Minha Vida Começa Contigo escrita por Senhora Bracho


Capítulo 3
Vagabunda, Desgraçada




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Paulina se sentia tão humilhada, a ira estava estampada em seu rosto, ela atravessa a rua correndo com o filho enquanto sua mente insistia em lembrar da cena de seu marido com outra, ela queria chegar logo em casa e se possível não o veria nunca mais, o que não era pra menos, pois ela sequer podia conversar com alguém sem a permissão de Carlos Daniel, enquanto ele podia até mesmo beijar mulheres em público sem pudor algum, logo ele que costumava ser discreto com suas amantes.

    — Mamãe por que a tia Leda estava beijando o papai?. - pergunta Carlinhos olhando nos olhos da mãe.

    — Não sei, vamos embora. - diz Paulina com um choro preso em sua garganta, andava pelas ruas sem rumo e sua maior vontade era de gritar aos quatro ventos o quanto o odiava e que a "perfeita família Bracho" não passava de uma farsa.

    — Mais e minha água e meu pirulito? - questiona o menino.

   — Compramos em outro lugar meu amor e depois vamos pra casa. - responde Paulina com uma calma que estava longe de sentir.

    — E o papai? Ele não vai voltar com a gente? - pergunta Carlinhos preocupado com o pai.

    — Ele vai depois Carlinhos, não se preocupe. - responde Paulina forçando um sorriso para o filho

...
 

   Fazenda Bracho 

    Já se passavam das 16:00 da tarde quando Carlos Daniel chega em casa, Paulina e Carlinhos estavam na sala vendo TV, Carlos Daniel assim que os avista vai até eles, diferente de mais cedo agora ele estava calmo e agia como se nada tivesse acontecido.

    — Paizinho! . - grita Carlinhos empolgado com a chegada do pai.

    — Oi filho. - cumprimenta Carlos Daniel indo até eles.

    Carlinhos fica em pé no sofá e estende os braços para o pai o pegá-lo e Carlos Daniel o carrega, fazendo com que Paulina estranhe sua atitude.

  — Você demorou papai. - diz Carlinhos o abraçando, era sempre tão carinhoso com o pai.

    — Tinha muitas coisas para resolver filho, por isso demorei. - explica Carlos Daniel olhando para o filho.

    — Agora você vai brincar comigo? . - pergunta Carlinhos com expectativa.

     — Vou sim! Vai lá buscar sua bola para jogarmos um pouco no jardim. - pede Carlos Daniel enquanto coloca o menino no chão.

    — Vou rapidinho. - diz o menino saindo correndo.

    — Vai devagar filho. - pede Paulina que observava a cena.

    — Me desculpe por deixar vocês dois esperando. - diz Carlos Daniel se sentando a seu lado, ela rapidamente se afasta e permanece em silêncio.

    — Eu tinha muitas coisas para resolver e acabei não me dando conta das horas.- diz Carlos Daniel 

    — É eu vi bem quais eram os assuntos que estava resolvendo e o quão urgente eram. - debocha Paulina sem tirar os olhos da televisão.

    — Por que está me tratando assim? Sabe que eu não gosto desse tom. - adverte  carlos Daniel sério.

    — Na verdade você não gosta de nada do que eu faço, nada nunca está bom, eu sou uma inútil que não presta pra nada, não sei por que você não me deixa livre de uma vez, assim você pode sair por aí com quem quiser. - ataca Paulina com raiva o olhando com sangue nos olhos.

    — Do que está falando? . - pergunta carlos Daniel surpreso, nunca tinha visto a esposa assim, ela estava visivelmente furiosa o que fez com que ele se sentisse intimidado.

  — Não se faça de desentendido, você sabe exatamente do que estou falando!. - dispara Paulina querendo prolongar o assunto mais sabia que Carlinhos poderia entrar a qualquer momento, então preferiu não dizer mais nada.

    — Não Paulina, eu realmente não sei. - diz Carlos Daniel  tentando se defender.

