Sand escrita por Cloto


Capítulo 3
Sangue De Valíria




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Tudo começou com uma forte tempestade que sacudia o navio.

Aegon e Rhaenys, tentando segurar o mastro, acabaram pendurados pelas cordas.

—O Mar Fumegante! Cuidado!

Infelizmente as cordas arrebentaram.

O barco virou e vários caíram nas águas perigosas, com uma fumaça que alta e gritos de agonia de seus corpos queimados.

—Aegon, Rhaenys, cadê vocês?

—Eles caíram.

(...)

Quando finalmente abriram os olhos, os dois irmãos estavam doloridos, cheios de feridas e com as roupas tostadas.

Ao seu redor, esqueletos, com roupas que denunciavam ser de sua tripulação.

Ambos se levantaram e olharam ao redor.

—Mas o que é isso?

—Uma cidade?

Era um conjunto de construções bem altas, com cores de tons que eles nunca tinham visto. As casas não tinham janelas e suas entradas pareciam estar no alto.

Os formatos eram estranhos, incomuns.

Eram formas geometricamente torcidas, como se uma criança tivesse feito um castelo de areia na água.

Mas eram bonitos, a sua forma.

—Onde estamos?

Uma voz rouca e alta, como um urro de dragão os assustou por trás.

—Como vieram parar aqui?

Se a voz os assustou, a aparência ainda mais.

—Um homem... Um homem dragão!

A criatura tinha formato humano. Era bem mais alto que os dois, chegando fácil aos dois metros de altura. Sua pele parecia couro, seus braços terminavam em mãos com três garras, tinha chifres proeminentes no alto da cabeça e um par de enormes asas, além de uma grossa cauda que se balançava para cima e para baixo.

—Nós costumamos nos chamar de dracomanos, senhorita.

Ambos estavam espantados.

—Faz muito tempo que nenhum humano pisa em Valíria.

Rhaenys e Aegon se olharam, não sabendo o que pensar sobre isso.

—Vocês não são pessoas normais, são? Vocês tem o sangue de Valíria nas veias.

—Sim. -respondeu Aegon, ainda achando impossível acreditar no que via.

—A muito tempo atrás, quando eu era bem pequeno, eu conheci uma mulher com os seus cabelos. -ele disse, apontando para o jovem -Ela disse ser Targaryen, a família que se salvou.

Rhaenys se lembrava dessa história.

—Princesa... Aera?

—Então vocês conhecem esse nome?

—Sim. Mas a princesa realmente esteve em Valíria? Ela e Balerion?

—Eu me lembro deste fato. Mas venham comigo, não é bom você é dois, com esta aparência, ficarem aqui tão visíveis.

O homem simplesmente os pegou, um em cada braço, os jogou no ombro e voou até uma casa, abrindo a porta que ficava no teto e entrando.

Aegon e Rhaenys ficaram em silêncio, sem acreditar no que estavam vendo

O dracomano apontou para cadeiras e os dois se sentaram.

—Vocês devem ter perguntas.

—Mas o que aconteceu aqui afinal? Por que Valíria ficou desse jeito?

—Os nossos bisavós mecheram com magia de sangue. Muita magia de sangue. E outras proibidas. Demais, fizeram isso de forma excessiva. Ou isso mexeu com o equilíbrio, ou os deuses nos puniram. Ou talvez os dois. Quando as 14 chamas explodiram, uma grande destruição aconteceu. Os humanos e os dragões acabaram fundidos pelas magias de sangue que explodiram junto com os vulcões. E a barreira do mar fumegante impediu a saída do nosso povo daqui. Ninguém de nós consegue sair. Talvez seja uma barreira mágica, eu não sei. Mas ficamos assim. 

Ele apontou para o próprio corpo.

—Desde então a comida, a água e os recursos foram ficando cada vez mais escassos por aqui. E principalmente, mulheres.

O dracomano suspirou.

—Pobre princesa. Quando ela disse que os Targaryen estavam vivos nós tivemos uma pequena esperança de sair daqui. Ela prometeu ajuda. Mas infelizmente ela chegou numa péssima hora. Houve uma batalha por território e a tribo dos nossos inimigos a capturou.

O olhar dele ficou sombrio.

—Eles tentaram se reproduzir. Quando meu pai e o resto dos companheiros dele a salvaram, era tarde demais.

Rhaenys tremeu ao pensar nisso. A pobre princesa morreu de uma febre muito alta, e na banheira tinham vermes com caras humanas. 

Aquelas criaturas que saíram de Aera eram... Filhos?

Rhaenys quase vomitou.

—Ah, eu nem perguntei seus nomes.

—Eu sou Rhaenys, esse é meu irmão Aegon.

—Eu sou Meraxyen. Eu tive que trazer vocês dois para cá. Estamos em guerra e não é bom vocês ficarem andando pelas ruas. Você principalmente Rhaenys, você é mulher. Não quero que aconteça de novo uma tragédia. Vou tentar levar vocês até o mar fumegante de novo tudo bem?

Eles assentiram.

De repente, um som alto de ferir os ouvidos invadiu o ambiente.

Meraxyen pegou uma espada.

—Fiquem aqui. Estamos sendo invadidos.


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