Meu Nerd Favorito escrita por PepitaPocket


Capítulo 18
Resultados




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/797489/chapter/18

— GRÁVIDA!

Ino e Karin disseram em uníssono, enquanto Sakura olhava para baixo, parecendo ainda abalada com aquela notícia.

— Poxa, ajudaria mais se vocês não agissem como se fosse uma coisa do outro mundo.

Sakura disse levando a mão na cintura, e fazendo uma cara de zanga, que fez as outras duas também fazerem cara de zanga, pois esse era o modo delas chegarem a um acordo comum.

— Gomensai. – Ino disse coçando a cabeça, sem saber direito o que falar, o que era irritante, já que geralmente ela era quem do grupo sabia o que dizer.

— Esse é o tipo de notícia que choca até os mais precavidos, testinha. – Karin dissera ajeitando seus óculos, usando um apelido familiar “carinhoso” que a moça de olhos verdes particularmente detestava.

Entretanto, ela estranhamente não reagiu ao uso do mesmo, como de costume.

O que demonstrou as suas amigas que elas precisariam serem mais eficazes, se quisessem consolar a jovem antes que ela desatasse a chorar e não parasse mais.

— Não pode ser tão ruim assim, vai. – Karin disse tentando ser animadora sentando-se de um lado para o outro.

— Sim. – Ino disse colocando seu melhor sorriso no rosto.

— Poxa, mas na minha idade. – Sakura parecia inconformada.

— Essas coisas acontecem. – Karin disse tentando ser solidária, mas não imaginaria o que seria dela em uma situação parecida.

Ino concordou, balançando a cabeça não aguentando ver sua amiga tristonha daquele jeito.

— Até parece que você sabe como é. – Sakura disse espichando os lábios fazendo cara de choro. Aquilo tudo estava sendo traumático para ela.

Aos dezesseis anos naquela situação ridícula.

— Afinal, você é filha única e você a irmã que tem... – Sakura parou de falar, sabendo que aquele era terreno proibido.

— Nascida do r*** da minha tia. – Karin disse fazendo cara feia para uma história que era um tabu na família, Jiraiya, o garanhão. Namorou duas irmãs ao mesmo tempo, sem que uma soubesse da outra, até que as duas engravidaram ao mesmo tempo, e ele acabou casando-se com Fuuka, porque Mei lhe deu um pé na bunda, com p maiúsculo.

— Seja como for, para de fazer drama testuda, porque você já tem irmãos. – Ino disse com impaciência.

— Mas, irmãos caçulas são chatos, já basta o que eu passo com o Harashima-kun.

Sakura disse se debulhando em lágrimas, não acreditando que sua mãe estava grávida e que seu pai havia faltado a aula, para acompanha-la na consulta do pré-natal.

Por causa disso, ao invés de aproveitar para ficar um pouco com o Neji, sem o medo da excêntrica figura de seu pai, ficar de olho, ela estava ali, chorando como se não houvesse amanhã.

Já Karin, estava rindo a toa. E, isto não era porque ela tinha herdado o lado sádico e venenoso de sua mãe, em apreciar o sofrimento alheio e sim porque ela apenas se sentia muito feliz ao lembrar do que houve com certo loiro, enquanto ela tentava sem sucesso fazer com que Naruto aprendesse a matéria da prova.

— Vou ficar com zero, dattebayo. – Naruto disse mais temeroso, em lidar com a reação violenta de sua mãe que deveria aceitar de uma vez que ele era um adolescente de ação, e não para os livros.

— Não é tão difícil, baka. Veja: O sistema circulatório dos insetos é aberto. O líquido incolor, chamado hemolinfa é bombeado de um coração dorsal, passando dos vasos para as cavidades do corpo, denominadas de hemoceles. Pega, as palavras chaves: aberto + hemolinfa + hemoceles.

Karin deu o seu melhor para explicar a matéria, mas Naruto continuou olhando-a como se ela tivesse falando grego, então ela partiu para o “tudo ou nada”, usando aquilo como um incentivo.

— Ei, Naruto-kun, você me acha bonita? – Ela perguntou usando sua melhor expressão de "sou gostosa”.

E, o Uzumaki que era lento para biologia, mas não para flertar com uma garota, usara seu melhor sorriso para responder.