   — Mais é um cínico mesmo. - diz Paulina revirando os olhos e cruzando os braços, voltando sua atenção a TV.

     — Pronto papai, está aqui. - chega Carlinhos com a bola em suas mãos.

  — Então vamos lá pra fora para jogarmos. - convida Carlos Daniel se levantando.

   — Sim vamos, hoje eu vou ganhar de você. - afirma o menino com certeza fazendo Carlos Daniel rir alto.

    — Ah mais eu duvido! Você irá perder, e eu não quero ninguém chorando depois. - brinca Carlos Daniel.

    — Eu chorar? Eu já sou um homem igual você, e não choro por nada! . - explica Carlinhos sério.

    — Um homem é? . - debocha Carlos Daniel.

    — Sim - diz Carlinhos.

   — Você ainda é um bebê, terá que beber muito leite para chegar no meu tamanho. - insiste Carlos Daniel, adorava irritar o filho por que sabia que ele não gostava e se divertia com as caras que ele fazia.

    — Para com isso pai, eu não sou um bebê! . - pede Carlinhos emburrado.

    Paulina que observava tudo em silêncio esboça um sorriso de canto, Carlos Daniel poderia ser sempre assim, um homem brincalhão e presente mais não, ele só agia assim quando fazia alguma coisa errada, as vezes trazia presentes, pedia desculpas e até mesmo brincava com o filho sem reclamar, como estava fazendo agora.

    — Claro que é! É um cavalinho ainda. - provoca Carlos Daniel fazendo o menino ficar ainda mais irritado.

    — E você é um cavalo velho! . - dispara Carlinhos já sem paciência, fazendo Carlos Daniel soltar uma gargalhada.

— Não fica bravo meu amor, seu pai só está brincando com você. - pede Paulina agora mais calma. 

— Eu sei, mais eu não gosto que me chamem de bebê. - diz Carlinhos com a cara fechada.


    — Mais você é um bebê, o bebê da mamãe. - diz Paulina carinhosa dando um beijo nas bochechas do filho.

    — Não fala assim mamãe, por que depois ele vai ficar mechendo comigo - pede Carlinhos com vergonha.

    — Eu adoraria ser o bebê da mamãe. - diz Carlos Daniel com malícia enquanto a fitava com desejo.

     Paulina sentiu o duplo sentido na fala de Carlos Daniel, mais resolveu ignorar.

    — Vai brincar filho, antes que fique tarde.- diz Paulina 

    — Você não vem com a gente mãe? . - pergunta Carlinhos.

    — Não querido, prefiro ficar aqui, mais vão vocês, e levem água para não se cansarem. - diz Paulina, era sempre atenciosa em relação ao filho.

   — Tá mamãe, eu amo você. - diz Carlinhos fazendo Paulina se derreter de amores por ele.

    — Eu também amo você. - responde ela dando outro beijo nele.

    — E o papai? Você ama também? . - pergunta o garoto inocente.

     — Vai brincar vai. - desconversa Paulina.

    — Tá bem, Vamos papai! . - convida o menino pegando na mão do pai e o arrastando para o jardim.

...

Jardim 

    Carlos Daniel e Carlinhos brincaram os resto da tarde, Carlinhos estava muito feliz pois eram raros os momentos em que passava com o pai. O sol já estava se pondo, logo iria escurecer e Carlinhos não parecia nem um pouco cansado e passaria a noite toda ali brincando se pudesse.

    — Vamos filho, temos que entrar por que já vai anoitecer. - convida Carlos Daniel parando a bola com o pé.

    — Aaaa não pai, quero brincar mais. - reclama Carlinhos.

    — Não filho, por hoje já deu, você já está todo suado e tem que tomar um banho. - explica Carlos Daniel se aproximando do filho.

    — Tá bem, tá bem. Então amanhã você brinca comigo de novo? - pergunta o menino já convencido de que teria que entrar.

