Mirror Myself In You escrita por LadyDelta


Capítulo 24
Can't Take My Eyes Off You


Notas iniciais do capítulo

OLÁAAAAAAAAAAAAAAAA! Não vim ontem, mas estou aqui hoje, oi e oi.
Como vai? Hoje não tenho muito a declarar aqui, só que, se tu é ovelha antiga, vai notar uma grande mudança de solta de informação aqui, não pra tu no caso, mas pra personagem aheueheueheu. Enfim, é isso? Beba água! faça cocô regularmente.

Playlist da história.

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Música do capítulo: Can't Take My Eyes Off You - Frankie Valli x Lauryn Hill (Joseph Vincent Cover)

~Boa leitura.



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Victória Pov.

Virei-me na cama para abrir um joguinho no celular, mas acabei desistindo ao ver que havia chegado uma notificação. Desci a barrinha em curiosidade ao ver que era do Instagram. Eu não postei nada recentemente e não tem ninguém para me seguir por aqui. Eu praticamente uso em sua maioria, para seguir meus YouTubers favoritos e postar algumas fotos aleatórias que não faço questão de curtida.

— Quem me perturba? – Perguntei para mim mesma e li o que dizia.

[vick_frieck_elder]: galateia_merok começou a seguir você.

— QUÊ????? COMO ASSIM? DESDE QUANDO? – Gritei em choque. Desde quando ela tem um Instagram? Meu Deus! Será que minhas preces foram ouvidas e eu poderei babar nas fotos dela? Não acredito que é mesmo real.

— Que aconteceu? – Jhu perguntou entrando no quarto assustada e virei o celular em sua direção.

— A Galateia tá me seguindo no Instagram! A GALATEIA. – Gritei e arregalei os olhos por meu celular vibrar na minha mão. Virei a tela em minha direção e olhei a notificação.

 [vick_frieck_elder]: galateia_merok curtiu sua publicação.

— Pelo amor de Deus! Ela curtiu minha foto! JHU, ELA CURTIU MINHA FOTO. – Gritei de novo e voltei a atenção para o celular que voltou a vibrar. Abri meu Instagram, vendo que as notificações nele só subiam. Eu não acredito que ela está curtindo todas as minhas fotos.

[vick_frieck_elder]: galateia_merok curtiu sua publicação.

[vick_frieck_elder]: galateia_merok curtiu sua publicação.

[vick_frieck_elder]: galateia_merok curtiu sua publicação.

[vick_frieck_elder]: galateia_merok curtiu sua publicação.

[vick_frieck_elder]: galateia_merok curtiu sua publicação.

— A NÃO! SOCORRO. ELA TÁ CURTINDO TUDO. – Voltei a gritar. – JHUUUUUU! – Chamei e ela começou a rir.

— PAI! A Vick tá boiolando porque a Galateia a seguiu no Instagram e tá curtindo tudo sem dó nem piedade. – Saiu do quarto correndo e soltei o celular sobre a cama para pegar meu travesseiro e o apertar na minha cabeça, me impossibilitando de respirar por alguns segundos, só para descobrir se estava ou não morta. Porra! Ela está curtindo as minhas fotos.

— Ela tá curtindo? – Pai surgiu na porta e tirei o travesseiro da cabeça para lhe olhar. – Mas é claro que ela vai curtir as fotos do meu filhotinho, olha só que coisinha mais linda que eu fiz. Tenho muito talento, olha essa genética. – Se gabou e revirei os olhos me arrastando na cama para pegar o celular de novo e seguir Galateia de volta. Por que ela fez um Instagram? Pra ver minhas fotos? Hahahahaha óbvio que não! Isso só pode ser coincidência, não é? Vicent e Sam começaram a me seguir na semana passada, curtiram minhas fotos do mesmo jeito e eu nem me importei. MAS PORRA! AGORA É A GALATEIA.

— Ela nem tinha redes sociais. Acredite, eu já procurei muito.

— Claro que você procurou! Eu teria feito a mesma coisa com a Vane quando a conheci, a diferença é que naquela época, redes sociais eram pouco usadas e se eu quisesse ver ela, precisava ficar plantado frente a minha cafeteria favorita e torcer pra ela passar por ali. – Contou orgulhoso e ergui uma sobrancelha. Pai nunca contou como conheceu a Vanessa. – Ela era a coisa mais linda que eu já havia visto.

— Como se conheceram? – Perguntei curiosa e ele abriu um sorriso de orelha a orelha.

