A Jornada escrita por SrtaAthena


Capítulo 10
Capítulo 9




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Narradora On

Depois do desencontro com aquele homem e juntar maia informações do mesmo, Sakura decidiu dar uma olhada na pequena Vila. Descobriu que o lugar era mais um ponto turístico que uma vila de pescadores, viviam da pesca e claro, mas sua renda também vinha de passeios pela costa e de viajens a olhas próximas, como a ilha Kazan, destino final da rosada.

Também descobriu que existia mais quatro ilhas além da que estava querendo chegar; a Ilha das fontes termais, dos ventos, da pedra quebrada e a da espada, junto com a ilha Kazan formavam um conjunto de Ilhas onde pessoas iam e vinham, seja morador ou visitante de outros lugares, complementando a renda daquelas pessoas.

Bem que poderiam ser gentis e não cobrarem sua passagem, mas estava pra nascer que isso fosse acontecer, tinha que conseguir dinheiro ou era melhor começar a nadar até lá, mas como?

Talvez pedir uma vaga como garçonete em um dos bares ou restaurantes, mas isso demoraria demais se fosse mensal e não tinha tempo pra algo tão demorado. Sentou se perto de uma árvore, na entrada da floresta, um pouco afastada da aglomeração de gente, com a cabeça trabalhando em alguma coisa que fosse útil. Pego um dos bolinhos que tinha trazido, tirando pequenos pedaços enquanto pensava no que fazer, quando escutou vozes de crianças se aproximando.

— Isso é um bolinho? _ Sakura encarou o menor, que olhava atento ao doce em sua mão.

A rosada olhou o doce e depois para o pequeno, que babava, literalmente.

— Eh, e sim, quer um pedaço? _ o garotinho afirmou com a cabeça, sentando na frente da jovem quando a mesma lhe deu uma quantidade moderada do doce.

Sakura observou atenta enquanto o mesmo devorava a massa, suspirando de satisfação.

— A senhora tem mais? _ a boca estava suja dos lados por causa do recheio de lavanda. Realmente, aqueles bolinhos eram uma maravilha.

— Foi meu último, desculpe_ Sakura lamentou, vendo a cara triste do pequeno, que fez um bico_ mas... Se quiser, eu poderia fazer mais.

O garoto sorriu, se levantando, puxando a rosada pelo braço.

— Hontoo, hontooo?????

— H-hai, mas preciso de coisas pra fazer é uten-_ foi cortada pela voz do garoto, que a puxava pelo braço, pela rua.

— Okaa-san tem tudo lá em casa, vamos.

A Haruno riu, tentando fazer com que o garoto parasse de puxa lá com tanta força, mas não deu muito certo, quando se deu conta estava na frente de uma casa, afastada da Vila, e mais próxima ao mar, era pequena e de madeira, mas não deixava de ter sua beleza.

— Okaa-san, cheguei, eu trouxe uma amiga_ o menino correu pra dentro, deixando uma rosada sem graça na frente do local.

O garotinho a chamou, com uma mulher loira lhe observando com um sorriso.

— Com licença_ Sakura se aproximou, sentindo cheiro de peixe sendo preparado com ervas que a mesma não conseguia identificar.

— Olá, meu filho a estava pertubando? ele sempre faz isso com os visitantes.

— Ah, não, ele foi só curioso_ a mulher acaeicou os cabelos negros do menino, que sorria_ ele provou um bolinho de lavanda e me pediu mais, só que não tenho mais e disse que poderia fazer, quando dei por mim estava na sua casa.

— Tatsumi-kun, que coisa mais feia filho_ o garotinho fez um bico tão fofo que era impossível brigar com ele.

—Esta tudo bem, não foi um incômodo, fico muito feliz em fazer os bolinhos _ Sakura sorriu, sendo convidada para entrar pela mais velha, que sorria sem graça.

Tatsumi pegou as mãos da rosada, puxando a para a cozinha, sendo seguida pela mãe, que mantinha um sorriso nos lábios finos. Sakura ajudou o garotinho a pegar os utensílios necessários dos armários, colocando em cima da mesa.

— Desculpe a intromissão, uma desconhecida na sua cozinha_ Sakura estava desconfortável por estar ali, mesmo sendo puxada pelo garoto, e com segundas intenções sobre aqueles bolinhos.

— Que isso, meu filho sempre trás alguém aqui, mas nunca alguém tão jovem quanto você_ a loira sorrio, ajudando seu pequeno a pegar uma tigela.

— Imagino o quão surpresa deve ser seus dias, senhora_ Sakura sorriu, colocando um pouco de farinha, tentando se lembrar da base para bolinhos, já que não sabia a receita dos famosos bolinhos de lavanda de Kora.

— Não tenho dias tediosos_ riram juntas, deixando Tatsumi empurrado de certo modo, por ser detalhado daquele jeito, mas ficou olhando ambas enquanto cozinhavam.

Sakura juntou o seco e os líquidos, batendo a massa, enquanto instruia a mais velha no receio, que não era mais do que pasta se feijão, já que a lavanda estaria na massa.

— Me chamo Liara_ a loira limpou as mãos, depois de deixar a massa descansando.

— Naomi_ Sakura optou pelo nome falso, sentando na cadeira, observando a sala/cozinha simples, mas reconfortante.

— Você veio da Vila das flores?

Sakura ergueu uma sobrancelha, se perguntando como aquela pergunta soava mais como uma confirmação.

