Starting a Family escrita por Nana Fantôme


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Eu não acabei de sair de uma reunião com a minha orientadora e vim postar capítulo, não ne? Eu não tenho vergonha na minha cara. Deveria está lá mudando os capítulos que ela pediu mas estou aqui cumprindo meu compromisso com vocês ... então me valorizem kkkkkrying.
Segunda parte dedicada a ManuGrey! Pensei muito no que você tinha sugerido e espero ter alcançado as expectativas.
Enjoy!



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O vento era frio mesmo tendo o Sol brilhando no céu azul sem nuvens. Isso, foi o suficiente para Esme fazer com que todos os filhos se agasalhassem.

O bolo de tickets que Carlisle segurava era exagerado demais para o gosto de Esme. Tinha certeza de ele tinha gastado uma boa quantia de dinheiro para ter uma quantidade como aquela.

— Tudo bem! – Falava empolgado ao dividir os tickets igualmente para os filhos – Cada um cuida do seu.

— Carl, eu acho que você exagerou um pouco. – Esme entortou a boca ao ver Alice pular animada segurando o bolo que ganhou – Vamos acabar ficando aqui até o parque fechar.

A família estava reunida na entrada do parque, logo ao lado da bilheteria. Os três filhos olhavam para todos os brinquedos pensando em quais iriam.

— Edward, vamos na montanha russa? – Rosalie apontava para o brinquedo nos fundos do parque.

— Eu também quero ir! – Alice gritou empolgada.

— Querida, não acho que você tenha tamanho para ele. – Esme argumentou rezando para que a garota não tivesse mesmo.

— Mas Rosie e Ed vão. – Um beicinho adorável surgiu nos lábios infantis.

— Mas eles são grandes já, você ainda é pequena. – Carlisle se abaixou na altura dela – Quando você for maior aí pode ir. Que tal a gente dar uma volta no parque e você escolhe um legal da sua faixa etária?

— O que é faixa etária? – Alice olhava o pai em dúvida.

— Coisas da sua idade, meu bem.

— Podemos ir ao bate-bate. – Rosalie sugeriu – Você vai no carrinho de Edward.

— Qual é o bate-bate?

Alice segurou a mão da irmã para que fosse conduzida até o brinquedo. Segurava o seus tickets com muita força com medo de perder. Ela tinha certeza de que aquele era o melhor dia da sua vida.

Os dedos de Carlisle entrelaçaram nos de Esme e caminharam atrás dos filhos. Ela pensou em puxar a mão e a colocar no bolso mas se conteve. Teria que começar a aceitar e assumir o relacionamento dos dois.

Alice acordou todos pela manhã e só conseguiram a entreter até que desse a hora do parque abrir. Fazendo com que, depois do que rolou durante a tarde de ontem não conversarem sobre. Estava virando um hábito não se sentarem para terem conversas sobre os dois.

Edward e Rosalie mostravam todos os brinquedos que poderiam ir com Alice e nenhum deles prestava realmente atenção nos pais. O casal trocou um olhar cumplice fazendo Carlisle abrir um sorriso e Esme ganhar um rubor nas maçãs do rosto.

— Para com isso. – Ela pediu baixo.

— Eu não estou fazendo nada. – A respondeu no mesmo tom soltando uma risada.

Ela balançou o indicador na frente do rosto dele.

— Você está me olhando desse jeito.

— De que jeito? -  Carlisle franziu a sobrancelha.

— Como se eu fosse algo comestível.

As sobrancelhas loiras se arquearam e a boca se abriu soltando uma risada lenta. Os olhos não saiam da esposa hora nenhuma.

— Para com isso, Carlisle. – Ela repreendeu.

As mãos dela o empurraram para longe e um bico se formou nos lábios ao tentar conter a risada. Esme apressou os passos ficando longe do marido mas foi rapidamente puxada de volta para trás pelos braços dele.

Os lábios de Carlisle foram direto para o pescoço dela, depositando beijos ali. Usando o quadril, o empurrou para trás fazendo com que ele se afastasse.

