A Jornada escrita por SrtaAthena


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Ufa, agora sim, os capítulos vão sair seguindo a ordem normal, tanto aqui, quanto nas minhas contas do Wattpad e do SpiritFanfic.



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Cinco meses depois

Soco mais duas vezes a árvore, sentindo meus músculos levemente doloridos, o vento gelado me empurrava de leve enquanto desferia mais golpes contra o pobre toco de árvore, tirando um ou dois pedaços de sua madeira.

— Sakura- nee e tão forte!_ ri com o comentário do loiro, passando meu braço pela testa suada, me virando pra ele.

Suas madeixas estavam maiores, assim como sua felicidade em me ver treinar. Depois de um tempo acabou aceitando meu nome verdadeiro sem muitas explicações, ele era um menino curioso demais, mas aceitava sem muitas objeções.

— Como anda o treino com sua espada? _ me aproximo, sentando do seu lado, em baixo de uma árvore, na frente da casa de Ayame-sensei.

— Parado, tia Ayame não tem muito tempo, até por que ela é cega né_ fez um biquinho, fazendo desenhos invisíveis no chão, usando os dedos pequenos.

— Souca_ bagunço seus cabelos, observando o por do sol entre as árvores, era fim de tarde e não estava tão quente, mas já estava treinando desde cedo, então não escapava da quentura do dia.

— Tatsumi-kun! Entre, vou servir chá_ Nina gritou da porta da frente, chamando a atenção do garoto automaticamente.

— Haiiiii, vamos Sakura-neee _ riu mais, levantando da grama, batendo a sujeira do meu short preto, enquanto o garoto corria casa a dentro. Que energia.

Tinha se passado cinco meses desde nossa chegada, nesse período conheci mais da pessoa que era minha sensei, uma mulher solitária, mas muito forte e inteligente. Também me aproximei mais de Nina e principalmente de Tatsumi, que me chamava de irmã, coisa que nunca teve, já que seu pai desapareceu em uma luta, nunca foi muito claro, só sabia que os ninjas mals tinham tirado ele de sua mãe, a muito tempo, algo que não deixava de ser sofrido por uma criança de 8, 9 anos.

Também tinha aprendido mais coisas ao decorrer do tempo, mas ainda eram coisas básicas perto do que aqueles pergaminhos ainda tinham a me oferecer.

— Sakura_ tirei minhas sandálias, deixando as mesmas do lado de fora, ouvindoca voz de Ayame, vinda da sala onde ela geralmente ficava.

Me aproximei, sentando na frente da mulher platinada, ainda com o short e a faixa que usava nos treinos.

— Terminou o treino que Tsunade-sensei lhe enviou?

— Sim senhora_ respondo, sentindo uma veia pulsando depois de ler as instruções que apareciam no pergaminho a cada etapa concluída.

— Não esqueça que temos treino a noite, tente descansar, quero que esteja bem _ parecia empolgada com os treinos noturnos, mas mantinha uma certa dúvida em seu rosto inexpressivo.

— Vou tomar um banho e descansar, com licença_ faço uma breve reverência a fazendo rir. As vezes me pego pensando se aquela faixa era transparente.

— Certo, não esqueça seu relatório.

—Hai _ respondo e corro pro meu quarto. Indo direto pro banheiro pra tomar um banho quente.

Quando sai, ainda de toalha, peguei o pergaminho vermelho da gaveta, abrindo uma boa parte em cima da mesa, pegando um pincel e tinta, sentando no chão para iniciar meu relatório.

Segurei a folha, começando:

" Tsunade-sama, iniciei seus treinos a quase um mês, está bem apertado seguir suas instruções, mas tenho conseguido com o auxílio de Ayame-sensei.

Fui bem curta no meu relatório passado, mas desta vez vou pegar um pouco do seu tempo.

Continuo na tentativa de trazer o peixe de volta a vida, mas não tem sido muito fácil, meu chakra oscila muito quando penso demais nele, não consigo me concentrar, gostaria de pedir por notificar de Naruto e da busca de Sasuke, talvez isso acalme meus ânimos e consiga focar melhor.
Sei que é um pedido difícil, até por que são informações confidenciais da aldeia, mas tinha que tentar. Espero que pense com carinho sobre meu pedido...

Ah! Amanhã vou assinar meu nome no livro de contratos ninja, estou ansiosa por isso a um tempo, espero poder mostrar minhas técnicas novas para a senhora, até , continuarei com os relatórios."

