Meu Nerd Favorito escrita por PepitaPocket


Capítulo 19
O Favorito de Meu Coração


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que leram e acompanharam, em especial a Androide 17 por seus comentários e apoio a fic.



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Naquele dia fazia exatamente cinco meses que eles estavam namorando. E, como nos meses anteriores, Shino lhe presenteou com um bonito pingente em forma de coração, que seria acrescentado a uma corrente, a cada mês que eles passassem juntos.

Logo, no primeiro mês ele foi afligido, com a incerteza do que comprar para comemorar a ocasião.

Foi quando ele acabou tendo a ideia, sabe-se lá como, e no começo aquilo pareceu piegas para Ino, e ao mesmo tempo fofo. Ela demorou a decidir-se, mas ficou derretida do mesmo jeito, ao saber que seu namorado passou tanto tempo pensando no que comprar apenas para agradá-la.

Aliás, ela ainda não tinha comprado nenhum presente para Shino.

Pensando bem, ela estava passando pelo mesmo dilema que ele. O cordão da sorte, ainda estava com ela.

E, ele não parecia estar com pressa de tê-lo de volta.

Sentia-se sortudo por ter Ino ao seu lado.

...

O terceiro ano se iniciaria, dali a poucos dias, e com isso a etapa final na qual eles teriam de decidir o que fazer de sua vida.

Havia um medo real, depois daquele ano, as coisas mudarem entre eles. Mas, Ino abraçara seu namorado e dissera baixinho ao pé de seu ouvido.

— Vamos aproveitar com intensidade, esse tempo juntos. – Ino dissera encostando a cabeça em seu ombro, enquanto eles reassistiam o filme Crepúsculo que era o favorito de Ino.

Era um tremendo paradoxo, sua namorada tê-lo feito assistir nove vezes o primeiro filme, de uma saga que ele não conseguiu passar do primeiro livro.

— Sim. – Ele disse dando um selinho em seus lábios, e ela pegou uma pipoca e para provoca-lo jogou-a em sua cabeça, e ele fez o mesmo.

E, assim começou uma épica guerra de pipoca, na sala da família Shino. O cessar fogo aconteceu quando a mãe dele, apareceu e os dois rapidinho foram limpar a bagunça que fizeram.

...

Naquele dia de calor, ela o convidou para um banho de piscina.

E, a visão de sua garota com um biquini rosa, com bolinhas verde-água combinava com seus olhos, e a deixava ainda mais gata.

O corpo de Ino era escultural aos olhos do garoto, e enquanto eles namoravam no outro dia no sofá da casa dela, ele pode senti-la mais perto de si, e ele teve que tomar um banho quando chegou em casa.

E, agora vê-la daquele jeito, o deixou ainda com mais pensamentos indevidos.

Isso o deixava preocupado, porque ele não queria que Ino o achasse um tarado ou coisa pior.

— Você está bem? – Ela perguntou ao ver seu namorado retraído. Quer dizer o Aburame era uma pessoa quieta, mas quando com ela, se soltava um pouquinho mais.

Ela continuava falando por eles dois juntos.

Mesmo assim, quando ela se aproximava, ele sempre ficava tenso, como se quisesse esconder alguma coisa.

— Perto de você, eu sempre fico bem. – Ele disse puxando-a para um beijo casto, mas ela não ficou contente com isso, e segurou-se em seus ombros, e procurou aprofundar o beijo.

Logo as aulas retornariam, e entre trabalho e estudos, eles não teriam muito tempo para se curtir. Ainda mais, sendo ano de vestibular, e o preparatório iria exigir ainda mais dedicação deles.

...

Com a formatura de Neji, Sakura se sentia um pouco perdida.

Ino e Karin, estavam namorando, lhe restando dedicar seu tempo livre aos estudos. Ainda estava na dúvida se queria ou não medicina, mas ela acreditava que se estivesse preparada para o vestibular de medicina, estaria preparada para o vestibular de qualquer curso que quisesse.

Pensou em ir até a casa de Ino, tomar banho de piscina como elas faziam todos os verões. Mas, certamente ela estava com Shino, e a jovem não queria ficar segurando vela.

Escutara batidas na porta.

— Estou estudando. – E, essa era sua resposta padrão, para mascarar sua constante vontade de ficar sozinha.

