Starting a Family escrita por Nana Fantôme


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/797874/chapter/4

— Eu falei para você sentar nele, não casar com ele! – Grace falava assustada.

Aquele era uma típica noite em que as duas se sentavam e bebiam. Estavam na sala dos McCarty aproveitando o raro momento de paz e sossego naquela casa.

— O seu concelho foi péssimo. – Esme falou enquanto andava de um lado ao outro da sala, como um felino enjaulado – Eu sei que a minha ideia também é mas não aceitei nada disso porque tenho uma queda por ele ...

— Esse deveria ser o motivo para você não concordar com essa ideia absurda!

— Eu não estou pensando em mim ou em Carl, essas crianças realmente precisam de um lar e só vou ajudar. Ele vai ficar com eles, vai cuidar de toda a educação e bem estar, eu só ... sei la, estou ajudando alguém a ter um filho.

— Es... – tentou falar.

— Não, Grace, falo sério. Não tem nenhuma conotação sexual nesse casamento, só quero ajudar.

— Isso pode ser pior do que eu imaginei. – a frase da amiga fez com que Esme parasse de caminhar e a olhasse – Isso não tem a ver com Carlisle, tem a ver com o bebê que você perdeu. Esme, você está fazendo isso pelos motivos errados, eles não são o bebê que você perdeu.

— Não é pelo meu bebê, quer dizer, em partes sim. Se fosse ao contrário, se naquela facada eu tivesse morrido ao invés dele, eu iria querer que alguém fizesse algo por ele. – Grace abriu a boca para interferir mas Esme a interrompeu – Não, me escuta. Não estou fazendo isso para entrar nas calças de Carlisle ou porque estou com algum surto ou complexo pelo meu filho. Eu só quero que eles tenham uma casa, alguém que os dê algum suporte para aguentar as porradas da vida, alguém que cuide deles. Se fosse o meu filho, era isso que eu iria querer para ele.

— Não tem nada a ver com o gostosão Cullen?

— Nadinha.

— E você não está com o complexo de salvadora aqui, vendo o seu filho nessas crianças?

— Não. Só quero que eles tenham mais chances de um futuro melhor, só isso.

Os enormes olhos azuis de Grace a encararam de forma avaliativa, ao constatar que possuía apenas sinceridade nos de Esme, suspirou aliviada.

— Tudo bem, mas eu ainda acho loucura.

— Vai ser um casamento apenas no papel ... e para a assistente social que vai nos visitar.

— Vocês vão burlar o sistema! Que bandidos! – a morena riu.

— Meu Deus, suas piadinhas estão ficando cada vez piores.

— Eu sei. – o sorriso travesso de Grace mostrava que ela não ligava para aquele fato.

[...]

O tiro que soou fez com que Carlisle acordasse assustado, olhando em volta. Encontrou Rosalie o olhando, os lábios dela estavam encurvados em uma tentativa de evitar o riso.

— Estava dormindo, doutor Cullen? – ela perguntou inocentemente – Perdeu a melhor parte do filme.

Já fazia uma semana que Rosalie e Edward estavam internados no hospital. Ele tentava passar o máximo de tempo possível com os dois, desde que teve sua conversa com Esme.

A relação entre os três estava bem intima e amigável, diferente de quando os dois chegaram. Edward estava mais calmo e sempre escutava o que Carlisle tinha para falar, Rosalie se sentia segura ali com os dois a protegendo.

Os dois estavam oficialmente de volta no sistema, os King haviam perdido os privilégios. E segundo Siobhan, isso era algo muito bom para ele e os adolescentes.

— Não dormi nada. – coçou os olhos disfarçadamente. Olhou o relógio e constatou que já passava de meia noite – Uau! A senhorita já deveria estar dormindo.

Rosalie deu de ombros e voltou os olhos para a pequena televisão do quarto.

— Estou sem sono.

Carlisle sabia que insônia era um sintoma muito comum para pessoas que passam por uma situação traumática como a que a loira havia passado. Se ajeitou no sofá e conferiu que Edward estava em um sono profundo.

