Holliday escrita por blindrepata


Capítulo 7
Manhã


Notas iniciais do capítulo

Nada melhor que uma manhã relaxante...



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Tasha acorda e vê o lado da cama vazio. Ela se espreguiça relembrando a noite que passou. Reade era um homem maravilhoso e um amante espetacular. Fazia tempo que ela não acordava se sentindo tão bem.

Ela se levanta e veste o roupão branco que estava pendurado no cabide. Descendo as escadas ouve barulho vindo da cozinha. Reade.

— Bom dia!

Reade está de costas em frente ao fogão preparando algo. O rapaz está sem camisa e veste apenas a calça que usava no dia anterior. Tasha não tem noção de como tudo isso começou, mas acha que essa é uma maneira perfeita de começar uma manhã. Um homem lindo, semi nu, lhe preparando café.

— Bom dia! – O rapaz se vira ao ouvi-la chamando e responde com um sorriso radiante.

— Não te vi levantando. – Ela fala recebendo a xícara de café que ele lhe oferece. Reade também coloca ao lado deles um prato com panquecas, geleia e morangos.

— Eu não quis te acordar. Você estava tão linda dormindo. – Ele fala se sentando ao lado dela à mesa.

— Não gosta de café? – Tasha comenta sobre a caneca de chá, tentando disfarçar que ficou desconcertada com o elogio.

— Tomo muito pouco. Gosto de chá preto. – Explica ele. – Você dormiu bem? – O rapaz pergunta retirando uma mecha de cabelo do rosto dela e se demorando um pouco no toque.

— Como não dormia há muito tempo. – Responde ela.

— Preciso te mostrar uma coisa. – Reade fala parecendo se lembrar de algo.

— Vou tomar um banho primeiro. – Responde ela terminando de comer.

Os dois terminam o café da manhã e Tasha sobe para seu banho. Reade não a acompanha, pois não quer tirar sua privacidade. Apesar de terem dormido juntos. Porém, se a morena o chamasse, com certeza ele iria.

Após o banho ela o encontra no estúdio tocando piano.

— Preciso te mostrar o tema do Arthur. – Fala ele a vendo se aproximar. – Acho que ficou muito bom.

Arthur havia pedido à ele para escrever o tema de sua entrada no evento. Reade se dispusera e ficara muito lisonjeado por poder participar desse momento.

— Nós vamos ensaiar com ele. E sempre que ouvir ele se sentirá mais seguro para andar até lá. – Explica ele.

Reade começa a tocar e Tasha fica encantada com o talento do rapaz. A melodia ficou realmente muito bonita e a garota achou que combinava com Arthur.

— O que achou? Chique? Ousado? – Pergunta ele esperando a aprovação dela.

— Acho que tem a cara dele. – Ela responde sorridente. – Ele ficará muito animado.

O rapaz termina de tocar toda a composição e fala. – Também fiz uma pra você.

— Você fez? – Tasha com certeza não esperava algo assim vindo de uma pessoa que ela conhecera há dois dias.

— Tasha, se você fosse uma melodia... – Ele começa a tocar. As notas são doces e suaves e ela fica encantada. – Só usei notas boas.

— Uau! – Fala ela com suavidade.

Reade a encara e continua tocando a olhando nos olhos. Ela não consegue se conter e o beija. Um beijo terno e cheio de esperanças, pois é isso que ele representa pra ela. Esperança. Tasha não sabe nada sobre o futuro, mas tem certeza de que não quer mais remoer o passado. E Reade está ali para lembrá-la disso.

Os dois ficam ali por um tempo e mais tarde Arthur se junta a eles. Eles continuam com a preparação do homem para a noite do dia seguinte. E Reade toca várias vezes a melodia e ambos ensaiam até deixá-lo confiante. No dia seguinte, Tasha e Patterson iriam com Arthur escolher um terno e uma gravata pra ele usar no evento.

Tasha ligou para a amiga na hora do almoço para saber dos acontecimentos e acabou contando que dormira com Reade. Patterson confessou que ficou com Roman também. Todos iriam ao evento de Arthur e logo depois sairiam pra jantar. Seria a despedida de Tasha em Los Angeles.