Não assinei, apenas olhei minhas palavras e fechei o pergaminho, esperando um tempo para abri -lo novamente, vendo que o conteúdo já não residia mais naquela folha. Era sempre assim, quando tinha alguma ordem ou treinamento, passava algum tempo estudando e anotando em uma folha de pergaminho a parte, perdendo o conteúdo assim que fechava o pergaminho vermelho. Ainda não entendia bem como funcionava, mas não tinha que entender, apenas obedecer por enquanto.

Guardei o pergaminho, me vestindo mais que depressa, correndo pra sala, onde o chá estava sendo servido por Nina, com um loirinho abocanhando um monte de biscoitos de uma só vez.

— Tatsumi, olhe seus modos! _ solto uma risada, sentando do lado do menino, que resmungava de boca cheia, Ayame estava na nossa frente, tomando seu chá de forma calma.

— Hoje vamos treinar mais ao centro da ilha_ ergo uma sobrancelha, me servindo de chá de camomila, pegando um biscoito enquanto ouvia minha sensei_ espero que tenha revisado o controle de chakra, ainda não ouvi aquele peixe vivo.

Solto uma risada nervosa, lembrando da ultima vez que tentei, foi quase, mas ainda não estava bom.

— Quase consegui da ultima vez, mais ainda estou tendo problemas pra me concentrar_ respondo, comendo mais dois biscoitos, devagar.

— Talvez hoje, quem sabe _ tomo o resto do meu chá, ainda confusa com aquilo tudo, ainda não tinha visto a platinada sair daquela casa, apenas me dando ordens ou me orientando sobre o controle de chakra e algumas técnicas de Suiton, algo que já tinha pegado o jeito dos selos.

Quando terminamos de comer já estava de noite, acho que umas 19h no máximo, Ayame-sensei me pediu pra esperar lá fora, que ela não iria demorar. A noite estava bonita, a lua estava cheia no céu e as estrelas iluminavam o manto negro, agraciando a nos com sua beleza.

— Podemos ir_ me viro, encontrando uma platinada com o cabelo preso, num rabo de cavalo, trajando uma blusa estilo kimono, azul, com um short preto, combinando com as botas de cano médio, da mesma cor foi short. Mas o que mais chamou minha atenção era a falta da faixa em seu rosto, podendo ver, pela primeira vez, suas sobrancelhas finas e desbotadas, além da cor de seus olhos, que eram opacos e incrivelmente vermelhos.

— Sensei?..._ a chamei, ainda confusa com tudo aquilo.

— Vamos_ a mesma passou por mim, devagar, ignorando meu espanto. A segui, floresta adentro, por uma estradinha escondida por moitas, que nos levavam até o lado norte da ilha.

Andamos por algum tempo, tendo companhia dos barulhos da floresta e dos nossos passos. Nunca tinha ido por ali, na verdade, não tinha me aventurado pela ilha ainda, apenas sabia a distância da casa de Ayame até a Vila, e o que tinha depois do meu quarto, que era a sala, a sala de pergaminhos, o banheiro e a cozinha.

—Chegamos_ fico ao lado da mulher, encarando umas ruínas de um castelo baixo, as paredes eram grossas, mesmo com a deterioração do tempo e com o avanço da floresta. Tinha duas torres, ligadas por um caminho de pedra, bem alto, ao redor muros altos protegiam seu interior, com uma entrada com portões velhos e caídos, de madeira comida por cupins_ Se conseguir sobreviver a esse exercício, lhe garanto que respondo suas perguntas.

— Mas que exercício e?_ Ayame sorrio, desaparecendo na minha frente, me deixando sozinha e confusa.

Seu chakra estava quase imperceptível, mas ainda dava pra sentir as oscilações, que davam no castelo tenebroso. Caminho, devagar, entrando nas entranhas do local, com meus sentidos aguçados, atentos a tudo ao meu redor. "Não vai perder pra uma cega, Sakurinha!", reviro os olhos, entrando no pátio, devagar, tentando enxergar algo naquela escuridão, mas quando pisei em um galho, acabei ouvindo um estalo alto, de algo se partindo.

Duas toras vieram na minha direção, com rapidez, desviei, pulando pra frente, ouvindo mais um estalo, rápido, vários espigões de madeira vieram na minha direção, ainda no ar, me forçando a utilizar o Jutsu de substituição, me esgueirando dentro do castelo escuro.

