Emma & Jake escrita por Almofadinhas


Capítulo 28
Capítulo 28 ❄ Emma


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!
Espero que todos estejam bem.
Confesso que comecei a revisar e editar os capítulos anteriores e já começou a bater a saudade disso daqui.
Enfim, fiquei emocional kkkkk
Boa leitura! (espero encontrar vocês nos últimos capítulos)



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Compromissos importantíssimos:

Canada on Ice Tour

Aniversário do Jake

Formatura da Lily

Formatura do Jake

Analiso minha pequena lista de compromissos na agenda e risco o item “Aniversário do Jake”.

Ainda não comemoramos seu aniversário, mas faremos isso em algumas horas. Por enquanto, Jake deve estar achando que todo mundo resolver dar um gelo nele justo hoje.

Fiquei com o coração apertado quando ele me ligou mais cedo, perguntando se eu queria passar o dia com ele, e eu tive que dispensá-lo, inventando compromissos super importantes para hoje. Eu agi com indiferença no telefone, fingindo não lembrar que é seu aniversário. Coitado. Mas tudo bem, faz parte do plano.

A única pessoa que não vai ignorá-lo hoje é seu amigo Connor. Ele ficou responsável por mantê-lo ocupado durante a tarde.

✦✦✦

Analiso minha roupa no espelho do quarto. Não sei se gostei da combinação que fiz.

Reviro todas as minhas roupas e encontro um vestido preto básico, com mangas mais transparentes. Eu gosto dele. Decido me trocar e analiso o resultado no espelho – bem melhor.

Faço uma maquiagem bem básica, com um pouco de base, rímel e batom, e vou atrás da minha irmã. Lily faz um penteado simples e bonito no meu cabelo.

Depois que cortei o cabelo numa altura um pouco abaixo dos meus ombros, tenho uma leve dificuldade para pensar em como prendê-lo de maneiras diferentes; eu estava acostumada a fazer penteados no meu cabelo longo. Por sorte, minha irmã é muito boa com essas coisas. 

— Obrigada, Lily! – agradeço, dando um beijo na bochecha dela, que reclama (ela detesta demonstrações de afeto) – Ficou ótimo.

Ela apenas balança a cabeça como quem diz “eu sei” e volta a mexer no seu notebook.

— Até depois – eu digo.

— Até!

Assim como a maioria dos convidados, Lily irá para a casa dos Stepanova depois. Eu vou agora porque fiquei de ajudar Maggie a preparar tudo.

Volto para o quarto e troco as pantufas pelo meu sapato. Borrifo meu perfume favorito e pego minha bolsa, a chave do carro, a embalagem do presente de Jake e uma jaqueta, pois sempre esfria a noite.

Desço correndo as escadas e enfio a cabeça na sala, onde meus pais estão aconchegados no sofá assistindo a um documentário na TV.

— Eu já vou indo – aviso.

— Tudo bem, querida – minha mãe diz – Pegou nosso cartão de aniversário para Jake?

— Está na minha bolsa – confirmo, abrindo o zíper da bolsa para ter certeza de que está lá mesmo.

— Então divirta-se.

— Tchau, gatinha – meu pai fala.

— Tchau. Amo vocês.

— Também te amamos! – ouço minha mãe responder, mas já estou saindo apressada pela porta de casa.

✦✦✦

Até que conseguimos reunir uma boa quantidade de pessoas. Não que tenha sido muito difícil, já que Jake é popular – mas também não queríamos chamar gente aleatória, só os seus amigos de fato.

Quem me ajudou nisso foi Connor, que também é defensor do time da universidade. Os dois entraram no time no mesmo ano e não se desgrudam desde então. Acho a amizade deles fofa, embora nenhum dos dois tenha gostado de ouvir eu os chamando de “fofo”.

Sendo assim, conseguimos trazer à festa (além da sua família, claro): seus companheiros atuais do time de hockey, alguns jogadores antigos – como Hunter e Justin –, seus amigos da faculdade, do Centro e até amigos da época de escola, como Michael – seu colega de infância. 

Meu celular vibra no bolso escondido do vestido. É Connor.

— Eles já estão vindo para casa! – aviso à Maggie.