— Ela me beijou aleatoriamente na rua quando eu estava na cafeteria mexendo no celular e esperando meu pedido sair, daí disse “desculpe a demora, amor”. – Contou e me sentei em posição de meditação. Não acredito que foi assim que se conheceram. – Ela só estava se livrando de um cara idiota que estava seguindo-a. Quando ele me viu, meteu o pé, mas também. – Curvou o corpo forçando os músculos e revirei os olhos. – Então quando meu café chegou, ela o tomou da minha mão e disse “desculpa, espero que não tenha namorada. Isso aqui é meu, considere um pagamento pelo meu beijo.” e foi embora. Ela me beijou, roubou meu café e foi embora levando meu coração junto. – Contou nostálgico e sorri. Não acredito que a Vanessa beijou meu pai do nada. – Passei uma semana em frente a cafeteria no mesmo horário para ver se ela ia passar de novo e, no último dia, quando já estava desistindo, ela surgiu de longe.

— E aí?

— Eu fui falar com ela e ela ficou muito desconcertada, nem parecia a mesma garota que me beijou do nada. Vê-la tão envergonhada me fez achá-la ainda mais linda. Ela me explicou toda a situação e porque tinha feito aquilo, pediu desculpa e me pagou um café. A gente conversou e no fim da tarde, eu percebi que ficar uma semana em frente aquela cafeteria sem a certeza se a veria de novo, foi a decisão mais certa da minha vida. – Falou orgulhoso e soltei um coro de fofura. Meu pai enaltece a Vanessa de todas as formas possíveis e sempre está deixando claro o quanto gosta dela e como é sortudo por ter se casado com ela.

— Minha meta de relacionamento é um dia chegar perto de como vocês são quando estão juntos. – Confessei e ele se inclinou beijando minha testa.

— Eu espero que Galateia seja de fato o seu grande amor e que possam virar um casal. – Se ergueu e sorri olhando para tela do meu celular. – Manda mensagem pra ela, insista no que você quer, que a vida te retribui baseado no seu esforço. – Garantiu e saiu do quarto fechando a porta no processo. Certo, acho que vou deixar mais óbvio para Galateia que estou a fim dela. Mas a quem quero enganar? Eu só falto travar quando ela me olha com aqueles olhinhos azuis lindos.

Galateia Pov.

Observei em silêncio o quadro de um cavaleiro empunhando uma lança e reprimi uma risada por Liane se colocar ao lado dele e se curvar para trás, arregalando os olhos e fingindo segurar a lança.

— Tira uma foto minha. – Pediu e ri pegando meu celular para bater a foto.

— Você é muito idiota.

— Claro que sou. Vem cá, vou tirar uma sua. – Chamou e neguei várias vezes com a cabeça.

— Não faz meu estilo de foto. – Alertei olhando na direção da minha mãe, que analisava uma estátua minuciosamente.

— Vocês se parecem tanto. – Falou e correu até a estátua, fingindo que bebia o líquido inexistente que ela jogava de um jarro.

— O que você está fazendo? – Mãe perguntou confusa com a pose e me aproximei para bater a fotografia.

— Estou tirando fotos criativas. MEU DEUS! AQUELA ALI VAI SER PERFEITA. – Gritou correndo em direção a estátua que tinha uma perna esticada como se chutasse algo.

— O que vai fazer? – Perguntei confusa e arregalei os olhos por ela se abaixar e deitar no meio do chão, se movendo até ficar curvada perto do pé da estátua.

— Liane Merok, levante já desse piso. – Mãe bradou e ela cobriu o rosto com ambas as mãos para fingir que chorava, o que me deu tempo suficiente para bater a foto. – Qual a necessidade? – Reclamou e Lily se ergueu para vir em minha direção, pegando o celular para lhe mostrar a foto.

— Diversão mãe, diversão.

— Existem várias formas de se divertir, não precisa necessariamente deitar em um piso de higienização duvidosa.

— Nossa, fala menos formal, por favor. Não preciso me esfregar nesse chão imundo, pronto. – Murmurou e mãe lhe olhou com uma expressão totalmente de desgosto. – Enfim, vamos comer alguma coisa? Eu sei de um restaurante aqui perto que é maravilhoso. – Chamou passando o braço por meu ombro e sorri assentindo com a cabeça.

— Acabamos de chegar. – Mãe reclamou.

— Sim, mas Galateia estava em aula até agora pouco, tenho certeza que ela não comeu nada antes de ir para diretoria. Certo?

— Certo. – Confirmei.

— Não comeu? – Mãe se aproximou curiosa e lhe olhei um tanto quanto confusa. Ela parece estar preocupada por quê? – Sua tia me disse que você ingere muito chocolate durante seus dias. Se ficar sem comer direito isso, pode acarretar em uma diabete. – Começou e olhei para Liane meio perdida. – Vamos comer algo e depois voltamos. – Saiu na frente e Lily me puxou pela mão.

— Ela está tentando. – Piscou e sorri negando com a cabeça. Antes tarde do que nunca.