— Você está agindo como um adolescente. – Ela o repreendeu.

— Tudo bem. – Carlisle levantou as mãos em rendição – Eu vou me comportar.

Rosalie, Edward e Alice pararam na fila do brinquedo se virando para ver os pais chegando próximos deles rindo. A loira bateu o ombro no do irmão chamando sua atenção. Assim que Edward a olhou, Rosalie lançou a ele um sorriso esnobe.

— Eu te falei que os Cullen eram diferentes. – Se vangloriou baixo.

— Tanto faz. – Ele resmungou mas era impossível esconder o brilho de satisfação ao ver o casal feliz.

Esme foi a primeira a alcançar os três na fila, Carlisle chegou logo depois abraçando a esposa pelos ombros. O carinho entre os dois não passou despercebido para os filhos, eles notaram que algo tinha mudado mesmo que não soubessem exatamente o que.

— Mamãe, você pode guardar para mim na sua bolsa? – Alice estivou os tickets para ela – Estou com medo de perder.

— Claro, meu amor.

Pegou o pequeno bolo, o colocando na bolsa e notando que tinham ao menos dez bilhetes ali. Lançou um olhar ameaçador ao marido mas não disse nada sobre aquilo, em vez disso resolveu tocar em outro assunto.

— Já fizeram a lista de todos os brinquedos que querem ir? - Revezava o olhar entre os filhos.

— Eu quero ir naquele, naquele e naquele. – Os dedinhos de Alice apontavam para todos os brinquedos coloridos e completamente infantis.

— Enquanto ela estiver na minhoca, Edward e eu vamos na montanha russa.

— E Alice quer ir ao trem fantasma com a gente. – Edward dedurou.

— Não, senhora. – Esme foi enfática.

— Mas mamãe ...

— Nada de mas, mocinha, você é muito nova para ficar vendo caveiras e múmias.

Alice abraçou as pernas de Rosalie, tentando ser socorrida, e um bico surgiu nos lábios dela. Sabia que a mãe seria irredutível na decisão.

[...]

O casal estava sentado em uma das mesas do food truck estacionado dentro do parque, aguardando o enorme pedido que fizeram depois de passarem a tarde toda andando de um lado para o outro com os filhos.

Esme olhava cada foto que tirou dos três, mostrando a Carlisle as que tinha gostado mais. Ele ria a cada expressão de mãe babona que a esposa fazia.

— Você parece uma da quelas mães babonas que compartilha no grupo das amigas cada avanço que o seu bebê faz.

— Mas eu sou uma mãe babona.

Ele mantinha um sorriso orgulhoso a amostra.

— Eu fico muito surpreso no quão tinha um lado seu que nunca tinha conhecido.

— Isso é algo bom? – Ela levantou uma sobrancelha em questionamento.

— Claro que sim. Fico muito feliz que você consegue ser mais amorosa do que eu imaginava.

— Olha isso. – Ela mostrou a ele uma foto dos três filhos rindo dentro de uma gigante xícara de brinquedo – Olha como eles estão se divertindo. Olha como estão alegres. Isso não é a coisa mais gratificante que você já vivenciou? Não tem como não ficar morrendo de amores com isso.

Ele podia ver o orgulho nos olhos dela e não pôde deixar de compartilhar do mesmo sentimento que ela. Mesmo que Esme não  tivesse gostado da quantidade de tickets que os filhos ganharam, notava que ali era uma diversão para ela tanto quanto para eles.

— Você não acha que é um pouco surreal que eles sejam nossos filhos?

— Sim, as vezes acordo com uma das meninas agarrada em mim e fico pensando: “Caraca, eu sou mãe”.

A cabeça de Carlisle se inclinou para trás em uma sonora gargalhada.

— Eu estou falando sério. – Ela o acompanhou na risada.

— E eu acredito. – Concordou após recuperar o fôlego – Você sabe que é a favorita deles, não é?

— Bobagem.