Orochimaru e Tsunade, não esperavam mais um bebê, mas quando a notícia veio, eles imaginaram que Harashima fosse o mais reticente a notícia, mas o garoto que tinha dez anos não se importou, só quis assegurar que o valor de sua mesada continuaria o mesmo.

Para surpresa do casal, Sakura foi a que se retesou mais com a notícia, a ponto de ter se afastado mais de sua família. Ela saia com frequência para correr com o Atsui, ou para jogar tênis com Samui no Clube, mas ela vinha declinando suas ofertas. E, nem as implicâncias com Harashima tem surtido efeito, na garota que sempre ficava no quarto estudando, descendo para as refeições apenas para comer.

— Acho que pode fazer uma pausa, para conversar com seus pais. – Só que para aborrecimento da adolescente, seus pais resolveram importuná-la aquela manhã, com a oferta deles terem uma conversa ou terem uma conversa.

E, Sakura não queria continuar fazendo papel de criancinha birrenta, como Karin vinha lhe dizendo.

“Eu consegui ficar feliz com o nascimento de minha irmã, mesmo nascendo no útero de minha tia”.

Karin disse isso indiferente ao fato que ela e Mia Terumi, tinham quase a mesma idade.

— Depende do assunto. – Sakura disse sentindo um calafrio em ver sua mãe, com a barriga graúda, era uma visão muito estranha e que a enchia de ciúme, ainda mais com a notícia de que o bebê esperado era uma menina.

Ou seja, ela ia perder o posto “de garotinha caçulinha”.

Tsunade acabou tirando o livro das mãos de Sakura, ela nem lembrava qual era o assunto do mesmo, porque não estava prestando atenção.

— Acho que você quer me punir, por eu estar grávida. – Tsunade já disse se debulhando em lágrimas, e aquilo partiu o coração de Sakura, porque ela não gostava de ver sua mãe chorando, então começou a chorar também.

O que fez Orochimaru se tremelicar todo, desejando que a neném na barriga de sua esposa, fosse quem Samui ou Harashima, e que não fosse idiota que nem o Atsui.

— Não é assim também. – Sakura disse constrangida, era difícil conversar naquela idade, ainda mais com o pai e a mãe estando juntos.

— Então, vai me dizer qual o problema. – Tsunade disse sentando-se em uma cadeira que foi colocada a sua disposição por Orochimaru, que também lhe alcançou um lenço para cada uma, porque a choradeira seria grande.

....

No primeiro dia de aula, Ino e Karin que estavam indo de bicicleta para a escola, sendo que a Uzumaki não sabia pedalar, então ia de carona com Naruto que tinha prazer em carrega-la.

Um Porsche estacionou na frente da escola, e Sakura desceu dali toda sorridente, depois de dar um beijo demorado em Neji, com quem eles conversaram mais um pouco, antes dela finalmente descer, sob os olhares invejosos de muitas garotas ali.

Naruto foi quem deu um assobio.

— Se Tsunade-obaa-chan, ver você... – Naruto disse provocante.

— Se ela pega você usando ele apelido horroroso... – Sakura retribuiu igualmente provocante.

— É, mas... – Karin e Ino perguntaram, cheias de curiosidade e Sakura levantou sua pequena mãozinha, mostrando um bonito anel de compromisso em sua mãe direita.

Shino e Naruto, prenderam a respiração.

Pois, a joia tinha uma delicada esmeralda, e era de ouro. Deveria ter custado uma pequena fortuna, o que não era problema para Neji, que era herdeiro de uma rede de hotéis, famosa na Asia.

— Neji-kun e eu estamos namorando formalmente, meus pais deram autorização. – Sakura disse radiante, quase dando um pulo, de tanta felicidade.

E, agora ela ia ficar ainda mais xarope, porque o namorado dela era um pouco mais velho, e estava na faculdade de Comércio Exterior.

Mas, sua versão sorridente, era menos irritante do que aquela chorosa e depressiva, que achava tudo ruim.

...

De qualquer forma, desde o primeiro dia, eles experimentaram, uma pesada rotina. Principalmente, Shino e Ino, que trabalhavam nos negócios familiares, só que com algumas reduções de horário.

Mesmo assim, ambos enfrentaram uma jornada dupla de estudos, mas final de semana sempre rolava algum programa em grupo.

Foram ao cinema, jogaram boliche, passaram em claro na primeira balada, e até fizeram uma viagem rápida juntos, visitar a avó de Shino.

Dormiram em quartos separados, mas pensaram muito um no outro, durante aquela noite, e confessaram entre risos de euforia e constrangimento.