XxX

Passei pela porta a fechando em minhas costas e fui na direção da cozinha, encontrando tia Cass, que batia a massa de um bolo, cantarolando uma música que eu não conhecia.

— Hey tia. – Saudei colocando minha mochila sobre um dos bancos e ela sorriu grande ao me olhar.

— Hey, meu amor. Se divertiu? – Perguntou e fui até a pia para lavar minhas mãos.

— Hummm... Foi um meio termo. – Sequei a mão no pano de prato e desabotoei o paletó do meu uniforme o tirando para colocar no encosto da cadeira.

— Scarlet não sabe muito o significado de diversão para adolescentes, passou a dela enfurnada no quarto enquanto escrevia. – Contou me oferecendo uma xícara de medida cheia de açúcar e a virei dentro da massa.

— Hoje eu percebi que ela é um pouco chata. – Murmurei e ela riu alto.

— Liane te salvou, não é? – Perguntou e lhe olhei confusa, aceitando o Fue que ela estendeu para mim.

— Como a senhora sempre sabe das coisas? – Perguntei começando a bater a massa. – Eu não contei que a Liane tinha voltado.

— Meu anjo, quando vai perceber que você é muito legível? Esses seus olhinhos aí são muito expressivos. – Falou divertida e ri.

— Acho que não são nada. A senhora que é muito observadora.

— Talvez eu seja. – Pegou a massa batida e despejou dentro da forma que já estava untada para levar ao forno. – Como ela está? – Perguntou depois de fechar o forno e se virar para mim.

— Muito bem, os anos que passaram foram bons para ela. O pouco que já nos falamos deu para notar o quanto significaram. Acho que ela “cresceu” em vários aspectos. – Contei me escorando ao seu lado no balcão.

— Isso é ótimo. E a menina que você gosta? Como vão as coisas? – Pegou um pedaço de morango o comendo e arregalei os olhos indo até a mochila para pegar meu celular.

— Eu não mandei mensagem pra ela. Fiquei tão ocupada que não tive tempo. – Desbloqueei o aparelho e ouvi sua risada.

— Tome um banho antes, coma alguma coisa também. Pode fazer isso? – Pediu e assenti voltando a bloquear o celular. Ela está certa, eu preciso tomar banho e comer algo antes de passar meu tempo falando com a Vick.

XxX

Arrumei minha mochila no ombro e segui pelo corredor. Ontem à noite eu acabei mandando mensagem para Vick como disse que faria, e ela avisou que não viria para aula, então minha vontade de estudar hoje está zerada. Em pensar que eu já poderia ter terminado meus estudos e agora estou aqui por nada além de terminar o ano letivo junto dela.

— Anda mais rápido, lesminha. - Vicent passou por mim e bateu o ombro no meu, indo para sala de aula. Ah, mas vai levar um soco agora. — OH MEU DEUS! – Gritou da porta e revirei os olhos. Por que diabos ele está gritando? - É um milagre senhor! Um milagre. – Cobriu a boca com uma mão e andei um pouco mais rápido. - Ninfa! Você não vai acreditar no milagre que aconteceu. – Falou se virando para trás e cheguei na porta olhando para dentro da sala de aula, vendo Victória sentada no seu lugar, com um sorriso divertido. Eu não acredito que ela me fez acreditar que não viria.

— Que surpresa. – Falei empurrando Vicent para o lado e entrei na sala, guiando a mão para fazer um carinho na cabeça dela antes de me sentar.

— Está melhor, gatinha? – Vicent perguntou se sentando de frente para nós e coloquei a mochila pendurada ao lado da minha cadeira antes de voltar a fazer carinho na cabeça dela, sorrindo por ela a deitar sobre a própria mochila e fechar os olhos. Um nenê.

— Estou ótima. Não passo mais de dois dias doente, uma vantagem de ser atlética. – Falou divertida e Vicent riu.

— Galateia também não fica doente com facilidade. Isso seria um sinal para eu começar a me exercitar? – Brincou e parei de fazer carinho na cabeça dela para virar na direção da minha bolsa. Preciso pegar essas anotações agora, caso contrário, vou me esquecer delas e ela ficará sem o conteúdo das aulas passadas.

— As anotações que fiz pra você. – Lhe estendi as três folhas soltas onde havia copiado a matéria passada. Ela sorriu carinhosa e se sentou direito, deixando as folhas sobre a mesa para chegar mais perto de mim e me envolver em um abraço. Arregalei brevemente os olhos e lhe abracei de volta, apertando seu corpo no meu. Eu adoro abraçar essa garota, pelo amor de Deus.

— Muito obrigada. – Sussurrou se afastando e sorri grande.

— De nada.

— Engraçado que quando eu faltei, vocês não copiaram nada pra mim. – Vicent reclamou e lhe olhei tediosamente.

