Emma & Jake escrita por Almofadinhas


Capítulo 16
Capítulo 16 ❄ Emma


Notas iniciais do capítulo

Olá, espero que estejam todos bem.
Dessa vez, um capítulo mais grandinho para vocês! Boa leitura.



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Gelo e repouso. Por enquanto, meus dias se resumem a isso. Eu passo a maior parte do dia deitada com a perna para cima, o que é um saco, mas pelo menos tenho a companhia do meu cachorro, Axel (sim, ele tem o nome de um salto da patinação – culpa minha). Eu deveria agradecer por não ter tido nada sério, afinal existem lesões muito piores para um atleta, mas parte de mim não consegue parar de pensar que foi minha culpa ter caído feito uma idiota e me machucado.

O processo de recuperação do meu tornozelo também coincidiu com o meu aniversário. Eu nunca fui de comemorar aniversário com festa (até porque sempre tive pouquíssimos amigos para convidar), mas esse ano, especificamente, não estava com a menor vontade de fazer nada. Para tentar melhorar meu dia, minha família preparou um café da manhã digno de novela e todos cantaram os parabéns antes de sair de casa para trabalhar ou ir à faculdade (incluindo meu irmão, que participou por vídeo chamada com uma cara de sono que me deu dó).

Enquanto eles estão fora de casa, eu fico no andar de baixo de casa; não sou doida de tentar usar as escadas sozinha, por enquanto. Por mais que seja meu aniversário e eu esteja de folga da patinação, não consigo passar o dia sem fazer nada, por isso decido pesquisar algumas músicas para ver se encontro algo que possa ser útil em meus programas nessa próxima temporada.

Devo passar umas duas horas ouvindo diferentes músicas e melodias, imaginando como poderia patinar, até desistir. Deixo anotado algumas ideias para analisar melhor depois e ver se vale a pena mostrar para meus treinadores e coreógrafos.

Saio do sofá onde estava jogada vendo as músicas e encaro o piano, com um sorriso se formando em meu rosto conforme analiso as flores que estão em cima dele. Elas são apenas uma pequena parte das mensagens que recebi me desejando uma boa recuperação. Acho que nunca vou me acostumar com a quantidade de pessoas que me apoiam e torcem por mim (e que as vezes nem me conhecem!). Todo esse carinho é o suficiente para me lembrar de que, apesar de existirem pessoas maldosas pelo caminho, há um número muito mais significativo de pessoas boas.

Vou até o banco do piano e sento, passando o dedo por suas teclas. Sem pensar muito no que estou fazendo, começo a tocar o tema de A Lista de Schindler. É uma das poucas músicas que não preciso da partitura, pois cresci ouvindo meu pai tocar e aprendi com ele. Toco mais alguns pedaços de músicas que sei, até ouvir a campainha. Penso em ignorar quem quer que seja e fingir que não tem ninguém em casa, mas pode ser alguma coisa importante. Pego minhas muletas e vou atender a porta, desviando de Axel que se move agitado, tentando farejar quem está do outro lado.

— Licença, Axel, eu preciso abrir a porta – falo para meu cachorro.

Ele não é um animal burro, sabe que estou falando com ele. Como resposta, ele me dá espaço para passar. Giro a chave e abro a porta, ficando surpresa com quem encontro em minha frente.

— Ah, oi.

— Oi – Jake responde com um sorriso e olha para baixo – Oi, Axel!

Meu cachorro abana o rabo para ele, todo contente. Nem comigo ele fica tão feliz assim, traíra.

— Aconteceu alguma coisa? – pergunto, sem entender.

— Eu sei que hoje é seu aniversário – ele diz – Não deveria dizer isso, mas talvez só tenha lembrado porque o Centro postou uma foto te desejando feliz aniversário.

— Entre – digo, abrindo mais a porta e dando espaço para ele passar – Antes que Axel saia. E no caso, eu não consigo correr atrás dele.

— Como está o tornozelo?

— Bem melhor – respondo, fechando a porta.

Eu volto devagar para a sala de estar, seguida por Jake, que mais faz carinho na cabeça de Axel do que caminha. Tento ajeitar meu cabelo discretamente, não estava preparada para receber visitas agora.

— Talvez amanhã eu já possa deixar a muleta e começar apoiar o peso de volta nesse pé, depende do que o fisioterapeuta decidir – explico.

— Isso é ótimo.

— Eu sei. Já estou começando a ficar irritada com essa muleta, tinha me esquecido do quanto eu a detesto.

Sento no banco do piano e Jake, ao invés de sentar no sofá como uma pessoa normal, senta no chão, ainda brincando com meu cachorro.

— Parece que ele gosta mais de você do que de mim – comento, analisando os dois.

— Deve ser por causa do cheiro dos bichos lá de casa – ele responde, dando de ombros.

