Holliday escrita por blindrepata


Capítulo 4
Juntos


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
O Natal está chegando e esta fic precisa ser adiantada até essa data. Por isso estou aqui novamente!
Espero que curtam o capítulo!



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— Oi. – Tasha cumprimenta Reade, surpresa por vê-lo ali naquela hora.

— Olá! – Cumprimenta o rapaz. – Vim na hora errada?

— Não! Entre. – Pede a moça.

— Tudo bem? – Pergunta ele.

— Sim. Está tudo bem.

— Tinha esse envelope no portão. De uma cidadezinha chamada Londres. – Brinca ele lhe entregando o envelope.

— Oh! – Diz a moça pegando o envelope de suas mãos. – Um amigo meu está escrevendo um livro. Faço umas... observações pra ele de vez em quando. – Fala ela olhando para o envelope enviado por Andy.

— Tem companhia? – Pergunta Reade ao ouvir risos vindos de dentro da casa.

— Estou dando um jantar.

— Já fez muitos amigos? – Pergunta ele.

— Não. Meu vizinho sabia que eu estava sozinha e quis me apresentar seus amigos. – Explica ela. – Quer entrar?

— Tudo bem. – Concorda ele. – O cheiro está bom.

Reade entra e se junta a Tasha, Arthur e dois amigos do homem mais velho. Todos bebem, comem e se divertem. Tasha havia preparado vários pratos.

— Tomei muito vinho. Não me deixem beber mais. – Pede Reade.

— Não estamos deixando. – Fala Arthur sorrindo.

— Estou falando sério. – Pede o rapaz.

— Não estamos fazendo você beber! – É a vez de Boris.

— Me diz que não era um mulherengo. – Brinca Reade se referindo a Arthur.

— Ah não! Me casei muito jovem. – Nega o homem.

— Ele se casou para tirá-la de circulação. – Fala um dos amigos de Arthur.

— Marion era linda, tinha um sorriso maravilhoso. – Explica Arthur nostálgico. – Ela tinha muita garra. Minhas personagens eram baseadas nela.

— E você, Reade? É chegado às farras? – Pergunta Boris.

— Não, pessoal. Meu estilo é uma mulher por vez. – Explica o rapaz um pouco bêbado. – Eu estava saindo com uma atriz linda há cinco meses... Eu não entendia o que ela via em mim, mas acho que eu sou um cara de sorte.

— O que houve, Reade? Onde ela está agora? – Pergunta Boris.

— Ela está no México para as gravações de um filme. – Responde Reade. – Bom, pelo menos estava, até eu descobrir...

— Vamos mudar de assunto, pessoal. – Pede Tasha sentindo o embaraço de Reade.

— Nós é que saímos ganhando com sua presença, Reade. – Fala Arthur levantando sua taça. – Acho que está na hora de irmos, rapazes. E deixarmos os jovens. – Arthur se dirige a seus dois amigos.

— Norman, Boris, vamos jogar depois. – Fala Reade, se despedindo.

— Sim, eu anotei seu celular. Eu te ligarei. – Confirma Norman.

— Foi uma noite incrível. – Diz Reade enquanto ajuda Tasha a organizar as coisas do jantar. – Arthur deve ser o último dos grandes roteiristas de Hollywood.

— Ele me disse que os amigos dele escreveram Casablanca. Eu achei incrível! – Fala Tasha.

— Sim, incrível!

— Ele me passou vários filmes para assistir. E nenhum foi escrito por ele. Assisti dois hoje. São fantásticos.

— Podemos ver algum dele juntos depois.

— Seria ótimo. – Fala a morena.

— E essa piscina? Já experimentou? – Pergunta ele quando Tasha o leva até o lado de fora da casa.

— Eu entrei ontem à tarde e temperatura estava muito boa.

— Uau! É aquecida. – Fala o rapaz se abaixando para experimentar a temperatura com a mão.

— Quer experimentar? – Pergunta ela.

— Agora? – Pergunta ele.

— E por que não?

— Tudo bem. – Concorda ele. – Mas não tenho roupa de banho aqui.

— Tenho certeza que conseguimos alguma coisa aqui.

— Está bem.

Tasha sobe e revira as gavetas do quarto de Jane onde encontra uma sunga preta. Ela entrega a sunga e uma toalha ao rapaz. Quando ele sai em direção ao banheiro ela se troca. Dentre as roupas de banho que trouxe, a garota fica na dúvida por um tempo, mas acaba escolhendo aquela que tanto gosta.