— A sua ausência eu comemoro, a da Victória eu sinto falta, apenas. – Falei e ele estreitou os olhos.

— Por isso ficou tão mau humorada? Vick, ela só faltou chorar. – Contou e arregalei os olhos no susto.

— Mentira! – Neguei rápido e lhe olhei feio para não continuar, mas me contrariando, ele riu maldoso. Eu vou matar ele.

— Mentira? Quem é que ficou murmurando que a Vick não lhe dava atenção? Hã? – Garoto...

— Você! – Acusei e ele estreitou os olhos antes de começar a mexer no próprio celular e o virar em nossa direção com um sorriso maldoso. Não! Eu não acredito que ele ousou fazer isso.

— Mas que droga. A Vick poderia pelo menos avisar que não ia vir ou responder a minha mensagem. Eu nem sei se ela está bem, que raiva. — Senti meu rosto esquentar de raiva ao ver o vídeo onde eu reclamava enquanto escrevia no meu caderno. – Bestar ela está dormindo, né?— A voz dele soou e apertei os dentes uns nos outros. – Não muda o fato de que estou preocupada. – Voltei a reclamar e o vídeo foi encerrado, estava prestes a assassinar ele pelo olhar, mas a expressão divertida da Vick tomou toda a minha atenção. Caralho! Eu estava lhe chamando de Vick no vídeo.

— Você me chama de Vick! – Falou em um tom agudo e me encolhi no lugar. Meu Deus, alguém me mata nesse momento! Não quero mais viver. – Oh meu Deus, que gracinha! Você me chama de Viiiiiick. – Enfatizou o Vick e deitei a cabeça na mesa para cobri-la com ambos os braços. Eu vou matar o Vicent. – Essa foi a coisa mais fofa do meu dia. – Continuou e fechei os olhos por sentir todo o peso do seu corpo sobre minhas costas. – Me chama de Vick sempre, por favor. É a coisinha mais fofa do mundo. – Me abraçou apertado e cobri ainda mais minha cabeça com os braços. Deus, é a primeira vez que sinto tanta vergonha na minha vida toda.

— Acho que ela vai me matar. – Vicent falou um pouco preocupado. VOCÊ ACHA? DESGRAÇADO. – Vick, sério. Agora que eu mostrei, percebi que ela realmente está com muita vergonha disso. – Falou rápido. – Por favor, solta ela ou tenho certeza que vou receber um soco. – Sua voz soou ainda mais afobada e os braços de Vick se afrouxaram ao meu redor.

— O quê? Por quê? – Perguntou sem me soltar.

— Eu não devia ter feito isso. – Começou e forcei meu corpo um pouco para cima pra me desvencilhar dos braços da Vick e me levantar.

— Você está morto. – Avisei antes de me retirar para ir ao banheiro na intenção de me acalmar. Deus, se eu fosse um pouco mais fodida da cabeça, tenho certeza que teria um ataque de ansiedade nesse momento. Os de pânico já tenho por causa da água, só o que me faltava era ter a ansiedade atacada também. Por que essa merda de vídeo existe? Droga... Custava ter me avisado? Precisava mostrar pra ela na minha frente? Mas que inferno. Droga! Mas o que posso reclamar também? Eu que sou a burra que fala um apelido quando ela não está junto. E nem é grande coisa, meu Deus! É só um apelido.

— Galateia? – Ouvi a voz de Vick e me virei de supetão pelo susto que levei, vendo sua expressão preocupada. – Hey, tá tudo bem menina. – Riu divertida e veio em minha direção. – Que tem me chamar de Vick? Eu gosto e até prefiro. Pode fazer sempre. – Falou e esticou os braços para segurar meus ombros. – Você é minha amiga, tem mais do que liberdade pra isso. Vicent disse que você tem certa dificuldade sobre intimidade com as pessoas. – Avisou e estreitei os olhos.

— Eu vou ter certa dificuldade pra fazê-lo engolir o celular dele, isso sim. – Bradei irritada e ela riu alto.

— Meu Deus, que gracinha. – Falou divertida e desfiz minha expressão brava por pura surpresa. – Ainda bem que eu vivo na supremacia da Galateia. – Alertou e ergui uma sobrancelha. - Você pode muito bem me chamar como quiser. – Falou e me assustei brevemente por ser abraçada de leve. – Eu gosto muito de Vick, acredite. Ter você me chamando assim é inesperado, mas extremamente fofo. – Sorriu e afastou um pouco para me olhar. – Não fique ansiosa ou derivados disso. Tá tudo bem me chamar por um apelido. Estou dizendo aqui e agora que eu gosto muito, ok? Pode usar, sempre. – Garantiu e assenti um pouco sem reação. – Quer que eu te chame por um apelido também? Não Ninfa, porque acho que ele veio de um jeito meio pejorativo. – Pediu e lhe olhei em silêncio por alguns segundos.

