Saint Seiya Master: Sanctuary Battle! escrita por Drygo


Capítulo 41
A Lenda da Excalibur!


Notas iniciais do capítulo

Olá galera. Hoje postarei mais um capítulo do remake. Espero que gostem.

Boa leitura ;)



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CASA DE ÁRIES

 

Mu observa o relógio de fogo e percebe que a chama da casa de Sagitário acabou de se apagar.

— Faltam apenas três horas. Os cavaleiros de Bronze estão seguindo para Capricórnio. Estaremos certos realmente Mestre Ancião? Será que não será tarde demais?

O cavaleiro de Áries avista Saori deitada distante na entrada das doze casas. Ele fecha os olhos.

— Athena essa é sua provação! Eu tenho certeza que seu cosmo de deusa não se apagará...

Mu segue pensativo. Kiki fica o olhando e acha melhor não incomodá-lo.

 

Nos 5 Picos o Mestre Ancião está sentado de frente à cachoeira com os olhos fechados.

— Sim Mu, isso é necessário.  – O velho mestre mostra que escutou as palavras angustiadas de Mu. – Eu confio no Shiryu e nos outros. Athena, você não será derrotada pela encarnação do mal, eu tenho certeza disso!

 

CASA DE CAPRICÓRNIO

 

 Os cavaleiros de Bronze chegam diante da décima casa. Eles percebem que começa a escurecer no Santuário.

— Vejam. O Sol já se pôs! – Comenta Shun.

— E agora só restam mais três chamas acesas. – Diz Shiryu.

Eles adentram cautelosamente na casa de Capricórnio.

— Vamos em frente. Temos pouco tempo! – Comenta Seiya.

Os três vão andando pela escura casa e não sentem o cosmo de ninguém.

— Não sinto nenhuma energia cósmica. Talvez consigamos passar sem problema nenhum! – Percebe o cavaleiro de Pégaso.

— Esperem. Tem algo ali, o que será? – Pergunta Shiryu apontando para a parte de trás de um pilar.

Os cavaleiros se aproximam e avistam uma estátua. A estátua é de uma mesa redonda com vários homens sentados e no centro da mesa está uma espada.

— Mas o que será que significa essa estátua? – Pergunta Shun.

— Pelo formato... Essa mesa aí deve ser a Távola Redonda!— Responde Hyoga.

Os cavaleiros se viram para Hyoga que parece ter algum conhecimento.

— Távola Redonda? – Pergunta Seiya.

— Sim, vocês já devem ter ouvido da lenda do Rei Artur e os cavaleiros da Távola Redonda, meu mestre Camus falava muito sobre essa lenda. Na Idade Média, as Ilhas Britânicas com a chegada dos romanos do Império Romano recebeu o nome de Bretânia, já que antes se chamava Logres. Quando o Império Romano chegou ao fim, os romanos deixaram a Ilha e vários piratas europeus dominaram os territórios. Depois de anos um homem chamado Uther conseguiu reunir homens e forças para enfim deter as invasões que ocorreram nesse período e buscar trazer prosperidade para os britânicos. Uther teve que enfrentar a resistência do Duque de Tangil e a partir daí teve que reunir sua cavalaria para enfrentar guerras que iriam ocorrer contra os homens do Duque, e essas guerras levaram muitos a morte dos dois lados, ou seja, eram homens que usavam o nome de cavaleiros lutando embora não seguissem nenhuma divindade, mas lutavam por justiça. O principal cavaleiro de Uther se chamava Merlin. Foi esse cavaleiro que ajudou Uther a matar o Duque. Uther acabou se apaixonando pela Duquesa e com ela teve um filho, a quem deu para Merlin criar, já que tinha o prometido fazer isso para a culpa da morte do Duque não cair em suas costas. O menino recebeu o nome de Artur. Merlin, que na verdade era um mago, sabendo que a vida de Uther estava próxima do fim, guardou o jovem Artur para no momento certo assumir o trono da Bretânia. Uther acabou ficando muito doente e morrendo, fazendo seus cavaleiros lutarem entre si para assumirem o trono. Se passaram dezoito anos e em uma catedral em Londres foi encontrada uma espada encravada em uma pedra com os seguintes dizeres: “Aquele que arrancar da pedra essa espada será o legítimo rei de toda a Bretânia.”  Os dizeres eram de Merlin, que já tinha sua fama de mago em toda a região. Muitos tentaram, mas nenhum foi capaz de retirar aquela espada, que se chamava Excalibur. Artur chegou na região e conseguiu com facilidade tirar a espada da pedra, sendo coroado rei. Bretânia estava arrasada e Artur tinha que tentar unificar a Ilha. Artur foi adentrando as regiões, enfrentando inimigos e juntando aliados, trazendo paz e esperança. Ele criou a Ordem da Távola Redonda, reunindo todos os melhores cavaleiros de todo o reino. Artur com seu senso de justiça e com o controle de sua espada Excalibur conseguiu unificar a região e com isso acabar com as forças do mal!

Os cavaleiros olham para a estátua da távola bastante curiosos. Hyoga complementa.