— Não é mas posso garantir que é a favorita de todos na casa. Especialmente a minha.

Ela fechou os olhos em fendas.

— Carl. – Ela alongou o nome dele, soando sensual.

— Não fala assim que isso me remete a tarde de ontem. – A avisou.

A troca de olhar entre os dois deixava claro que ambos se lembravam vividamente de cada detalhe que ocorreu na sala.

— Você vai dormir comigo essa noite ou você vai fugir? – Carlisle a questionou com um sorriso pretensioso no rosto.

Esme se inclinou por cima da mesa fazendo Carlisle fazer a mesma coisa, os lábios deles a apenas alguns centímetros de distância.

—  Pensei que você tinha dito que não tinha mais como eu fugir.

— E não tem.  

Esme fez um bico e entortou a boca tentando segurar o sorriso que se alargava.

— Mamãe! – Alice gritou por Esme cortando o clima entre os dois.

Ambos se viraram em direção ao som, voltando a posição de origem, vendo os três surgirem em meio a multidão.

— Oi, meus amores, se divertiram?

— Sim! – A caçula gritou enquanto pulava animada.

Assim que Edward se sentou ao lado dela, ele deitou a cabeça na mesa de madeira. Rosalie se sentou ao lado do pai enquanto Alice corria em volta da mesa.

Os dedos de Esme infiltraram no cabelo bagunçado do filho fazendo um carinho ali que foi muito bem apreciado por ele.

— Está tudo bem, querido?

— Alice é cansativa. – Edward disse como se aquilo explicasse tudo.

— Ela é. – Esme riu da cara sofrida do adolescente – Um pouco de refrigerante vai te fazer bem.

— Já que as crianças chegaram, vou buscar nossos pedidos. – Carlisle se levantou da mesa.

— Eu vou te ajudar. – Rosalie se levantou muito solícita.

— Obrigada, meu bem. – Esme agradeceu a filha.

Os olhos maternos mantinham a atenção entre o primogênito que se sentia enjoado e na caçula que corria por entre as mesas.

— Alice, volta aqui. – Chamou quando a menina correu para mesas longe o suficiente dela – Vocês deram açúcar para ela?

Os olhos se voltaram para o filho.

— Não, aparentemente, se sacudir ela demais também dá reações explosivas.

Os braços maternais se abriram como um convite para abraçar a filha. Muito habilmente, a sentou em seu colo passando os dedos entre os fios negros que já quase alcançavam os ombros infantis.

— Você está toda suada, Alie. – Ela criticou – Está pregando.

— Estou com calor.

A menina deu de ombros como se aquilo não fosse nada.

— Então vamos tirar esse casaco por enquanto.

Esme ajudou a filha a retirar o casaco que Alice tinha escolhido com tanto cuidado para que combinasse com as botas infantis que usava.

— Eu gosto de parques. – Alice falou decidida – Gosto muito. Você também gosta, mamãe?

— Gosto também.

— Edward não parece gostar muito.

— Você quebrou o seu irmão. – Esme brincou.

— Eu? – Os enormes olhos da menina se arregalaram em completo choque.

— Sim, senhorita. Seu irmão já é um velho que não tem mais estômago para brinquedos que rodam demais.

— Desculpa, Ed. – Alice contornou a mesa abraçando o irmão.

— Você vai ficar um pouquinho com a mamãe e o papai para que seus irmãos vão nos brinquedos maiores, tudo bem?

— Os brinquedos de gente grande não enjoam? – Os olhos de gato se viraram preocupados para a mãe.

— Não. – Esme se controlou para não rir.

— Tudo bem. Vou buscar o refrigerante para você, está bem, Ed? – Falou decidida.

Antes que o adolescente pudesse argumentar algo, Alice correu em disparada para o food truck chamando o pai. Esme a acompanhou com o olhar até que Carlisle se virasse para a caçula.

— Acho que não tenho estômago para a montanha russa mais. – O garoto resmungou.

As mãos da mãe se voltaram para o couro cabeludo dele, fazendo carinho.