— Tudo bem. – Sussurrei ainda meio envergonhada e fui abraçada de novo.

— Então continue com Vick que eu irei pensar em algo. E não mate o seu primo, ele fez meu dia melhor. – Falou carinhosa e fechei os olhos aproveitando do abraço. Meu dia acaba de ficar melhor também. Talvez ele deva viver por mais tempo, não muito.

XxX

Apoiei o rosto sobre a mão e olhei na direção da Vick, que jogava no celular, dedicando toda sua atenção no aparelho enquanto mantinha um sorriso maldoso nos lábios.

— O que está fazendo de tão cruel que não desfaz esse sorrisinho? – Perguntei curiosa e ela me olhou rapidamente.

— Fiz uma composição de demônios e atiradores. Ninguém está conseguindo me ganhar e minha loja só vem bonequinhos que preciso. Além de que, estou rica. Porque a cada luta que ganho, maior é minha recompensa em ouro, porque acumula. – Contou animada e deitei a cabeça em seu ombro para focar na tela, contendo um sorriso por seu corpo travar brevemente.

— Por que uns são mais caros? – Indaguei curiosa ao ver sua loja aberta.

— São mais poderosos. Tipo, tem os com aura verde, azul, roxa e amarela, mas também tem os que não tem aura alguma. – Contou comprando um dos bonequinhos amarelos. – Os amarelos são os mais fortes, no caso, a habilidade que eles usam são muito poderosas ou de controle de grupo. – Explicou e virou o celular na minha direção. – Saboreie minha vitória, eu vou trucidar o meu último oponente. – Se gabou e sorri por seu bonequinho vencer.

— Bom, enquanto jogam. Eu vou ir comprar um suco, porque o calor hoje está terrível. – Vicent se levantou da cadeira a nossa frente e ergui a mão pedindo dois sucos também, um pra Vick e pra mim, o vendo assentir e se retirar da sala.

— Quer tentar? – Ofereceu seu celular e neguei brevemente antes de me curvar para deitar a cabeça sobre meus braços. Estou morrendo de sono. Fui dormir tarde, acordei cedo, fiz aula de karatê e ainda preciso ir no psicólogo antes de ir para casa da minha mãe.

— Estou com sono. – Sussurrei fechando os olhos de leve e sorri ao sentir seus dedos passearem sobre meu cabelo em um carinho.

— Você sempre tem sono? – Riu e virei a cabeça um pouco de lado para lhe olhar, focando no verde claro dos seus olhos.

— Na maioria das vezes. Dormir é agradável. – Brinquei e ela quase caiu da mesa para pegar a folha de anotação que voou com o vento que entrou pela janela.

— Caralho, que susto. – Falou puxando o vidro para fechar e focou na folha que tinha voado, que agora segurava firme na mão. — Sabia que a sua letra é muito bonita? Além de você ser linda, a letra também é, absurdo. – Comentou e sorri sem jeito. Só hoje, ela já me chamou de linda umas três vezes.

— Obrigada, mas... Precisei fazer curso de caligrafia quando tinha de dez pra onze anos. – Revelei e suas sobrancelhas franziram.

— Não sabia escrever?

— Sabia, mas precisei passar por uma rigorosa aula de etiqueta que durou quase um ano e meio. – Contei. – Tive de mudar minha forma de dialogar e me expressar também.

— Por quê? – Perguntou surpresa e suspirei.

— Porquê de acordo com minha mãe, eu estava “errada”. – Fiz aspas com os dedos e seus olhos se arregalaram. – Acha que sempre fui formal desse jeito por desejo interno? Enfim, mudanças.

— Mas... Qual a necessidade?

— Não é segredo que minha família é bem rica. Minha mãe em específico, é obcecada por regras de etiqueta. Mas eu costumo ser meio boca suja quando não tem um familiar perto. – Contei e ela ficou me olhando por uns instantes.

— Atriz o nome, né? – Brincou e sorri.

— Amo teatro, então eu diria que talvez.

— Sério? Nossa! Eu também amo teatro. – Disse animada e abri um sorriso. Não é possível que ela também goste. - Qual categoria você mais gosta? – Perguntou empolgada e apoiei o queixo na mão para ficar lhe olhando.

— Gosto de drama e comédia, mas tenho preferência para as obras dramáticas.

— Não creio! Eu também.

— Jura? Que legal. Tem uma peça favorita?

— Perdida a caminho do paraíso. – Falou e sorri carinhosa. Qual a possibilidade da minha peça favorita também ser a dela? - Foi a que mais gostei.

— E se eu te dissesse que essa também é a minha peça favorita? – Perguntei e seu rosto corou levemente antes de um sorriso enfeitar seus lábios.