    — Você gosta que eu brinque com você? . - pergunta Carlos Daniel alçando uma garrafinha de água que estava ali perto e tomando um gole.

    — Eu adoro papai! Por mim nós brincávamos todos os dias, a mamãe sempre brinca comigo mais não é a mesma coisa por que ela é menina. - explica carlinhos  olhando para o pai.

    — Amanhã se der nós brincamos mais, pode ser?. - propõe Carlos Daniel.

    — Sim papai, pode ser. - concorda o menino dando um lindo sorriso.

     — Filho, quem trouxe vocês para casa hoje? . - pergunta Carlos Daniel mudando de assunto enquanto se sentava em uma das cadeiras que haviam ali e puxando o filho para se sentar em seu colo.

     — Nós viemos em um daqueles carros que ficam parados na praça. - Responde Carlinhos  olhando por Pai 

    — A sim, vocês vieram de táxi. E por quê não me esperaram? . - questiona ele ao garoto.

    — Eu acho que foi por que a mamãe ficou triste. - diz o menino com toda sua inocência.

   — E por quê sua mãe ficou triste?- pergunta Carlos Daniel 

    — Por que eu e ela fomos até o bar do meu padrinho e quando estávamos na porta vimos você beijando a tia Leda na boca. - explica ele com suas palavras.

   — Inferno! . - grita Carlos Daniel enquanto bagunçava seus cabelos em um ato de nervosismo.

    — Eu não fiz nada! . - diz Carlinhos com os olhos arregalados e muito assustado.

    — Eu sei filho e me desculpe eu agi por impulso. Mais me diga, depois que chegaram em casa sua mãe te disse alguma coisa?- pergunta carlos Daniel 

    — Não, quando chegamos ela chorou, ela pensa que eu não percebi mais eu vi. - diz Carlinhos com tristeza em seu olhar.

    — Sabe papai eu sei que ela chorou por sua causa e eu não gosto de ver minha mãe chorando. Por que você beijou a tia Leda papai? Você não pode beijar outras mulheres, só a mamãe. - adverte Carlinhos com convicção fazendo Carlos Daniel se sentir envergonhado.

    — Eu não beijei ela, ela é uma maluca, e eu já disse pra ela não fazer essas coisas. - diz Carlos Daniel  enquanto pensava como se explicaria para Paulina.

   — Se você não teve culpa então é só pedir desculpas para a mamãe, ela é muito boa e vai te perdoar rápido. - soluciona Carlinhos como se as coisas fossem fáceis.

    — Sim eu vou pedir. - diz Carlos Daniel colocando o filho agora de pé em sua frente. — Agora vamos entrar para tomar um banho.- diz Carlos Daniel.

    — E pra jantar também por que já está me dando fome. - diz Carlinhos alisando sua barriga.

    — O que acha de jantarmos em um restaurante? . - convida Carlos Daniel enquanto acariciava os cabelos do garoto.

    — De verdade? . - pergunta ele sem acreditar.

    — Sim, você quer ir?- pergunta Carlos Daniel.

    — Claro que quero, depois podemos ir ao parque?- pergunta carlinhos .

   — Veremos com a sua mãe. - diz Carlos Daniel se levantando e colocando o filho sentado em seus ombros para poderem entrar.

...

Quarto do Casal 


    Paulina estava em sua cama deitada com os olhos fechados, não estava dormindo estava apenas descansando, e seu momento a sós termina quando Carlos Daniel entra no quarto a chamando.

    — O que foi? . - pergunta Paulina  sem abrir os olhos.

    — Você topa jantar fora hoje? . - pergunta Carlos Daniel  se sentando na beirada da cama e apoiando uma das mãos na perna dela.

    Paulina abriu os olhos e se sentou na cama fugindo do toque dele.

      — Eu não vou a lugar nenhum. - diz Paulina séria o encarando.

    — Vamos por favor? Eu já disse ao Carlinhos que iríamos e se não formos o garoto ficará triste. - insiste Carlos Daniel .