— Tudo bem, já que está sem sono que tal me ajudar com as papeladas do hospital?

— Tenho autorização para isso?

— Sou o diretor no hospital, claro que tem. – ela lhe lançou um olhar julgador – São apenas relatórios de despesas, completamente chatos.

— Tudo bem. – ela se ajeitou na maca o dando espaço para se sentar ao lado dela.

A relação entre eles estava ficando muito boa à medida que o tempo ia se passando, Carlisle achava isso um ótimo sinal. Estava cada vez mais convicto de que estava fazendo a coisa certa dando entrada nas papeladas da adoção.

— Vou buscar os relatórios e começamos, ok?

Rosalie afirmou com a cabeça, lançando um sorriso para ele. Carlisle se abaixou e deu um beijo na testa da futura filha. Saiu do quarto tranquilo e com um sorriso feliz no rosto.

— Doutor Cullen? – seu sorriso murchou rapidamente. Sabia que era problemas. – Tem múltiplos traumas chegando de um engavetamento na principal.

— Tudo bem, estou indo para a emergência. – voltou para o quarto chamando a atenção da garota – Hey, surgiu um problema e vou ter que ir para a emergência. Você me ajuda depois?

— Claro.

— Você quer que eu peça para Bill te dar um remédio para dormir?

— Não. Vou ficar bem.

— Certeza? – estava inseguro em a deixar ali sozinha e acordada sabendo que a mente dela naquele momento era um vilão.

— Certeza. – ela lançou um sorriso encorajador – Bom trabalho.

— Obrigado.

Ele caminhou para fora do quarto novamente.

— Puxa saco – escutou Edward resmungar com a voz sonolenta.

— O doutor Cullen é um cara muito legal. – Rosalie resmungou.

O sorriso de Carlisle voltou para os lábios novamente. Achava que Rosalie seria a mais arisca, por tudo o que tinha lhe acontecido mas de alguma forma esse tempo no hospital fez com que ela se sentisse mais segura com ele por perto.

[...]

Esme entrava pelo hall de entrada do hospital por volta das sete e meia da manhã. Havia organizado sua agenda nos últimos dias para poder ter tempo de ir a ala psiquiátrica.

— Senhora Cullen – ela foi parada pelo mesmo residente que a confundiu na semana passada.

— Kim... – tentava lembrar o nome dele.

— Kimmel. – ele a ajudou – Que prazer te ver aqui de novo, veio ver o doutor Cullen?

Ela estranhava muito que o residente estivesse ali novamente no hall e mais ainda por lembrar do rosto dela. Queria o corrigir e dizer que ela não era a senhora Cullen mas, tecnicamente, se tornaria rapidamente.

— Desculpe, Kimmel. – se desculpou por não se lembrar do nome dele – Estou indo na verdade a ala psiquiátrica, vou fazer uma visita.

John deu uma olhada indiscreta na sacola da cafeteria que tinha do outro lado da rua. Ele fez uma careta por imaginar qual era o conteúdo da sacola.

— O doutor Denali é bem restrito com as alimentações dos pacientes dele, acredito que ele não vai deixar a senhora entrar com essa sacola. – foi honesto – Se quiser posso subir com você e se tivermos sorte, posso conversar com a residente dele e explicar quem a senhora é.

Sabia que estaria abusando de um poder que nem ao menos tinha, e da sorte de ninguém ali saber que Carlisle não era um homem casado. Mas passou a semana toda pensando em Alice e na promessa de fazer uma visita.

— Não quero causar problemas, doutor Kimmel. – falou sem graça.

— Não é problema nenhum, senhora Cullen. – ele secretamente queria passar mais tempo com aquela mulher deslumbrante.

— Me chame de Esme. – o sorriso gentil dela só fez com que as bochechas do residente ganhassem um tom avermelhado.

— Por aqui, Esme. – ele indicou a direção do elevador.

Os dois caminharam ate o elevador.

— E então, como a senhora conheceu o doutor Cullen?

— Ahn ... – pensou em uma forma de não mentir sobre a situação - Ele se mudou para a casa ao lado da minha.