— Eu acharia muito bizarro a coincidência. Só falta você falar que a sua segunda favorita é "Minha querida bipolaridade". – Riu e afastei o queixo da mão para lhe olhar surpresa. Como é possível? Isso não faz o menor sentido.

— Agora você me assustou. Anda me seguindo pelas ruas? – Perguntei ainda surpresa com o fato dela gostar de teatro e suas duas peças favoritas serem as minhas também.

— Eh? É a sua segunda favorita? – Perguntou e assenti empolgada. Não fazia ideia que ela gostava de teatro. - Isso é tão incrível! Nunca passou por minha cabeça que você gostasse de teatro. – Disse eufórica e sorri divertida, voltando a me sentar direito.

— Somos duas. – Falei não conseguindo desfazer o sorriso e ela olhou para mesa por uns instantes.

— Você vai ver a peça que terá no teatro nessa próxima terça-feira? – Perguntou e franzi as sobrancelhas. Antes eu estava por dentro de todas as notícias de peças novas, mas nessas duas semanas que se passaram, aconteceram tantas coisas que eu não fazia ideia que tinha algo novo.

— Eu nem sabia que tinha peça na próxima semana. Sabe me dizer o nome?

— Metade oculta. É sobre um cara que tem sempre uma voz na cabeça, que faz o possível para lhe deixar mal. – Contou e pegou o celular o desbloqueando. — Fiquei sabendo pelo Facebook. Aqui, o teatro tem uma página oficial! – Mostrou-me o anúncio e arregalei os olhos brevemente. O teatro sempre possuiu uma página oficial?

— Eu não sabia! Agora quero assistir. – Li o anúncio da peça em seu celular e minha vontade de assistir ficou ainda maior.

— Sobre isso... – Começou decepcionada e lhe encarei preocupada com seu tom. - Está esgotado. Fui comprar o ingresso para estreia e não consegui. – Contou e olhei para mesa em silêncio.

— A estreia é a melhor coisa. Assistir depois é meio...

— Não tem mais o mesmo encanto? – Perguntou e assenti concordando. – Eu queria tanto assistir! Mas pelo jeito não conseguirei ir nem na segunda apresentação. – Murmurou desanimada e lhe olhei por um momento. Uma vantagem de ser rica no meu nível, é que nada nunca está esgotado para mim. Infelizmente o mundo fala a linguagem do dinheiro e status. E felizmente, o teatro da cidade é algo onde coloco meu dinheiro no intuito de nunca precisar vê-lo fechar. Acho que isso faz de mim uma patrocinadora.

— Gostei da sua foto. – Falei olhando para imagem e ela deu um gritinho como se tivesse se lembrado de algo.

— Você me seguiu no Instagram! – Disse animada e sorri outra vez. É divertido o fato de eu sorrir mais perto dela em um dia, do que em um mês inteiro sozinha.

— Segui. Eu não tinha um, mas a sua foto de perfil era uma casca de banana. – Falei e ela riu alto.

— Meu Deus! Eu real tenho uma casca de banana no perfil. Mas não seja por isso. Aqui, pode escolher. – Abriu uma galeria específica do seu celular e o virou em minha direção o que tentei ignorar o nome, “fotos pra crush”. A crush sou eu, certo?

— Tem crush em alguém? – Perguntei e ela arregalou os olhos antes de olhar para o celular.

— O quê? Você leu o título, meu Deus! – Riu de nervoso e acabei rindo junto. Adorável. – Não que eu tenha, sabe? Mas caso eu chegue a ter, essa é a galeria de fotos que vou enviar. – Falou nervosa e sorri.

— E por que está me mostrando? – Questionei e foquei na galeria por ver seu rosto ficar vermelho feito um tomate.

— Por que minhas fotos bonitas estão tudo aqui e você me lembrou que a minha foto de perfil é uma casca de banana. – Falou tudo em um único fôlego e mordi o lábio inferior. Ela é esperta.

— Gosto dessa aqui. – Cliquei sobre a imagem que se abriu grande, cobrindo toda a tela. Nela Vick estava de regata, de olhos fechados e com os braços parcialmente erguidos, fazendo o sinal de paz com ambas as mãos, pose que realçava os músculos dos seus braços devido a natação constante que pratica.

— Tem certeza?

— Absoluta, você está linda. Fora que mostra bastante os seus músculos. – Alertei.

— Amada? Que músculo? – Perguntou olhando a foto de novo. - Eu nem tinha reparado nisso. Por que você reparou nisso? – Questionou curiosa e sorri.

— Por que é algo que eu acho atraente.

— Ah... Pra ter iguais, vai ter de comer muito arroz com feijão. – Brincou e neguei levemente com a cabeça.

— Em mim eu não acharia atraente, mas em você fica muito legal.