Ah, sim. Eu me lembro de Maggie comentar há uns anos atrás que Jake tinha começado a adotar um monte de animais depois que seu cachorro morreu. Hoje em dia ele tem 3 cachorros, 1 gato e 1 tartaruga. Até onde eu sei, um dos cachorros é cego de um olho e o outro não tem uma perna (mas isso eu só descobri recentemente, quando ele me contou dos animais que tinha adotado).

— Não quero tomar muito seu tempo – Jake diz – Só passei para ver como você está, avisar que minha mãe vai passar aqui a tarde, se não tiver problema, e também para trazer seu presente.

Presente?

Ele comprou alguma coisa para mim?!

— É, mas não fique tão animada até ver o que é – ele responde e me estende uma sacola.

Desconfiada, pego a sacola de sua mão e tiro um embrulho mal feito de dentro, que imagino que tenha sido feito por ele mesmo. Abro a embalagem e me deparo com uns seis pares de meias. Eu rio quando reparo melhor em cada uma delas. Tem uma com estampa de astronautas, outra de pizza, de ovo frito, de pinguim, dos Beatles e a última, da Docinho de As Meninas Superpoderosas. Inacreditável!

— Peguei todas com cano alto, assim você pode usar para patinar.

— Onde você achou isso? – pergunto, segurando a meia verde com a Docinho.

— Essa daí eu tive que comprar na internet. Achei que nem ia chegar, mas veio bem rápido, até dei uma avaliação positiva para o vendedor.

Eu sorrio. Não consigo acreditar que ele foi atrás de meias para me dar de aniversário. Ele passa a mão no cabelo e sorri de volta para mim, desviando sua atenção para Axel logo em seguida. Observo seu sorriso brincalhão enquanto ele está distraído. É um sorriso bonito. Para mim parece injusto alguém ter nascido assim, com um cabelo perfeito, olhos castanhos bonitos, um nariz que até parece rinoplastia e um maldito sorriso bonito.  É uma pena que Maggie e Vladmir não tenham tido mais filhos, aposto que seriam lindos também.

— Obrigada, Jake – agradeço, antes que ele perceba que eu estou encarando demais e fazendo uma análise mental de todas as suas características – Eu amei.

— Você está falando sério – ele afirma, surpreso ao perceber que eu não fui irônica.

— Sim. Pode apostar que eu vou usar todas assim que voltar a treinar.

— Eu venho te zoar e você ainda gosta do presente?!

Dou de ombros.

— Meias nunca são demais. E agora eu vou ter nove opções de estampa, então muito obrigada.

Jake arregala os olhos, surpreso.

Nove? A de dinossauro não era a única?

— Não, eu também tenho uma de patinhos de borracha e outra do Canadá.

— Meu Deus, Emma.

Eu gosto de meias estampadas, não posso fazer nada. Um silêncio paira entre nós, então tento quebrar o gelo.

— Como estão as coisas na universidade? Lembro que você tinha me dito que tinha algumas provas para fazer.

— Sim. Fiz uma hoje, inclusive, antes de vir para cá.

— E foi bem?

— Acho que sim, pelo menos eu tinha certeza que sabia o que estava fazendo.

— Que convencido.

— Foi você quem perguntou – ele responde, dando de ombros.

Jake aponta para o piano atrás de mim e pergunta:

— Você estava tocando antes? Eu pensei ter ouvido o som enquanto estava na porta.

— Estava.

— Toca alguma coisa? – ele pede.

— Nunca toquei piano para ninguém que não fosse minha família ou Julie. Não sou tão boa.

Por favooor, Emma – Jake faz uma cara de cachorro pidão e junta as duas mãos.

Eu suspiro. Fica difícil negar seu pedido com essa cara.

— Ok, mas não é para rir.

— Eu não vou rir.

— Eu provavelmente vou errar uma tecla ou outra.

— Não tem problema.

Respiro fundo. Não estou acostumada a fazer aquilo que eu não sou realmente boa para as outras pessoas verem. Patinação? Ok, milhares de pessoas podem me assistir, sem problemas. Violino? Talvez algumas pessoas já me viram tocar. Piano? Só minha família. Mas ao mesmo tempo, é Jake quem está na minha frente. Eu já chorei na sua frente e sequer me importei. Tocar alguma música para ele não era grande coisa.

— Tem uma música que eu andei ensaiando e acho que já consigo tocar sem tantos problemas. Ela é complicada, então se eu errar, finja que não ouviu – eu digo.

Viro meu corpo no banquinho e fico de frente para as teclas. Para minha surpresa, consigo tocar Clocks sem nenhum problema. Fico impressionada comigo mesma, pois geralmente erro algumas coisas durante a música. Atrás de mim, Jake me aplaude.

— Quem é você? Beethoven?!

— Quem me dera – respondo, me virando para encará-lo.

