Sand escrita por Cloto


Capítulo 4
Lutando Em Valíria




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O som da buzina quase arrebentava os seus ouvidos.

Rhaenys e Aegon ficaram apreensivos e preocupados quando Meraxyen pegou uma espada e saiu voando pela porta, que mais parecia uma clarabóia.

Vasculhando a casa, encontraram uma coleção de armas, de espadas a adagas.

—Isso seria aço valiriano?

—Bom, eles são meio-dragões que nunca saíram de Valíria. Com certeza nunca perderam a receita para fazer esse aço tão raro. E a julgar pela força do Meraxyen, que nos pegou igual dois sacos de batata com facilidade, presumo que os dracomanos são muito mais fortes e resistentes que os humanos. Então as armas deles precisam ser especialmente danosas contra inimigos da sua espécie. -avaliou Rhaenys.

Aegon puxou uma espada e Rhaenys pegou duas adagas.

—Que Meraxyen nos perdoe, mas nós precisamos nos defender caso algo dê errado nessa luta.

O barulho da batalha era alto. O som de gritos se misturavam a armas se chocando, deixando os filhos de Elia ainda mais tensos.

Depois de mais ou menos duas horas de tensão acumulada, a porta foi arrebentada e um ser igual a Meraxyen, só que com escamas azul turquesa os olhou com espanto.

—Humanos? Tem humanos nesta vila maldita?

Rhaenys rapidamente atingiu o pescoço da criatura em cheio. Ela percebeu que era um inimigo.

Quando outro entrou na casa e mostrou sua fúria com a morte do outro dracomano, foi a vez de Aegon ser mais rápido e cortar sua cabeça por trás, quando o "sujeito" ameaçou violar sua irmã.

Depois de um tempo, eles se esconderam atrás de um móvel, encurralando de surpresa quem invadisse a casa e não tempo para reagir.

Com o tempo, ouviram o sino alto mais uma vez, e o próprio Meraxyen, junto com mais três dracomanos, entrou em casa e ficou muito espantado ao ver oito corpos dos inimigos.

—Mas como?

Aegon e Rhaenys saíram do esconderijo.

—Nós os matamos.

Os outros companheiros de Meraxyen se olharam com espanto.

—Oito dracomanos mortos por dois seres humanos?

—E desde quando você esconde humanos aqui?

Meraxyen explicou aos seus a história toda do que aconteceu, e Rhaenys e Aegon contaram sua estratégia para neutralizar a esses inimigos.

—Inteligente, de fato.

—Rhaenys, Aegon, esses são meus irmãos Vhaegar e Syrano e meu primo Thot. 

—Precisamos tirar esses dois aqui, se souberem que há humanos aqui e um deles é de sexo feminino vamos ter problemas.

—Nós vamos, mas primeiro quero terminar de explicar tudo, talvez eles possam nos ajudar.

—Seja rápido.

Enquanto os outros tiravam os corpos do lugar, Meraxyen continuou a contar a história de Valíria.

—Pelo o que falam nossos avós e bisavós a loucura e violência foi frequente nos primeiros anos. Ninguém aceitava ter sido punido desta forma, ter se transformado em monstros, segundos as palavras ditas a mim pelos mais velhos. E isso foi minando ainda mais a pouca água e pouca comida que restou aqui. A fome se espalhou. As mulheres foram nascendo cada vez menos. E as brigas entre tribos foram aumentando. Alguns ainda se mantinham com a mente totalmente humana, mas outros... A mistura com os dragões os tornou mais violentos, primitivos e selvagens. Sem contar que nossa expectativa de vida aumentou muito. E vocês dois podem imaginar o quanto a guerra destruiu de vez a civilização valiriana. Fomos punidos com verdadeira crueldade.

—Mas o que podemos fazer?

—Não podemos sair de Valíria, mas vocês dois podem. Deve haver algum jeito, em algum lugar, para nos tirar daqui. Ou ao menos, um pouco de água e comida entrar pela passagem, permitindo uma vida mais digna e sem tantos conflitos.

Aegon e Rhaenys assentiram.

—Nós concordamos. Você nos protegeu e não vamos te abandonar a própria sorte, você é nosso amigo.

—Vamos dar um jeito, Meraxyen, isso é uma promessa.

O dracomano sorriu para seus novos amigos e sentiu um pouco de alívio ao ouvir a determinação nas vozes de ambos.

Ele tinha esperança, algo dentro dele dizia que aqueles dois poderiam ser a salvação de sua tribo.

—Vamos, vocês têm que voltar para as suas casas.

Meraxyen deu para eles algumas armas extras que não estavam precisando, tendo notado que por algum motivo o metal muito os interessava.

—Ah, poderiam me fazer um favor? Um tal de Tommen Lannister se dizia rei e morreu aqui na praia, implorando para que sua espada fosse entregue a família dele. O nome é comum para vocês?

—Sim, o nome Lannister não nos é estranho. Foi um descendente de Tommen chamado Jaime que salvou a nós e a nossa mãe de um massacre.

—Poderiam levar para ele ou essa tal família de nome engraçado?

—Esse nome me lembra lama com esterco. -Debochou Vhaegar.

—Nós levamos.

Depois de tudo preparado, Meraxyen os levou até o Mar Fumegante.

Perto de lá, deu para a surpresa deles um ovo de cor bem negra para Rhaenys e um ovo tão branco quanto gelo para Aegon.

—Eles não servem de nada aqui. Talvez fora sejam úteis.

Abraçaram Meraxyen e agradeceram.

—Preparados?

—Sim!

—Até um dia, amigos.

E eles foram empurrados para a passagem que levava para fora de Valíria.

(...)

O navio Princesa Elia ainda boiava perto do mar, com seus marujos chorando pela morte dos dragões de areia.

Mas para seu choque, ouviram batidas no casco e viram Aegon e Rhaenys boiando na água.

—Mas como é possível! São os nossos capitães! Puxem eles para cima.

Já dentro do barco, os marujos muito se espantaram com as coisas que eles traziam.

—Onde vocês estiveram? Pensávamos que estavam mortos! Só não fomos embora por que a tempestade não deixou!

Rhaenys deu de ombro.

—Não acreditariam se disséssemos.


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