Quando Tasha chega perto da piscina Reade está de pé vestindo apenas a sunga. A morena retira a toalha ficando apenas com o biquíni.

— Uau! – Fala Reade baixinho ao vê-la apenas com o minúsculo biquíni vermelho.

Tasha também não pode deixar de notar o corpo do rapaz. Sua pele escura realçava ainda mais os músculos trabalhados de seu tórax e abdômen. Agora sem a camiseta, ela pode notar os braços fortes dele. Involuntariamente o imaginou a abraçando.

— Vamos entrar? – A morena sai do devaneio e se joga na piscina espirrando água e molhando Reade.

— Ok! O rapaz pula na água e se coloca a mergulhar aproveitando a temperatura morna.

Apesar do vento que fazia, a temperatura da água estava ótima. Ambos se divertiram, nadaram, mergulharam, jogaram água um no outro. Há muito tempo Tasha não se lembrava de se sentir tão leve ao lado de alguém. Com Andy era tudo tão difícil. O tempo que conseguia ao lado dele era a custa de desespero e dor, sabendo da incerteza que seriam os próximos dias. Claro, que com Reade não poderia esperar nada. Ele tinha Meg. E Tasha tinha Londres a esperando. A morena se pôs a mergulhar na direção dele tentando afastar os pensamentos que a afligia e pensando apenas em se divertir.

Já era bem tarde quando decidiram que estava na hora de saírem da piscina. Seus corpos quentes sentiram o choque térmico no momento em que entraram em contato com o vento. Tasha se enrolou com a toalha na tentativa de se aquecer.

— Acho melhor irmos pra dentro. – Fala o rapaz também se enrolando na toalha.

Reade passa o braço nas costas de Tasha para aquecê-la enquanto voltam para o interior da casa.

— Pode tomar um banho se você quiser. – Fala a morena.

— Vou só me vestir e já vou embora. – Fala ele soltando sua cintura já dentro da casa. – Aproveita você e vá se aquecer.

— Tá. – Concorda a morena. – Até mais então.

— Posso te ligar? – Pergunta ele.

— Sim. – Concorda a morena.

— Posso te levar para conhecer a cidade.

— Eu combinei de ir com Patterson amanhã, a minha amiga que te falei. Mas se você quiser ir com a gente tudo bem.

— Se vão só vocês duas posso levar Roman com a gente. – Fala o rapaz. – Se vocês não se importarem.

— Claro que não.

— Combinado então. Te ligo amanhã. – Reade dá um beijo na bochecha dela – Estava tudo ótimo. A carne, a sobremesa. Me diverti muito com você hoje. – Ele a beija novamente no rosto. – Desculpa, não quis beijá-la duas vezes. Nem demorar tanto no segundo beijo.

— Sem problema! – Tasha ri enquanto leva a mão no rosto, sentindo ainda o calor dos lábios dele em sua pele fria. – Vou subir.

— Vou me trocar e já vou embora. Não precisa me acompanhar.

— Boa noite. – Tasha fala se dirigindo às escadas.

Kurt leva Jane a um restaurante clássico da cidade de Londres. Ambos pedem uma boa comida. Riem, se divertem. Trocam olhares. Jane o acha lindo e atraente e não consegue tirar os olhos do rapaz.

— Então, você é editor de livros? – Pergunta ela durante o almoço.

— Sim, eu sou. – Confirma o rapaz.

— Que tipo de editor?

— Dos bem maus.

— Não. Só quis saber se é daqueles que fazem muitas observações ou...

— Se o autor é bom, são poucas observações, senão, muitas observações.

— Você estudou o que? – Continua ela.

— Espera, isso aqui está parecendo uma entrevista de emprego.

— Desculpe, estou interrogando você. É que faz tempo que não saio com um desconhecido.

— Bem, como já transamos, e dormimos juntos duas vezes, acho que não sou bem um desconhecido. Por que você está vermelha?

— Eu não sabia que estava. – Fala a morena encabulada. – Você me deixa nervosa.

— E você? Me fale sobre você. – Pede ele mudando de assunto.

— Tenho minha própria empresa de propaganda de filmes.

— Uau!

— E sua família? – Continua ele.