Foi a primeira vez que falaram abertamente sobre sexo, e apesar do desejo latente, fizeram o pacto de esperar um pouco mais. Karin e Naruto, haviam tido sua primeira vez, e pareciam estarem bem com isso, já Sakura disse que Neji deu sua palavra de que não iria “seduzir” Sakura antes do casamento e o Hyuuga levava muito a sério sua palavra.

Ino de certa forma acabara se solidarizando e prometeu esperar também. Além do mais, o preparativo do vestibular era intenso. Ino teve de se matricular em um curso extra de desenho técnico, já que tinha prova prática para o curso que ela queria, e seus atuais desenhos eram bons, mas não passariam em uma avaliação mais criteriosa.

Shino por sua vez, optou por fazer sua paixão ciências biológicas. Era uma área que ele tinha facilidade, mas não era bom em redação técnica. Então, estava tendo que correr atrás do prejuízo, participando de cursos e oficinas.

Por causa disto aquele foi o primeiro final de semana desde que eles começaram a namorar que iriam passar longe um do outro, e foi surpreendente para ambos a saudade que sentiram.

...

E só conseguiram ficarem aliviados na segunda feira quando se encontraram novamente, e no meio do caminho pararam na sorveteria, que ficou marcado como “o lugar deles”.

E, eles se sentiram bem naquele local, onde indiretamente tinha começado tudo. Ino nunca mais comera mais de trinta bolas de sorvete, para alívio da carteira de Shino que fazia questão de pagar, mesmo a Yamanaka não fazendo questão.

Ela achava que não tinha problema elas dividirem as despesas, como Karin e Naruto sempre saiam. Já para Sakura isso era inadmissível, mas Neji era muito rico e não tinha problemas em atender os caprichos dela.

— Foi aqui que eu peguei sua mão pela primeira vez. – Ino disse, satisfeita de poder olhar direto nos olhos de seu namorado, que quando estava com ela, usava cada vez menos seus inseparáveis óculos de sol.

— Sim. – Ele concordou com um sorriso aproximando seu rosto do dela, e trocando um rápido selinho, já que ele diferente de Ino, não gostava de ficar se beijando em público.

...

Depois disto os meses foram se passando, e a proximidade das provas finais do ensino médio, e a pressão nos estudos de modo geral, fizera com que eles investissem cada vez mais em partidas de vídeo game.

Shino era muito bom jogando Fifa ou Need for Speed, mas Ino preferia The Sims, e eles já estavam na terceira geração da suposta família deles. Ela era uma famosa atriz e ele um nerd que trabalhava como hacker no jogo, tiveram dois filhos, um menino e uma menina.

E agora tinham cinco netas, todas loiras, de olhos azuis como sua “avó”. E, estavam aposentados, com uma bela casa, a beira de um lago, que eles levaram semanas de jogo construindo.

— Será que nosso futuro vai ser assim? – Shino perguntou um pouco em dúvida.

— Tenho certeza que sim. – Yamanaka disse confiante. E, com ar sonhador, pois era notável que ela tinha altas expectativas no futuro dos dois, que estavam quase completando um ano de namoro.

Ela vinha cada vez mais misteriosa.

Dizendo que tinha planos para esse dia.

Havia reservado, uma mesa em um restaurante chique, do tipo que Shino não apreciaria a comida, mas a companhia valia a pena o esforço.

Naquele dia ela estava linda, em um vestido vermelho, de tecido leve, frente única. Usava uma sandália dourada que combinava com o cinto que ela estava usando na cintura, suas unhas estavam bem pintadas de roxo, e ela usava aquele batom roxo, porque sabia que ele ficava louquinho por ela, quando usava aquela cor.

Depois saíram para dançar, mas acabaram ficando vendo o movimento apenas, porque Shino se mostrou um péssimo dançarino.

Ainda assim, ele se divertiram muito observando as outras pessoas, Ino era um pouco ácida nos comentários, mas Shino não via malícia nisso.

Depois, eles foram passear na praia, ela havia reservado um bangalô, onde um presente inesperado o reservava.

Era um kit especial de observação de insetos e uma pequena escultura talhada em madeira de um besouro, que representava aqueles da lenda de sua família.

Shino se sentiu emocionado por ela ter pensado em algo tão original. E, Ino se sentiu emocionada de ver o brilho nos olhos dele.

