Holliday escrita por blindrepata


Capítulo 8
Decisões


Notas iniciais do capítulo

Vamos para um capítulo de decisões!
Boa leitura



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— Tasha, você está um arraso! – Arthur exclama quando a morena chega em sua porta para lhe buscar.

— Obrigada! Você também está. – Ela agradece com gentileza.

— A gravata está correta? – Pergunta ele. – Não uso uma há quinze anos.

— Está perfeita.

— Gosto desse Hugo Boss. Sabe cortar bem um terno. – Arthur exibe o terno escuro que está usando. – Espera, tenho uma coisa pra você. – Arthur volta para o interior da casa e chega segurando uma flor. – Me perdoe. Na última vez que saí com alguém, fazíamos assim. – A flor branca com uma fita, muito bonita por sinal.

— É linda! – Fala Tasha e dá um beijo no rosto do homem.

— Se você achar que não combina com seu vestido, não precisa usar.

— Eu gostei muito.

Arthur a ajuda a colocar a flor no pulso em forma de uma pulseira.

— É muito romântica. – Fala Tasha. – E eu procuro romance em minha vida.

— Foram todos aqueles filmes. – Conclui Arthur.

— Vamos lá? – Chama a moça.

— Vamos acabar logo com esse vexame. – Pede ele.

— Cadê o Reade? – Pergunta ele.

— Ah, ele nos encontrará no local. – Explica ela. – Ele tinha uma gravação agora à tarde.

Ambos entram no táxi e se dirigem ao local do evento. Tasha está muito feliz por fazer parte desse momento. E principalmente, por ter convencido Arthur de que era uma boa ideia falar sobre sua experiência para outras pessoas.

 

— Sr. Abbot? – Um rapaz jovem de terno os recebe assim que entram no anfiteatro.

— Sim, Senhor. – Responde o homem mais velho.

— Estamos à sua espera.

Com Tasha segurando seu braço, Arthur entra pela porta indicada pelo rapaz. Uma voz feminina ao microfone o anuncia.

— Senhoras e senhores, o Sr. Arthur Abbot!

Qual não é o espanto dos dois quando entram e veem centenas de pessoas esperando Arthur. O velho homem não consegue não se emocionar. Ele nunca imaginaria que teria tanto prestígio.

Tasha caminha de braços dados com ele pelo corredor. A morena se coloca em seu lugar à frente onde estão Patterson e Roman.

Outro rapaz jovem conduz Arthur até o pé da escada.

— Vou leva-lo, Sr. Abbot. – Fala o rapaz.

— Dê tudo de si. Estou muito orgulhosa. Tasha deixa um beijo no rosto do homem.

Arthur dispensa o rapaz e diz que consegue subir sozinho até o palanque.

A música tema de Arthur começa e Tasha não vê Reade. Ela acha que ele precisava estar no local para prestigiar Arthur.

A decepção toma conta dela. Será que seria enganada mais uma vez? Ele garantiu que viria quando se despediram no dia anterior. O rapaz falou sobre o compromisso que tinha e os dois combinaram de se encontrar no local do evento. Após um longo beijo de despedida.

O homem mais velho sobe graciosamente as escadas até o palanque. Sorridente e triunfante ele pega o microfone.

— O cara é um astro do rock.

— Oh! – Tasha se vira e Reade está ao seu lado. Instantaneamente, a morena o puxa para si e lhe dá um beijo rápido.

— Desculpe o atraso. – Pede ele. – O lance da gravação demorou mais que deveria. Eu mal tive tempo de ir em casa me arrumar. – Explica. – Você está linda! – Ele não poderia deixar de dizer.

— Obrigado! – Arthur agradece aos aplausos e começa seu discurso. – Estou completamente impressionado. – Faz uma pausa. – Por ter conseguido subir essas escadas. – O público cai na risada. – Cheguei em Hollywood há sessenta anos. Me apaixonei pelo cinema. Um amor que durou uma vida...

Reade assiste encantado por ver a admiração e o orgulho de Tasha diante das palavras de Arthur. Ele acha que a morena fica ainda mais bonita emocionada. Seus olhos escuros brilham diante da umidade causada pela emoção.

— Tasha? – Reade pergunta baixo, enquanto Arthur discursa. – O que vai fazer no Ano-Novo? – Pergunta ele de uma vez.

— Eu estarei de volta à Londres. – Fala ela se lamentando.

Um silêncio triste se abate sobre os dois. Nem as palavras de Arthur são capazes de animá-los diante da separação iminente.