— Você quer um remédio para enjoo?

— Não. – A voz de Edward saiu abafada – Vou ficar bem.

— Quer ir para casa?

— Alice me mataria se eu fizesse a gente voltar.

— Ela gosta muito de você.

Foi uma das poucas vezes que Esme viu Edward rindo com sinceridade.

— E eu gosto muito dela. Ela é meio maluca ... mas é completamente adorável.

Esme puxou a mão quando escutou aquilo.

— Não gosto que a chamem de maluca. – Foi firme.

Edward apenas tateou a mão de Esme novamente a colocando em seu cabelo de volta.

— Ela é maluca e ela sabe disso, Alie sabe que falo isso mas não de uma forma ruim.

Esme depositou um beijo no ombro do garoto, voltando a fazer carinho nos fios cobre dele.

— Vou mudar de assunto um pouquinho porque preciso puxar sua orelha.

— Ah, Esme ... – Edward lamuriou.

— Ah, Esme nada. Não gosto de você e Rosalie brigando.

— Rosalie é uma ingênua.

— Você não manda em quem ela conversa ou não.

— Emmett quer comer ela.

— Olha esse linguajar. – O repreendeu severa – Não gosto que você fale assim, principalmente se referindo a sua irmã.

— Desculpe.

— Deixa Rosie fazer as próprias escolhas dela. Carl e eu vamos tomar conta de vocês agora, não precisa se preocupar com essas coisas.

— Eu sempre vou me preocupar com Alice e Rosalie.

— Mas não pode interferir nas decisões delas.

A conversa se sessou quando os outros três membros da família chegaram. Alice abriu a latinha servindo a bebida no copo e entregando ao irmão.

— Alice, se senta para comer. – Carlisle pediu enquanto servia uma porção para ela.

[...]

 A família caminhava para o carro depois do cansativo dia no parque. Carlisle carregava uma cansada Alice e mantinha os olhos nos adolescentes que conversavam a alguns passos a sua frente.

— Acho que está na hora de Edward e Rosalie tirarem carteira. – Ele comentou com Esme que caminhava ao seu lado. Vai facilitar bastante a nossa vida já que não vamos precisar ficar os levando para cima e para baixo e sem contar que já estão na idade.

— Verdade. Vou aproveitar que estou em casa e ensiná-los.

— Posso treinar com eles quando estiver em casa.

— Você passa muito tempo no hospital, deveria aproveitar seu tempo livre para descansar.

— Isso era outra coisa que estava querendo conversar com você. Acho que isso influenciaria muito em nós dois e mesmo que ainda estamos lidando com essa nossa nova relação, acredito que seja algo que devemos discutir juntos.

— O que foi?

— Estou pensando em sair da chefia do hospital. – Os olhos dela se arregalaram – Gasto a maior parte do tempo lá e perco muita coisa relacionado a vocês. Você também precisa de ajuda ...

— Não precisa se preocupar comigo, as crianças são incríveis e Rosalie e Edward já me ajudam muito. Se for por mim, não precisa fazer isso até porque daqui a pouco volto a trabalhar e vamos ter que aprender a dividir melhor os horários com eles.  

— Não é só isso. Eu quero participar mais da vida das crianças, não ligo de passar a maior parte do tempo sendo pai. Edward e Rosalie já são adolescentes, mais um pouco e vão para a faculdade. Quero aproveitar o máximo de tempo que tenho com eles. Fora que Alice daqui a pouco entra na adolescência e não vou ter curtido a infância dela.

— Mas você ama o hospital.

— Mas eu amo mais a minha família. Quando chego em casa e vejo vocês todos agarrados lá na minha cama me faz perceber que estou perdendo muitos momentos importantes.

— Isso não é nada demais.

— É porque vocês estavão criando um laço ali. Não quero disputar o afeto deles com você mas todos eles preferem você a mim. Você os tem no seu dedinho. Todos nós, inclusive eu, como já disse mais cedo. Quero participar dessas memorias junto com você.