— Tudo bem, vou falar rápido. – Jane respira fundo e continua. – Meus pais se separaram quando eu tinha quinze anos. Éramos meu irmão e eu e eu não percebi nada. Éramos muito apegados. Uma noite eles se sentaram conosco e disseram que iam se separar. Achei que estavam brincando, mas a mala estava ao lado da porta. Me pai saiu de casa naquela noite. Eu chorei a noite toda por bastante tempo. Aí percebi que era melhor ser forte e superar. E desde esse dia nunca mais chorei. É minha histórica trágica. Vamos pedir a sobremesa? – Pede ela.

— Não chora desde os quinze anos? – Perguntou Kurt curioso.

— Pode parecer horrível, mas é a verdade. Eu tento, mas não consigo. – Explica a morena. – Podemos falar um pouco mais sobre você, por favor.

— Claro! – Concorda ele. – Eu choro o tempo todo.

— Não! Você não pode chorar o tempo todo.

 - Eu choro. Com um bom livro, um bom filme. Um cartão de aniversário. Eu sou um chorão. – Conclui ele.

O almoço foi maravilhosos. Eles se demoraram mais que planejaram. A conversa fluía tão naturalmente entre os dois.

Após o almoço, o rapaz a levou para passear em alguns lugares históricos da cidade. Casas e igrejas históricas. Sempre que podia ele fazia questão de roubar um beijo da garota. Jane não podia negar que estava amando o passeio. Era tudo tão envolvente, o clima, o cenário, tudo era propício para um romance.

— Foi uma tarde maravilhosa. – Disse a morena quando Kurt parou o carro em frente ao chalé.

— Foi mesmo maravilhoso. – Concordou ele. – Sua companhia é adorável.

— Não precisa me levar lá dentro. – Pede ela. – Está congelando.

— Pode falar que não quer que eu entre.

— Não é isso. – Nega ela. – Estou apenas cansada, vou dormir um pouco.

— Tudo bem. Vou fingir que acredito.

— Kurt, ouça. Eu vou embora em alguns dias. Isso complica muito as coisas. – Explica Jane. – Eu não sei se posso lidar com complicações agora.

— Ok, eu entendo. – Concorda ele.

Jane se vira e o beija. A morena não consegue resistir ao charme e carisma de Kurt. Ele a envolve mais do que ela consegue lidar.

— Acho que isso complica mais ainda as coisas. – Fala Kurt entre um beijo e outro.

— Transar complica tudo. – Conclui a mulher.

— Vou trabalhar de manhã. Prometo não vir bêbado aqui tão cedo. – Explica ele.

— A gente se vê. Daremos um jeito.

— Ótimo.

Jane sai do interior do carro e Kurt a observa entrar em casa. Ambos se despedem com um aceno. O que estava acontecendo entre eles, com certeza estava saindo do controle de ambos.

— Não posso lidar com complicações. – Reflete Jane enquanto toma banho na pequena banheira do chalé.

Jane termina o banho rapidamente já decidida sobre o que vai fazer. Precisa reverter a situação. Não pode deixar Kurt assim. Que mal teria para duas pessoas descomprometidas se divertirem por alguns dias?

A morena coloca uma roupa bem quente e um grosso casaco e se anima a retirar o carro da garagem. O vento está cortante, mas ela está decidida. Não pode deixar que Kurt saia da sua vida assim.

Jane faz em meia hora o caminho até seu destino. Ela havia conferido o endereço em algumas correspondências de Tasha. Sim, parecia estar no lugar certo.

Desce do carro, passa pelo portão e bate na porta da casa. Apreensiva e incerta de estar ou não fazendo o certo.

— Surpresa! – Fala ela sorridente e sem graça ao dar de cara com Kurt que abre a porta.

— É sim! – Concorda o rapaz espantado ao vê-la.

— Eu estava em casa sem fazer nada, pensando em você, e percebi que um pouco de complicação não machuca ninguém. E pensei que pode não ser tão complicado, e quis vir pedir desculpas por não ter te convidado para entrar... – Ambos ouvem um barulho vindo do interior da casa e Jane congela. – Você não está sozinho, está?

— Não. – Confirma ele. – Me desculpa.


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Notas finais do capítulo

Me contem tudo o que estão achando.
Só eu que estou achando a história um pouco sem graça?
Está faltando um pouco do drama das histórias da Marcia, não é mesmo? É que esta é um pouco diferente mesmo. Porém espero que estejam curtindo ainda assim.
Bjos, até mais!!!



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