 

Do outro lado do mundo, Jane se despede de Kurt, mais uma vez. Após passar o dia de Natal com as meninas, o rapaz voltou para o chalé para passarem a última noite juntos antes dela voltar para os EUA.

— Não vamos criar mais problemas que já temos. – Fala ela indo para o táxi, onde suas malas já estavam guardadas.

— Não, não vamos. – Concorda ele.

— Podemos nos falar ou mandar mensagens. – Sugere ela.

— Faremos isso. – Garante ele.

Kurt a puxa para mais um beijo. Sentir os lábios dela, uma última vez, o deixava muito triste. Ele sabia que sentiria a falta dela como um inferno. Os dias que passaram juntos pareceram magia, um conto de fadas, na verdade. Ele nunca imaginara, nessa vida, voltar a amar outra mulher. O rapaz se sentia fechado para o sentimento e usava as mulheres apenas para sexo e divertimento. Não imaginara que se encontraria novamente em uma estrangeira que já estava partindo. O beijo durou, até que os dois ficaram sem fôlego e precisaram se separar.

Com um aceno Jane entrou no carro.

Dentro do carro, por apenas alguns minutos, fazendo o trajeto até o aeroporto, Jane sente um aperto em seu peito. A dor é tão intensa que ela pensa que vai infartar. Uma agonia a consome. A morena não sabe o que está acontecendo dentro de si. Jamais se sentira assim. Tão triste, tão sozinha. Ela fecha os olhos e sente. Pela primeira vez em anos. As lágrimas rolam de seus olhos e descem por seu rosto. Isso é um milagre! O que está acontecendo é um milagre. E ela sabe qual o motivo das lágrimas voltarem a seus olhos. O amor.

— Dê a volta! – Pede ela ao taxista.

— O que? – Se assusta o homem. – A senhora se esqueceu de alguma coisa?

— Sim. Preciso voltar. – Confirma ela.

O taxista dá a volta em direção ao chalé. Jane está apreensiva com a baixa velocidade com que percorrem.

— Preciso que vá mais rápido. – Pede a moça.

— Não é possível, senhora! Essa estrada é muito perigosa. – Explica ele falando sobre o gelo que deixa o chão escorregadio.

— Está bem. Então pare. – Ordena ela.

O motorista para o carro e Jane desce se colocando a correr até o chalé.

— Kurt! Kurt! – Ela o chama já no interior da casa.

Kurt surge da cozinha e Jane percebe as lágrimas nos olhos do homem.

— Sabe, eu estava pensando... – Começa ela. – Por que ir embora antes do Ano-Novo? Não faz o menor sentido.

Kurt não pode deixar de rir em meio às lágrimas. Ela está linda, com as bochechas vermelhas de tanto correr. Linda! Ele diria. Cheia de vida. Maravilhosa. Era o que ele achava dessa moça misteriosa que entrou em sua vida sem querer, mas que já ocupava um espaço imenso.

— Quero dizer, você não me fez um convite. – Explica ela. – Mas disse que me amava. Então se me aceitar, podemos passar o ano novo juntos.

— Eu vou passar o ano novo com as meninas. – Fala ele.

— Parece perfeito pra mim!

Jane está novamente nos braços de Kurt. Um abraço intenso com lágrimas dos dois. Jane descobriu não que apenas podia chorar novamente, mas também que podia amar.

 

 

— Eu nunca estive na Inglaterra. Nem na Europa. – Reade fala.

Tasha está nua nos braços dele. Após o jantar com Arthur, Patterson e Roman e os dois amigos de Arthur, ambos voltaram para casa. Mal puderam esperar para fazerem amor mais uma vez. Ambos haviam descoberto juntos, a cumplicidade, o carinho e o prazer. Sem culpa, sem pressa, sem promessas. E o melhor de tudo, sem mentiras.

— Não? – Pergunta ela acariciando o peito do rapaz.

— Se eu fosse lá... – Reade faz uma pausa sentindo pouca coragem para continuar. – Você passaria o ano novo comigo?

— Oh! – Tasha exclama. Ela não esperava um pedido desses. – Eu ia adorar!

Reade sorridente, a puxa para ele e seus corpos nus se chocam os levando a mais um momento de excitação.

A possibilidade de passarem mais um tempo juntos, reacendeu a chama que ambos acabaram de apagar há alguns minutos atrás.

 

 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por acompanharem mais essa história!
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