— E você acha que sair do hospital vai te dar mais tempo?

— Na área que eu trabalho vou sempre ter que trabalhar no hospital. Sou especializado em traumas mas estava pensando em abrir mão da diretoria, ir para um hospital menos movimentado quem sabe.

— Todos os seus amigos estão lá.

— Então só abrir mão da chefia. Os plantões serão bem mais espaçados se ficar só como médico.

— Você tem certeza disso?

— Tenho, vou indicar o Aro para a diretoria. Mas preciso do seu apoio nisso.

— Vou te apoiar no que você decidir. É a sua vida.

— É a nossa vida.

Esme mordeu o lábio inferir tentando não parecer tão feliz com ele se referindo a uma vida conjunta. Ainda tinha muito o que digerir e decidir sobre eles.

— Quero falar sobre outra coisa também.

— Parece que hoje é o dia de discutir as coisas. – Carlisle riu levemente.

— Quero mudar as crianças de escola. Agora que os papeis de adoção saíram, o distrito onde Rosalie e Edward estudavam mudaram e não tem porque terem que quase atravessar a cidade para estudar. Queria aproveitar que já perderam esse tanto de aula para fazer a transferência para uma escola mais perto. E quem sabe colocar Alice em uma também, sei que aprendia no hospital mas não é a mesma coisa.

— O que você decidir por mim está feito.

— Ótimo.

— Vou dar uma olhada em algumas escolas infantis pois acho que Edward e Rose podem ir para a mesma de que meu sobrinho vai. E ainda vão ter Emmett para ajudar a se socializarem.

— Quando for fazer as visitas me avisa que libero o meu dia.

— Não precisa. – tentou intervir.

— Claro que precisa. Vou adorar te acompanhar nas visitas. Quero fazer parte de tudo, até das coisas mais chatas.

— Para mim não são coisas chatas. É importante que ela vá para uma boa escola em que vai se enturmar melhor.

— É realmente importante. Ela também quer fazer balé, prometi que iria procurar umas turmas para ela.

— Tem um estúdio bem perto da escola em que trabalho, talvez podemos olhar lá e ela volta comigo.

— É uma boa ideia.

— Vou olhar tudo e te falo. Preciso olhar também a psiquiatra que Rosalie aceitou ir.

— Vai ser ótimo ela ir.

— Vai, espero que ajude bastante.

Rosalie ajudou o pai a colocar Alice na cadeirinha sem que ela acordasse. Ela apenas resmungou e virou a cabeça para o lado para dormir.

Carlisle conduziu o carro de volta para casa segurando a mão da esposa o tempo todo. Levava a mão dela de tempos em tempos e depositava um beijo em cima da aliança de casamento deles.

O trajeto foi silencioso, Edward e Rosalie apoiavam a cabeça uma na do outro e mantinham os olhos fechados. Havia sido um dia divertido para a família toda.

O carro parou na garagem e Esme precisou balançar levemente a perna dos adolescentes para perceberem que tinham chegado. Desceram acompanhando Carlisle que carregava a caçula escadas acima. Esme vinha logo atrás para garantir que nenhum deles tropeçasse e caísse durante o trajeto para os quartos.

Carlisle saia do quarto de Alice ao mesmo tempo que Esme desligava a luz no quarto de Rosalie. A troca de olhar naquele corredor vazio foi inevitável.

— Hoje o dia foi cansativo. – Ele dizia caminhando em direção a esposa.

— Sim, mas foi divertido.

— Definitivamente. Acho que hoje senti que somos uma família de verdade.

— Uma muito bonita.

Os braços dele envolveram a esposa a puxando para um abraço. Depositou um beijo nos cabelos dela.

— Precisamos de um banho.

Por um instante Esme não entendeu de primeira o que ele queria dizer ate que foi puxada em direção ao quarto dele.

— Qual é o seu problema com o chuveiro? – O olhou espantada.

— Eu gosto de tomar banho com você.