— Já? Ok, vamos ajeitar tudo.

Eu desligo a música e anuncio que Jake chegará em alguns minutos. Assim que tudo está em ordem, apagamos as luzes e nos escondemos.

 

É um pouco chato ficar agachada no escuro, ouvindo a respiração e cochicho dos outros, mas logo escutamos passos se aproximando. Jake e Connor estão rindo de alguma coisa, conversando animados sobre algo que não compreendo.

Shiu. Eles estão vindo! – alguém sussurra à minha esquerda.

Não sei qual desculpa Connor inventou para levar Jake até a área externa da casa – uma espécie de área de festas da casa dos Stepanova – mas deu certo. 

Os dois param na saída da cozinha e imagino que Jake esteja tentando compreender o que está em cima das mesas, porque ouço ele dizer:

— Mas que merda...?

Ele mexe no interruptor e acende a luz. Nesse momento nós gritamos:

— SURPRESA!

Alguns de seus amigos estouram confetes, que voam pelo ar e acabam grudando no cabelo e nas roupas de quem estava embaixo, como é o caso de Jake. Olhando para o meu vestido preto, descubro que também não fui poupada.

Sua cara de espanto é hilária. Ele permanece assim por alguns segundos, paralisado e com confetes no cabelo, até compreender o que acabou de acontecer e soltar um “eu não acredito!”, indo abraçar cada um dos convidados.

— Feliz aniversário, Stepanova – eu sussurro em seu ouvido quando consigo o alcançar, o que demora a acontecer, já que ele me deixou quase no fim da “fila”. 

Deixo um beijo em sua bochecha e Jake passa um braço pela minha cintura, me apertando carinhosamente.

— Nem preciso perguntar se você está envolvida nisso, não é?

— É óbvio que eu estaria – respondo.

Ele sorri para mim e se inclina logo em seguida, aproximando nossos lábios. Fecho meus olhos e retribuo o beijo. Eu não planejava o beijar por muito tempo, considerando que seus amigos e parentes estão a nossa volta, mas uma voz familiar nos interrompe antes.

— Feliz aniversário, cunhadinho! – Lily diz, rindo – Desculpe, não resisti ao impulso.

— Obrigado, Lily – Jake agradece, me soltando e dando um abraço em minha irmã.

— Impulso do que, doida? – eu questiono.

— De interromper um beijo de vocês. Já faz um ano, lembra?

Ah, sim. Um ano desde que eu o beijei na porta da minha casa. Um ano desde que Lily abriu essa mesma porta e nos atrapalhou. Parece que isso foi há milhões de anos atrás.

— Só espero que isso não vire uma tradição – resmungo.

— E por que não? Eu adoraria te beijar em todos os meus aniversários.

— E eu adoraria que os nossos beijos não fossem interrompidos.

Jake sorri enquanto Lily revira os olhos, numa cara de nojo.

— Argh, vocês dois são tão... vou sair daqui antes que eu seja contaminada por essa magia do amor.

Dessa vez sou eu quem revira os olhos.

✦✦✦

A maioria dos convidados já foi embora e eu estou empanturrada de comida, por isso me sento numa espreguiçadeira perto da piscina.

Jake está conversando com todos os seus amigos, rindo e se divertindo. Considerando a minha antiga opinião sobre Jake, eu sempre imaginei que os seus amigos fossem iguais: aquele típico estereótipo de babaca. Ainda bem que eu estava enganada.

Eu gosto bastante deles; são gente boa. Os que conheci hoje também são bem legais. Conversei com eles durante a festa toda, mas agora estou cansada e com a barriga inchada de tanta comida.

Julie está sentada na espreguiçadeira ao meu lado, observando Peter mais adiante, que está numa rodinha de garotos, a maioria companheiros ou ex-companheiros do time de hockey da universidade. Eles parecem estar se divertindo.

— Juro que se ele me trocar por um taco e um disco, eu vou enfiar esse taco num lugar onde o sol não bate – ela resmunga parecendo irritada, porém brincando.

Eu rio.

— Ele nunca te trocaria.

— Eu acho bom mesmo.