— Ehn...Cof, cof. Vicent foi fazer os sucos? – Falou olhando para porta e sorri por ver como ela estava envergonhada. Certo, acho que preciso frear um pouco, se bem que estou indo na velocidade de uma lesma. Seria legal se ela retribuísse aos meus flertes, se é que estou sabendo flertar.

Victória Pov.

Arrumei a alça da minha bolsa que estava comprida demais e Vicent me olhou em curiosidade, como se quisesse perguntar algo.

—  O que foi que tá me olhando? Quer tirar uma foto minha? – Brinquei e ele riu negando com a cabeça.

—  O que vocês conversaram no intervalo? Eu saí pra deixar vocês sozinhas.

—  Nada muito importante. Eu descobri que ela gosta de teatro, como eu. – Contei ocultando a parte que fiquei quase morta de vergonha. Eu sabia que seria uma tapada como sempre, não sei reagir quando a Galateia usa meia palavra comigo, ainda mais quando elogia os meus músculos. Fica atraente em mim? Garota, o que você quer dizer com isso?

— Se você tivesse me dito que gostava de teatro, eu teria lhe dito que a Ninfa só não mora dentro de um, porque minha mãe não deixa. – Falou divertido se sentando no banco ao meu lado e olhei em volta curiosa.

— Então hoje eu vou te mandar mensagens e você me responde com coisas que a Galateia gosta.

— Pode ser. Hoje ela vai ficar na casa da mãe dela. – Falou e assenti. – O que é estranho, já que até mês passado, ela não ia visitar. – Murmurou e franzi o cenho. Espera! Como assim? Galateia não ia pra casa da mãe dela?

—  Então por que do metrô?

—  Como assim? A mãe dela mora na área privada. – Alertou e pisquei confusa.

— Onde ela está? – Perguntei curiosa e ele apontou em uma direção. Faz uns cinco minutos que a estou esperando para irmos para o metrô. - Não estou vendo. – Resmunguei e ele segurou minha cabeça a girando até onde Galateia estava, conversando animadamente com uma garota loira, garota que eu não faço a mínima ideia de quem seja. - Quem é aquela? – Perguntei irritada, assim que a vi colocar a mão no ombro de Galateia enquanto ria. Não consigo ver direito porque estão longe, mas mesmo assim, não estou gostando nadinha do que consigo ver.

— Meu Deus, é a Liane!! – Exclamou assustado e lhe olhei sem entender.

— Liane? Que Liane? – Perguntei estreitando os olhos e Vicent sorriu de canto.

— Impressão minha ou isso que está acontecendo com você agora se chama ciúmes?

— Eu não estou com ciúmes. – Cruzei os braços emburrada e ele riu.

— Não? Imagina se estivesse. Agora eu não quero contar quem é, só direi que Galateia ama muito ela. – Falou divertido e preparei o punho para lhe socar. – Estão juntas desde criança. Faz uns quatro anos que Lily foi embora, pelo jeito voltou... – Alertou e estreitei os olhos ainda mais para ver se conseguia identificar a garota da distância em que eu me encontro dela.

— Galateia parece animada. – Murmurei.

— É porque a Liane é muito engraçada, fala besteira o tempo todo. Ciúmes? – Perguntou divertido e revirei os olhos.

— Eu não tenho ciúmes. – Falei bufando logo em seguida. Eu não estou com ciúmes, mas eu não quero que ela tire esses sorrisos fofos da Galateia. – Só é estranho. – Murmurei me levantando assim que Galateia se despediu da suposta pessoa com um abraço apertado e se aproximou da gente.

— Hey, Victória! Posso ir com você até a estação hoje? – Perguntou sorrindo e olhei para o outro lado emburrada. - Algum problema?

— Ela tá com ciúmes. – Vicent se intrometeu e senti meu rosto pegar fogo.

— Ciúmes? – Galateia perguntou virando a cabeça um pouco para o lado enquanto me analisava curiosa.

— É mentira dele. – Resmunguei.

— Ela viu a Liane e está com ciúmes. – Continuou e acertei um soco no seu braço. Meu Deus, mas que caralho! O Vicent é muito inconveniente. – A propósito, engraçado. Quando ela voltou? – Perguntou curioso.

— Há duas semanas. – Arrumou a mochila nas costas e o olhou séria. – Não conta pra Sara ou pra Sam. – Pediu.

— Aí você está me pedindo muito. Eu não oculto coisas da minha namorada.

— Eu te mato. – Ameaçou e ele ergueu ambas as mãos em rendição.

— Não vi nada. Nem sei com quem você conversava. – Frouxo.

— Continue assim. – Resmungou e se virou para mim de novo. - Posso ir com você até a estação hoje? – Tornou a perguntar e sorri bobamente pra ela.