— Você é uma gatinha, priminha. – Ele disse até tentando fazer um verso, que com sorte soaria romântico, e nas piores das hipóteses engraçadinho, sendo que Karin achou apenas ruim mesmo.

— Então, se você decorar isso daqui direitinho, eu vou deixar você escolher uma recompensa. – Ela disse aproximando vagarosamente seu rosto do dele e deslizando com suavidade seus lábios sobre os deles, fazendo o garoto ter de se controlar muito para não a puxar de encontro a si.

Mas, não demorou muito para que seus lábios se encontrassem pela primeira vez, já que como se tivesse um chip de memorização instantânea implantado no cérebro, Naruto memorizara rapidamente o conteúdo, e quando ele se enrolava com as palavras,  bastava olhar para os lábios sedutores de sua deliciosa priminha.

— Então, o que aconteceu com o Uzumaki, ontem? – Ino perguntou, já imaginando o que significaria aquele sorriso.

Mas, só por vingança, pela sua amiga loira, que não usava tintura para disfarçar a cor dos cabelos, não ter lhe contado as novidades de sua vida amorosa, logo que teve a oportunidade, ela agora faria o mesmo.

Alguns dias haviam se passado, e para infelicidade de Ino, Orochimaru havia retornado a seu posto de professor.

Estava correndo tudo bem com a gravidez de Tsunade-sama, e Sakura parecia mais conformada com a novidade, afinal não tinha nada que ela pudesse fazer.

Karin e Naruto começaram a trabalhar, e a segunda melhor coisa que aconteceu para Ino que havia acontecido naquelas duas semanas foi a cara do “Trio Calafrio” (Matsuri, Harumi e Layla), ao verem os dois de mãos dadas, circulando pela escola.

Mas, a melhor coisa foi desfrutar a companhia de Shino.

Ele continuava sendo um rapaz quieto e retraído, mas mostrou-se um bom ouvinte. E, mesmo por trás daqueles ridículos óculos de sol, ela sabia que ele prestava atenção em tudo o que ela dizia.

Poderia ser a dúvida entre comprar uma marca de calçado ou outra marca, até sobre o cansaço de ter de trabalhar horas extras na floricultura da família.

O que ela mais gostava de fazer com Shino era sair para andar de bicicleta. Ela até investiu suas economias na compra de um modelo de segunda mão, para acompanha-lo nas pedaladas.

Eles costumavam preparar sanduíches e sucos naturais e irem para o parque do bairro, passar o tempo.

Shino assim como ela trabalhava meio expediente no negócio da família. Ele amava a biologia mais do que qualquer coisa, e tinha vontade de estudar esse curso. Mas, seu pai havia sugerido que ele fizesse administração.

— Não acho que você precise cursar administração para ser um bom gestor de seu negócio. – Ino dissera com seriedade, sabendo que essa dúvida estava afligindo, não apenas Shino, mas todos seus colegas de turma.

Karin queria fazer literatura, mas Fuuka disse que já tinha um escritor fracassado em sua vida. Sendo que Jiraiya estava longe de ser fracassado, já que a boa vida de sua família era as custas desse trabalho.

Não é como se aquele rabanete fosse dar ouvidos aos delírios de sua mão.

Já Sakura queria fazer medicina como sua mãe, mas depois que foi a uma aula experimental na universidade, ela começou a sentir que aquilo não era para ela, o problema é que a Senju não sabia o que fazer ao invés de medicina, e também teria de lidar com Tsunade que tinha expectativas, que sua filha do meio seguisse medicina, já que os gêmeos mais velho não quiseram.

— Você poderia investir em cursos de formação rápida, apenas para conhecer as especificidades como gerenciamento contábil ou técnicas de planejamento de mercado, enquanto faz o que você gosta. – Ino disse aquilo com naturalidade, porque aquele era seu plano.

Não iria deixar de lado o negócio que seus pais lutaram tanto para criar, mas não iria abrir de seu sonho de ser uma estilista bem sucedida.

— É isso que pretende fazer? – Shino perguntou com Ino encostada em seu peito, enquanto ele mantinha-se recostado no tronco de uma árvore, deliciando-se com o peso dela em seus braços.