A entrada não era mais do que uma bifurcação com dois corredores apenas, a luz da lua penetrava os corredores pelas janelas pequenas e sujas, mal dava pra ver o que tinha no chão ou no final dos corredores, mas continuei andando pela direita, agachada. Me aprofundei na escuridão, ouvindo estalos pelas paredes, como se tivesse gente dentro, algumas portas fechadas ou sem eram enfileirados pela parede, dando a salas sem nada ou cheias de mato. As ignorei, virando no corredor, subindo as escadas devagae, tentando achar o chakra de Ayame.

Parecia um castelo cheio de armadilhas, mas ainda não tinha entendido o objetivo do exercício de minha sensei. Pisei nos próximos degraus, ouvindo os estalos da parede como antes, quando dei por mim, as paredes da escadaria abriram em alguns tijolos, jorrando água com força em minha direção, pulando pro teto, utilizando meu chakra, continuando meu caminho, cheguei ao outro andar, utilizando um buraco do teto, enquanto as escadas ainda eram inundadas. O segundo andar dava ao terceiro andar de uma das torres, um lance de escadas em formato de círculo se esgueirava pelas paredes a perder de vista.

Solto um suspiro, puxando minha kunai da bolsinha marrom, ficando em alerta, enquanto subia os degraus, aguçando meus sentidos, já que não enxergava um palmo do meu nariz, pisei com calma, levemente agachada.

— Bom, mas não o bastante_ a voz doce de Ayame ecoava pelas paredes, enquanto a água invadia o cômodo, se erguendo pelas paredes rapidamente, deixando aquele lugar inundado.

Comecei a correr, ouvindo o líquido cada vez mais perto, batendo contra as paredes com força, fazendo a torre tremer. Pulei os degraus, ficando em cima de uma janela grande sem vidros, talvez estivesse segura ali, já que a água iria cair janela a baixo.

— Não deveria confiar em coisas óbvias_ a torre tremer mais, me desequilibrando, caindo no degrau com força, sentindo meus pés na água, porque o algumas vezes, sentindo a massa líquida se esgueirando pelas minhas pernas, enquanto subia escada a cima, não caindo uma gota se quer da torre. Aquilo não era água comum!

Puxei meus pés com força, cambaleando pros lados, tratando de subir rapidamente, os degraus estavam acabando e meu estômago parecia se apertar cada vez mais de nervosismo. Pulei o último degrau, pisando no chão firme, desviando de uma lâmina. Parei do lado oposto da escada, olhando três figuras na penumbra, segurando espadas curtas. Eram clones?

Apertei o cabo da kunai, enquanto os clones partiram pra cima de mim, todos de uma vez. Desviei por baixo, golpeando, um dos clones, vendo o mesmo se desfazer em água. Clones de água! Claro! Ayame-sensei!

Desviei do golpe de um dos clones, que não saiam de cima de mim, sentir o cheiro da lâmina afiada, desviando por pouco, socando o clone na barriga, vendo o se desfazer. Me afastei, dando dois mortais pra trás, com a kunai ainda em mãos. O clone de Ayame estava agachado, virando a espada devagar, correndo na minha direção.

Lembro das anotações do pergaminho e dos fracassos com aquele peixe fedorento, acumulando chakra nas minhas mãos, deixando fluir naturalmente. Pulei na direção do clone, levantando minha mão envolvido pelo chakra, desviando da lâmina da espada pelo lado esquerdo, socando sua cintura do força, jogando o clone contra a parede, vendo se espatifar como um brinquedo.

Solto o ar dos pulmões, devagar, sentindo a adrenalina pulsando na minha corrente sanguínea. A água começou a alagar o espaço, correndo pro caminho que dava a pequena e estreita ponte de pedra, sentindo o vento se chocando contra meu corpo, enquanto andava com o máximo de cuidado.

Quando cheguei do outro lado, analisei ao redor, percebendo que a pedra era escura e áspera, parecendo pedra vulcânica. Entrei no cômodo da outra torre, encontrando Ayame apoiada na parede, com os braços cruzados.

—Então, como foi o controle de chakra??_ parecia tranquila, enquanto respirava fundo.

Sério que ela quase me matou pra que eu conseguisse dominar o controle a base de pressão????

Que bela sensei eu tinha....shannaro!


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