A Jornada escrita por SrtaAthena


Capítulo 19
Capítulo 18




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No capítulo anterior....

— S-Sasuke-kun....

— Sakura...

Estavam ali, cara a cara, de lados diferentes, sendo inimigos um do outro, com sentimentos abalados e confusos, naquela encruzilhada de seus destinos.

Poderia mesmo lutar contra tudo? Contra seus laços?
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Sakura não movia um músculo, estava com sua atenção focada no moreno a sua frente, que mantinha a kunai em punho, encarando a silhueta da rosada, espantado.
Ela estava ali, de verdade, do lado da pessoa que Orochimaru queria e precisava, isso mudava tudo.....

— Um reencontro, que emotivo_ Kabuto revirou os olhos, ajeitando os óculos tortos_ vamos acabar com isso de uma vez, já demoramos demais.

Ou não...

— Sasuke-kun..._ Ayame segurou a mão da rosada, que estava em choque, seu corpo não respondia, mal sentia o toque de sua shishou.

— Saia da minha frente, Sakura..._ o moreno sussurrou, mantendo a kunai na frente de seu corpo, em posição de ataque e de defesa.

A rosada mantinha a respiração rápida e descompassada, estava nervosa, o aperto de Ayame ficou mais forte, enquanto gemia de dor por causa do ferimento em seu ombro, tirando a mais nova do transe, Kabuto estava a sua frente, não muito longe de seu ex companheiro. Aquilo tudo...

— Sakura! Não vou falar de novo, saia da frente_ Sasuke deu um passo para frente, rosnando as palavras, estreitando os olhos, nervoso.

— Não...

— Sakura....

— Já disse que não vou sair, Sasuke-kun_ os dedos apertavam a mão de Ayame, enquanto a outra apertava em punhos, fazendo sua escolha, mesmo em dúvida.

O moreno estava atordoado pela teimosia da rosada, apertando o cabo da kunai com tanta força que seus dedos latejavam em protesto, como poderia ser tão irritante? Se colocando naquele perigo, daquele jeito!

Kabuto rosnava impaciente, vendo o garoto hesitante perante sua antiga companheira de time, que por sinal parecia mudada em vários aspectos, aquele soco, o chakra, eram novidade que não passaram despercebidas pelo mais velhos.

As íris negras do moreno analisavam a silhueta pequena de Sakura, que tomava uma pose de ataque, ficando quase a frente da sensei.

— Por kami-sama! Chega_ o platinado partiu pra cima da rosada, já impaciente com aquele clima estranho de reencontro, indo tão feroz, com suas íris cinzentas, que nem parecia o mesmo compenetrado de sempre.

Sakura estreitou as esmeraldas, sendo parada pela platinada, enquanto Kazumi tomava a frente, tomando o corpo do mais velho na densidade da água, prendendo o. Ayame levantou, com dificuldade, segurando o ombro da menina, apreensiva.

— Pegue o Tatsumi e a Nina e va embora, agora_ Sakura a encarou indignada, analisando seu rosto trêmulo, enquanto filetes de sangue desciam de seus globos oculares, sendo castigados pela luz do sol, que ficava cada vez mais alto.

— Eu não vou abandonar você, shishou_ a rosada choramingou, quase suplicando, recebendo apenas um sorriso torto de Ayame, que parecia atordoada pela sensibilidade, o que era mais um motivo para ficar e ajudá-la.

— Você não está me abandonando, eu estou te mandando ir, e uma ordem da sua mestra, entendeu, Sakura? _ lágrimas brotaram das esmeraldas da mais nova, que soluçou baixinho.

Sasuke parecia atônito, ainda parado no mesmo lugar, não conseguindo se mover, incapaz de avançar na rosada, que chorava baixinho, sendo empurrada pela platinada, que fixava a atenção ao moreno, principalmente. Kabuto se debatia dentro de Kazumi, que segurava, fazendo pressão na água, esmagando o corpo do aliado de Orochimaru, que a tempos tinha os óculos destruídos e perdia oxigênio cada vez mais rápido.

Sakura deu uma última olhada, encarando a imensidão inebriante dos ônix de seu amado e ex-companheiro, engolindo a vontade de jogar toda sua imensidão de sentimentos em cima do mesmo, que não tirava o foco da mais nova. Suas esmeraldas brilhavam por causa das lágrimas, perdendo de vista assim que correu pra de trás da casa, desaparecendo por dentre as árvores, deixando o peito de Sasuke apertado, da última vez que a tinha vista a mesma estava segura, em Konoha, mas agora estava em um confronto, se perguntando o que diabos estava fazendo ali.