— Não mereço tudo isso. – Ele disse com sinceridade. – Sou só o cara estranho, que teve sorte de conquistar a loirinha linda e popular, parece até história de filme.

— Merece, sim. Meu amor! – Ela disse olhando nos olhos, e acarinhando sua bochecha.

— Tenho sido muito feliz nesse ano que passou. – Ela disse o abraçando e os dois ficaram assim um longo tempo, dormiram abraçados, sob a luz da lua. Não houve nada carnal entre eles, mas eles partilharam uma intimidade especial naquela noite.

...

Tanto que no último dia de aula, era visível a cumplicidade deles dois.

Ino estava com preguiça, e acabou surpreendendo Shino, para que ele a carregasse na cacunda.

Os preparativos da formatura iam de vento e polpa.

A viagem de comemoração seria para Kyoto. Sakura não poderia ir, por causa do nascimento de sua irmãzinha, mas ela parecia não se importar muito com isso, já que conhecia bem uma das cidades mais históricas do Japão.

E, os dois aproveitaram muito o passeio, assim como o restante da turma. Matsuri, havia arranjado seu próprio namorado, e parara um pouco de importuná-las.

Layla havia ido para Nova York, e Harumi estava mais distanciada de Matsuri.

“Devem terem cansado do veneno uma da outra”.

Karin comentou ao pé do ouvido de Ino, depois que elas desceram do ônibus, cheias de energia para o passeio, que ficou guardado em suas memórias.

...

Ino havia prometido, que faria os desenhos dos vestidos de formatura.

O de Karin, foi um modelo de cor azul claro de um ombro só, que ia até os pés, o tecido era justo e colava-se ao corpo sem exageros.

O de Sakura era rosa, cheio de babados porque ela pediu, mas estes adornavam-se ao corpo esguio da garota, dando-lhe um aspecto romântico que combinava com seus cabelos, artificialmente rosa.

E, o dela era lilás, até acima do ombro, com detalhes em prata.

Shino estava ali dentro daquele smoking lamentando ter de usar um, no baile de formatura.

Por problema de agendamento, este seria excepcionalmente antes da cerimônia, ou seja todo mundo estaria de ressaca, na entrega do diploma.

Shino teria achado graça desse pensamento, se a visão encantadora de Ino descendo as escadas, não tivesse enchido seus olhos, literalmente.

Ela estava simplesmente deslumbrante, e ela sabia disso. Ino sempre teve uma ótima autoestima.

Andava com segurança e desenvoltura, e estendera a mão para Shino que a beijara, com suavidade.

— Linda. – Ele disse timidamente, fazendo com que a garota alargasse ainda mais o seu sorriso.

— Você também não está mal. – Ino disse levando a mão em seus ombros e olhando em seus olhos.

— Gentileza de sua parte. – Ele disse sério, mas seus olhos brilharam, mostrando com isto que ele estava, realmente feliz.

— Bobo. – Ela falou dando um beijo em sua bochecha, estou dizendo a verdade. – Ela comentara puxando-o em direção a saída, mas ele não arredou o pé.

— Ino agora estamos no formando, e logo prestaremos vestibular. Tudo vai ser diferente. – Ele dissera com expectativa.

E, ela entendia essa sua expectativa, porque realmente. Tudo seria bem diferente.

— Mas, vamos torcer que seja para melhor que tudo vai dar certo, porque nós dois queremos que dê. – Ino disse segurando sua mão e olhando-o nos olhos de um jeito que restou a Shino concordar, porque aquele brilho era bonito, ofuscante, contagiante. E, ele queria desfrutar daquilo para sempre.

— Aishiteru. – Ele disse em um sussurro, baixinho, mas com convicção.

E, por sorte ela estava perto o bastante para escutá-lo com atenção.

— Bobo. – Ela murmurou de novo. Minha maquiagem vai borrar assim. – Ela dissera dando uma fungada, e levando as mãos enluvadas até seus olhos, apressando-se em conter as lágrimas que teimavam em querer sair.

— Aishiteru. – Ela dissera por fim, e ele sorriu ao ouvir aquilo, se sentindo realizado, porque só de olhar nos olhos de sua namorada ele sabia que ela não mentia.

— Aishiteru. – Eles disseram em uníssono, trocando um rápido beijo apaixonado,  saindo de mãos dadas porta a fora, prestes a encerrar um ciclo e começar outro, com a esperança de continuarem juntos, quantos ciclos houvessem em sua vida.

FIM


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