Nós continuamos jogando conversa fora até Jake aparecer. Julie se levanta na mesma hora, dizendo:

— Ah, não. Eu não vou ficar aqui de vela. Adeus!

— Deixe de ser boba – eu falo.

Adeus, Emma – minha amiga repete, dando ênfase na despedida.

Julie volta para a área coberta, nos deixando a sós na beira da piscina. 

— Por que você veio parar aqui? – Jake me pergunta, sentando no lugar que Julie deixou vago.

— Eu estou cheia.

— Cheia?

— É. Comi demais – respondo, me lembrando do cupcake red velvet que comi minutos atrás.

— Ah! Achei que fosse “cheia” no sentido de “sem paciência”.

— Aí não seria “de saco cheio”?

— Dá no mesmo.

Não acho que dê no mesmo, mas eu não vou discutir com o aniversariante. 

— Obrigado pelo aniversário, Emmys – Jake me diz, abrindo um daqueles sorrisos bonitos que só ele sabe dar – Fiquei feliz com a surpresa.

— Ah, mas você ainda nem viu a melhor parte – eu respondo, dando um sorrisinho malicioso só para provocá-lo.

As sobrancelhas de Jake se arqueiam e seus olhos brilham, me encarando com expectativa.

— Não fique me provocando no meio da festa, Wright. Eu tenho modos.

Eu rio, mudando de assunto logo em seguida (para a decepção do garoto sentado à minha frente).

— Você não desconfiou de nada?

— Não.

— Jura?

Ele suspira.

— Para não dizer que não desconfiei, Connor estava muito animadinho nesses últimos dias. Mas ele é assim as vezes, parece uma velha fofoqueira. E hoje eu fiquei meio chateado com vocês.

— Coitadinho de você – eu ironizo.

— Mas eu gostei da surpresa – ele continua, ignorando meu comentário – Acho que a última festa surpresa que tive foi com uns doze anos.

— Acho que a sua mãe me contou isso. A ideia da festa foi dela também.

— Vocês podem fazer outra dessa no ano que vem.

Ano que vem. Eu não faço ideia de como as coisas serão daqui pra frente. Ele estará aqui para comemorar seu aniversário ou estará em outra cidade, ocupado? 

Jake vai seguir sua vida como jogador de hockey, o que eu acho demais. Sei o quanto ele se esforçou para isso; ele merece. As inúmeras medalhas e títulos que ele conquistou ao longo dos anos só reforçam essa ideia.

Apesar de estar muito orgulhosa e feliz pelas conquistas dele, eu sinto um vazio no peito toda vez que me imagino aqui sem ele. Eu me sinto mal por isso, mas... eu tenho o direito de ficar triste, não tenho? Ele é meu namorado e está indo embora da cidade, caramba!

Reprimo meus pensamentos antes que Jake perceba que eu estou melancólica, e digo:

— Aí não seria uma festa surpresa, cabeção.

— E daí? Eu posso fingir que não sabia de nada.

— Ah, certo. Só precisamos ignorar o fato de que você é péssimo atuando.

— Ei.

— O que? Suas expressões não enganam ninguém, Jake.

Antes que ele possa retrucar, nossa conversa é interrompida por Connor cantando a plenos pulmões Sweet Dreams, de Eurythmics.

— Meu Deus – Jake fala, com os olhos arregalados na direção do amigo.

Eu tenho uma crise de riso. Me levanto da espreguiçadeira e estendo a mão na direção de Jake, querendo que ele me siga para o interior da área externa.

— Vamos ver isso de perto, por favor — peço, entre as risadas.

— Óbvio! Eu preciso filmar este momento – Jake concorda, tirando o celular do bolso da calça.

Agradeço pela casa dos Stepanova ser enorme e sem vizinhos colados à casa, porque com a iniciativa de Connor, o fim da festa acabou virando um karaokê de péssima qualidade.


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Notas finais do capítulo

Vestido: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT_SEsgxRlex-IzqAHHyacmiP6rXWfHbszEIg&usqp=CAU

Casa: http://cdn.home-designing.com/wp-content/uploads/2020/06/large-terrace.jpg

Para ouvir as músicas citadas e relacionadas à história: https://playlistonline.net/playlists/626/emma-e-jake



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