— Então um típico romance de vizinhos.

— Típico? – ela riu nervosa.

— Minha ex namorada me fazia ver muitas comédias românticas. – ele explicou ao ver o olhar confuso dela – Vizinhos se conhecem, tem a típica troca de olhar, a vizinha pede uma xícara de açúcar e aí começa o flerte.

Aquilo mais parecia uma sinopse de um filme pornô e não parecia em nada a história deles mas não queria explicar para um estranho a situação dela e de Carlisle.

— Sua ex namorada o fazia ver muitos filmes românticos mesmo. – ela tentou finalizar a conversa – como Carl ... doutor Cullen é aqui? Muito severo com vocês?

— As vezes, na maioria das vezes ele é bem compreensivo e gentil.

— Imaginei que seria mesmo.

Entraram no elevador vazio. Um silencio tranquilo se instalou entre os dois enquanto o aparelho subia. As portas se abriram no andar desejado e diferente da última vez que Esme esteve ali, tudo estava bem tranquilo.

— Jane. – John saudou a residente sentada no balcão – Quero te apresentar a senhora Cullen, ela é casada com o doutor Cullen.

— Prazer, senhora. – a residente lançou um sorriso gentil.

— Prazer! – Esse retribuiu o sorriso.

— Ela veio visitar um paciente. – John continuou – Será que você poderia abrir uma exceção e a deixar entrar?

— Não tenho autorização para fazer isso, Kimmel – a garota respondeu visivelmente desconfortável.

— Você não recusaria algo para a esposa do diretor médico, não é Volturi? – ele insistiu.

— Não! Tudo bem, Kimmel. – Esme interferiu – Está tudo bem, não quero atrapalhar.

— Quem é o paciente? – Jane Volturi pensava em uma forma de ajudar.

— Mary Brandon.

Os residentes trocaram olhares confusos. Todo o hospital conhecia a garota. Além de levada era conhecida pelos surtos e confusões que causava no andar.

— Tem certeza? – John perguntou para confirmar.

— Eu errei o nome? Carl me trouxe aqui semana passada mas achei que estava certa do nome. É uma garotinha de uns seis anos, o cabelo preto batido, bem magrinha ...

— É Mary Brandon, sim – Jane confirmou. – Eu posso a trazer para a brinquedoteca para que vocês possam passar um tempo juntas. Ela não tem autorização para sair do andar, ainda mais depois do último surto que teve.

— O que aconteceu? – Esme questionou preocupada quando Jane saiu para acordar Alice e a levar para a brinquedoteca.

— Brandon bateu em vários enfermeiros que a tentavam levar para uma tomografia, doutor Cullen teve que ser chamado para que ela ficasse quieta na máquina. – Kimmel contou.

— Tomografia?

— É, doutor Cullen pediu uma nova leva de check-ups para ela. – aquela havia sido a fofoca da semana.

— Ele está suspeitando de algo?

— Não sei dizer. – o pagger dele começou a apitar – Eu preciso ir.

— Você pode indicar onde fica a brinquedoteca? – pensou em montar uma mesa de café da manhã completa ate Alice chegar.

— Posso te levar lá.

Os dois caminharam para o corredor adjacente e ele abriu a primeira porta do corredor. Esme deu uma olhada em volta, não possuía muitos brinquedos e a sala não tinha muita cara de uma sala infantil.

— Obrigada, Kimmel – Esme agradeceu.

— Disponha, Esme. – ele fechou a porta assim que ela passou.

Esme pegou uma mesa infantil que estava encostada na parede, a arrastou até a janela e começou a montar a mesa de café da manhã. Tirou alguns sacos de biscoitos e sucos infantis.

Estava tudo preparado quando a porta da sala fora aberta novamente. Alice entrou confusa, olhando em volta ate que seus olhos recaíram em Esme e na mesa posta. Os olhinhos dela brilharam com a surpresa.

— Oi – Esme começou – lembra de mim?

— Claro. – sorriu enquanto fechava a porta. – É a amiga do doutor Cullen.

— Isso mesmo, lembra que disse que faria outra visita?