— Sério que você pensou que eu fosse rir? Você tocou muito bem!

— Acho que você deu sorte hoje.

— Toca outra? Por favor, depois eu juro que te deixo em paz.

— Tá, mas agora vou tocar algo que já estou acostumada.

Quando termino de tocar e recebo mais elogios que me deixam um pouco constrangida, Jake se levanta do chão e passa a mão pela roupa, tirando os pelos de cachorro que grudaram nela.

— Você já vai? – eu pergunto.

— Sim, falei que ia te deixar em paz – ele diz – Eu ainda preciso passar em um lugar antes de ir para casa.

Na minha cabeça, eu imaginei que ele fosse ficar mais tempo aqui. Eu gostava da sua companhia mais do que iria admitir.

— Ah, tudo bem – digo, levantando também e pegando minhas patéticas muletas – Eu te acompanho até a porta.

— Tem certeza? Porque não precisa.

— Sim, preciso andar para me recuperar logo, de qualquer maneira.

— Bom, feliz aniversário, Emma – Jake me diz, quando chegamos na porta – Aproveite seu dia.

— Obrigada.

Antes de ir embora, ele dá um passo à frente e me dá um abraço desajeitado. Fecho a porta sem entender muito bem o que foi esse abraço e entendendo menos ainda porque me sinto mais “vazia” com a sua ausência.

✦✦✦

À noite, nós fazemos um jantar em família (com a participação de Julie, que é praticamente de casa) com direito a um bolo, claro, e toda aquela cantoria dos parabéns. Depois de jantar, eu subo para meu quarto com Lily e Julie enquanto os adultos conversam assuntos entediantes lá embaixo.

Julie se joga em minha cama, deitando ao meu lado, enquanto minha irmã senta na cadeira da escrivaninha. Eu coloco um travesseiro embaixo do meu tornozelo e me ajeito na cama.

— O que é essa caixinha? – Julie pergunta, observando uma pequena embalagem que eu deixei ao lado da cama, junto com alguns outros presentes que ganhei.

— É um anel. Pode abrir se quiser.

É óbvio que ela quer, Julie é a curiosidade em pessoa. Ela pega a caixinha e abre, observando o delicado anel de prata com uma pedra fixada ao centro.

— Nossa, que bonito. Ganhou de aniversário?

Sei que ela está enrolando para saber quem me deu o presente, então resolvo logo a sua dúvida.

— Sim. Maggie me deu quando veio aqui conversar comigo.

— Que chique! Será que se eu pedir com jeitinho, os Stepanova me dão um celular de aniversário? Tô querendo trocar o meu.

Eu e minha irmã rimos.

— Sabe qual outro Stepanova veio aqui hoje, Julie? – Lily me provoca – Jake.

— Emma, sua safada – Julie diz, me dando uma cotovelada de leve – Você nem me contou!

— Porque não foi nada demais. Ele não ficou nem 15 minutos – argumento.

Só? Que rápido, achei que ele aguentasse mais – ela brinca.

Meu Deus. As duas caem na risada, o que me deixa irritada. Já fazem algumas semanas que elas vêm me enchendo o saco por causa dele. Eu não posso dizer um “a” sobre ele sem que elas comentem; parecem duas pré-adolescentes.

— Podem parar – eu digo.

— Fala sério, Emma – minha irmã diz – Ele veio aqui te dar um presente de aniversário e não foi nada demais?

— Ele estava me zoando, Lily.

— E daí? O que conta é que ele veio e ainda trouxe algo. E eu sei que você gostou do presente, está até usando – ela fala, apontando para meus pés com meias de pizza.

Reviro os olhos. Não vou discutir com ela, não hoje.

— Não esqueça que ele mandou flores esses dias – Julie lembra.

— As flores eram da família, não dele – retruco.

— Que eu saiba ele ainda é parte da família.

— Vocês não vão me deixar em paz, não é? – pergunto com um suspiro de irritação.

— Não – as duas respondem em uníssono.

Me pergunto o que eu fiz para merecer essas duas. Elas não pegavam no meu pé desse jeito há muito tempo. Tinha me esquecido de como conseguem me tirar do sério.

— Vai, Emma, tira uma dúvida – Julie diz rindo – Você que está acostumada a ver ele de perto, ele é tão bonito quanto de longe?

Sim. Mas eu não vou responder.

— Ela não vai responder – Lily me provoca. Ela diz isso de propósito porque sabe que eu gosto de contrariá-la.

— Só me diz uma coisa bonita nele e eu paro de perguntar – minha amiga fala.

Duvido que irá parar. Penso no que posso dizer sem me comprometer demais. O seu sorriso é definitivamente muito bonito, mas os olhos também. Assim como a forma como ele franze a sobrancelha quando está confuso com algo ou como ajeita o cabelo. Ou como ele fica bonito quando está com as crianças no rinque. Eram muitas opções que denunciavam o quanto eu já havia reparado nele.