    — Você pode ir com ele, eu explico pra ele que eu não vou. - diz Paulina  ríspida e aparentemente decidida.

   — Se você não for eu também não irei, e nesse caso a decepção que causará no menino será culpa sua. - diz  Carlos Daniel tentando a convencer.

   — E por quê quer tanto a minha presença? Ah claro! Como pude me esquecer, você quer que eu vá para que você possa exibir a bela família que você tem não é mesmo? Quer que todos vejam o quanto eu sou idiota... - diz Paulina com raiva.

  — Me desculpa Paulina, foi a Leda que me beijou, você sabe que ela sempre foi atirada, o Carlinhos me disse que você viu, aliás que vocês viram. - explica carlos Daniel  tentando conseguir o perdão dela.

    — Ela age assim por que você dá confiança, e eu não duvido nem um pouco que já tenha comido ela. Essa é a única explicação para ela andar sempre atrás de você. - explode Paulina de forma rude.

    — Porque está falando dessa maneira ? Você não costuma falar assim...- diz Carlos Daniel estranhando o modo com que Paulina se expressou, ele sabia que ela repudiava esse linguajar por que sempre que ele dizia coisas assim ela o repreendia.

    — Realmente eu não costumo, mais hoje eu estou no auge da minha raiva e qualquer coisa que eu disser será pouco para o que você merece ouvir. - Diz Paulina

    — Você tem que me escutar, eu prometo para você que eu nunca saí com a Leda, e digo mais, a única mulher que estou comendo no momento é você. - mente Carlos Daniel  na cara dura.

    — Eu seria uma idiota se acreditasse em você, você não presta Carlos Daniel, e sabe o que eu não entendo? Se você tem tantas mulheres a seus pés por que ainda me obriga a transar com você? . - pergunta Paulina  com um nó na garganta.

    — Eu não precisaria te obrigar se você cumprisse com seu papel de esposa! . - diz Carlos Daniel  irritado mudando sua personalidade.

    — Você só me humilha, me ofende, me diz coisas absurdas e ainda quer que eu abra as pernas pra você de boa vontade? Ah por favor né! - desabafa Paulina.

    — Sei que nada disso tem justificativa, mais poxa, você também tem me entender, você nunca quer estar comigo, vive fugindo de mim e isso me irrita. - diz Carlos Daniel  a olhando com cara de poucos amigos.

    — Fujo de você por que você me trata mal, me machuca de todas as formas, olha o que você fez hoje, o que você faz sempre! Eu não entendo suas atitudes, eu nunca te fiz nada. - diz Paulina  com os olhos marejados.

    — O que quer que eu faça? Eu sei que tá tudo errado mais é mais forte que eu. - pergunta Carlos Daniel tentando se manter calmo.

   — Quero que me respeite, e que não me machuque como fez hoje, tudo isso me dói de uma certa maneira, eu temo todos os dias que você perca o controle e acabe me batendo ou fazendo coisa pior. - diz Paulina  com receio.

    — Eu nunca bati em você! . - se defende carlos Daniel  a olhando indignado.

    — Tem certeza? Repense melhor em tudo o que já me fez, você nunca me deu tapas por que todo o resto você já fez, já me empurrou, já puxou meu cabelo como fez hoje, vive me pegando pelos braços, e tudo isso dói, tudo isso também é agressão, e não tente dizer que estou mentindo por que tenho marcas em meu corpo que dirão o contrário. - diz Paulina caindo no choro.

  — Não chora. - pede Carlos Daniel  se desesperando e se sentindo culpado. — Eu vou me controlar, eu prometo que irei mudar. - diz Carlos Daniel  abaixando a cabeça.

    — Você nunca muda, você não quer mudar! . - afirma Paulina  com pesar.

    — Eu até tento, mais não consigo. - Diz Carlos Daniel , o que não era mentira, ele até tentava mais nunca tinha bons resultados.