— Lembro, você demorou.

— Desculpe.

— Tudo bem. – Alice deu de ombros.

Um silencio reinou entre as duas. Se encaravam quase que como se estivessem gravando na mente, o rosto da outra.

— Trouxe um café da manhã para nós. – Esme quebrou o silencio.

O sorriso da garotinha aumentou e ela correu ate a mulher e ambas se sentaram no chão com a mesa entre as duas.

— Deveria ter trazido Bunny para aproveitar o café também.

— Na próxima vez, você traz. – falou enquanto tirava o canudinho do suco de uva para Alice.

— Podemos fazer o chá da tarde. – disse empolgada enquanto batia as mãozinhas pequenas.

— Mas ainda é manhã.

— Então o chá da manhã. – o dedinho bateu no queixo dramaticamente – Será que existe chá da manhã?

— Acredito que sim. – Esme segurou uma xícara imaginária e fingiu beber.

Alice se deleitou ao ver que a mulher estava entrando na brincadeira. As duas passaram o café da manhã rindo e brincando enquanto comiam os alimentos que Esme havia trazido.

— Eu gosto de você, Esme. – Alice disse quando já havia feito a refeição.

— Eu também gosto muito de você, Alice.

Era uma das poucas pessoas que havia dito algo assim para a menina. Se antes sonhava de que Esme poderia ser sua nova mãe, agora tinha certeza. Estava completamente encantada pela amiga do seu médico favorito.

— Desculpe, senhora. – Jane abriu a porta as interrompendo – Está na hora das atividades de Mary.

— Eu não quero ir – Alice contornou a mesa e se agarrou ao pescoço de Esme.

Um início de surto estava se iniciando ali, as duas mulheres sabiam disso. Jane deu um passo de volta ao corredor para chamar os enfermeiros, mas Esme a repreendeu com os olhos.

— Alie, meu amor, – retirou os bracinhos dela do seu pescoço – você tem que ir fazer suas atividades e eu também preciso ir mas prometo voltar mais rápido dessa vez.

— Mas eu quero ficar com você – os olhos cheios de lágrimas e o beicinho que se formava nos lábios da menina quase partiram o coração da mulher.

— Eu sei, também queria poder ficar com você mais tempo mas todos temos nossas obrigações. Que tal fazermos assim, você fica aqui e se comporta e mando com Carlisle uma cópia de Alice no país das Maravilhas.

— Mas quero assistir com você.

Esme olhou para a residente como que se pedisse socorro com os olhos.

— Amanhã a noite é dia de cinema, reunimos os pacientes e passamos alguns filmes.

— Ótimo. – olhou de volta para a menina – Amanhã, eu volto por volta das ...

Olhou novamente para Jane que entendeu a pergunta silenciosa dela.

— As dezoito horas.

— Volto nesse horário e assistimos Alice e o que mais passar.

— Promete? – os olhinhos na menina a encararam de forma pidona.

— Sim, amanha eu volto mas você tem que se comportar.

— Tudo bem.

As duas se levantaram, Alice ajudou a mais velha a recolher todo o lixo do café da manhã. Caminharam de mãos dadas ate Jane, se despediram com um longo abraço.

Esme ficou no corredor vendo a garotinha ir embora com a residente, um sorriso feliz estava ali estampado em seu rosto. Teria que ir procurar por Carlisle antes de ir embora mas se permitiu ficar ali mais alguns minutos.

— Senhora Cullen. – se virou encontrando o doutor Denali parado ali atrás dela. – Não sabia que Carlisle tinha se casado.

O olhar debochado de Denali, fizeram com que Esme arregalasse os olhos. De alguma forma que ela não sabia como, ele sabia que tinha entrado ali mentindo.

— Doutor Denali – ela forçou um sorriso.

— Por que minha residente acha que você é a senhora Cullen?

Estava tão nervosa que soltou uma risada forçada.

— Na verdade é algo bem engraçado, – começou – conheci Kimmel aquele dia que vim com Carl e ele supôs que eu era a senhora Cullen. Carl não o corrigiu e hoje o encontrei mais cedo e ...

