de Altar…

— Você está errado, eu não deixei escapar nada… apenas deixei minhas intenções ás claras.

— Quem é ele? Eu não me recordo de nenhum cavaleiro de Altar... Você acredita que o Grande Mestre está envolvido na morte dele. Mas isso não pode ser verdade... é loucura...

— Descubra por si mesmo, agora suma daqui de uma vez!

Asterion se levanta com muita dificuldade, fica parado por alguns segundos de frente para Marin, e tenta ler mais uma vez a mente da amazona…

— Não se preocupe, não irei te atacar pelas costas se é isso que você está tentando descobrir, apenas vá embora.

O prateado dá as costas a Marin e vai caminhando pela praia até que ele e sua presença desaparecem por completo. A amazona cambaleia um pouco, mas permanece em pé. Ela então volta a sua atenção para Seiya que ainda estava desmaiado e vai caminhando com dificuldade até ele.

Se ajoelhando ao lado dele, ela tira a máscara. - Seiya infelizmente o Santuário não irá descansar até tirar a vida dos cavaleiros de bronze e eu não poderei ficar para ajudar, então sobreviva Seiya, todos vocês precisam sobreviver...

Antes de partir, Marin escreve algo na areia ao lado de Seiya. Depois segue caminhando na pela beira-mar. Por onde a amazona passava deixava um pequeno rastro de sangue que ia sendo apagado pelas ondas do mar.