Com certeza Arthur percebeu algo diferente entre Reade e Tasha, mesmo eles fazendo o possível para não demonstrar nada perto do homem. Mas era impossível não perceber o brilho nos olhos da garota e o sorriso bobo do rapaz quando se olhavam.

Arthur ficou muito feliz por constatar que estava acontecendo algo ali. Era uma vitória, pois ele vira o sofrimento da moça desde que chegara, e também sabia do caráter de Edgar Reade. Ele confiaria uma filha a ele de olhos fechados.

— Você é totalmente maravilhosa! – Kurt elogia Jane após fazerem amor mais uma vez.

— Isso é uma droga. – Ela fala.

— Você tem sempre que vir a Londres a trabalho, certo? – O rapaz pergunta colocando o peso do corpo nos cotovelos para olhá-la mais de perto.

— Nunca. – Responde ela.

— New York? – Insiste ele.

— Não, mas já fica mais fácil. – Responde ela. – Você costuma ir pra lá?

— Raramente. – Fala desanimado. – Mas... relações à distância podem dar certo.

— As coisas comigo não dão certo nem morando na mesma casa. – Fala ela desanimada.

— Então, talvez pode ser bom pra você.

— Ah meu Deus! – Jane tenta pensar em uma alternativa. – Digamos que cada um de nós viaje pra cá e pra lá o máximo possível.

— Sim! Isso é definitivamente uma boa ideia. – Concorda ele.

— E em seis meses, apareçam alguns imprevistos. – Continua ela. – Eu não posso mais deixar o trabalho, ou as meninas não podem ficar sem você. Sabemos que não está dando certo e começamos a brigar por não sabermos o que fazer.

— Jane... não pode pensar assim...

— Depois de um longo telefonema, com muitas lágrimas de sua parte, nós dizemos adeus. E terminamos. E nunca nos veremos novamente. O que restará dessa relação? Duas pessoas transtornadas e feridas.

Kurt desanima pensando em tudo o que ela acabou de dizer. Ele sabia que tudo isso fazia total sentido, porém não queria deixá-la ir sem lutar.

— Ou... – Jane continua. – Ou talvez devêssemos perceber que tivemos uma relação perfeita aqui. E que nunca seria melhor que isso. Não precisamos procurar a solução para algo que está bom desse jeito. E o fato de eu ir embora amanhã deixa tudo mais emocionante.

— Você é a garota mais deprimente que já conheci. – Fala Kurt desanimado.

— Eu sei. – Jane só tem que concordar.

— Tenho outro cenário. Estou apaixonado por você. – Ele solta de uma vez e Jane se espanta com a declaração. – Me perdoe estar falando isso. Mas por mais difícil que isso seja, eu estou apaixonado. Não estou dizendo isso porque você está partindo, ou porque você começou a falar desse jeito... Eu não consigo entender isso tudo que está acontecendo.

Kurt para pra respirar e tenta continuar.

— Só sei que eu te amo, Jane. Eu nunca pensei que pudesse me sentir assim de novo. E isso é incrível! Mas eu sei que venho junto com um pacote. Três pelo preço de um. Esse pacote pode não parecer tão bom, mas finalmente, eu sei o que eu quero, e posso dizer isso. E o que eu quero é você!

Jane, sem palavras, não consegue responder nada imediatamente. Ela percebe que o decepcionou. Porém ela não acha que tenha nada para lhe oferecer. Não da maneira que ele merece.

— Eu não sei o que dizer. Eu não estava preparada pra isso. – Confessa ela.

— Se você não consegue responder imediatamente, é porque... – Ele respira fundo e se deita novamente. – Acho melhor falarmos sobre outra coisa. Sobre como sou ridículo. Eu me lembro que você prometeu não se apaixonar por mim.

— Shhh... – A garota deita sobre ele e coloca seus lábios sobre os dele. – Para de falar um pouco, por favor.

Os dois mergulham em um beijo, a fim de aproveitar o restante do tempo que ainda tem antes que ele volte pra casa.

Nos dois países, os casais encontravam-se em um impasse. Não era possível encontrar uma solução imediata. Mas fazer o que se nem sempre as expectativas amorosas condizem com a realidade.


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Notas finais do capítulo

Estamos na reta final.
Me digam o que estão achando
xoxo



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