— Sai para lá, eu sou uma mulher casada.

Aquilo causou risadas no marido que a pegou no colo, a levando para as portas duplas do quarto principal. Chutou a madeira ao passar e escutou a porta fechar levemente.

[...]

A testa deles estavam unidas, o nariz dos dois se encostavam e ambos respiravam pela boca. Esme tinha os braços transpassados pelos ombros dele o mantendo bem próximo.

Se firmando nos braços para que não esmagasse a esposa, o quadril de Carlisle se movia em uma dança lenta e sensual. Sorria com satisfação a cada vez que ela gemia seu nome.

— Você vai acordar as crianças. – Carlisle sussurrou no ouvido dela quando a voz de Esme soou alto na madrugada silenciosa.

Ele tomou os lábios dela em um beijo tão lento e sensual quanto o amor que faziam. O corpo dos dois se descolavam minimamente a cada vez que ele se afastava para impulsionar ainda mais o quadril.  

— Eu vou ... – Esme estava ofegante demais para concluir a frase.

Não tinham feito aquilo muitas vezes juntos mas ele se movia da forma que já sabia ser a forma que a esposa sentia mais prazer. Acariciou a coxa dela antes de a levantar um pouco mais, entrando cada vez mais profundamente.

Tentando controlar os sons que emitia involuntariamente, Esme mordeu o ombro do marido. As unhas penetravam na pele das costas dele, deixando marcas.

— Vem comigo. – Ele sussurrou quando aumentou a velocidade em que mexia o quadril.

Aquela pequena privação de se expressar a deixava cada vez mais tensa, fazendo com que o clímax se aproximasse. A respiração ficando a cada segundo mais audível.

Desde que se deitaram se encontravam naquela dança sensual. Se amavam, deitavam suados e exaustos e apenas uma troca de olhares ou um beijo mais sensual que começavam tudo novamente.

Por conta disso, após a terceira vez, os olhos não apenas reviraram mas teve as vistas escurecidas e os dedos dos pés contraídos com a força que o orgasmo a atingiu.

Carlisle veio logo após os músculos internos dela o esmagarem em uma contração involuntária, fazendo com que o prazer que sentia ser ainda melhor.

— Como nunca fizemos isso antes? – Ele a questionou enquanto saia dela.

— Porque éramos amigos antes. – Riu com o tom inconformado que foi questionada.

Os dedos dele alisavam a bochecha da esposa em um carinho.

— Eu prefiro mil vezes ser seu marido.

A risada dela ecoou novamente.

— Eu me sinto uma adolescente.

— Eu também mas vou sofrer um enfarto a qualquer momento se mantermos esse ritmo. Estou completamente viciado em você.

— Você que nem sonhe em me deixar viúva aqui, Cullen.

— Como se eu fosse deixar a minha, muito atraente, esposa dando sopa para esses urubus.

— Você é um bobo. – Esticou o pescoço para alcançar os lábios dele.

O beijo era exploratório, sem pressa alguma de se separarem, exploravam cada canto da boca do outro. Ficaram por um tempo apenas em uma troca de carícias.

— Eu quero você novamente. – Encostou na coxa dela seu membro semi rijo – Como isso é possível?

— Meu marido vai mesmo morrer de enfarto.

As mãos dele espalmaram o estômago dela e subiu em direção aos seios, os segurando firmemente.

— Você trabalha daqui duas horas. – Ela comentou ao conferir as horas – E nem ao menos pregou os olhos.

— Vale a pena.

As mãos dele desceram ao mesmo tempo que ele passou a distribuir beijos pelo corpo dela. Descia os lábios fazendo o corpo dela se empertigar a cada centímetro que descia.

— Carl ... – Tentou o chamar – Eu vou acabar desmaiando.

— Ainda bem que seu marido é médico, querida.

Esme jogou a cabeça para trás ao sentir os dedos dele tocar o ponto tão sensível entre suas pernas. Os lábios foram esmagados pelos dentes ao mordê-los para evitar um gemido mais alto.


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