— Você não precisa pedir. – Falei e olhei para o meu relógio de pulso. – Mas porra, se ficarmos mais, vamos perder o metrô. – Alertei assustada com o horário e Galateia agarrou minha mão, me puxando suavemente em sua direção.

— Então vamos correr. – Me puxou de novo, mas dessa vez para andarmos rápido e olhei para trás enquanto era puxada, corando quando Vicent deu uma piscadinha para mim, fingindo arremessar uma flecha em nós. - Vick... Foi você que disse que íamos nos atrasar. – Ouvi a voz de Galateia e tornei a olhar para frente, sorrindo bobamente pelo apelido e apertando sua mão mais firme, até porque não estávamos correndo, apenas andando depressa. — A garota que eu estava conversando... — Começou e olhei para suas costas enquanto ela andava.

— Hahahaha você não precisa me dizer. – Falei divertida.

— É minha irmã. – Contou e arregalei os olhos. Galateia tem uma irmã?

— Mas o Vicent... – Comecei e fechei a cara logo em seguida. Não acredito que caí nessa. – Eu não sabia que você tinha uma irmã.

— Tenho. Ela chegou faz duas semanas, estava na Itália por quatro anos. – Explicou e andei um pouquinho mais rápido para caminhar ao seu lado, sem soltar sua mão.

— Que chique. — Falei e ela sorriu.

— Acho que não vai ter lugar para sentar. – Falou mudando o assunto e lhe olhei divertida

— Se não tiver lugar, eu sento no chão.

— Credo! – Comecei a rir e seguimos em silêncio em direção ao metrô. Acabamos precisando soltar as mãos quando o comboio chegou, porque os dois lugares livres eram afastados um do outro. Revirei os olhos me sentando no lugar vago e ela foi para longe. Fiquei inquieta no lugar e me inclinei para olhar pra trás, vendo-a focada no celular. Eu queria sentar perto dela, saco.

Fiquei de braços cruzados, indignada pela distância entre nós. Não demorou muito e o comboio parou em uma das estações, por onde uma velhinha entrou. Sorri grande e me levantei oferecendo meu lugar, o qual ela aceitou com um sorriso. Peguei minha mochila e fui quase saltitando para perto de Galateia, que guardou o celular e me olhou confusa.

— Infelizmente uma velhinha precisou do meu lugar. – Falei e ela sorriu.

—  Quer sentar no meu?

— Não, que isso. Eu estou bem aqui.

— Mas ontem estava doente.

— Ontem foi ontem, hoje estou bem. – Garanti e ela tirou a mochila do colo para colocá-la no chão ao lado dos seus pés.

—  Quer sentar no meu colo? – Ofereceu.

— Já que insiste. – Sorri e me sentei de lado em seu colo, olhando para mulher que estava sentada do lado dela, a qual ergueu uma sobrancelha por eu jogar minha mochila ao lado da de Galateia. Acho que ela percebeu que Galateia não insistiu nada, eu que sou emocionada mesmo.

— Hoje eu não vou para casa da minha mãe. – Avisou e virei o rosto em sua direção.

— O quê? Por que não?

— Minha irmã, ela foi na escola para avisar que não estaria em casa esse fim de semana. – Contou e lhe olhei ainda mais confusa. O que a irmã dela estar em casa tem a ver?

— Então por que está vindo de metrô?

— Tenho psicólogo. – Falou passando a mão por minha cintura e olhei para seu rosto por alguns segundos.

— Você faz terapia? – Perguntei curiosa. É engraçado pensar que a gente nem sequer conversava e agora estou sentada no colo dela e estamos fazendo isso.

— Faço, por causa da minha fobia e outros fatores. – Explicou e passei um braço por seu ombro. – Eu gostava muito de água quando mais nova, então acho que se fizer, um dia poderei entrar em uma piscina de novo. – Continuou e sorri carinhosa, evitando perguntar o motivo da sua fobia. Acho que só o fato de saber que ela faz terapia, já é um grande avanço de diálogo que podemos ter. Não tem necessidade de fazer mais perguntas relacionadas a isso.

— Eu sou uma ótima professora de natação, só avisando, caso um dia queira mesmo entrar na piscina. – Falei divertida e ela sorriu.

— Bom saber disso. Enfim, acha que na próxima semana terá mais trabalho de escola?

— Acho que terá de química. Eu conheço a cara daquela professora, ela tá aprontando uma. – Alertei e me aconcheguei mais em seu colo, engrenando no assunto “escola”. Cara, eu estou muito feliz de poder ficar perto dela desse jeito e ter algo sobre o que conversar. É muito bom estar construindo algo com ela, nem que seja somente amizade e nunca passe disso. Eu estava certa em pensar que Galateia era uma pessoa incrível, porque ela é maravilhosa e estou tendo a chance de descobrir isso a cada dia que passa.


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Notas finais do capítulo

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