— E resolveu não desmentir e usar disso para entrar no meu setor. – concluiu nada feliz.

— Desculpe, só queria ver Alice.

— Carlisle me disse que ela te deixa a chamar pelo nome do meio. – a expressão do médico se tornou menos dura – Vejo que ela gosta mesmo de você.

— E eu gosto bastante dela.

— Nessa maluquice de Carlisle sobre vocês se casarem, pretendem adotar Mary também?

 Arregalou os olhos completamente chocada de que o psiquiatra sabia sobre a pretensão dos dois de se casarem para dar um lar para os adolescentes que estava a alguns andares abaixo.

— Carl conversou com você sobre isso?

— Carl – ele repetiu o apelido que ela usava – conversou e me pediu um monte de exames de Mary.

— Alice – resolveu o corrigir.

— Desculpe?

— Ela gosta de ser chamada de Alice.

— Tudo bem. – ele fez uma careta deixando claro de que aquilo não era o mais importante naquela conversa.

— Sim. – Denali a olhou confuso – Não conversei com Carlisle ainda mas gostaria de que Alice fosse incluída também na adoção.

— Parece que ele já sabe.

— Kimmel me disse que vocês a levaram para uma tomografia.

— Sim, foi bem difícil. – parou por alguns segundos a analisando – Quero te mostrar algo.

Entraram em uma sala de exames no fim do corredor. Denali caminhou até a mesa e ligou o computador.

— É antiético mostrar isso mas como vocês vão dar entrada na papelada de adoção ate o fim do mês acho que você deveria ver isso.

— Ok. – concordou confusa.

Ele clicou em alguns documentos, digitou algumas coisas e abriu uma tela com um desenho que Esme não entendia muito bem.

— Isso é o resultado do exame de Alice. – ele falou o nome certo da garota – Está vendo isso aqui?

O médico rodava a seta do mouse em uma parte preta com um pequeno pontinho, quase que como uma ponta de caneta.

— Acho que sim. Esse pontinho?

— Sim, isso é um tumor. Ainda não sabemos se é benigno ou não mas acreditamos que é o que causa essas vozes que ela escuta e os surtos.

— Ela pode morrer? – perguntou preocupada.

— Toda cirurgia no cérebro é arriscada.

— Por que está me dizendo isso? – apesar do tom ríspido, os olhos não saiam da tela.

— Como assim? – o medico se virou confuso.

— Você quer que Alice fique aqui para sempre? Isso é uma forma de me dissuadir sobre a adoção? Ou de me casar com Carlisle?

— Não, eu quero que você entre nisso sabendo de tudo. Vocês querem adotar um garoto problemático, uma garota recém estuprada que vai precisar de toda a ajuda psicológica possível e uma que tem um tumor no cérebro. É uma responsabilidade muito grande, acho que Carlisle está fazendo isso só porque você não pode ter filhos.

Esme prendeu a respiração, colocando a mão na boca em completo assombro com o comentário do médico. Ela estava impressionada com a falta de compaixão do homem.

— Estou impressionada com os absurdos que um médico conceituado pode falar. Não preciso de Carlisle para ter filhos e isso definitivamente não é da sua conta. – falou enfurecida.

Denali a olhou surpreso com a reação da mulher. Os olhos dela estava marejado.

— Olha, Es...

— Olha você, todos merecem um lar, alguém com quem possam contar, que tenham um bom futuro e essas crianças não estão tendo isso. Elas não são problemáticas e o que aconteceu com elas não foi culpa delas, foi uma fatalidade, um sistema falho que as colocou em casas onde não tinham qualquer suporte. Se você está me mostrando isso para que eu fique longe de Alice ou de qualquer um deles, quero te dizer que não sou esse tipo de pessoa.

Antes que Denali pudesse dizer qualquer coisa para retrucar a fala da mulher. Esme saiu a passos largos da sala e caminhou furiosa para o elevador. Nem ao menos se lembrou de ir conversar com Carlisle, foi direto para a garagem onde estava seu carro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Feliz ano novo!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Starting a Family" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.