— Hai. – Ela disse aconchegando-se ainda mais em seu dorso, fazendo-o apreciar ainda mais a sensação.

— Poderíamos fazer os cursos juntos. – Shino disse aquilo com um entusiasmo que era novo para Ino. – Claro, se você quiser.

Ino por sua vez arregalou os olhos surpresa pela oferta, mas já se entusiasmando demais com ela.

— Seria ótimo! – Ela disse voltando sua cabeça, para seu namorado que coçava a cabeça, parecendo nervoso, já que ela não era bom fazendo planos a longo prazo, ele era o tipo que vivia um dia de cada vez, com calma.

Mas, as decisões próprias da idade, o obrigavam a fazer projeções de sua vida. E, em todas elas Ino fazia parte. Mesmo sendo cedo para pensar em coisas do tipo, ele imaginava-se casado com ela, ainda não sabia se queria ter filhos, mas casar com ela era algo que ele desejava com toda certeza.

— Não quero que as coisas fiquem estranhas para a gente depois do ensino médio. – Shino disse, lembrando do relato de seu pai, sobre uma namorada que ele teve no ensino médio, e no quanto a relação deles esfriou depois que cada um foi para uma universidade diferente.

— Bobo. – Ino sorriu acariciando o seu rosto. – As coisas vão ficar estranhas só se a gente deixar. – Ela disse aproximando vagarosamente seu rosto do dele, e tomando seus lábios cuidadosamente.

Shino fechou os olhos, deliciando-se com aquele contato, deixando de lado suas preocupações apenas para aprofundar o beijo, um pouco mais.

Suas línguas dançavam suavemente, explorando sem pressa a boca um do outro. E, quando as mãos dele desceram por suas costas, e ele a puxou para seus braços, ele sentiu com todo seu coração que ela continuaria por muito tempo em seus braço.

...

Ino mal tinha conseguido dormir naquele dia. Estava cheia de ansiedade, pelo resultado da prova.

Ela pediu para Sakura dar uma espiadinha, e tentar descobrir alguma coisa, mas aquela testuda certinha não quis fazer isso.

“Sinto muito, mas você terá de esperar todo mundo”.

Sakura lhe dissera por mensagem, enviando uma carinha triste, o que deixou Ino p* da vida com ela.

Felizmente, a primeira aula seria com o desprezível Orochimaru-sensei. Ela não teria de esperar muito.

“Quem diria que eu estaria tão ansiosa por ter uma aula com ele”.

Ino pensara consigo, enquanto corria as pressas para encontrar Shino, que havia acabado de guardar sua bicicleta.

Naquele dia, ela tinha dormido na casa de Karin, e tinha vindo com os pais do rabanete.

E, ela tivera uma grande surpresa, ao ver que ele não estava com seus óculos de sol.

— Onde foi parar seus óculos? – Ela perguntou perplexa, por ver aqueles olhos castanhos, livres de uma lente escura.

— Cansei de ver o mundo, através daquelas lentes escuras. – Eles disse dando um sorriso, e coçando a nuca desajeitadamente. Algo que ele fazia com frequência, pois perto dela, ele sentia-se constantemente desajeitado.

Ainda mais quando ela lhe sorriu daquele jeito, e correu o risco de beijá-lo, na escola. Foi um beijo rápido, e felizmente eles não foram pegos por nenhum monitor mal-humorado.

— Vamos? – Ele perguntou oferecendo sua mão, e ela percebeu que sua presença o tranquilizava.

— Vamos. – Ela disse agarrando com firmeza sua mão e indo saber de uma vez por todas, quanto ela teria de tirar na prova de recuperação.

Mas, para sua surpresa, ela não precisaria fazer a prova, pois Orochimaru-sensei reconsiderou sua nota no trabalho, graças ao relatório bem redigido, que Shino admitiu que a Yamanaka-san fez praticamente sozinha. O que baixou um pouco sua média, mas enfim...

Ainda de quebra Orochimaru-sensei, despediu-se da turma, surpreendendo a todos, menos Sakura.

O que para Ino foi um alívio por um lado, e por outro... Um lamento? Já que ela não teria quem xingar nas horas de irritação.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meu Nerd Favorito" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.