Quando a figura de Sakura desapareceu da vista do moreno, os sentidos de Sasuke pareciam ter inflamado como gasolina, seus orbes ficaram vermelhos escarlate, sentindo seu corpo avançando na shishou da rosada, que o impediu, com sua espada curta, que foi repelida pela kunai, deixando o moreno quase cara a cara com a mulher, que mantinha os olhos fechados, com sua pele manchada de sangue negro.

— Pra trás, moleque, você não é digno dela, jamais será _ a voz arrastada, como um rosnado de um felino defendendo sua cria aguçou mais os sentidos de Sasuke, que almejava por respostas a suas perguntas silenciosas e agonizante. O que ela estaria fazendo com Sakura? Teria raptado ela? O que?!

Ayame o empurrou com a espada, desviando do corpo do uchiha que se lançava pra cima de si, com a arma em punho. A platinada o chutou com força, fazendo seu corpo rígido ser lançado pra trás com brusquidao, seu sharingan latejava em seus globos oculares, com a marca da maldição reagindo aos extintos mais primitivos do jovem.

Kabuto se debatia, alheio ao que acontecia ao seu redor, a invocação estava impregnada com chakra de sua portadora, deixando a massa de água tão poderosa quanto ele, bolhas de ar saiam de seus lábios, enquanto tentava gritar por ajuda de seu companheiro, que estava ao ponto de perder a cabeça, tendo a influência da marca, intensificando seus sentimentos a níveis extremos.

 

/-

 

Sakura On

Ele estava ali, mas não por ela, ou por sentimentos clichês, estava ali por causa da cobra pesonhenta, com um companheiro tão asqueroso quanto sei mestre. Mas o que fazia seu peito doer era os sentimentos aflorados, principalmente depois de deixar sua shishou para trás.

Corria o mais rápido que conseguia, desviando de galhos baixos e espinhentos, passando pelos portões do Castelo em ruínas, sendo recepcionada pelo loiro e a azulada, que estava com os ombros tensos.

— Temos que ir_ simplesmente joguei, pegando minha mochila e a mão de Tatsumi, puxando o para fora dali.

— Espere, cadê a senhora Ayame? _ Nina ficou ao nosso lado, confusa.

— Foram suas ordens...._ minha voz saiu embargada, soltando um soluço sofrido  abafado por meus lábios, enquanto puxava o menino com brusquidão.

As íris da jovem pareciam se afundar na escuridão, negando com a cabeça devagar, mas acabou seguindo aquele ato de desespero, indicando o caminho para a parte mais baixa da ilha.
Uma explosão aguçou nossos sentidos, sentindo os pelos da minha nuca se arrepiarem com o grito estrondoso rompendo pela floresta.

Apertamos o passo, pulando o paredão de um abismo, chegando a uma caverna que ficava escondida entre as rochas da ilha, na qual dava para um cãs estreito e de uso exclusivo de apenas um barco mediano. Ajudei Tatsumi a embarcar, dando nossas coisas a ele, pulando no convés logo em seguida, desamarrei a corta, esperando a azulada, que desprendeu o veículo da madeira do cãs.

— Vamos, agora você_ ajeitei a corda em um canto, mas com um solavanco, acabei caindo por cima da mesma, me virando na hora de ver a azulada empurrando o barco com força.

— Nina-chan!

— Mantenha Tatsumi em segurança! Onegai...._ lágrimas cairam por duas bochechas vermelhas de tanto correr, desaparecendo dali o mais rápido que pode.

O rosto do garoto estava em choque, segurando a espada de Liara contra o peito, que subia e descia, sôfrego.

— Saky-nee_ a voz embargada foi menino fez meu coração ficar do tamanho de nada. Tinha perdido seu lar e ficado longe de sua mãe, e, agora, estava a deriva mais uma vez.

O puxei para perto, guiando o barco pra longe dali, ouvindo mais barulhos de explosões pequenas, vindas do centro da ilha. Quando nos afastamos o suficiente de perto, podíamos ver uma fortuna de fumaça preta subindo dentre as árvores, com alguns focos de incêndio mais a diante, com o fogo balançando sob a brisa, se espalhando aos poucos. Ilha Kazan estava pegando fogo...

Engoli o bolor que formou na boca do meu estômago, sentindo as ondas nos jogando de um lado pro outro, ouvindo o choro do loiro ao longe. Aquela cena ficaria marcada na minha memória para sempre, ouvindo gritos da ilha, arrepiando minha espinha, como em um filme de terror. Gritos de pessoas desesperadas, provavelmente tentando apagar o fogo com urgência, pra salvar seu lar.

Lar este que estava sendo destruído pelo moreno e o subordinado de Orochimaru, enquanto Ayame lutava por sua vida, por sua sobrevivência.

— Shishou.......
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