— Passeio por lá, estou a procura de meus colegas na Ilha Kazan_ Liara sorrio, servindo chá para ambas, enquanto Tatsumi brincava no quarto.

— Ilha Kazan, umas das nossas principais ilhas, tem uma excelente colheita, vai na viajem de manhã? Porque duvido que consiga pegar a da tarde a essa altura _ Sakura tomou um gole do chá verde, pensativa_ Naomi-chan?

— Não, mas irei com toda certeza, preciso chegar lá o quanto antes, devem estar preocupados comigo...._jogou o sentimentalismo no ar, com o pesar da voz sendo mais real, mas pela mentira.

— Posso ajudá-la, tenho um conhecido que trabalha no barco, ele me deve um ou dois favores, posso convence-lo a lhe ceder uma passagem_ os olhos de Sakura brilharam, sorridente.

— Ain, ahigatô, Liara-san_ a rosada a abraçou, sentindo os braços magros da mais velha retribuirem o gesto.

"Como somos sortudas, testudinha!", Inner gritava de felicidade, enquanto a rosada apenas concordava.

Mas será que aquela sorte toda continuaria?

 

 

/_

 

Sakura On

Estava tudo indo bem, mesmo que me doesse mentir para pessoas, mas não podia chamar a atenção ou demorar demais para chegar ao meu destino, em pouco tempo teria que enviar um relatório a Tsunade-sama e deveria estar pelo menos na Ilha.

Terminamos os bolinhos, depois da massa descansar, assar e esfriar, não estavam como os de Kora, mas ambos suspiravam de satisfação com o gosto dos doces.

— Tá muito bom_ Tatsumi suspirou, falando de boca cheia, escorrendo recheio dos cantos da boca.

Ajudei a loira a lavar a louça e a organizar tudo nos armários de novo, quando enxugava minhas mãos bateram na porta com força, Liara-san me pediu para ir pro quarto com Tatsumi e ficarmos em silêncio. Puxei o garoto pra dentro, que não fez perguntas ou reclamou.

Senti meus pelos arrepiados quando vozes masculinas invadiram o cômodo da sala, mas não conseguia entender o que falavam.

— Eles vem quase toda semana..._ Tatsumi sussurrou, se afundando no meu colo.

— Por que?_ questionei o garotinho, que apertou mais meus braços contra seu corpo frágil.

Barulhos de coisas caindo e gritos faziam o pequeno se encolher de medo, a janela do quarto médio estava aberta, mordi meus lábios, sentindo meus instintos de ninja me implorando pra sair dali. Mais gritos e barulhos, apertando Tatsumi contra meu corpo, não conseguia mais aguentar, peguei o menino nos braços, juntando todas as forças que tinha pra pular a janela, que dava para os fundos da casa, não muito longe da floresta.

A casa era um pouco mais acima do chão, por causa da maré alta, de baixo dava certinho duas figuras pequenas como as nossas, mas deixei apenas Tatsumi ali.

— Fique abaixado e em silêncio_ sussurro, puxando a kunai da bolsinha, rodando a casa devagar, ouvindo as palavras altas dos homens, com a de Liara bem no fundo.

Espiei pela janela do lado, da sala, vendo a loira apontando uma espada fina contra os homens, seus olhos negros pareciam tão afiados quanto a lâmina da espada, mas isso não intimidava os dois homens altos e grandes a sua frente, com espadas maiores e mais pesadas

— O senhor Takay não gosta de esperar, Liria-chan, mesmo se for pra você e seus dons, então, seja boazinha e aceite logo, pelo bem do seu filho_ um deles rosnou as palavras com gosto, acariciando o cabo da espada.

— Já disse e repito, não tenho interesse em envolver meu aço com aquele babaca do Takay, então, faça o favor vocês rapazes, caiam fora, já cansei de suas ameaças! _ Liara apertou forteno cabo de sua espada, encarando aqueles dois com raiva.

— Mesmo sendo uma ferreira boa, você é um pé no saco, loirinha!_ o outro brutamontes sacou sua espada, ou o que fosse aquela arma enorme, colocando na frente do corpo, contrapondo a de Liara, que era fina.

Rasgo uma das mangas de minha blusa, pegando uma ou duas flores de lavanda, fazendo uma trouxinha com o tecido, nunca tinha feito uma bomba caseira de chakra, muito menos utilizando uma flor, mas deve bastar pra fugir e pegar Tatsumi no caminho. Faço infusão de chakra, tentando mantê lo estabilizado, era o básico que tinha aprendido na academia, pelo menos isso tinha que fazer direito. Joguei pra dentro, me afastando dali indo pros fundos da casa.

Não demorou para que uma fumaça roxa saísse de dentro da casa, pelas janelas, provocando uma correria dentro do imóvel, puxei Tatsumi pelo braço, colocando nas costas, correndo pra floresta, dei uma olhada pra trás, vendo um vulto loiro correndo pro outro lado, mas pegando o rumo da floresta, assim como nós.

Pulei pros galhos, me esgueirando pelas folhas das copas das árvores, me escondendo na parte mais alta, com o garotinho na minha costa.

— N-naomi-chan, Você é uma ninja?

"Surpresa!", sinto uma veia pulsando na testa, com meu disfarce se deteriorando na minha frente, mas o que fazer? Nunca deixaria acontecer nada com aquelas pessoas, mesmo não conseguindo encerrar aqueles sujeitos frente a frente.

Poderia ser fraca, mas covarde nunca.


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