— Essa távola foi criada exatamente para todos se reunirem e esse modelo oval deixava todos se sentindo na mesma condição, sem hierarquia, sem ninguém estar acima de ninguém, até o Rei Artur estava de igual para igual com todos. Nessa época é dito não ter existido geração de cavaleiros de Athena, pois não havia guerras entre deuses, então esses bravos homens são considerados como braços de cavaleiros de Athena daquela geração! Se é que essa lenda é verdadeira...

— Mas o que será que essa estátua desses homens faz aqui? – Pergunta Seiya.

Shiryu já está na saída da casa. Os demais cavaleiros o seguem.

— A história é bem interessante, mas não temos tempo a perder. Vamos aproveitar que a casa está vazia e seguir logo para a décima primeira casa!

Mesmo curiosos todos concordam. Eles deixam o interior da casa de Capricórnio.

— Passamos! Não há nenhum cavaleiro protegendo essa casa! – Diz Shun.

Shiryu percebe que algo está vindo em direção a eles.

— Cuidado! Não fiquem aí!

Uma rajada cortante arrebenta com o chão onde os cavaleiros estavam. Eles saltam.

— O chão se abriu de repente! – Grita Seiya.

Shun perde o equílibrio na imensa cratera que se abriu. Seiya segura sua mão.

— Obrigado Seiya.

Hyoga olha para frente da imensa cratera e se assusta.

— Olhem! O Shiryu... Ele ficou perto da saída da casa de Capricórnio!

Do outro lado da cratera que se abriu Shiryu está com os olhos fechados. Alguém surge nas suas costas.

— Você foi esperto em avisar os seus amigos e eles conseguiram fugir. Mas e você? Achou que não conseguiria saltar?

— Se eu tivesse saltado sei que você teria lançado um segundo ataque e todos nós seríamos mortos! – Responde Shiryu.

O homem segue atrás de Shiryu, mas se aproxima.

— Você ficou aqui para proteger os outros, seu insolente! Você é muito confiante, mas em breve vai se arrepender da sua decisão. Eles escaparam apenas por enquanto. Gosto de enfrentar um de cada vez!

O homem enfim se mostra. Ele possui cabelos curtos repicados pretos, olhos grandes um pouco puxados e é um tanto forte. Ele está trajado de uma armadura de Ouro.

— Eu sou Shura, o cavaleiro de Ouro da constelação de Capricórnio! Não quis enfrentá-los na minha casa porque gosto de mantê-la intacta. Aqui do lado de fora é muito mais interessante.

— Que cosmo que esse homem tem! Não nega que é um cavaleiro de Ouro! – Exclama Shiryu.

Shura abaixa a cabeça e sorri. Ele volta a olhar para Shiryu.

— De fato sou um cavaleiro de Ouro muito conceituado e o homem certo para matar traidores. Saiba que fui eu que há dezesseis anos assassinou Aioros de Sagitário!

Shiryu se revolta com as palavras de Shura, mas logo ele se acalma.

— Então agora estou feliz em ter ficado para trás!

— Como? – Shura estranha.

— Vou usar todo o meu poder para acabar com você e vingar Aioros!

— Shiryu! – Gritam Seiya e Shun.

Hyoga vira de costas para os demais e de frente para o caminho para a próxima casa.

— Vamos embora daqui. Se ficarmos aqui o gesto de Shiryu não vai ter valido nada.

— É verdade, vamos Shun. Shiryu vou te aguardar mais a frente, essa não é uma despedida. – Diz Seiya.

Os três seguem caminho pelas escadarias. Shiryu e Shura estão frente a frente. Shura começa a rir.

— Vai usar todo o seu poder cavaleiro de Bronze? Todo seu poder para vingar Aioros? Hahahaha. Não faça promessas que você não pode cumprir, eu odeio pessoas que fazem isso!

Shura levanta seu braço e com um golpe rápido racha o chão entre as pernas de Shiryu!

— Ele partiu o chão com apenas um movimento de braço. E fez um pequeno corte na minha perna! – Grita Shiryu.

Shura sorri e lança outro ataque, ferindo Shiryu. O cavaleiro de Dragão percebe que os ataques de Shura mais parecem com golpes de uma espada.

— Enfim você percebeu. Minhas mãos e minhas pernas são afiadíssimas. Principalmente minhas mãos. Sua capacidade de cortar não tem limites, nela habita Excalibur!

— Excalibur? A lendária espada do Rei Artur, da lenda dos cavaleiros de Távola Redonda? Então é por isso que existe uma estátua dos cavaleiros de Távola Redonda dentro da casa de Capricórnio?

— Exatamente. Os cavaleiros de Capricórnio herdaram as vontades daqueles cavaleiros da Grã-Bretanha e desde então todo o homem destinado para ser cavaleiro de Capricórnio nasce com a alma da sagrada espada em seus braços. A espada para fazer justiça e mostrar a todos quem é o mais forte! – Responde Shura. – Agora sem mais conversa, morra Shiryu!

Shiryu salta e desvia do ataque de Shura. Ele eleva seu cosmo.