— O nariz – eu digo, por fim.

Sério, Emma?!

Dou de ombros. Eu não menti, o nariz dele é bonito também. Me dá inveja.

— Um homem bonito desses e você me fala do nariz? Esperava uma resposta melhor.

— Tipo o que? – pergunto.

— Sei lá – Julie diz – Ele tem o rosto todo bonito e imagino que seja igualmente bonito por debaixo de tantas roupas.

— Julie!

Imediatamente sinto meu rosto esquentar e rio de nervoso. Lily ri tão alto que até me assusta. O rumo que essa conversa está tomando me deixa com medo do que virá em seguida.

— Eu não estava tentando dizer de certas partes, suas pervertidas. Embora não deva ser tão ruim assim... Enfim, o que eu quis dizer foi do abdômen e dos braços, ok?!

— Já que ele é tão bonito, por que não pega ele pra você?

— Eu agradeço a oferta, Emma, mas só tem uma coisa que eu quero dele.

— E o que seria? – Lily pergunta.

— Jake como namorado da minha amiga e cunhado da minha outra amiga.

Julie deve saber o que eu estou pensando, porque antes de eu conseguir abrir a boca, ela complementa:

— Caso não tenha ficado claro, a cunhada é a Lily.

Viu? Ela foi mais rápida.

— Se depender dele, podemos fazer isso acontecer – minha irmã responde.

— Como assim “se depender dele”? – pergunto, encarando Lily, que mexe despretensiosamente em uma mecha do seu cabelo ruivo.

— Não se faça de boba, Emma. É bem óbvio que ele gosta de você.

— Não é bem assim – eu digo.

— É sim. Ele é todo preocupado com você...

— Óbvio, a mãe dele é minha treinadora – eu interrompo.

Shiu – minha irmã faz para mim – Como eu ia dizendo, ele é todo preocupado com você, te levou no hospital aquele dia, veio aqui em casa só pra te trazer um presente de aniversário, foi atrás de mim na faculdade para saber se você estava bem mesmo ou não... Você sabe que ele gostava de você quando vocês eram menores, não sabe? Fora isso, Jake não fica com ninguém há um tempo já, pelo menos é a fofoca que eu ouvi no campus.

— O que?!

Sinto meu cérebro travar o raciocínio tentando processar as novas informações que chegaram. Ele foi perguntar de mim para a minha irmã? E de onde minha irmã tirou essa ideia que ele gostava de mim no passado?! Quanto a fofoca, duvido que seja verdade. Alguém como o Jake não fica sozinho por muito tempo.

— Para mim está na cara que ele ainda gosta de você – Lily responde, me encarando – Era engraçado ver o jeito como ele te olhava quando você estava por perto, todo bobinho. Acho que ele só implicava com você para disfarçar o que sentia.

— Isso nunca aconteceu – eu afirmo.

— Nunca aconteceu ou você nunca reparou?

— Ah é?! E quando foi isso?

— Sei lá, mas já faz um bom tempo. Acho que nós tínhamos uns 14 anos, por aí.

Eu tento me lembrar de Jake nessa época, mas não consigo. Se minha irmã e ele tinham 14 anos, eu devia ter uns 12. Não estava nem um pouco interessada em nenhum garoto nessa idade, só queria treinar e ficar boa na patinação.

— Tá, mas isso não vem ao caso agora – eu falo – O tempo passou e as coisas mudaram. Não significa que ele gosta de mim só porque estamos nos dando bem. 

Minha irmã solta um suspiro.

— Se você quer ser cega, por mim tudo bem. Só acho que já está mais do que na hora de você dar uma nova chance para sua vida amorosa. Sei que Paul foi um babaca do caralho, mas você sequer tentou ter alguém depois dele.

— Não é verdade, eu beijei aquele cara, Scott – me defendo.

— Sim, há um ano atrás. E você nem gostava dele! – Lily comenta – Não estou dizendo para você casar com Jake ou coisa assim, mas analisando os fatos, ele já está aí, gosta de você e eu sei que você também gosta dele. E não adianta negar, só você que não admite isso.

— É verdade, Emma – Julie concorda, finalmente participando da minha discussão com Lily.

É isso. As duas ficaram malucas. Não vou nem tentar argumentar o contrário. Sei que nesses últimos meses eu e Jake começamos a nos dar bem, mas as coisas não são tão simples assim. Eu gosto dele, mas não da forma como elas pensam. Eu sei que não. Por isso, encerro a conversa e mudo de assunto – nem minha irmã, nem minha amiga voltam a falar dele durante o resto da noite.


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Notas finais do capítulo

Playlist com as músicas citadas e relacionadas à história disponível em: https://playlistonline.net/playlists/626/emma-e-jake



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