    — Eu não mereço a forma que você me trata, eu só queria uma explicação, eu fiz algo que te magoou? Se foi isso por favor me diz. - suplica Paulina tentando conter as lágrimas.

  — Vem, vamos conosco até o restaurante, Carlinhos está com fome. - convida Carlos Daniel  mudando radicalmente de assunto deixando Paulina ainda mais angustiada.

    Paulina fecha os olhos e respira fundo. — Eu vou, mais é apenas por ele, por que eu não suporto ver meu filho triste. - diz Paulina.

...

Restaurante 



    Os três chegam ao restaurante e fazem seus pedidos, Carlinhos estava super empolgado e não se calava nem por um minuto, para ele esses momentos com os pais eram raros por que Carlos Daniel quase nunca dava atenção a eles.

   — Filho come devagar, desse jeito você vai acabar se engasgando. - ordena Paulina ao ver a euforia do filho para comer.

    — Desculpa mamãe, é que eu quero acabar logo por que o papai disse que ia me levar ao parque. - explica o menino agora comendo mais devagar.

   — Mais não precisa comer tão rápido, o parque não irá sair do lugar. - diz Paulina com a paciência de sempre.

   — Amanhã farei uma viagem. - informa Carlos Daniel .

    "Na certa que vai com alguma vagabunda" pensa Paulina .

    — Vai sozinho? . - pergunta Paulina o olhando brevemente.

    — Sim. - responde Carlos Daniel parando de comer para dar atenção a ela.

    — Vai pra onde? . - pergunta Paulina  dando de ombros tentando esconder seu interesse.

   — Para cidade vizinha, tenho que resolver assuntos sobre a compra dos novos gados.- responde carlos daniel 

    — Hum, e vai demorar lá? - questiona Paulina  estreitando os olhos, aquela conversa estava muito suspeita, pra ela ele estava arrumando uma desculpa para ficar por aí com outra.

    — Creio que no máximo em 2 dias estarei de volta. - diz Carlos daniel  voltando a comer.

    — Papai eu quero um bichinho!. - pede Carlinhos surpreendendo os pais.

    — Pra quê? . - pergunta Carlos Daniel.

    — Como pra que? Pra cuidar né pai, sempre quis um para poder brincar. - explica o menino fazendo uma carinha convincente.

   — Você quer um cachorro, é isso? . - pergunta Carlos daniel  tentando compreender o filho.

   — Não pai, cachorro todo mundo tem, eu quero uma porquinha. - responde Carlinhos fazendo com que os pais parem de comer e o olhem depressa.

   — Um porco? - perguntam eles incrédulos em uníssono.

    — Humrum, uma porquinha. - diz Carlinhos  como se fosse a coisa mais natural do mundo.

    — Na fazenda temos vários porcos meu filho. - diz Carlos Daniel tentando mudar o pensamento do filho.

    — Eu sei, mais eles são grandes e eu quero um bem pequenininho. - explica Carlinhos enquanto gesticulava o tamanho da porquinha com as mãos.

    Carlos Daniel pensa por alguns segundos e não vê o por que não, aliás não seria ele quem cuidaria, como sempre as responsabilidades sobrariam para Paulina. — Se sua mãe permitir eu te dou um . - informa Carlos Daniel já convencido.

  — Pode mamãe? - pede Carlinhos com expectativa.

     — Um porco filho? Não seria melhor um gatinho? . - pergunta Paulina tentando fugir da situação.

     — Não mamãe, eu quero uma porquinha. - insiste o garoto.

    — Tá bom filho, seu pai pode te dar uma. - diz Paulina se rendendo ao pedido do filho, ela nunca conseguia dizer não a ele.

    — Ebaaa, ela vai se chamar Paulina como você mãe. - diz carlinhos  espontâneo fazendo Carlos Daniel dar uma gargalhada.

    — Aaaa até parece! Pode escolher outro nome. - diz Paulina querendo rir com as idéias do filho.