— Não vou me entregar tão fácil! Agora é minha vez: “Cólera do Dragão”.

Shura da um imenso salto e pega distância e altura. Ele olha para Shiryu.

— Como é ingênuo achar que um ataque desses seria eficaz contra um cavaleiro de Ouro igual a mim! Você receberá de volta a força do próprio golpe: “Pedras Saltitantes”.

O golpe de Shiryu é como se batesse em uma pedra criada pela técnica de Shura e se lançando novamente contra ele, que vai com violência ao solo. Shiryu se lembrou da pedra citada por Hyoga onde a espada Excalibur ficava presa.

— Toda a potência do meu golpe se voltou contra mim. Então essa é a capacidade de um homem que herdou a Excalibur?

— Não vou deixar você sofrendo, vou poupá-lo. Irei decapitá-lo imediatamente. – Shura ergue seu braço.

Shiryu se levanta e coloca seu escudo a frente para se proteger. O ataque de Shura parte o escudo do Dragão ao meio.

— Ele partiu o meu escudo que é uma poderosa arma de defesa com imensa facilidade!

— Seu escudo faz jus a sua reputação. Se você não o tivesse, já teria perdido o braço. A partir de agora você está totalmente desprotegido. Agora que perdeu o escudo vou destruir o resto de sua armadura! – Ameaça Shura.

Mais um ataque cortante rasga com a armadura de Dragão. Shiryu vê sua armadura destruída.

— Ele deixou minha armadura em pedaços. Em outros combates ela já havia sofrido danos, mas nunca desse jeito e nem tão fácil!

— E então Shiryu você se rende? – Pergunta Shura erguendo novamente seu braço.

Shiryu olha para Shura atônito. Ele está perplexo com a capacidade cortante da Excalibur que habita no braço de Shura. Ele está totalmente desprotegido.

— Com um ataque mortal desse... Nem Aioros conseguiu suportar!

Shura abaixa o braço com um sorriso nos lábios. Ele resolve contar o que lhe dava tanto orgulho.

— Já que fala tanto de Aioros, te contarei como acabei com aquele traidor!

Nesse momento Shura conta como assassinou Aioros, porém o flash back mostra os fatos como eles aconteceram.

SANTUÁRIO – GRÉCIA

16 ANOS ATRÁS

 

Aioros já estava ferido com a bebê Athena nos braços. Quando ele ia atravessar a ponte suspensa para sair do Santuário, ele avistou Shura. O ataque cortante do cavaleiro de Capricórnio derrubou a ponte e Aioros com com o bebê de imensa altura.

Aioros ficou muito machucado após a queda. Ele estava segurando a bebê, já que conseguiu amortecer sua queda. Aioros parou e olhou para Athena em seu colo. A bebê sorriu despertando também um sorriso em Aioros. Ele colocou Athena atrás de uma rocha enquanto estancava um ferimento, quando uma voz o chama.

— Aioros, espere!

Aioros se surpreendeu ao ver Shura a sua frente.

— Você?

— Aioros você é tolo demais por achar que vai conseguir escapar daqui. E ainda nesse estado!

— Shura! – Exclamou Aioros.

— Sinto vergonha de você! Eu não perderia a oportunidade de averiguar você aqui em baixo e terminar de te matar. – Respondeu Shura.

— Me escute Shura! – Insistiu Aioros.

Shura ergueu seu braço e elevou seu cosmo.

— É tarde demais para tentar se desculpar Aioros. Só existe um meio de fazê-lo pagar por se rebelar contra o Santuário, a morte. Você que tentou matar Athena e tentou colocar um bebê fajuto em seu lugar! – Disse Shura!

Shura atacou Aioros com a Excalibur. Aioros fez o possível para desviar, mas depois da queda ficou em situação deplorável. Ele foi atacado sucessivas vezes, e ficou à beira da morte.

— Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhh...

A urna da armadura de Sagitário se abriu. Shura ficou tenso. A armadura trajou Aioros.

— Sinta o meu golpe Shura: “Trovão Atômico”.

— Aaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhh... – Shura foi arremessado longe e se machucou bastante.

Aioros olhou para a rocha onde deixou Athena e se assustou ao não vê-la.

— Athena!

— Aioros! – Shura estava de pé.

Aioros se virou e percebeu que estava sangrando. Ele avistou Athena de longe engatinhando.

— O seu grande erro foi desviar o seu golpe no momento em que ele poderia me causar mais problemas. Agora morra de vez: “Excalibur”.

— Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhh...

Shura viu Aioros sofrendo hemorragia. Ele tentou se aproximar, mas sem perceber, o cosmo de Athena o afastou.

— Ele não sobreviverá por muito tempo. Morra seu traidor!

Shura se retirou do local enquanto Aioros procurou a bebê Athena. Logo ele a encontrou.

 

CASA DE CAPRICÓRNIO – PRESENTE

 

Shiryu se revolta com a história e olha com raiva de Shura, que segue com orgulho do que fez no passado.

 


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo de Saint Seiya Master: Sanctuary Battle:

"Adeus Shiryu! O Último Dragão."



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