    — Por quê? . - pergunta Carlinhos dando um gole em seu suco.

     — Ora por que eu não quero o meu nome em uma porca. - explica Paulina olhando o filho.

       — Ela vai ser bonita como você mãe, por isso vai se chamar assim. - explica ele tentando convencer a mãe.

     — Pode deixar filho que o papai vai trazer da viagem a sua Paulina. - brinca Carlos Daniel em provocação a Paulina.

    — Ela não vai se chamar assim. - intervém Paulina enquanto ria.

     — Vai sim, eu achei que super combina. - diz Carlos Daniel também rindo.

      — Vai mesmo, a Paulina vai ser uma gracinha. - diz Carlinhos concordando com o pai.

    Eles terminam de jantar em um clima de muita harmonia, estavam sempre rindo e conversando como uma família normal, Paulina por alguns minutos havia se esquecido do episódio de mais cedo, mais a felicidade não duraria muito, pois Leda passava por ali e conseguiu avistá-los pelas enormes janelas do restaurante, e a mesma não hesitou em entrar para acabar com a noite de Paulina.

    — Boa noite! . - deseja Leda parando ao lado da mesa em que estavam, os pegando de surpresa.

    — Boa noite. - responde Carlos Daniel sério e de má vontade.

   — Oi tia Leda! . - cumprimenta Carlinhos enquanto tomava seu sorvete que haviam pedido para a sobremesa.

   — Olá amorzinho. - responde Leda dando um beijo no rosto dele.

   — Posso me sentar com vocês? - pergunta Leda olhando fixamente para Carlos Daniel, que a olhava com uma expressão nada agradável.

  — Não! Não pode. - responde Paulina rapidamente enquanto encarava Leda seriamente.

    Paulina estava prestes a explodir, não estava disposta a aturar Leda e jamais permitiria que ela se sentasse na mesma mesa que ela e seu filho, não depois de hoje, Paulina não levaria desaforos para casa e se Leda a atacasse ela responderia a altura. Ela a olhava com raiva e Carlos Daniel a mirava apreensivo, ele tinha certeza que Paulina avançaria em Leda a qualquer momento e teria que ficar esperto caso isso acontecesse.

    — Por que não? - pergunta Leda cinicamente.

  — Caso não tenha percebido estamos em um jantar de família. - diz Paulina tentando se controlar.

  — Mais eu sou da família. - responde Leda incoveniente.

     — Você é parente do Carlos Daniel e não minha, e outra, você não foi convidada então nos dê licença por que aqui você não é bem vinda. - dispara Paulina perdendo a paciência.

   Carlos Daniel nada diz, não iria se intrometer, sabia que era o causador de tudo o que estava acontecendo e não iria contra sua esposa, ainda mais por Leda que para ele era insignificante, ele respira fundo e bebe um gole de seu vinho torcendo para que Leda vá embora.

    — Carlos Daniel!. - chama Leda como se pedisse para ele fazer alguma coisa.

    — Carlos Daniel nada! Eu só vou dizer uma vez, se ela se sentar eu saio. - ameaça Paulina fazendo menção de se levantar.

  — Leda, Paulina está certa, estamos em uma jantar de família e você aqui está sobrando. - diz Carlos Daniel  temendo arrumar mais problemas com a esposa.

  — Tudo bem Carlos Daniel, não nos faltarão oportunidades para termos uns momentos juntos. - provoca Leda dando uma piscada de olho para ele, gesto esse que deixou Paulina
furiosa.

   — Vagabunda, Desgraçada! . - pragueja Paulina sem pensar vendo Leda sair do restaurante.

    Carlinhos olhou para mãe surpreso e com os olhinhos arregalados, nunca havia ouvido ela xingar alguém antes.

   — Me desculpa filho. - pediu Paulina tentando se acalmar, ela havia esquecido que Carlinhos também estava a mesa.

Um mês Depois...

 

 

 

 

 

 

 


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